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Processos Contínuos de Produção Posições de soldagem Plana Horizontal Sobrecabeça Vertical 1.11 Posição de Soldagem Processos Contínuos de Produção 1.11 Posição de Soldagem Conforme ASME IX e AWS D1.1: G = (“groove”) = de tôpo F = (“fillet”) = em ângulo 1 = posição plana (“flat”) 2 = posição horizontal (“horizontal”) 3 = posição vertical (“vertical”): progressão ascendente ou descendente (“up / downhill”) 4 = posição sobre-cabeça (“overhead”) 5 e 6 = mistas Processos Contínuos de Produção 1.11 Posição de Soldagem Conforme ASME IX e AWS D1.1: G = (“groove”) = de tôpo F = (“fillet”) = em ângulo 1 = posição plana (“flat”) 2 = posição horizontal (“horizontal”) 3 = posição vertical (“vertical”): progressão ascendente ou descendente (“up / downhill”) 4 = posição sobre-cabeça (“overhead”) 5 e 6 = mistas Processos Contínuos de Produção 1.12 Gerenciamento Industrial da Soldagem A soldagem é considerada "Processo Especial" para gestão e garantia da qualidade no “Controle de produção e fornecimento de serviço”, requer gerenciamento dentro de um sistema da qualidade. Atendimento aos requisitos básicos de um Sistema da Qualidade: - Processo: Qualificação da Especificação do Procedimento de Soldagem (EPS); Qualificação do Procedimento de Reparo; Aquecimento e Tratamento Térmico Pós- Soldagem; Operações Afins: Corte, Desempeno, Preparação de Chanfros/Juntas, etc. - Consumíveis e Materiais: Qualificação do Produto e do Sub-fornecedor; Compra e Recebimento; Armazenagem, Tratamento e Distribuição; Agrupamento de Metais de Base. - Pessoal: Recrutamento, Admissão, Recolocação e Qualificação de Soldadores, Operadores de Soldagem e Ponteadores; Treinamento e Qualificação Profissional; Qualificação de Inspetores de Soldagem e de Ensaios (END, visual, dimensional, pintura,etc); - Meios: Aferição e Calibração de Instrumentos; Segurança, Higiene e Controle Ambiental em Soldagem; Simbologia e Terminologia Chanfros e Juntas de Soldagem. - Controle: Ensaios e Inspeção de Soldas; Critérios para Sub-fornecimento de Estruturas Soldadas. Processos Contínuos de Produção 1.12 EPS TIPO: TYPE ASTM A516 Gr70 125 +/- 15ºC 150 - 175 MÁX. 2,9 PRÉ-AQUECIMENTO (ºC): PREHEATING TEMP. TEMP. INTERPASSES: INTERPASS TEMP. APORTE DE CALOR: DIÂMETRO DIAM. - mm N.A VOLTSAMPERES 3,25 N.A FLOW RATE l/min 15 - 204 - 5 N.A METAL ADIÇÃO / AWS / FABRICANTE Soldagem de Esferas - Chapas Espessas Aquecimento:<200ºC/h TODOS PROCESS/TYPE ROOT CLEANING LIMPEZA DA RAIZ: LIMPEZA INIC./ENTRE PASSES: ESCOVAMENTO/ESMERILHAMENTO mmPASS DEMAIS OK 48.11 ELECTRODE/AWS/MANUFACTURER (AWS 5.5 - E7018-1) OK 48.11 100 - 110 20 - 21 INTENSIDADE CORRENTE TENSÃO Raiz PASSE VELOCIDADE SPEED - cm/min. 7 - 15 MODO DE TRANSFERÊNCIA: TRANSFER MODE N.A PROCESSO/TIPO INITIAL/BEAD CLEANING COBRE JUNTA: N.A LARG. DO PASSE/RETO OU OSCILADO: BEAD WIDTH/STRING OR WEAVE ESCOVAMENTO/ESMERILHAMENTO POSITIONPASS PASSE AMP./POL. POSIÇÃO SMAW OBSERVAÇÕES (REMARKS): MATERIAL: MATERIAL N.A. BACKING ºC MAX.KJ/mm DETALHE DA JUNTA: JOINT DESIGN EPS P/ QUALIFICAÇÃO C.E. (%) N.A. Resfriamento: <240ºC/h ESPECIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM WELDING PROCEDURE SPECIFICATION PROJETO/CLIENTE: QPS/NORMA: ASME II PART C - AWS 5.5 V9.283 WPS EPS: PQR/CODE 15 - 2021 - 22110 - 120 CC+ STICK-OUT FLUXO/GÁS/CLASSE ARAME-FLUXO FLUX/GAS/CLASS WIRE-FLUX VAZÃO Vertical Ascendente 3,25 N.A X ELECTRODEWELD METAL THICKNESS-mm 50,0 máx HEAT IMPUT NÃO (NO) TRAT. TÉRMICO: X SIM (YES) COR./POL. SIM (YES) NÃO (NO) METAL BASE/CARBONO EQUIVAL./P Nº/G Nº: BASE METAL/CARBON EQUIVALENT/P Nº/G Nº HEAT TREATMENT X SINGLE SIMPLES ESPES. DEPOSITADA MÚLTIPLO SINGLE PASS X 1/2 CP - 630 +/- 15ºC por 10,5 horas MÚLTIPLO MULTIPLE PASSE SIMPLES MULTIPLE ELETRODO Processos Contínuos de Produção 1.12 EPS EPS - ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM Número da EPS: 14 Data: 23/09/97 Grau de responsabilidade da soldagem: alto Posição(ões) de soldagem: 1G Processo de soldagem: MIG/MAG