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Socrates, Platão e Aristóteles

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO
FRANCEL PEDRASSANI SCHMITT
 VALDEMAR RICARDO PEREIRA
TRABALHO DE SOCIOLOGIA JURIDICA
PORTO UNIÃO
2015
SÓCRATES
	 Ateniense, Sócrates nasceu por volta do ano 470 A.C, filho de pais humildes, de um escultor e de uma parteira, aprendeu o oficio do pai, porem dedicou-se inteiramente a meditação, que simbolicamente nominava de ato de conceber o conhecimento, que para esse importante filosofo tratava-se de conceber, desenvolver e parir o conhecimento. Dedicou-se ao estudo da filosofia e à meditação, mesmo sem qualquer recompensa financeira. 
	Porém é demasiado difícil falar sobre Sócrates, já que tudo em torno de sua vida é envolvida por mistérios. Não escreveu nada sobre suas ideias e ideais, tudo que se sabe sobre seu pensamento foi transmitido pelos seus discípulos Platão e Xenofontes.  Homem feito chamava atenção não só pela sua inteligência, mas também pela estranheza de sua figura e seus hábitos. Corpulento, baixo, nariz chato, boca grande, olhos saltados, vestes rotas, pés descalços, costumava ficar horas mergulhado em seus pensamentos. Quando não estava meditando solitário, conversava com seus discípulos, procurando ajudá-los na busca da verdade. Sócrates acreditava na imortalidade da alma. 
	Foi com essa crença que, condenado à morte pelos governantes de Atenas, acusado de corromper a juventude e de desrespeito aos deuses, não aceitou ajuda para fugir da cidade. Da condenação à sua sentença, Sócrates preferiu manter-se em Atenas, aproveitando o momento para discutir a imortalidade da alma com seus alunos. Foi condenado a tomar cicuta, um tipo de veneno letal. Morreu em 399 A. C.
O processo e a condenação de Sócrates testemunham o perigo que a ignorância faz correr ao saber, que o mal faz correr à virtude. Mas este perigo não é senão aparente, pois, na realidade, é o justo que triunfa dos seus carrascos. Se bem que seja vítima deles, o triunfo de Sócrates sobre os seus juízes data do dia da sua execução. ( Mossé, pág. 65,1987)
	Para Sócrates o coletivo tinha primazia sobre o individual, mas se opunha à concepção de que Direito é a expressão dos mais fortes, sendo melhor sofrer uma injustiça do que cometê-la. A filosofia, de acordo com Sócrates, é buscar a maior perfeição possível seja na vida, quanto na morte. Para ele, a cidade e suas leis são necessárias e respondem às exigências da natureza humana. A obediência às leis da cidade é um dever sempre e para todos. Embora tivesse conhecimento de que a lei humana (nomos) – artifício humano e não da natureza – poderia ser justa ou injusta, Sócrates pregava a irrestrita obediência à lei. O Direito – conjunto de leis, em termos simplistas – seria um instrumento de coesão social que levaria à realização do bem comum.
	Sócrates desenvolvia sua perspectiva em dois métodos distintos baseado em uma fina dialética. Quando o objetivo era o confronto de um adversário trabalhava com uma seção infindável de perguntas, chamada Ironia socrática, que levava o adversário a contradição e consequentemente mostrava que o adversário presunçoso nada sabia, muitos desses adversários tornavam-se seus discípulos. Em segundo modo utilizava-se do método parecido, que era para instruir seus discípulos, mas neste caso em especial com o único objetivo de instruir e formar conceitos gerais de coisas individuais. A esse método peculiar de aprendizagem se dá nome de maiêutica em alusão a profissão da mãe, entendendo que ato de produzir conhecimento se tratava de um parto.
	Todo o método Socrático baseava-se na oposição de perguntas e respostas, era feito por método “Indutivo”, quando o experimentador induz através de ação ou conhecimento particular a formação de resultados gerais. Método esse até hoje sistematizado como um dos principais métodos científicos para comprovação de fatos teóricos.
