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32 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 Unidade II 4 Receita total Xerox teve alta em 7% na receita de negócios com serviços no ST12 A Xerox (NYSE: XRX) anunciou seu resultado no primeiro trimestre de 2012, que inclui lucro ajustado por ação de US$ 0,26, excluindo US$ 0,04 relativos à amortização de intangíveis – resultando no lucro líquido por ação de US$ 0,229. A receita total no período, de US$ 5,5 bilhões, teve queda de 1%, ou aumento de 1% em moeda constante. A receita de negócios com serviços subiu 7%. “Com mais da metade de nossa receita total vindo de serviços, acelerar o crescimento nesse segmento é uma prioridade”, afirmou Ursula Burns, presidente e CEO da Xerox. “Os resultados do segundo trimestre reflete um progresso sólido nos negócios de BPO com crescimento de 8% no segmento, 9% de crescimento em outsourcing de TI e crescimento de 6% em gestão de documentos, sempre desconsiderando os efeitos cambiais” (FATOR BRASIL, 2012). A receita total é fruto da multiplicação do preço pela quantidade vendida. Conforme Silva (2011), seja U uma utilidade (bem ou serviço) cujo preço de venda por unidade seja um preço fixo P0, para quantidades entre q1 e q2 unidades. A função dada por RT = P0 · q, com q1 < q < q2, é denominada função receita total ou simplesmente receita total (valor total recebido por uma quantidade de produtos vendidos). • Exemplo RT = 3·q, 0 < q < 6. Para representar graficamente essa situação, podemos construir a seguinte tabela: q RT 0 6 Atenção: respeitamos a restrição em q colocada pelo problema. Para q = 0, RT = 3·(0) = 0. Para q = 6, RT = 3·(6) = R$ 18,00. 33 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada q RT 0 0 6 18 RT (R$) 18 0 6 q (quantidade) Figura 12 – Representação gráfica de RT = 3·q, 0 < q < 6 A receita total é o valor recebido pela venda de q produtos. No exemplo anterior, observamos que a receita total é limitada ao valor de R$ 18,00 quando a quantidade vendida é de 6 unidades, pois o valor unitário do produto é fixo e equivale a R$ 3,00. observação Quando o preço da mercadoria não é fixo, a receita total pode variar, pois, se o preço varia, a demanda também se altera, mudando assim a receita total. RT = P·D. lembrete Você provavelmente deva estar pensando: isto é muito fácil! Mas lembre‑se de que preços diferentes provocam demandas diferentes. Simplesmente subir preços não garante aumento da receita total. Veja o exemplo: Dada a demanda de mercado D = 20 – 2P, a variação de preço (primeira coluna) altera a receita total: P D RT = P·D 1 20 – 2·(1) = 18 unidades RT = 1·18 = R$ 18,00 3 20 – 2·(3) = 14 unidades RT = 3·14 = R$ 42,00 5 20 – 2·(5) = 10 unidades RT = 5·10 = R$ 50,00 7 20 – 2·(7) = 6 unidades RT = 7·6 = R$ 42,00 9 20 – 2·(9) = 2 unidades RT = 9·2 = R$ 18,00 34 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 observação Conforme o preço (P) aumenta, a procura (D) pelo produto diminui. No entanto, a receita total (RT) varia de acordo com o preço do produto e a quantidade de procura (D) por essa mercadoria. • Observe: — se o preço (P) for muito baixo, existirá grande procura (D) pelo produto, mas não necessariamente teremos uma receita total (RT) máxima; — se o preço (P) for muito alto, existirá pouca procura (D) pelo produto, e também não necessariamente teremos uma receita total (RT) máxima; — existirá um preço (P) adequado que corresponderá a uma procura (D), a qual, por sua vez, proporcionará uma receita total (RT) máxima. Saiba mais Leia em <http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo. phtml?id=1265226> alguns exemplos de variação de preços afetando