Gás/fluxo: V-16 Eletrodo: AWS ER 70 S-6 : 1,2 (mm) Vazão: 19-21 (l/min) - Detalhes da junta e da soldagem - - Limpar a junta antes de executar a soldagem na seqüência determinada - - Manter sempre o bocal limpo e o bico de contato com diâmetro adequado ao do arame - - Manter bastante fixas as conexões elétricas (principalmente o cabo terra) - Preparação da junta: Oxi-corte Usinagem Laser Plasma Outro: Parâmetros/variáveis de soldagem e detalhes operacionais Passe / Cordão Pola- ridade Vt (V) va (in/ min) vs (mm/ min) Stickout (mm) Corrente média (A) Con - dução Pré-aqueci- mento (°C) Pós-aqueci- mento (°C) 1 CC+ 29-31 480-550 360-415 22-28 300-340 ---- ---- ---- 2 CC+ 29-31 480-550 220-250 22-28 300-340 ---- ---- 3 CC+ 29-31 480-550 180-210 22-28 300-340 ---- ---- 4 CC+ 29-31 480-550 180-210 22-28 300-340 ---- ---- Observações: Seqüência de soldagem: passes alternados entre as juntas A e B. Virar a peça e fazer o mesmo para as juntas C e D. Os passes 1 e 4 não devem ter emendas. Usar a técnica “backhand” nos passes 1, 2, 3 e “passe a ré” - de aproximadamente 1000 mm - nos passes 2 e 3. Não unir cordões sem fazer a “unha”. Escovar bem entre passes. O passe nº 4 deve ter convexidade máxima de 3 mm. SUPORTE: RQPS n° 14.rqs Preenchida por: ______________________ Aprovada por: _______________________ Assinatura/registro Assinatura/registro “A” Detalhe da junta em “A” Solda típica: 4 lugares - seqência de soldagem: ver Observações - - começar pela parte curva - 2 3 1 4 Junta A Junta D Junta C Junta B Welerson Reinaldo de Aráujo Efeitos Térmicos e Mecânicos em soldagem 2013 plasma arco eletrodo de tungstênio bocal constritor bocal externo bocal externo Soldagem ao arco elétrico, Fusão Processos Contínuos de Produção 2.1 Introdução Os materiais respondem física, mecânica e metalurgicamente à agressão térmica e/ou mecânica devido à soldagem causa efeito microestrutura resultante propriedades da junta soldada Ocorrem fenômenos de aquecimento, transferência de calor, fusão, solidificação da poça fundida e resfriamento, que determinam a história térmica imposta a uma junta soldada. Processos Contínuos de Produção 2.2 Soldagem por Fusão - monopasse solda junta soldada de topo fluxo de calor solda junta soldada em ângulo corte transversal fluxo de calor revestimento por solda cordão de solda fluxo de calor solda fluxo de calor isotermas metal depositado linha de fusão ponto de incidência da fonte térmica do processo de soldagem junta (corte transversal) junta (vista de cima) Processos Contínuos de Produção 2.2 Soldagem por Fusão - monopasse Processos Contínuos de Produção 2.2 Soldagem por Fusão - monopasse O fluxo de calor durante a soldagem definirá as características finais da junta soldada, sendo influenciado pela natureza, propriedades e estado de fornecimento dos materiais envolvidos na união e do metal depositado. O calor introduzido na junta está associado à energia de soldagem, tendo influência direta na microestrutura e conseqüentemente nas característicasmetalúrgicas e propriedades mecânicas da junta soldada Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse 3 1 2 Tempo (s) Tambiente Temperatura (ºC) ciclos térmicos de cada ponto da junta termopares ligados a um registrador gráfico 1 2 3 fluxo de calor solda Ciclo térmico de soldagem X tratamentos térmicos convencionais Os parâmetros e variáveis de soldagem devem ser definidos de modo a se obter uma microestrutura apropriada na solda e nas suas vizinhanças, com propriedades compatíveis com o metal base e o desempenho global da junta soldada em serviço. Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse A historia térmica da soldagem está relacionada com a variação da temperatura em função do tempo, através do ciclo térmico imposto a cada ponto ou região da junta soldada. O ciclo térmico tem influência na formação e propriedades da zona fundida e suas vizinhanças no metal base, podendo favorecer alterações microestruturais, tais como: transformações de fase, distribuição e forma das fases presentes, mudança no tamanho ou forma do grão, com conseqüentes variações nas propriedades originais dos materiais de base constituintes da junta e da própria solda. Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Microestruturas e Propriedades Finais Para Aço Carbono (transformável): A) Granulação grosseira – grão austenítico grande. B) Granulação Fina – Normalização. C) Intercrítica – transformação parcial do MB. Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Temperatura de pico: temperatura máxima, em ºC, atingida por um ponto ou região da junta a uma dada distancia da solda Tempo de permanência: tempo, em segundos, que um dado ponto ou região da junta permanece acima de uma dada temperatura Velocidade de resfriamento: é a taxa de retirada ou dissipação de calor, em ºC/s, num dado ponto ou região da junta Principais parâmetros Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Principais parâmetros Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Modenesi, 2012 Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Principais parâmetros Bracarense, Infosolda Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Microestruturas e Propriedades Finais Para Aço Carbono (transformável) zona fundida: absorção de O2, N2 e H2 - reações de desoxidação e formação de inclusões Tfusão = ~1535ºC região vizinha à zona fundida: crescimento de grão - dissolução de precipitados região vizinha à zona fundida: austenitização - difusão região vizinha à zona fundida: contração sólida - transformação da austenita - precipitação alívio de tensões 1500 800 500 Temperatura (ºC) Tempo (s) Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Fatores Influenciadores Natureza do Metal Base Ligas endurecidas por encruamento: Pertencentes à classe – Aços com baixo teor de carbono trabalhados a frio (a) Região de recristalização e (b) região de granulação grosseira da ZTA Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Fatores Influenciadores Condutividade Térmica - Cu e Inox Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Fatores Influenciadores – Espessura MB Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Fatores Influenciadores – Espessura MB Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Fatores Influenciadores – Energia de soldagem A extensão e granulação da região vizinha à zona fundida é mais influenciada pela energia de soldagem. Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.2 Ciclo Térmico em Soldagem- monopasse Fatores Influenciadores – Pré Aquecimento A temperatura de pré-aquecimento tem maior influencia na transferência de calor na junta (velocidade de resfriamento) e portanto nas possíveis transformações microestruturais na solda e/ou na região vizinha à zona fundida. Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.2 Repartição Térmica - monopasse Solda, ZTA e Metal Base Solda: (= zona fundida), colunar bruta de solidificação Tsoldagem > Temperatura de fusão do material ZTA = submetida ao ciclo térmico, com possíveis mudanças na sua microestrutura T crítica do material < Tsoldagem < T de fusão do material Tcrítica = fç (natureza, tipo de liga metálica e estado de fornecimento do material) Metal base: Sem mudanças microestruturais, propriedades originais inalteradas Tsoldagem < Temperatura crítica Processos Contínuos de Produção 2.2 Repartição Térmica - monopasse distância ao centro da solda (mm) Temperatura máxima (ºC) T3 curva da repartição térmica devido ao ciclo térmico de soldagem junta (corte transversal) Tfusão T2 T1 Tcrítica 3 T3 T2 T1 temperaturas máximas do ciclo térmico de cada ponto/região da junta Tempo (s) Tambiente Temperatura (ºC) ciclos térmicos de cada ponto da junta 2 1 Processos Contínuos de Produção 2.2 Repartição Térmica - monopasse fonte térmica ZTA metal base Junta de topo soldada sem metal de adição e sem aplicação de pressão solda metal base Junta sobreposta soldada sem metal de adição e com aplicação de pressão ZTA pressão fonte térmica solda ZTA solda fonte térmica + metal