	Como valorizava tão somente a produção e desenvolvimento de conhecimento humano e sua generalização, para que o homem pudesse atingir o apogeu de sua existência, bateu de frente com ideais Sofistas, que pregavam que a única forma de evolução humana era a busca da perfeição que vinha da observação e experiências divinas, que colocavam o homem erudito como o centro de tudo e o detentor do direito divino ao comando, usavam esses filósofos da oratória como meio para o convencimento convertendo esse instrumento no seu principal meio de poder e controle. Presentes em toda a história primitiva da Grécia em Escritos como a “Ilíada” e a “Odisseia”, Bíblias gregas. Assim, esses escritos em particular, mostravam que o homem, para atingir perfeição, deveria seguir e tentar se igualar a personalidade e exemplos divinos, presentes no Panteão grego.
"Conhece-te a ti mesmo" - o lema em que Sócrates cifra toda a sua vida de sábio. O perfeito conhecimento do homem é o objetivo de todas as suas especulações e a moral, o centro para o qual convergem todas as partes da filosofia. A psicologia serve-lhe de preâmbulo, a teodicéia de estímulo à virtude e de natural complemento da ética. (Chauí, pág.205, 2006).
	Como é sabido, Sócrates não deixou nada escrito. As notícias que temos de sua vida e de seu pensamento, devemo-las especialmente aos seus dois discípulos Xenofonte e Platão, de feição intelectual muito diferente. Xenofonte, autor de Anábase, em seus Ditos Memoráveis, legou-nos de preferência o aspecto prático e moral da doutrina do mestre. Xenofonte, de estilo simples e harmonioso, mas sem profundidade, não obstante a sua devoção para com o mestre e a exatidão das notícias, não entendeu o pensamento filosófico de Sócrates, sendo mais um homem de ação do que um pensador. Platão, pelo contrário, foi filósofo grande demais para nos dar o preciso retrato histórico de Sócrates; nem sempre é fácil discernir o fundo socrático das especulações acrescentadas por ele. Seja como for, cabe-lhe a glória e o privilégio de ter sido o grande historiador do pensamento de Sócrates, bem como o seu biógrafo genial. Com efeito, pode-se dizer que Sócrates é o protagonista de todas as obras platônicas embora Platão conhecesse Sócrates já com mais de sessenta anos de idade.
	Uma das principais contribuições de Sócrates tanto para o Direito como para a Filosofia, foi à criação, ou instituição da Ética como parâmetro para todas as ações humanas, tendo em vista que a virtude humana, mesmo sendo individual, produzia efeitos sociais e nesse aspecto surtia efeitos na coletividade como um todo. Desta maneira as ações humanas deveriam ser pautadas pela ética que mediaria o que essas ações poderiam ou não produzir e como o ser deveria se portar em detrimento da coletividade.
É sujeito ético ou moral somente aquele que sabe o que faz, conhece as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais. Sócrates afirma que apenas o ignorante é vicioso ou incapaz de virtude, pois quem sabe o que o é bem não poderá deixar de agir virtuosamente. (Chauí, pag. 311, 2006)
	Mesmo que não concordasse com a influência Sofista e Aristocrática de seu tempo, defendia que o Direito serviria para manutenção da ordem na Polis. Portanto o homem deveria respeitar as leis, mesmo que injustas, e esperar o único julgamento justo que poderia ter, que seria feito pelos verdadeiros deuses.