as vendas. Para maximizar a receita total, podemos seguir estes passos: Considerando D = 48 – 2P, vamos estabelecer a expressão da receita total RT = P·D somente em função da variável D: 1) “Isolando” P em função de D: D = 48 – 2P D + 2P = 48 2P = 48 – D P = 48 – D = 48 – D 2 2 2 P = 24 – 0,5D. 35 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada 2) “Substituindo” em RT = P·D: RT = (24 – 0,5D)·D RT = 24D – 0,5D2 Qual deverá ser o valor de D (quantidade de procura) que tornará a receita total (RT) máxima? Vamos calcular: RT = 24D – 0,5D2 1) Considerar RT = 0: 24D – 0,5D2 = 0 24D – 0,5D2 = 0 (a = – 0,5 b = 24 c = 0) D = b2 – 4·a·c D = (24)2 – 4·(‑ 0,5)·(0) = 576 + 0 = 576 D = – b + – ÖD 2·a D = − ± ⋅( ) = − ± − 24 576 2 0 5 24 24 1, D’ = 0 D” = 48 2) Receita total (RT) máxima em função da procura (D) por determinado produto: D = ‑b = – (24) = 24 unidades 2·a 2·(‑0,5) RT = 24D – 0,5D2 = 24 . 24 – 0,5 . 242 = 576 – 0,5 . 576 = 288 3) Preço correspondente à demanda de 24 unidades do produto: P = 24 – 0,5D P = 24 – 0,5·(24) P = 24 – 12 = R$ 12,00 36 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 Portanto, existirá, ao preço (P) de R$ 12,00, uma demanda (D) de 24 unidades do produto para que a receita total (RT), nesse caso, seja a maior possível. Veja o gráfico: RT (R$) 480 288 D (quantidade) 24 Vértice (24;288) Figura 13 – Representação gráfica de D = 48 – 2P, para RT = P·D somente em função de D Observando os cálculos e o gráfico anterior, podemos dizer que, nesse caso, ao preço (P) de R$ 12,00, temos uma demanda (D) de R$ 24,00, que proporciona uma receita total (RT) máxima de R$ 288,00. Ou seja, com esses parâmetros, ocorre a maximização da receita. observação Cuidado para não confundir maximização da receita com maximização do lucro. A maximização da receita trata de identificar a melhor solução entre demanda e preço, mas não necessariamente traz a melhor solução no tocante a lucro unitário. 4.1 exercícios resolvidos passo a passo 1. Um restaurante tem um cardápio com preço fixo de R$ 13,50 e consegue atender até 256 pessoas por dia. 37 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada Figura 14 Considere a função RT = 13,5·q, na qual o preço é fixo (R$ 13,50) e q é a quantidade de produtos vendidos diariamente, que pode variar de zero a 256 (0 < q < 256 unidades). Se a ocupação do restaurante for de 50%, qual será o valor recebido em decorrência da venda dos produtos? Nesse caso, a metade dos produtos vendidos corresponde a 128 unidades, visto que a quantidade varia entre 0 e 256 unidades. RT = 13,5·(128) = R$ 1.728,00. Portanto, o valor recebido pela metade dos produtos vendidos é de R$ 1.728,00. 2. Uma empresa de ônibus interurbanos oferece em determinada linha o preço de R$ 20,50 e precisa ter, no mínimo, uma receita de R$ 1.025,00. Figura 15 38 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 Considere a função RT = 20,5·q, na qual o preço é fixo (R$ 20,50) e q é a quantidade de produtos vendidos (0 < q < 120 unidades). Qual será a quantidade de produtos vendidos quando a receita total atingir o valor de R$ 1.025,00? Sabendo que RT = 1.025,00, podemos afirmar que: RT = 1.025 20,5·q = 1.025 Q = 1.025 20,5 Q = 50 unidades vendidas. Portanto, a receita total atinge o valor de R$ 1.025,00 quando são vendidas 50 unidades do produto. 