de adição Junta em ângulo soldada com metal de adição e sem aplicação pressão Configurações típicas de juntas soldadas por fusão Junta de topo soldada com metal de adição e sem aplicação de pressão ZTA fonte térmica + metal de adição solda fonte térmica + metal de adição solda Solda de revestimento com metal de adição e sem aplicação pressão ZTA Processos Contínuos de Produção 2.2 Soldagem - multipasses T(ºC) 1 3 2 temperaturas máximas do ciclo térmico de cada ponto/região da junta tempo (s) ciclos térmicos devido ao passe A T(ºC) 2 3 1 temperaturas máximas do ciclo térmico de cada ponto/região da junta tempo (s) ciclos térmicos devido ao passe B T(ºC) 3 1 2 temperaturas máximas do ciclo térmico de cada ponto/região da junta tempo (s) ciclos térmicos devido ao passe C ▪ 2 ▪ 1 ▪ 3 passe A ▪ 2 ▪ 1 ▪ 3 passe A passe B ▪ 2 ▪ 1 ▪ 3 passe A passe B passe C Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.2 Soldagem - multipasses Processos Contínuos de Produção 2.2 Repartição Térmica - Multipasses Região reaquecida: metal depositado que ficou submetido ao ciclo térmico de um cordão de solda depositado posteriormente, apresentando sub-regiões (refino e grosseira) com microestruturas e tamanho de grão dependentes do tempo de permanência e dos níveis de temperaturas atingidas. ZTA’s regiões reaquecidas cordões de solda ZTA’s afetadas pela ZTA’s dos cordões de solda depositados posteriormente Toyoda, 1989 Processos Contínuos de Produção 2.2 Repartição Térmica - Multipasses Processos Contínuos de Produção Processo de Soldagem Energia de Soldagem Ciclo Térmico Repartição Térmica Junta Soldada EPS = Especificação do Procedimento de Soldagem: parâmetros e variáveis de soldagemdimensiona o grau de agressão térmica à junta microestrutura regiões e extensão: solda + ZTA + metal base propriedades Em geral: Energia de soldagem baixa Propriedades otimizadas da junta soldada Efeitos Térmicos na soldagem por fusão distância ao centro da solda (mm) Temperatura máxima (ºC) T3 curva da repartição térmica devido ao ciclo térmico de soldagem junta (corte transversal) Tfusão T2 T1 Tcrítica Welerson Reinaldo de Aráujo Tensões Térmicas na soldagem por fusão 2012 Processos Contínuos de Produção 2.3 Tensões Térmicas na Soldagem - fusão durante a soldagem em solidificação e resfriamento Aquecimento/fusão localizada na junta Tendência da junta a se expandir localmente Restrição à dilatação pelo material adjacente Solidificação da solda e resfriamento da junta Contração da solda e da junta Restrição à contração pelo material adjacente Processos Contínuos de Produção 2.3 Tensões Térmicas na Soldagem - fusão Modenesi, 2006 Processos Contínuos de Produção 2.3 Tensões Térmicas na Soldagem - fusão UFMG demec, 2010 Processos Contínuos de Produção 2.3 Tensões Térmicas na Soldagem - fusão UFMG demec, 2010 Processos Contínuos de Produção 2.3 As tensões de origem térmica na soldagem - fusão a) Tensões abaixo do limite de escoamento do material O valor máximo que podem atingir é a tensão limite de escoamento do material: por isso não há evidência externa da presença delas na junta, sendo avaliadas e mensuradas experimentalmente por extensometria, difração de raios X, ultra-som, dureza ou por modelagem matemática. Podem causar fragilização da junta por trincamento, corrosão sob tensão, distorção ou empeno em processamentos posteriores. Processos Contínuos de Produção 2.3 As tensões de origem térmica na soldagem - fusão b) Tensões acima do limite de escoamento do material Provocam deformação plástica e conseqüentemente alívio ou redução das tensões da junta, podendo causar instabilidade dimensional com variação de forma/dimensão por contração, empenamento ou distorção da junta ou componente. UFMG demec, 2010 Processos Contínuos de Produção 2.3 Tipos de Deformação - fusão UFMG demec, 2010 Processos Contínuos de Produção 2.3 Tipos de Deformação - fusão UFMG demec, 2010 Processos Contínuos de Produção 2.3 Tipos de Deformação - fusão UFMG demec, 2010 Processos Contínuos de Produção 