Embora tivesse conhecimento de que a lei humana (nomos) – artifício humano e não da natureza – poderia ser justa ou injusta, Sócrates pregava a irrestrita obediência à lei. O Direito – conjunto de leis, em termos simplistas – seria um instrumento de coesão social que levaria à realização do bem comum, entendido como o "desenvolvimento integral de todas as potencialidades humanas, alcançadas por meio do cultivo das virtudes” (Bitar e Almeida, pág, 104, 2010)
	Sendo desta forma o homem integrado socialmente deveria zelar pela lei e pela ordem, sob pena de acabar com toda a ordem social. Mesmo tendo oportunidades de revoltar-se, ou fugir, Sócrates em detrimento do bem maior aceitou a pena que recebeu mesmo acreditando ser injusta.PLATÃO
	Nasceu em Atenas, por volta de 427 A.C. Filho de pais aristocráticos, nasceu em uma família rica, envolvida com políticos. Seu nome era Arístocles, mas recebeu o apelido de Platão, que em grego significa de ombros largos. Recebeu educação especial, estudou leitura e escrita, ginástica, música, pintura e poesia. Era excelente atleta, participou dos jogos olímpicos como lutador. Platão se interessou pela filosofia e pela política logo cedo. Tornou-se discípulo de Sócrates aos 18 anos e o acompanhou durante cerca de 10 anos, até que fosse condenado à morte. Em 387 A.C., de volta para Atenas onde fundou sua escola filosófica, "Academia", local que reunia seus discípulos para estudar Filosofia, Ciências, Matemática e Geometria. Adotou o lema de Sócrates "O sábio é o virtuoso". Nos últimos anos de vida escreveu suas obras mais notáveis, cerca de trinta obras chegaram até nossos dias. Em forma de diálogos foram escritas "República", "Protágoras", "Banquete", "Fedro" e "Apologia", entre outras. O filósofo faleceu aos 80 anos, em 347 A.C. Estava escrevendo "As Leis", um grande tratado. Entre seus discípulos o que mais se destacou foi Aristóteles.
	O pensamento platônico é o início da racionalização. Antes, porém, o pensamento grego está penetrado pela mitologia. O conceito de justiça sai da lenda e passa a ser entendido a partir da perspectiva da razão. Para Platão, um esperto conhecedor do direito, a função do jurista não é somente aplicar ou estudar as leis existentes, mas antes de tudo, comparar os decretos injustos das assembléias populares, assim como dos emanados pelos tiranos. Uma lei injusta torna-se uma lei malvada, portanto não se configura conseqüentemente como direito.
	Nunca se pode definir ao certo o que foi sistematizado por Platão e o que é herança de Sócrates. Assim como é difícil definir exatamente a contribuição do próprio Sócrates já que Platão foi um dos maiores filósofos da Antiguidade ocupando lugar igual ao do mestre na história da Filosofia.
	Porem uma das ideias mais populares de Platão, que semanticamente se refere à politica é o “Mito da Caverna”:
Platão imagina uma caverna onde pessoas estão acorrentadas desde a infância, de tal forma que, não podendo ver a entrada dela, apenas enxergam o seu fundo, no qual são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira. Se um desses indivíduos conseguisse se soltar das correntes para contemplar à luz do dia os verdadeiros objetos, ao regressar, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esse o tomariam por louco e não acreditariam em suas palavras. (Aranha e Martins, pág. 121, 2003).
	Divide aqui toda sua teoria em “Mundo Sensível”, dos sentimentos naturais, onde os seres têm interpretações imperfeitas do mundo real, os habitantes da caverna que nunca conheceram a luz do dia verdadeira e tem somente sua ideia imperfeita através da “fogueira”. E “Mundo das Ideias”, onde trata das únicas verdades existentes, esse outro ponto seria o superior onde estariam os habitantes que realmente sairiam da caverna e conheceriam a luz do sol real e não somente sua representação deturpada pelos sentimentos primitivos do homem.
	Baseado nos trabalhos de Sócrates e Parmênides, Platão cria a palavra “ideia”, para denominar as intuições intelectuais superiores as sensíveis. Desta forma, apesar de discípulo de Sócrates deixa clara sua predileção por uma classe social e intelectual superior que deveria comandar a Polis, a dos Filósofos. Para Platão somente essa classe de homem sairia da caverna e conheceria a verdade absoluta e real, desenvolvendo assim a simbolização metafórica, onde comparava a sociedade ao corpo humano, onde as vísceras, região abdominal e o peito, seriam os artesãos e comerciantes; Os braços os guerreiros e a cabeça, reservada ao comando, a classe socialmente erudita a dos filósofos.