5 cUStototal A função custo total está associada à produção de uma utilidade (valor “gasto” por uma quantidade de bens produzidos). CT = CF + CV, onde CT é o custo total, CF é o custo fixo e CV é o custo variável. lembrete Custos fixos permanecem iguais independentemente da produção e das vendas. Exemplo: aluguel de escritório. Custos variáveis mudam proporcionalmente ao nível de produção ou de vendas. Exemplo: matéria‑prima de produção. • Exemplo conforme Silva (2011): O custo variável médio (custo unitário) de produção de certo bem é de R$ 12,00, e o custo fixo associado à produção é de R$ 60,00 para quantidades variáveis na faixa de 0 a 100 unidades. Se o preço de venda, na mesma faixa, é de R$ 20,00/unidade, identifique: a) A função custo total (CT): CT = CF + CV CT = 60 + 12·q 39 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada b) A representação gráfica: q CT = 60 + 12·q 0 60 100 1260 CT (R$) 1000 1260 q (quantidade) 60 Figura 16 – Representação gráfica de CT = 60 + 12·q c) A função receita total (RT): RT = 20·q d) O custo total (CT) associado a uma produção de 75 unidades desse bem: CT = 60 + 12·q CT = 60 + 12·(75) = 60 + 900 = R$ 960,00 5.1 exercícios resolvidos passo a passo 1. Um fabricante de camisetas tem, por unidade, um custo de produção de R$ 8,00, e o custo fixo é de R$ 1.200. 40 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 Figura 17 Sabendo que a função custo total CT = 1200 + 8·q está associada à produção das camisetas, determine o custo total referente à produção de 230 unidades: Produção de 230 unidades (q = 230): CT = 1.200 + 8·(230) CT = 1.200 + 1.840 CT = R$ 3.040,00 Portanto, o custo total referente à produção de 230 unidades do referido bem será de R$ 3.040,00. 2. Um fabricante de calculadoras tem por custo variável R$ 25,00 e por custo fixo R$ 2.000. Figura 18 41 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada Sabemos que a função custo total CT = 2000 + 25·q está associada à produção da calculadora. Qual será a produção necessária para termos um custo total de R$ 5.000,00? Custo total de R$ 5.000,00 (CT = R$ 5.000,00): CT = 5.000,00 2.000 + 25·q = 5.000 25·q = 5.000 – 2.000 25·q = 3.000 q = 3.000 25 q = 120 unidades produzidas. Portanto, a produção necessária para termos um custo total de R$ 5.000,00 é de 120 unidades do determinado bem. 3. Marcos vende café em porta de fábrica com um custo fixo de R$ 3,00 e um custo variável de R$ 0,60. Figura 19 Sabendo‑se que esse produto é vendido a R$ 0,80 a unidade, Marcos precisa vender, pelo menos, q unidades do produto para não ter prejuízo. Qual é o valor de q? 42 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 Por meio das informações do problema, vamos construir as funções CT e RT: CT = 3 + 0,60·q (valor “gasto” pela produção de q unidades de determinada utilidade). RT = 0,80·q (valor “recebido” pela venda de q unidades de determinada utilidade). Para não ter prejuízo, podemos afirmar que: LT > 0. Nesse caso, a função lucro total é: LT = RT – CT LT = 0,80·q – (3 + 0,60·q) LT = 0,80·q – 3 – 0,60·q LT = 0,20·q – 3 Considerando LT > 0, temos: LT > 0 0,20·q – 3 > 0 0,20·q > 3 q > 3 0,20 q > 15 unidades Para LT > 0, temos q > 15 unidades. Portanto, para não ter prejuízo, Marcos precisa vender pelo menos 15 unidades do produto. O valor de q é de 15 unidades. 6 PoNto De NiVelaMeNto e lUcRo total 6.1 Ponto de nivelamento Quando há equilíbrio entre custo e receita, a quantidade produzida é considerada ponto de nivelamento. É o equivalente a uma barreira a ser transposta, pois abaixo desse ponto há prejuízo, e acima, lucro (BONORA, 2006). 