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Resenha do capítulo 1 de Totem e Tabu

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Resenha do capítulo 1 de Totem e Tabu: O horror ao incesto
O texto começa falando sobre as tribos primitivas da Austrália, e menciona alguns pontos importantes sobre ela. Como o fato de não construírem casas, e não ter criação de animais domésticos. Não havia cultivo de solo, e nenhuma religião ou adoração a qualquer deus. Eles não têm nenhum tipo de conhecimento sobre arte, nem mesmo as primitivas.
	Eles se organizam de forma social apenas pelo reconhecimento do conselho de anciãos e o sistema do “totemismo”. Cada tribo é dividida em clã e cada uma tem seu totem específico.
O totem pode ser definido como um animal (comível e inofensivo ou perigoso e temido) e as vezes também pode ser um vegetal ou fenômeno natural como a chuva ou a água. São coisas que são em comum entre os membros do clã, e um guardião que envia oráculos. 
Dentro desse clã e seu totem, existem regras para cada um, como não matar o animal escolhido por eles como totêmico, não se alimentar de qualquer tipo de carne de animal sagrado. Não tirar proveito do totem e suas regras só são aplicadas aos que estão protegidos por ele.
Esse totem não tem privação de sexo, pode ser tanto masculino quanto feminino, e não existe um lugar determino para ele. Uma de suas regras é viver em paz com outros de clãs e totens diferentes.
“A relação de um australiano com seu totem é a base de todas as suas obrigações sociais: sobrepõem-se á sua filiação tribal e às suas relações consanguíneas”. (Freud, 1913-14, p22)
A Psicanálise tinha interesse nesse assunto do totem pois queria investigar sobre a exogamia, que era uma relação sexual fora do círculo do totem ou familiar.
	Mesmo não tendo uma justificativa consciente sobre esse assunto, Freud acredita que esse conceito de exogamia está fortemente ligado ao toteísmo.
	A proibição do incesto é vista como algo mais direcionado aos filhos homens, para que possa defender as mulheres do desejo sexual masculino. Se caso aconteça algo, o homem é perseguido e morto por seus irmãos de clã. Em casos raros quando fosse a mulher estar nessa posição, ela era espancada e perfurada por lanças e deixada a beira da morte.
	Freud diz que essas pessoas tem um horror muito grande ao incesto, ou são sensíveis a esse assunto. Eles substituem parentesco consanguíneo real por parentesco totêmico.
	Outra característica sobre esses grupos, era que eles não usam seus nomes mas um nome que tenha significado para todos. Era uma relação pessoa com grupo e não apenas entre duas pessoas.
	Alguns autores falam sobre “casamento grupal” onde um determinado grupo de homens exercia direto sobre um determinado grupo de mulheres. Os filhos fruto desse casamento seriam irmãos uns dos outros.
	Existia uma divisão de tribos classificada como fratarias, subfratarias e clãs totêmicos.
	Cada costume tinha uma regra, e são eles: 
Exogamia: Ordenamento religioso das relações entre parentes
Melanésia: Restrição de convivência do menino com a mãe e as irmãs.
Nova Bretanha: Uma vez que a mulher casa, ela não pode mais manter contato com seu irmão.
Fiji: As regras são estendidas às irmãs. 
Delagoa Bay: Um homem não refere a palavra a sua cunhada
África Oriental: Uma moça tem que evitar o pai no período da puberdade ao casamento
Várias tribos da Austráloa e África: Impede relações de homem com sua sogra
	Para todas essas evitações, Freud decifra como uma proteção contra incesto, mesmo algumas sendo de ordem fantasiosa e “mobilizada por laços vinculantes inconscientes”.
	“Somos levados a acreditar que essa rejeição é, antes de tudo, um produto de aversão que os seres humanos sentem pelos seus primitivos desejos incestuosos, hoje dominados pela repressão”. (FREUD, 1913-14, p 35)

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