2.3 Tipos de Deformação - fusão As tensões podem contribuir para algum mecanismo de colapso, trincamento ou fratura da junta durante ou após a soldagem; nos aços carbono, na ocorrência de trincamento a quente (S ou P), fissuração de solidificação, trincamento a frio induzido pelo H2 e decoesão lamelar. A tensão térmica ao longo da junta será mais irregular quando envolver materiais desiguais e/ou espessuras diferentes. Para juntas soldadas em multipasse, cada cordão de solda promove dilatação e contração na junta, conferindo maior complexidade. A intensidade das tensões térmicas também é influenciada pelo grau de restrição à deformação da junta durante a soldagem, através dos vínculos externos, como por exemplo, travamentos, gabaritos etc, denominadas de tensões de reação. Processos Contínuos de Produção 2.3 Distorção em soldagem - fusão Fatores influenciadores Limite de escoamento e Coeficiente de dilatação altos maior distorção Condutividade térmica e Módulo de elasticidade altos menor distorção a) Propriedades mecânicas do material limite de escoamento (L.E.) = capacidade de acomodar tensões térmicas módulo de elasticidade (E) = medida da rigidez do material b) Propriedades térmicas do material condutividade térmica = capacidade de dissipar calor através da junta coeficiente de dilatação térmica = capacidade de expansão térmica do material Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão a) Processos e Procedimentos eficiência de fusão do processo de soldagem, em função do tipo de fonte térmica usada: chama oxiacetilênica (T ≤ 3100ºC) < arco (T > 5000ºC) < plasma (T > 8000ºC) < Laser (T > 15000ºC) fusão rápida velocidade de soldagem alta menor aquecimento e/ou volume fundido da junta menor distorção e empenamento plasma arco eletrodo de tungstênio bocal constritor bocal externo bocal externo Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão a) Processos e Procedimentos reduzir ou aliviar as tensões residuais: -tratamentos térmicos localizados ou em toda a peça, intermediário ou ao final da soldagem -tratamentos mecânicos por martelamento entre passes de enchimento, vibracional a frio ou carregamento a frio com sobrecarga do componente soldado (pressão em VP) Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão a) Processos e Procedimentos recuperar as distorções por calibragem ou desempeno mecânico e térmico após resfriamento da junta soldada: técnica de calibragem a frio (com macaco, prensa hidráulica ou calandra) ou a quente (a chama). fazer uso de pré-aquecimento: temperaturas baixas até ~ 300 ºC: reduz a transição brusca entre as tensões Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Uso da prensa para corrigir o curvamento em uma junta em T Aquecimento localizado para corrigir distorção Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Aquecimento por pontos para correção de flambagem Aquecimento em linha para corrigir distorção angular numa solda de filete Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Uso de aquecimento cuneiforme para o endireitamento de chapas Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Aquecimento cuneiforme para corrigir distorção Seção de aço laminado padrão Extremidade curvada da chapa fabricação em caixa Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão a) Processos e Procedimentos técnica dos passes na soldagem a arco: reto e trançado, com influência na energia de soldagem em juntas de ângulo, usar número reduzido de passes por balanceamento ou escolha de eletrodos com maior diâmetro usar cordões de solda intercalados ou passe a ré; soldar no sentido centro para bordas Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Procedimentos alternativos usados na soldagem ponto para prevenir contração transversal. a) solda ponto retilínea a partir da extremidade da junta b) solda ponto em uma extremidade e, então, usar a técnica do passe de retrocesso para pontear o resto da junta c) solda ponto no centro, então completar a soldagem ponto usando a técnica de passe de retrocesso. Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Uso da direção de soldagem para controlar a distorção. a) Soldagem com passes de retrocesso b) Solda salteada Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão a) Processos e Procedimentos soldagem com distribuição diametralmente oposta de soldadores, em peças com simetria de forma Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão a) Processos e Procedimentos controlar adeformação: balancear os passes de solda em torno do eixo neutro da junta em ângulo ou de topo, quando se tem acesso pelos 2 lados da junta seqüência 3 seqüência 4 seqüência 2 seqüência 1 13 25 25 Empregar eletrodo cujo metal depositado tenha baixo limite de escoamento Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão b) Juntas e chanfros selecionar chanfros em juntas de topo que requeiram menor quantidade de solda depositada Redução da quantidade de distorção angular e contração lateral por: a) redução do volume do metal de solda; b) usando solda de passe único. Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão b) Juntas e chanfros compensar a contração ou encolhimento com sobremedida nas dimensões dos materiais de constituição da junta não depositar cordões de solda de acabamento em excesso em juntas de topo: reforço baixo respeitar as dimensões de perna ou garganta em juntas de ângulo definidas no desenho ou especificações técnicas Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão b) Juntas e chanfros Pré-posicionar as peças previamente à soldagem unilateral (acesso somente pelo lado externo da junta) em juntas de ângulo ou de topo: cálculo de distorção angular (ângulo de empenamento) através de modelagem matemática (fórmulas empíricas) ou por experimentação prática Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Pré-ajustagem das partes para produzir alinhamento correto depois de soldar a) Pré - ajustagem da junta de filete para prevenir distorção angular b) Pré - ajustagem da junta de topo para prevenir distorção angular c) Folga (abertura) no formato cônico ou em V para prevenir fechamento dos bordos. Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Pré-dobramento usando reforços e cunha para acomodar a distorção angular em chapas finas Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão b) Juntas e chanfros usar dispositivos de travamento ou fixação da junta: restrição à deformação pode ser perigoso, pois pode minimizar a deformação, mas pode também elevar as tensões!? prever número mínimo necessário de emendas numa peça escolha do chanfro e seqüência de soldagem em juntas longitudinais de anéis ou virolas de grande diâmetro, com acesso aos 2 lados e conformadas por calandragem emenda circunferencial emenda longitudinal Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Reforços longitudinais previnem curvamento na juntas de chapas finas soldadas de topo Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Guias/gabaritos de soldagem Braçadeiras flexíveis Técnicas de restrição usadas para prevenir distorção Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Suportes com cunha Suportes totalmente soldados Técnicas de restrição usadas para prevenir distorção Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão b) Juntas e chanfros chapas até aproximadamente 25 mm: chanfro em “V” para fora, pois ao depositar a solda, a junta tenderá a embicar para dentro; esta seqüência facilita a recalandragem posterior da peça soldada para desempeno o embicamento da junta após soldagem não pode ficar para fora da peça Ø Interno verso da junta Embicamento para dentro: aceitável, pois facilita a recalandragem verso da junta Ø Interno Embicamento para fora: dificulta ou inviabiliza a recalandragem chapas acima de 25 mm: chanfro em “X” assimétrico, com o lado maior para fora, pois ao depositar a solda, a junta tenderá a embicar para dentro, semelhante à junta em “V” Processos Contínuos de Produção 2.3 Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções - fusão c) Concepção