43 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada Ponto de nivelamento (ou equilíbrio) é a quantidade (produzida e vendida) de determinada mercadoria, que corresponde, ao mesmo tempo, à receita total e ao custo total. Ou seja, lucro zero. RT = CT • Exemplo conforme Silva (2011): São dadas as funções RT = 0,4·q e CT = 3 + 0,1·q para 0 < q < 20 unidades de um determinado produto. O ponto de nivelamento é: RT = CT 0,4·q = 3 + 0,1·q 0,4·q – 0,1·q = 3 0,3·q = 3 qe = 3 = 10 unidades 0,3 Para uma quantidade qe = 10 unidades (produzida e vendida) de determinada mercadoria, temos RT (valor total recebido pela venda) igual ao CT (valor total “gasto” pela produção), portanto, não temos lucro nem prejuízo. Construindo o gráfico para tal situação: 1) Tabela de valores: q RT = 0·4.q 0 0 20 8 q CT = 3 + 0,1·q 0 3 20 5 44 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 2) Representação gráfica: RT, CT (R$) 0 q (quantidade) 8 5 4 3 10 20 CT = 3 + 0,1 . q RT = 0,4 . q Figura 20 – Representação gráfica de RT = 0,4·q e CT = 3 + 0,1·q para 0 < q < 20 Observe no gráfico anterior que, nesse caso, para uma quantidade (produzida e vendida) de 10 unidades (qe) dessa mercadoria, temos RT = CT = R$ 4,00. RT = 0,4·q = 0,4·(10) = R$ 4,00 CT = 3 + 0,1·q = 3 + 0,1·(10) = 3 + 1 = R$ 4,00. 6.2 lucro total A partir da receita total, ao subtrairmos o custo total, temos o lucro total. Seja CT o custo total associado à produção de uma utilidade e RT a receita total referente à venda dessa utilidade. A função lucro total (LT) associada à produção e à venda da utilidade é dada por: LT = RT – CT Vamos analisar o gráfico do exemplo anterior com mais atenção: 45 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada RT, CT (R$) 0 q (quantidade) 8 5 4 3 10 20 CT = 3 + 0,1 . q RT = 0,4 . q Figura 21 – Representação gráfica de RT = 0,4·q e CT = 3 + 0,1·q para 0 < q < 20 • anteriormente, observamos que o ponto de nivelamento, nesse caso, é qe = 10 unidades (RT = CT). Não existe lucro nem prejuízo para tal quantidade produzida e vendida; • para uma quantidade (produzida e vendida) entre 0 e 10 unidades (0 < q < 10), o gráfico do custo está acima do gráfico da receita. Isso significa que, nessa faixa, o custo total é maior que a receita total (CT > RT), ou seja, o “gasto” excede o “valor recebido”. Nessa faixa de bens produzidos e vendidos existirá prejuízo; • para uma quantidade (produzida e vendida) entre 10 e 20 unidades de determinado bem (10 < q < 20), o gráfico do custo está abaixo do gráfico da receita. Isso significa que, nessa faixa, o custo total é menor que a receita total (CT < RT), ou seja, o “valor recebido” excede o “gasto”. Nessa faixa de bens produzidos e vendidos existirá lucro. Tudo isso pode ser representado algébrica e graficamente por meio da função lucro (LT = RT – CT). Veja: Sabendo que as funções dadas no exemplo foram RT = 0,4·q e CT = 3 + 0,1·q para 0 < q < 20, obtemos: LT = 0,4·q – (3 + 0,1·q) LT = 0,4·q – 3 – 0,1·q LT = 0,3·q – 3 (para: 0 < q < 20). 46 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 Inserindo a representação gráfica da função lucro: 1) Tabela de valores q LT = 0,3·q – 3 0 ‑ 3 20 3 2) Representação gráficaRT, CT, LT (R$) 0 q (quantidade) 8 5 4 3 10 20 CT = 3 + 0,1 . q RT = 0,4 . q LT = 0,3 . q ‑ 3 +++ ‑3 Figura 22 – Representação gráfica de LT = 0,3·q – 3 (para: 0 < q < 20) 6.3 exercícios resolvidos passo a passo 1. Considere as funções RT = 3,5·q e CT = 10 + 1,5·q, para 0 < q < 10 unidades de determinada mercadoria. Qual é o ponto de nivelamento? RT = CT 3,5·q = 10 + 1,5·q 3,5·q – 1,5·q = 10 2·q = 10 47 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada q = 10 2 q = 5 unidades (ponto de nivelamento) Portanto, para cinco unidades (qe) de mercadorias produzidas e vendidas, não teremos lucro nem prejuízo (LT = 0). 2. Considere as funções RT = 3·q e CT = 6 + q, para 0 < q < 10 unidades de determinada mercadoria. Qual é a função lucro total? A função lucro total é construída da seguinte maneira: LT = RT – CT LT = 3·q – (6 + q) LT = 3·q – 6 – q LT = 2·q – 6 Portanto, nesse caso, a função lucro total pode ser escrita como LT = 2·q – 6. 