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Biossegurança em laboratorio

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INTRODUÇÃO
Ambientes laboratoriais geralmente são locais que podem expor as pessoas que nele trabalham ou circulam, a riscos de várias origens. Profissionais da área de saúde e outros trabalhadores que exercem suas atividades em laboratórios, estão sob risco de desenvolver doença profissional por exposição a agentes infecciosos, radiação, produtos químicos, tóxicos e inflamáveis, entre outros.
Toda e qualquer atividade prática a ser desenvolvida dentro de um laboratório apresenta riscos e estão propensas a acidentes. Devemos então utilizar normas de conduta para assegurar a integridade das pessoas, instalações e equipamentos. É importante manusear corretamente as substâncias químicas e equipamentos com os quais se vai trabalhar, a fim de evitar acidentes pessoais ou danos materiais. Neste contexto, é necessário saber os procedimentos gerais recomendados em casos de acidentes. Este trabalho é destinado ao conhecimento de riscos de acidentes, como evita-los efetuando o uso de EPI’s e atitudes que vão minimizar estes riscos, como proceder em caso de acidentes, e tem por finalidade apresentar as normas de segurança, requisito básico para garantir a qualidade e a segurança no laboratório. A segurança é um direito e uma obrigação individual.
Quando se trata de biossegurança, além dos cuidados normais de boas práticas de laboratório, são necessários procedimentos específicos para minimizar os riscos de acidentes pessoais e de contaminação ambiental.
É importante para a preservação da saúde, da segurança do individuo e do meio ambiente, orientando a manipulação e o descarte de resíduos químicos, tóxicos e infectantes, tendo como principal objetivo a redução geral de riscos à acidentes ocupacionais.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA – EPI / EPC 
A Biossegurança em Laboratórios trata-se da prevenção do escape de organismos patogênicos e/ou exóticos, de substâncias nocivas, a prevenção à saúde do trabalhador (pesquisadores, professores, funcionários, estagiários, alunos, entre outros) e ao meio ambiente.  A saúde e bem estar dos trabalhadores dos Serviços de Saúde e Laboratórios são recursos primordiais para o desenvolvimento tanto social e econômico quanto pessoal, formando, assim uma importante dimensão ampliada da qualidade de vida. Os trabalhadores destas áreas são confrontados com riscos químicos, físicos e biológicos e de acidentes, sobretudo na manipulação do instrumental existente como também, das técnicas, práticas e procedimentos que podem carrear riscos de exposição ou dano. As considerações a propósito da Biossegurança são entendidas como um conjunto de medidas técnicas, administrativa, educacionais e psico-bio-sociais que aferem as condições adequadas para manipular e conter agentes, possivelmente causadores de risco.
O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho. 
Os equipamentos de proteção coletiva - EPC são dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os indivíduos dos riscos inerentes aos processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros.
Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas finalidades, este tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no processo minimizando os efeitos negativos de um ambiente de trabalho que apresenta diversos riscos ao trabalhador. Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos completamente ou se oferecer proteção parcialmente.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO IDIVIDUAL 
Os EPI’s devem estar em perfeito estado de conservação e funcionamento, e devem ser obrigatoriamente usados quando:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender a situações de emergência.
Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais como:
Proteção respiratória: máscaras e filtro;
Máscara (tecido, fibra sintética descartável, filtros para gases, pó, etc.).
Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
Óculos de Proteção e Protetor Facial (protege contra salpicos, borrifos, gotas, impacto)
Proteção de mãos e corpo: luvas e jalecos;
As luvas são usadas como barreira de proteção prevenindo contra contaminação das mãos ao manipular material contaminado, reduzindo a probabilidade de que microrganismos presentes nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. O uso de luvas não substitui a necessidade da lavagem das mãos, porque elas podem ter pequenos orifícios inaparentes ou danificar-se durante o uso, podendo contaminar as mãos quando removidas.
Os vários tipos de jalecos são usados para fornecer uma barreira de proteção e reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Previnem a contaminação das roupas do pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectado.
Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. Cada equipamento deve ser substituído por um novo sempre que estiver danificado, ou extraviado, e deve ser higienizado ou descartado corretamente após o uso,
Os Equipamentos de Proteção Individual são essenciais à proteção do individuo, visando a manutenção de sua saúde física e proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho. 
 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
Cabines de segurança: as Cabines de Segurança Biológica constituem o principal meio de contensão e são usadas como barreiras primárias para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. 
Chuveiro de emergência: chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos. Deve estar localizado em local de fácil acesso.
Lava olhos: dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode fazer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular. 
Manta ou cobertor: confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas. Utilizado para abafar ou envolver vítima de incêndio.
Extintor de incêndio: utilizado em casos de incêndio em geral, podendo ser de CO2, pó seco, H2O, empuma, nitrogênio, etc.
 NIVEIS DE BIOSSEGURANÇA
   Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro classes de risco devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção necessário. Estes níveis de contenção são denominados de níveis de Biossegurança.
   Os níveis são designados em ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao pessoal do laboratório, meio ambiente e à comunidade.
