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Sífilis: Agente Etiológico, Fases e Diagnóstico

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SÍFILIS
Prof. Wesley Machado
INTRODUÇÃO
Doença infecciosa
Treponema pallidum
Brasil, 1 milhão de novos casos ao ano
29.000 sífilis congênita
5.749 notificados
Mortalidade por sífilis congênita: 70 a 100 por milhão de nascidos vivos;
FASE PRIMÁRIA
Contato > lesão primária no local de inoculação (10 dias a 3 meses) > Protossifiloma = ulceração indolor com bordas endurecidas e reação ganglionar satélite > desaparece espontaneamente (4-6 semanas) 
FASE SECUNDÁRIA
FASE SECUNDÁRIA (1-6 meses após protossifiloma) > roséolas, lesões mucosas e linfadenopatia generalizada > reação meníngea aguda* (2-6 semanas)
Sífilis latente recente > primeiros anos após a infecção > lesões cutâneas, mucosas, oculares e neurosífilis recente*
FASE TERCIÁRIA
Sífilis latente tardia > 5 a 20 anos após a infecção > sintomática com lesões destrutivas, cardiovasculares, sistema nervoso central > demência, psicose, tabes dorsalis > lesões gomosas em pele, ossos e vísceras.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Ausência das manifestações clínicas:
-Treponema nas lesões ou detecção de Ac
- Protossifiloma ou lesões cutâneas – microscopia direta, em campo escuro, após coloração de prata (Leishman ou Giemsa) ou imunofluorescência;
PESQUISA EM CAMPO ESCURO
Coleta do material
Remover a camada com gaze
Recobrir com lâmina de microscopia coletando a gota de exudato límpido;
Colocar lamínula;
Microscopia de campo escuro, 40 a 100x de aumento;
Delgado com 6 a 8 espiras regulares a apertadas; 
Movimentos ativos para frente e trás por rotação contínua.
PESQUISA APÓS COLORAÇÃO
Material seco e fixado com calor brando;
Corado por prata (Fontana) ou Giemsa;
Especialmente por materiais de lesões mucosas da boca;
Preferível a imunofluorescência;
A lâmina é incubada com Ac conjugado a fluoresceína;
Em seguida é lavada e incubado com conjugado fluorescente antiglobulinas humanas.
TESTE DE INFECTIVIDADE EM COELHO E PESQUISA DE DNA
O T. pallidum pode ser isolado por inoculação em testículo de coelho; 
DNA extraído de tecidos.
TESTES SOROLÓGICOS
Testes treponêmicos;
Testes Não-treponêmicos.
TESTES DE CARDIOLIPINA
VDRL: Floculação
Utilizam como antígeno a cardiolipina, o qual é um princípio ativo dos extratos de coração de boi para pesquisa de reaginas (Ac + nos casos de sífilis);
Especificidade limitada; Alta sensibilidade; Custo reduzido; Simples execução;
TESTES DE CARDIOLIPINA
Os testes quantitativos são realizados com soro puro (1/1) e também com soro diluído (1/10)
Acompanhamento do tratamento;
Evitar falsos-negativos por fenômeno pré-zona;
Diluição dobrada a partir de 1/1
TESTES TREPONÊMICOS
FTA-Abs:
Utilizam o Treponema pallidum;
Teste de imunofluorescência;
Realizado após absorção ou bloqueio de Ac não específicos eventualmente encontrados no soro (sorbent);
Incubação com conjugado fluorescente anti-imunoglobulinas humanas;
Soro reagente: 2, 3 ou 4+
Reatividade limiar: 1+ (borderlines)
Não reagente: ausência de fluorescência.
EXERCÍCIOS
1) Qual o nome do agente etiológico da sífilis e suas principais características?
2) Descreva as fases da sífilis e suas principais características.
3) Em quais objetivas do microscópio observamos os Treponema pallidum no exame de campo escuro?
4) Quais são as 2 técnicas de coloração utilizadas para detecção do Treponema?
5) Qual a diferença de testes treponêmicos e não treponêmicos? Explique.
6) Qual o princípio do teste de VDRL?
7) Quais os benefícios do VDRL? E qual a importância desse teste para o tratamento?
8) No VDRL, qual é a importância de diluirmos a amostra? Explique.
9) Qual o princípio do teste de FTA-Abs?
10) Por quê podemos ter o VDRL positivo e FTA-Abs negativo? Explique.

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