3. Considere a função lucro total LT = 8·q – 3.600, para 0 < q < 1.500 unidades de um determinado bem. Qual é o lucro total referente à produção de 600 unidades dessa mercadoria? LT = 8·q – 3.600 LT = 8·(600) – 3.600 LT = 4.800 – 3.600 LT = R$ 1.200,00 Portanto, o lucro total referente à produção de 600 unidades dessa mercadoria é de R$ 1.200,00. 4. Considere a função lucro total LT = 7·q – 3.500, para 0 < q < 2.000 unidades de determinado bem. Qual será a produção necessária para que ocorra RT = CT? Observe que RT = CT corresponde a LT = 0. Portanto: LT = 0 48 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 7·q – 3.500 = 0 7·q = 3.500 q = 3.500 7 q = 500 unidades produzidas Será necessária uma produção de 500 unidades desse bem para que ocorra RT = CT, ou seja, para que não ocorra lucro nem prejuízo. A utilidade prática de calcular o ponto de nivelamento e o lucro total reside na necessidade das organizações de projetar seus investimentos em aumento de produção, por exemplo. A pergunta básica nesse caso é: valerá a pena investir x se o ponto de nivelamento for muito difícil de atingir? Saiba mais Leia o artigo Considerações acerca do ponto de equilíbrio como ferramenta gerencial, de Edmar José Zorzal. Disponível em: <http://www. novomilenio.br/foco/1/artigo/5_Ponto_de_equilbrio_artigo.pdf>. Resumo Nesta unidade, vimos alguns valores cujos cálculos são rotineiros para os administradores: a receita total, o custo total e o lucro total. Receita total é o valor total recebido por uma quantidade de produtos vendidos, como fruto da multiplicação do preço pela quantidade vendida. Custo total é o valor gasto por uma quantidade de bens produzidos, obtido pela soma de custos fixos e variáveis. A partir da receita total, ao subtrairmos o custo total, temos o lucro total, que revela o lucro de um dos bens produzidos. Também estudamos o conceito de ponto de nivelamento. Quando há equilíbrio entre custo e receita, a quantidade produzida é considerada ponto de nivelamento. É o equivalente a uma barreira a ser transposta, pois abaixo desse ponto há prejuízo, e acima, lucro. Uma das 49 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada muitas tarefas dos administradores é gerenciar o ponto de nivelamento dos bens produzidos pela empresa, pois é a partir daí que perseguimos o lucro. exercícios Questão 1 (ENADE 2006). Analise a figura a seguir: Fábricas Depósitos 1 2 1 2 3 R$ 5,00/t R$ 6,00/t R$ 4,0 0/t R$ 3,0 0/t R$ 5,00/t R$ 4,00/t Demanda = 1.000 Demanda = 1.500 Demanda = 500 A Cia. de Produtos Vegetais – CPV possui duas fábricas que abastecem três depósitos. As fábricas têm um nível máximo de produção baseado nas suas dimensões e nas safras previstas. Os custos em R$/t estão anotados em cada rota (ligação entre as fábricas e depósitos). José de Almeida, estudante de Administração, foi contratado pelo Departamento de Logística com a finalidade de atender a demanda dos depósitos sem exceder a capacidade das fábricas, minimizando o custo total do transporte. Em sua decisão ele considerou as seguintes situações: I – 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 1. A demanda restante deve ser suprida a partir da Fábrica 1; II – 2.500 unidades devem ser transportadas da Fábrica 1 para os Depósitos 1 e 2. A demanda restante deve ser suprida a partir da Fábrica 2; III – 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 2. A demanda restante deve ser suprida a partir da Fábrica 1. Apresenta(m) o(s) menor(es) custo(s) apenas a(s) situação(ões): A) I. B) II. C) III. 50 Unidade II Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 