Buscar

leucodistrofia EO


Continue navegando


Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
LUCAS OLIVEIRA DA SILVA
MATRICULA: 2012150846
	RIO DE JANEIRO 2012
�
	UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
	Leucodristofia metacromática
	Erros Inatos do Metabolismo (EIM)
	
	Estudo orientado: Patologias metabólicas
	Professor: André Sias
	RIO DE JANEIRO 2012
�
INTRODUÇÃO
Discorrer-se-á, no presente trabalho, que a leucodistrofia metacromática (LDM) é uma doença genética e hereditária que se origina num gene autossômico recessivo e causada pela deficiência da enzima arilsulfatase. A responsável pela degradação de lipídios (gorduras). A não-degradação destes lipídios, leva a um acúmulo excessivo de sulfatídios, ocasionando a destruição rápida e progressiva do sistema nervoso.
A LDM pertence a um grupo de doenças conhecidas como erros inatos do metabolismo. Os sintomas aparecem nos primeiros meses de vida ou até a fase adulta. Antes do aparecimento dos sintomas o indivíduo apresenta desenvolvimento das funções neurológicas completamente normais.
DEFINIÇÃO
A palavra leucodistrofia foi introduzida a mais de dez anos atrás que deriva dos radicais gregos leuko, que significa branco; trophy, que significa crescimento; e dys, que significa doente. Colocando-se todos os radicais juntos, a palavra significa “uma doença que afeta o crescimento da bainha de mielina”, e o termo “metacromática” é usado porque o material lipídico intracelular acumulado é de cor marrom ou dourado pelo azul de toluidina (corante utilizado para exames histológicos).
Integrando um grupo de doenças metabólicas dos erros inatos do metabolismo (EIM), a Leucodistrofia se refere a um grupo de disfunções que afetam o cérebro, a medula espinhal e os nervos periféricos. Afeta principalmente a bainha de mielina do cérebro e em porção menor a outras partes do sistema nervoso. As manifestações  das  leucodistrofias  são  geralmente graduais. 
Em sua maioria a patologia é herdada de um gene autossômico recessivo, existem os tipos infantil tardia, juvenil e adulta, e podem se apresentar nas formas precoce e tardia, sendo a forma de inicio mais comum(e grave), a tardia infantil, a qual apresenta sintomas como irritabilidade, redução do tônus muscular, emaciação muscular, e perda da capacidade de andar. A debilidade é progressiva e acompanhada de cegueira, convulsões paralisia facial. Por volta dos dez anos que se dá a falência do indivíduo. 
Os sinais característicos da doença que acomete principalmente a substância branca são, epasticidade, ataxia, atrofia óptica, neuropatia periférica, convulsões e demência, sendo essas manifestações tardias. 
 A RNM mostra alteração difusa da intensidade do sinal da substância branca com hiposinal na
sequência pesada em T1 e hipersinal na sequência pesada em T2, com aspecto de desmielinização. Cavidades císticas no polo anterior do lobo temporal bilateralmente.
A forma tardia de LDM tem uma prevalência estimada de 1 para 40.000 e os sintomas se iniciam, geralmente, entre 10 e 25 meses de idade, quando os familiares começam a observar irritabilidade, e alguma dificuldade motora na criança, podendo se manifestar por incoordenação e falta de equilíbrio. Com a evolução do quadro, observa-se espasticidade de membros inferiores com a abolição dos reflexos osteotendíneos, regressão intelectual em geral em fases mais avançadas da doença evoluindo para óbito, uma a quatro anos após o início do quadro. Há não só um, mas um conjunto de sintomas associados aos acometidos de Leucodistrofia, a saber:
Irritabilidade;
Redução do tônus muscular;
Quedas frequentes por conta da incoordenação;
Funcionamento intelectual diminuído;
Dificuldades na fala, inarticulação;
Dificuldade na deglutição;
Dificuldade na evacuação, fezes líquidas ou rijas.
Por se manifestar da mesma forma que outras doenças, os sinais e sintomas são de difícil reconhecimento, o que torna complexo o diagnóstico da LDM na fase inicial, estima-se que no Brasil 95% dos casos não são diagnosticados. Dos poucos casos diagnosticados, grande parte dos pacientes tem acesso a serviços de saúde que trabalham com erro inatos de metabolismo, ou são famílias que tiveram condições de para transferir o enfermo para centros maiores, permitindo assim, o registro da doença. O diagnóstico de doenças metabólicas e principalmente da Leucodistrofia Metacromática, é atrasado devido à escassez de laboratórios específicos, tendo somente como referência no Brasil, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
CONCLUSÃO
Assim, não há tratamento específico para esse transtorno. O Transplante de medula óssea pode ser considerado para os indivíduos que sofrem nas formas de início tardio infantil ou juvenil desde que antes do início dos sintomas, a fim de estabilizar as suas funções neurocognitivas, mas sua eficiência não se justifica. Analisando as frequências de resultados alterados e negativos entre os testes químicos e cromatografias, podemos observar que, no geral, encontramos mais resultados negativos, o que era de se esperar em se tratando de doenças raras. Entre aqueles resultados alterados nos testes químicos encontramos muitas amostras com resultados que podem ser considerados falso-positivos, ou seja, não são EIM, embora apresentem algum teste alterado. Isso pode ser explicado, uma vez que vários fatores podem interferir nos testes químicos de triagem, como doses maciças de alguns antibióticos, ácido ascórbico e hidratos de coral, uso de outros medicamentos, principalmente anticonvulsivantes e penicilina, alimentação rica em proteínas, disfunção hepática severa e anemia.
REFERÊNCIAS
BEHRMAN, R. E.; KLIEGMAN, R. M. Princípios de Pediatria. 4ª Ed. Rio de Janeiro. GUANABARA KOOGAM, 2004.
JAWETZ, MELNICK & ADELBERG. Microbiologia Médica. 20ª Ed. GUANABARA KOOGAM, 1995.	
AMÂNCIO, F. A. M., Investigação diagnóstica em Erros Inatos do Metabolismo. J. Bras. Patol. Med. Lab., v 43 n 3 pag. 169-174 junho 2007