O vício, ao contrário da virtude, está onde reina o caos entre as partes da alma. De fato, onde predomina o levante das partes inferiores com relação à alma racional, aí está implantado o reino do desgoverno, isso porque ora manda o peito, e suas ordens e mandamentos são torrentes incontroláveis (ódio, rancor, inveja, ganância...), ora manda a paixão ligada ao baixo ventre (sexualidade, gula). (Bittar e Almeida, pág. 115, 2010).
	Nessas ideias básicas compreende-se a gênese da filosofia Platônica, onde o comando deveria sempre pertencer a classe superior e erudita (Aristocracia), sob pena de instalar-se o caos com a ascensão de qualquer outra classe. Ainda desenvolvendo a tese de que a justiça, que é o ideal mais claro e alto de todo Direito só poderia ser alcançada por homens evoluídos, por que esses teriam conhecimento da ideia mais elevada de todas o “Bem”.
	Equipara-se a Sócrates no tocante a toda ideia ou virtude ter que se converter em politica, sendo usado somente para o “Bem Comum”, esse seria o fim de toda a evolução de virtudes do individuo. Porem diverge quando defende a ideia de controle da sociedade por um governo Aristocrático, que por possuir o conhecimento deveria reinar soberano sobre todos os demais estamentos sociais.
ARISTÓTELES
	Notável filósofo grego, Aristóteles (384 - 322 A.C.), nasceu em Estágira, colônia de origem jônica encravada no reino da Macedônia. Filho de Nicômaco, médico do Rei Amintas gozou de circunstancias favoráveis para seus estudos. Em 367 A.C., aos seus 17 anos, foi enviado para a Academia de Platão em Atenas, na qual permanecerá por 20 anos, inicialmente como discípulo, depois como professor, até a morte do mestre em 347 a. C. Marcou seu nome na História por ter sido Mestre de Alexandre Magno (Alexandre O Grande) e ter influenciado em muitas das ideias de Alexandre, como a descentralização de direitos e poder que cedeu aos povos que conquistou em sua campanha e mesmo nas táticas e estratégias de guerra, que levaram Alexandre a conquistar os Impérios Mesopotâmicos, dentre eles um dos maiores da Idade Antiga o Babilônico. 
	Tornou-se um grande orador, porem seu inicio na oratória foi complicado, pois era gago e criou um método peculiar de treinamento, recitava debaixo de uma cachoeira com pedras na boca. Veio durante a sua vida a sistematizar três livros importantes para varias áreas do conhecimento humano: “A retorica”, “A comédia”, “A tragédia”, que sistematiza toda teoria para as artes de oratória, literatura e trágicas. Outras no campo da Politica também merecem ser ressaltadas como: Ética e Nicômano; Política; Órganon; Retórica das Paixões; A poética clássica; Metafísica; De anima (Da alma); O homem de gênio e a melancolia; Magna Moralia (Grande Moral); Ética a Eudemo; Física; Sobre o Céu.
	O fato mesmo de ser filho de médico pode ter dado a Aristóteles o gosto pelos conhecimentos experimentais e da natureza, ao mesmo tempo em que teve sucesso como metafísico. Oculto em sua propriedade em Cálcis, de Eubea, ali morreu em 322 A.C. aos 62 anos. Mas o Liceu teve continuidade, como também a Academia de Platão. Em seu testamento determinou a libertação de seus escravos. Foi essa talvez, a primeira carta de alforria da história.