D) I e III. E) II e III. Resposta correta: alternativa D. Análise das afirmativas I) Afirmativa correta. Justificativa: como 1000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 1, a demanda restante deve ser 1500 unidades transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2, e 500 unidades transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 3. Sabendo‑se que a receita total é dada por RT = P0 . q, sendo P o preço fixo e q as quantidades (demanda), podemos determinar RT: Quando 1000 unidades são transportadas da Fábrica 2 para o Depósito I temos que RT = 4 . 1000 = 4000. Quando 1500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2, temos que RT = 4 . 1500 = 6000. Quando 500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 3, temos que RT = 6 . 500 = 3000. Assim, o custo total será a soma das receitas RT = 4000 + 6000 + 3000, que será igual a R$ 13.000,00. II) Afirmativa incorreta. Justificativa: como 2500 unidades devem ser transportadas da Fábrica 1 para os Depósitos 1 e 2, a demanda restante deve ser 500 unidades transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 3. Sabendo‑se que a receita total é dada por RT = P0 . q, sendo P o preço fixo e q as quantidades (demanda), podemos determinar RT: Quando 1000 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito I temos que RT = 5 . 1000 = 5000. Quando 1500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2, temos que RT = 4 . 1500 = 6000. Quando 500 unidades são transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 3, temos que RT = 5 . 500 = 2500. Assim, o custo total será a soma das receitas RT = 5000 + 6000 + 2500, que será igual a R$ 13.500,00. III) Afirmativa correta. Justificativa: como 1000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 2, a demanda restante deve ser 1000 unidades transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 1, 500 unidades transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2 e 500 unidades transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 3. Sabendo‑se que a receita total é dada por RT = P0 . q, sendo P o preço fixo e q as quantidades (demanda), podemos determinar RT: 51 Re vi sã o: J ul ia na - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 09 -0 8- 20 12 MateMática aplicada Quando 1000 unidades são transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 2 temos que RT = 3 . 1000 = 3000. Quando 1000 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 1, temos que RT = 5 . 1000 = 5000. Quando 500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 2, temos que RT = 4 . 500 = 2000. Quando 500 unidades são transportadas da Fábrica 1 para o Depósito 3, temos que RT = 6 . 500 = 3000. Assim, o custo total será a soma das receitas RT= 3000 + 5000 + 2000 + 3000, que será igual a R$ 13.000,00. Questão 2 (ENADE 2006). A Cia. Alonso de Auto Peças Ltda. distribui peças para oficinas de reparo de automóveis localizadas em grande área metropolitana. Embora se trate de um mercado competitivo, a Cia. Alonso gostaria de oferecer níveis de estoque adequados às oficinas atendidas, ao mesmo tempo em que deseja maximizar seus lucros. Ela é sabedora de que, à medida que aumenta a percentagem média de atendimentos aos clientes (nível de serviço), maior é seu custo de estoques. A fim de determinar a influência dos níveis de estoque no percentual de atendimento aos clientes, a Alonso fez um levantamento dos principais itens de seu estoque nos últimos seis meses. A seguinte tabela foi preparada: Percentagem média de atendimento aos clientes Nível médio mensal de estoque (R$) Custos de estoques mensais (R$) Receita média de vendas mensais (R$) 80% 27.500,00 550,00 900,00 85% 30.000,00 600,00 1.200,00 90% 35.000,00 700,00 1.400,00 95% 40.000,00 800,00 1.450,00 98% 50.000,00 1.000,00 1.600,00 A partir dos dados apresentados nessa tabela, pode‑se concluir que o maior lucro ocorrerá quando o nível de serviço for equivalente a: A) 80%. B) 85%. C) 90%. D) 95%. E) 98%. Resolução desta questão na plataforma. 