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Casarão do chá em Moji das cruzes SP O Casarão do Chá foi construído pelo mestre-carpinteiro japonês Kazuo Hanaoka, no ano de 1942, para ser uma fábrica de chá Uni aspectos de ordem funcional ao sistema construtivo tradicional da arquitetura japonesa. Hanaoka projetou e ele mesmo construiu o Casarão. Não foram usados pregos ou parafusos na construção, só encaixes de madeira (tradicional técnica japonesa usada por causa dos constantes terremotos). As vigas são de madeira in natura, e em cada encaixe há um signo em kandi (ideogramas). A cobertura é a tradicional irimoya (telhado côncavo, voltado para dentro) e foi estruturada por meio de tesouras de grandes dimensões, vencendo vãos de até 8,20 metros. Já a planta é livre (com poucas divisões internas). Toda a madeira da obra é de eucalipto tratado, inclusive as utilizadas nas estruturas das paredes em pau-a-pique. O madeiramento aparente deixa visível o formato original dos caules com partes das suas ramificações kazuo fez questão de manter o estilo oriental de arquitetura, com telhados em curva nas pontas e ornamentos na entrada. O que mais chama atenção é a técnica de construção da estrutura. Como nos brinquedos de montar, tudo foi construído com encaixes perfeitos de madeira, sem utilizar nenhum prego. A parede foi toda feita com tiras de bambu amarradas e depois cobertas com várias camadas de argila e é tão forte como uma parede de alvenaria. Os troncos de madeira são de eucaliptos que Kazuo e os 3 ajudantes acharam ao redor do sítio. Ainda é possível encontrar em algumas peças as anotações escritas em japonês pelo arquiteto. Pavilhão japonês do Ibirapuera O Pavilhão Japonês foi construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira e doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação, época em que foi construído o Parque Ibirapuera. O projeto, executado pelo professor Sutemi Horiguchi (da Universidade de Meiji), tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas. E, teve como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão do Imperador, em Kyoto, construído entre 1620 e 1624, na era Edo que foi marcada pelo domínio do clã Tokugawa Jardin Japones Simples e deslumbrantes, os jardins japoneses, mais do que uma simples técnica de paisagismo, são frutos de uma das modalidades artísticas mais sublimes da cultura oriental. Feitos para conduzir naturalmente seus visitantes a um estado de meditação, calma e espiritualidade, esses jardins incorporam elementos simbólicos e naturais, de forma a estabelecer uma harmonia perfeita com o entorno. Lanterna de pedra (TORO) Seu significado é a iluminação da mente de quem percorre o jardim, induzindo à concentração, Lago com carpas (KOI) A água representa a vida, enquanto as carpas são símbolo de fertilidade e prosperidade, Fonte (TSUKUBAI) Quando o elemento água não existe no jardim japonês, sua representação é feita por desenhos em pedriscos ou ainda por uma espécie de cuba com água (tsukubai), originário das cerimônias do chá, que representa o ritual simbólico de lavar as mãos para purificar-se antes da meditação no jardim, Cascata com pedras O centro do jardim. Além de oxigenar a água, a cascata significa a continuidade da vida Caminho ou trilha (TOBI ISHI) e Ponte (TAIKO BASHI) Uma ponte ou um caminho dentro do jardim representa a evolução para um nível superior em termos de engrandecimento, amadurecimento e autoconhecimento Bambu A flexibilidade do bambu refere-se à capacidade de adaptação e mudança Plantas e arbustos Os arbustos com formatos (topiaria) garantem um efeito de escultura ao jardim e, para a cultura japonesa, o paisagismo é uma das formas mais elevadas de arte
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