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2 - Chaetognatha

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Filo Chaetognatha
A primeira coleta de espécimes de Chaetognatha no Atlântico Sul foi realizada por
Darwin em 1833 durante a expedição a bordo do "Beagle". Com base nos dados
obtidos, Darwin (1844) concluiu que esses animais eram abundantes nas regiões
afastadas das costas do Brasil, Argentina e Chile.
O Filo no momento é formado por 209 espécies, sendo a família Sagittidae a mais
bem sucedida pois reúne o maior número de gêneros e espécies (Alvariño 1969,
Bieri 1991, Bone et al. 1991, Casanova 1999). No Brasil o Filo é representado por
25 espécies, das quais 14 ocorrem no Estado de São Paulo, o que evidencia que a
fauna de Chaetognatha no país ainda é pouco conhecida.
Principais avanços relacionados ao Programa BIOTA/FAPESP
Apesar dos esforços realizados pelas instituições envolvidas no Programa BIOTA/FAPESP, no
tocante ao conhecimento dos invertebrados marinhos do Estado de São Paulo, podemos afirmar
que poucos são os avanços obtidos para o Filo Chaetognatha nestes últimos dez anos. Esse fato
pode ser comprovado pelo reduzido número de trabalhos publicados e, principalmente, pela
ausência de monografias, dissertações e teses defendidas nesse período em São Paulo.
Principais grupos de pesquisa
O número de pesquisadores dedicados ao estudo da fauna de Chaetognatha no Brasil é bastante
reduzido. No momento, no Estado de São Paulo apenas dois pesquisadores pertencentes ao
Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo vêm estudando as espécies que ocorrem
no Sistema Estuarino da Baixada Santista, da região de Ubatuba e São Sebastião.
Principais acervos
No Brasil, no momento, não se conta com coleções de referência completas de
Chaetognatha. As coleções existentes pertencem aos próprios pesquisadores, ou
estão sob sua guarda, e são mantidas muitas vezes no seu ambiente de trabalho.
Várias instituições de ensino, ainda, não contam com coleções didáticas.
Algumas espécies de Chaetognatha planctônicos retirados de amostras de
Zooplâncton, pertencentes ao acervo do Instituto Oceanográfico da Universidade de
São Paulo, estão depositadas no Laboratório de Zooplâncton do Departamento de
Oceanografia Biológica.
Simetria bilateral
Chaetognatha
Origem do celoma
Enterocelia
Esquizocelia
Chaetognatha
Descoberto em 1775 pelo naturalista Martinus Slabber. Possui mais
ou menos 200 espécies marinhas, principalmente planctônicas.
25 espécies no litoral brasileiro.
Enterocelomados
(Bilaterais, Deuterostômios)
Filo Chaetognatha
(maxilas espinhosas)
Classificação
Filo Chaetognatha
Ordem Phragmophora
Apresenta faixas musculares (fragma) transversais 
ventrais, que aparecem esbranquiçadas nos animais vivos.
Obs.: Poucas espécies, geralmente raras.
Famílias: Spadellidae
Eukrohniidae
Tokiokaspadellidae
Eukrohnia
Ordem Aphragmophora
Desprovidos de faixas musculares transversais ventrais.
Obs.: Um pouco mais que o dobro de espécies da 
primeira, sendo também mais comum no plâncton costeiro.
Família Sagittidae
Pterosagittidae
Krohnittidae
Características
 Predadores pelágicos com exceção de poucas espécies bentônicas
(Spadella é o único que possui representantes bentônicos);
 0,5 a 12cm de comprimento;
 Transparentes;
 Corpo alongado em forma de torpedo;
Spadella
 São encontrados em todos os mares, oceanos e regiões
estuarinas, sendo mais abundantes entre os 100 e 200 m de
profundidade. Com exceção dos componentes da família
Spadellidae, que agrupa espécies bentônicas, a grande maioria é
planctônica.
 No momento, 209 espécies de Chaetognatha foram descritas
no mundo, das quais 29 ocorrem no Atlântico Sul e 25 em águas
brasileiras. No estado de São Paulo, apenas, 14 espécies foram
encontradas nas regiões costeiras e oceânicas.