52 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011. Figura 2 WHAT‑SUPERSTORE__1_.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/198799>. Acesso em: 31 jul. 2012. Figura 3 RIO_DE_JANEIRO.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/97747>. Acesso em: 31 jul. 2012. Figura 4 WINEBOTTL012007__4_.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/157136>. Acesso em: 31 jul. 2012. Figura 5 SELLING CLOTHES – SALE (1).JPG. Disponível em <http://www.morguefile.com/archive/ display/550706>. Acesso em: 31 jul. 2012. Figura 6 SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011. Figura 7 CAMERA_STORE.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/52645>. Acesso em: 31 jul. 2012. Figura 8 MECHANIC2.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/101671>. Acesso em: 31 jul. 2012. Figura 9 386.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/812312>. Acesso em: 31 jul. 2012. 53 Figura 10 SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011. Figura 11 ICE CREAMS.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/793590>. Acesso em: 31 jul. 2012. Figura 12 SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011. Figura 13 SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011. Figura 14 RECEPDECOR030907__21_.JPG. Disponível em <http://www.morguefile.com/archive/display/161322>. Acesso em: 1 ago. 2012. Figura 15 COACHES.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/15932>. Acesso em: 1 ago. 2012. Figura 16 SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011. Figura 17 T‑SHIRTS_0933 (4_6).JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/661933>. Acesso em: 1 ago. 2012. Figura 18 X985CW 001.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/672252>. Acesso em: 1 ago. 2012. Figura 19 COFFEE_POT_WITH_STYROFOAM_CUPS.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/ display/170369>. Acesso em: 1 ago. 2012. 54 Figura 20 SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011. Figura 21 SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011. Figura 22 SILVA, S. M.; SILVA, E. M.; SILVA, E. M. Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2011. REFERÊNCIAS Textuais BARBOSA, A. P. Demanda e oferta! Artigos.com, ago. 2007. Disponível em: <http://www.artigos.com/ artigos/sociais/administracao/demanda‑e‑‑oferta!‑2109/artigo/>. Acesso em: 7 ago. 2012. BONORA Jr., D. et al. Matemática: complementos e aplicações nas áreas de Ciências Contábeis, Administração e Economia. 4. ed. São Paulo: Ícone, 2006. CASTANHEIRA, N. P. Métodos quantitativos. Curitiba: IBPEX, 2008. DEMANA, F. et al. Pré‑cálculo. São Paulo: Pearson‑Addison Wesley, 2009. DEMANDA da oferta e procura. Brasil Escola, Goiás, [2012?]. 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Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/Provas/PROVA_ DE_ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2013. 56 Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAISANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2006: Administração. Questão 30. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/Provas/PROVA_ DE_ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2013. 57 58 59 60 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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