Pelos atos que praticamos em nossas relações com as outras pessoas, tornamo-nos justos ou injustos; pelo que fazemos em situações perigosas e pelo hábito de sentir medo ou de sentir confiança, tornamo-nos corajosos ou covardes. O mesmo vale para os desejos e a ira: alguns homens se tornam temperantes e amáveis, outros intemperantes e irascíveis, portando-se de um ou de outro modo nas mesmas circunstâncias. (Aristóteles, pág. 41, 2002).
	Parte, como seus antecessores, do individuo para o todo (social), tratava a questão humana em dois pontos: Moral e intelectual. O primeiro se conquistava através do costume da repetição das práticas virtuosas, do que é correto fazer. O segundo caso estava ligado a pratica intelectual através de suas modalidades.
	Para Aristóteles a virtude que parte da pratica moral, mas pode ser aperfeiçoada também pelo conhecimento é um mediador entre dois vícios. Assim, a ideia de “justiça” como a virtude supremaesta ressaltada nos seus escritos. Essa virtude suprema mediará os males que advém do homem e de seu convívio em sociedade. E para conseguir ser justo é necessária uma moral e conhecimento elevados, pois não é simples para qualquer um determinar o centro de um circulo.
Assim, explicamos suficientemente que a virtude é um meio termo, em que sentido deve-se entender essa expressão, e que é um meio termo entre dois vícios, um dos quais envolve excesso e o outro falta, e isso porque a natureza da virtude é visar à mediania nas paixões e nos atos. Por conseguinte, não é fácil ser bom, pois em todas as coisas é difícil encontrar o meio. Por exemplo, determinar o meio de um circulo não é pra qualquer pessoa, mas só para aquela que sabe; do mesmo modo, qualquer um pode encolerizar-se, dar ou gastar dinheiro, pois isso é fácil; mas proceder assim em relação à pessoa que convém na medida, ocasião, motivo e da maneira que convém não é pra qualquer um, e nem é fácil. Por isso agir bem tanto é raro como nobre e louvável. (Aristóteles, pág. 54, 2002).
	Ou seja, existem faltas e omissões e em meio está à virtude, sendo em casos particulares, quando não é possível definir esse meio termo, escolher pelo vicio menos lesivo. Porém a ideia de justiça em Aristóteles remete a esse meio termo a essa virtude que media e anula os vícios que a circundam levando a virtude da justiça, que é perfeita, que se traduz em felicidade, sendo esse o objetivo principal da justiça.
Digo que, de um lado, há a lei particular e, do outro lado, a lei comum: a primeira varia segundo os povos e define-se em relação a estes, quer seja escrita ou não escrita; a lei comum é aquela que é segundo a natureza. Pois há uma justiça e uma injustiça, de que o homem tem, de algum modo, a intuição, e que são comuns a todos, mesmo fora de toda comunidade e de toda convenção recíproca. É o que expressamente diz a Antígona de Sófocles, quando, a despeito da proibição que lhe foi feita, declara haver procedido justamente, enterrando Polinices: era esse seu direito natural: Não é de hoje, nem de ontem, mas de todos os tempos que estas leis existem e ninguém sabe qual a origem delas. (Aristóteles. Pág. 86, 2002).
	Ainda sistematizou termos jurídicos como Equidade, Justiça completa, que seria o ideal coletivo de justiça onde à felicidade poderia ser possibilitada a todos, Justiça Particular, que trata da parte que procura a justiça, ou da lei de um povo determinado. Enquanto a justiça Geral seria a natural. E Justiça Politica, que seria composta de Regras de direito natural e da lei, sendo a primeira inata e a segunda criada e modificada conforme o tempo e circunstancias.
 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
ARANHA, M.L.A.; MARTINS, M.H.P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 2003.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2002:
BITTAR, C.E.B.; ALMEIDA, G.A. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2010.
CHAUÍ, MARILENA. Convite a Filosofia. São Paulo: Àtica, 2006.
MOSSÉ, Claude. O processo de Sócrates. Tradução de Arnaldo Marques. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987;

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