Regiões do corpo
Cabeça
 Boca localizada ventralmente em uma depressão denominada vestíbulo.
A boca possui espinhos laterais ou “ganchos” → denominados
espinhos de captura e espinhos menores, os dentes. Ambos usados na 
captura de presas. 
Vista ventral
Vista ventral
Vista ventral
capuz
Ventral
Vista ventral
Dentes 
anteriores
Dentes posteriores
Divertículo intestinal
Músculo longitudinal
ventrolateral
Vestíbulo
Boca
Espinho de 
captura
Sulco vestibular
Capuz
capuz
Complexo muscular
lateral
Glândulas de muco (ventral)
Musculatura
da boca
Vista ventralMusculatura cefálica complexa que movimenta os espinhos 
e o vestíbulo além do fechamento do capuz
 Um par de fotorreceptores (“olhos”), localizados na superfície dorsal
da cabeça.
 Capuz → dobra ântero-lateral da parede do corpo, retrátil, podendo 
envolver o vestíbulo.
vista dorsal da cabeça
Sagitta sp
Sagitta
vista dorsal da cabeça
 Regiões do corpo - cabeça, tronco
(com nadadeiras laterais pares) 
e cauda (nadadeira caudal). 
Cada parte separada uma da 
outra por um septo transversal.
 São os únicos invertebrados com epiderme estratificada.
 Parede do Corpo - Cutícula fina e flexível recobrindo a epiderme 
e dando forma ao corpo.
 Epiderme possui uma única camada de células, exceto ao longo 
das laterais do corpo. Nas laterais a epiderme é estratificada.
Epiderme 
estratificada
Epiderme 
cutícula
Musculatura longitudinal – quatro quadrantes de faixas longitudinais: 
duas faixas dorsolaterais e duas faixasventrolaterais.
Celoma: 
Na cabeça – protocele
No tronco (par) – mesoceles
Na cauda (par) - metaceles 
Celoma: 
Na cabeça – protocele
No tronco (par) – mesoceles
Na cauda (par) - metaceles 
Celoma: 
Na cabeça – protocele
No tronco (par) – mesoceles
Na cauda (par) - metaceles 
Movimento
 Formas pelágicas – Arremesso para frente gerado pela
flexão rápida do corpo devido à contração alternada da
musculatura longitudinal direita esquerda (Sagitta).
 Formas bentônicas – musculatura auxilia no rastejamento,
embora sejam capazes de nadar por curtas distâncias
(Spadella).
Os quetógnatos desempenham papel fundamental na teia trófica
marinha, como carnívoros primários e são alimento de
organismos planctófagos especialmente peixes de interesse
comercial.
Alimentação e digestão
Alimentação e digestão
 Carnívoros predadores – se alimentam de uma
diversidade de outros animais. Predileção por
copépodos. As presas são ingeridas inteiras.
→Se alimentam também de larvas de peixes → por
isso são chamados de “tigres do zooplâncton”.
 São alimento de peixes de interesse comercial.
Copepoda
Flaccisagitta hexaptera
Ingerindo uma larva de peixe
 Sistema digestivo completo → com boca, faringe, intestino, 
reto e ânus.
A faringe é provida de células secretoras de muco e a 
deglutição é consumada pelos músculos faríngeos.
A maior parte da digestão é extracelular e ocorre na região 
posterior do intestino. Podendo ser extremamente rápida.
O ânus é ventral na junção tronco cauda.
ânuscabeça
tronco
Septo longitudinal
cauda
Sagitta
troncocauda
ânus
Aparelho
reprodutor 
feminino
Aparelho
reprodutor 
feminino
 Espécies bentônicas se fixam ao substrato por secreções
aderentes e protraem a boca e o vestíbulo, capturando
as presas em movimentos rápidos.
 Muitas espécies injetam veneno no interior de suas
presas, uma neurotoxina potente → tetrodotoxina, que
bloqueia o transporte de sódio através das membranas
celulares, paralisando a presa.