   O nível de Biossegurança 1, é o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados osmicrorganismos pertencentes a classe de risco 1, onde o risco individual e para a comunidade é ausente ou muito baixo, ou seja, são microrganismos que têm baixa probabilidade de provocar infecções no homem ou em animais. Exemplos: Bacillus subtilis. Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais.
    O nível de Biossegurança 2, diz respeito ao laboratório em contenção, onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2, onde o risco individual é moderado e para a comunidade é baixo. São microrganismos que podem provocar infecções, porém, dispõe-se de medidas terapêuticas e profiláticas eficientes, sendo o risco de propagação limitado. Exemplos: Vírus da Febre Amarela e Schistosoma mansoni, se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório).
    O nível de Biossegurança 3 é destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 3, onde o risco individual é alto e para a comunidade é limitado. O patógeno pode provocar infecções no homem e nos animais graves, podendo se propagar de indivíduo para indivíduo, porém existem medidas terapêuticas e de profilaxia. Exemplos: Vírus da Encefalite Equina Venezuelana e Mycobacterium tuberculosis, ou também para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da classe de risco 2. Para este nível de contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais. Deve ser mantido controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos.
    O nível de Biossegurança 4, ou laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde o risco individual e para a comunidade é elevado. São microrganismos que representam sério risco para o homem e para os animais, sendo altamente patogênicos, de fácil propagação, não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. Exemplos: Vírus Marburg e Vírus Ebola, onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança.
RISCOS DE ACIDENTES
Esse termo risco significa perigo ou a probabilidade de ocorrer algum acidente e qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc
Esses riscos são aqueles causados por agentes físicos,químicos ou biológicos que, a depender de sua natureza,concentração, intensidade ou tempo de exposição e podem comprometer a segurança e a saúde dos indivíduos.
Quando não são controlados ou previamente avaliados, os riscos ambientais afetam o trabalhador a curto, médio e longo prazo, podendo provocar acidentes com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se podem ser comparadas aos acidentes do trabalho. 
Os riscos são classificados segundo a sua natureza e forma com que atuam no organismo humano. 
Risco físico: Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc.
Riscos químicos: Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Riscos biológicos: Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre outros, que podem infectar o individuo.
Riscos Ergonômicos: Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, trabalho noturno, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.
GERENCIAMENTO DE ACIDENTES
Em caso de derramamento acidental de alguma substância tóxica ou corrosiva nos olhos, o acidentado deverá imediatamente dirigir-se ao lava-olhos, posicionando seus olhos em direção ao fluxo de água corrente; depois de lavá-los abundantemente, deve procurar a unidade médica mais próxima para que sejam tomadas medidas acautelatórias e necessárias ao seu restabelecimento. Em caso de derramamento de algum tipo de substância tóxica ou corrosiva na pele ou roupa, o acidentado deve se direcionar ao chuveiro de segurança, puxando a sua alavanca para liberar o fluxo de água e, concomitantemente, se livrar das roupas; permanecerá sob o chuveiro até que não aja mais riscos de lesão na pele. Após esta medida preventiva o acidentado deverá ser levado a unidade médica mais próxima. Se houver acidentes os alunos devem saber o que fazer, em casos de derramamentos acidentais, projeção de líquidos nos olhos, pele ou roupas. Chuveiros e lava-olhos estão prontos para utilização, se precisos. Equipamentos de combate ao incêndio como extintores, estão conservados e dentro do prazo de validade. Telefones úteis, como de emergências médicas ou bombeiros estão afixados em lugares estratégicos e visíveis a fim de se facilitar a tomada de providências. No caso de toda e qualquer alteração na estrutura do laboratório como suspeita de vazamento de gás, risco elétrico ou qualquer outra anormalidade que porventura possa significar algum tipo de risco, o laboratório deverá ser desocupado imediatamente caso utilizado. O técnico responsável deve ser avisado a fim de se tomarem providências cabíveis.
CONCLUSÃO
Evidentemente, a causa primordial da ocorrência de acidentes em laboratório é definida por erros do próprio ser humano desatento. Mas, muitas vezes, isso também é devido à falta de informação e treinamento sobre o uso correto dos equipamentos necessários nessas instalações. Vale ressaltar que, atualmente, é fácil encontrar cursos que o preparem para o mundo dos equipamentos de segurança, que são inúmeros. No entanto, quase não há incentivos ao uso deles em muitas empresas pelo país, fato que precisa mudar. Lembrando-se de que cabe a todos que estão trabalhando no laboratório zelar pelo bem-estar de si e dos colegas, pois, simples atitudes, como comunicar a falha mecânica de um aparelho, podem evitar grandes tragédias. Este artigo tentou mostrar que segurança é indispensável no ambiente laboratorial, e, a propósito, em qualquer outro. Além disso, trouxe dados relevantes aos que buscam aprender mais sobre este assunto.
REFERENCIAS
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/niveis_de_bioseguranca.html
Costa, M.A.F. Biossegurança: segurança química básica para ambientes hospitalares e biotecnológicos. São Paulo: Ed. Santos, 1996.
WHO. Laboratory Biosafety Manual. Geneve: 2.Edition, 1993
http://www.crorj.org.br/biosseguranca/manual%20biosseguranca%20praticas%20corretas.pdf

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