do conjunto soldado usar seqüência de montagem/soldagem adequada evitar submeter regiões da peça à tensões na soldagem de reparo fabricar o componente em sub-conjuntos: possibilidade de montagem e soldagem um contra outro para diminuir deformações ou facilidade de desempeno de cada sub-conjunto em separado pós-soldagem contração livre solda 1 solda 2 contração restrita solda de reparo região submetida a tensões tensões de contração na solidificação Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Montagens geminadas (Back-to-back) para controlar a distorção quando da soldagem de dois components idênticos a) Montagens unidas por ponteamento antes da soldagem b) uso de calços para componentes que distorcem na separação após soldagem Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Distorção pode ser reduzida pelo posicionamento das soldas próximas ao eixo neutro. Processos Contínuos de Produção Medidas Técnicas Preventivas ou Corretivas – Tensões ou Distorções Eliminação das soldas por: a) dobramento da chapa; b) uso de perfis laminados ou extrudados Foda! Welerson Reinaldo de Aráujo Efeitos Mecânicos na soldagem por Pressão Agosto de 2013 Processos Contínuos de Produção 2.4 - Configurações típicas de juntas soldadas por Pressão 3 regiões típicas (estado sólido – sem diluição) Junção: interface de união entre os materiais de base, normalmente apresentando rebarba ZPD = Zona Plasticamente Deformada (ou ZDP = Zona Deformada Plasticamente): região de união que ficou submetida à deformação plástica com possíveis mudanças na sua microestrutura e propriedades; esta região pode ter tido influencia de calor associado ao processo de soldagem Metal base: material que não sofreu deformação e/ou mudanças microestruturais, mantendo suas propriedades originais inalteradas Processos Contínuos de Produção Aplicação de Pressão deformação plástica a frio: encruamento a quente: recristalização pressão junta soldada de topo rebarba região deformada junta soldada em ângulo pressão rebarba região deformada Efeitos Mecânicos na soldagem por Pressão Processo de Soldagem Aplicação de Pressão Deformação Plástica Perfil da Junta Junta Soldada EPS - Especificação do Procedimento de Soldagem: parâmetros e variáveis de soldagem dimensiona o grau de agressão mecânica à junta microestrutura regiões e extensão: solda + ZPD (+ ZTA) + metal base propriedades Em geral: Nível de encruamento baixo na junta soldada Propriedades otimizadas Processos Contínuos de Produção 2.4 - Configurações típicas de juntas soldadas por Pressão (junção, ZDP, metal base) Aplicação de Pressão deformação plástica a frio: encruamento a quente: recristalização pressão junta soldada de topo rebarba região deformada junta soldada em ângulo pressão rebarba região deformada Processos Contínuos de Produção Efeitos Mecânicos – Conclusão (pressão) Em geral: Nível de encruamento baixo na junta soldada Propriedades otimizadas Processo de Soldagem Aplicação de Pressão Deformação Plástica Perfil da Junta Junta Soldada EPS - Especificação do Procedimento de Soldagem: parâmetros evariáveis de soldagem dimensiona o grau de agressão mecânica à junta microestrutura regiões e extensão: solda + ZPD (+ ZTA) + metal base propriedades Processos Contínuos de Produção Ex. 1, cap 2, pág 8 Numa junta de topo soldada por fusão de modo a se obter penetração total, o tipo de chanfro em “V” ou “U” tem influência na resistência mecânica da junta soldada? Justifique sua resposta. Em termos econômicos, quais as vantagens entre os 2 tipos de chanfros? Processos Contínuos de Produção Uma peça deveria ser fabricada, conforme projeto, com uma chapa de aço de 25mm de espessura e 3 metros de comprimento. O setor de compras da empresa só conseguiu 2 chapas de mesma espessura, mas de comprimento 1,5 metros. Que tipo de junta e chanfro seria mais adequado para se fazer a emenda por solda das 2 chapas? Que tipo de penetração? Justifique sua escolha. Ex. 3, cap 2, pág 8
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