Obs.: Estudos sugerem que tal toxina seja produzida por uma
bactéria comensal (Vibrio) que vive na cabeça ou no
tubo digestivo do animal.
Circulação
 Sistema hemal → canais frouxamente organizados, entre o tubo
digestivo e o peritônio adjacente.
→ Pequenos espaços dentro dos mesentérios e septos também contém
fluido hemal(fluido celômico).
→ Transporte interno no sistema hemal ocorre por difusão, auxiliado 
pela ação dos movimentos do corpo.
 Ausência de sistema excretor ou de troca gasosa
A troca gasosa e a excreção ocorrem por difusão, embora
possam estar envolvidas certas células dos fluidos hemal
ou celômico.
 A fisiologia dos quetognatos é pouco conhecida. 
“Há muito que se aprender”. 
Sistema nervoso
 A Cefalização é o fator essencial na adaptação a um “estilo 
de vida” predatório e os receptores sensoriais são essenciais. 
 Possuem um Sistema Nervoso Central e um Periférico. 
Comissura frontal
Nervo óptico
Olho 
Gânglio cerebral
Comissura subfaríngea
Sistema nervoso central
Gânglio cerebral - dorsalmente a faringe.
conectivo circum-entéricos
 Da região posterior do gânglio cerebral sai um par de
conectivos circum-entéricos que se estende para região
mediano-ventral do corpo ligando-se a um gânglio ventral
 Vários outros gânglios originam-se do gânglio cerebral e
suprem vários músculos e órgãos sensoriais da cabeça.
 Gânglio ventral → controla a natação,dele partem 12 pares
de nervos para várias partes do corpo, que se ramificam
formando um plexo nervoso subepidérmico denso.
Brusca & Brusca, 2003
Sistema nervoso central
Sistema 
nervoso 
periférico
Conectivo
circum-entérico
Conectivo
circum-entérico
Órgãos dos sentidos
 Estruturas sensoriais na superfície do corpo.
1- Cercas ciliares - derivadas de cílios – são sensores de vibrações
ou movimentos gerados na água.
Função - detectar a presa, semelhante à função da linha lateral dos
peixes.
2- Alça ciliada - na superfície dorsal da junção cabeça tronco de
função quimiorreceptora.
3- Um par de olhos - na superfície dorsal, cada um consiste em cinco 
ocelos (fotorreceptores).
Cercas ciliares
Spadella
Cercas ciliares
Cercas ciliares
Sagitta
Alça ciliada
Olho
Olho = fotorreceptores
vista dorsal da cabeça
Reprodução e desenvolvimento
São hermafroditas (monóicos), protândricos, praticando a 
fecundação cruzada.
Desenvolvimento direto (postura a eclosão 48 horas).
Parasagitta hispida é a única espécie que realiza a autofecundação
Gonóporo feminino
Olho
Alça ciliada
Ovário
Oviduto
Duto espermático
Testículo
Septo caudal
Vesícula seminal
Spadella (dorsal)
Poro genital ou gonoporo feminino
oviduto
ovário
Ovário
Oviduto
Desenvolvimento dos ovos 
nos ovários
Poro genital ou gonoporo feminino
Testículo
Vesícula
seminal
 1 par de testículos localizados na cauda → liberam espermatogônias no 
celoma (da cauda), onde amadurecem → são captadas por funis ciliares 
→ passam para ductos espermáticos → que se abrem lateralmente em 
um par de vesículas seminais → formam massas de espermatozóides →
“esferas de espermas” ou “grupos de espermas”.
Aparelho reprodutor feminino 
 1 par de ovários no tronco, cada um com seu oviduto que se dirigem 
ao poro genital (gonóporos), logo a frente do septo tronco-cauda.
* Os ovócitos imaturos são transferidos para o oviduto.
Aparelho reprodutor masculino
 Espécies bentônicas – podem depositar seus ovos
em algas ou em outros substratos.
 Espécies neríticas – secretam cobertura gelatinosa em torno 
dos zigotos e espalham embriões flutuantes no mar.
 Espécies de águas profundas – carregam embriões em 
bolsas marsupiais
Eukrohnia fowleri
Clivagem radial, igual e holoblástica.

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