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Aula 01_Acústica_conceitos

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Introdução à Acústica Arquitetônica 
Conceitos Básicos para Arquitetos 
 
Disciplina: Conforto Ambiental - Acústica 
Prof ª Elisangela Cristina Sorano Gonçalves 
Áreas da Acústica 
• Acústicas de salas; 
 
• Controle de Ruídos; 
 
• Acústica nas edificações ou arquitetônica (engloba 
parte das anteriores); 
 
• Acústica Ambiental (community noise). 
1. O Som 
• Origina-se a partir da vibração das partículas do 
meio. 
• Partículas do Meio = Ar e Materiais de construção. 
• Captado pelo ouvido humano quando propaga-se 
pelo ar ou através da superfície que separa dois 
ambientes. 
 
• Propagam-se pelo ar devido a pequenas alterações 
na pressão atmosférica,  ondas sonoras. 
 
Figura 01: Onda Sonora 
Figura 02: Ondas na superfície de um lago 
Ao sofrer estímulo sonoro as partículas do ar são submetidas 
a sucessivas compressões e rarefações  o movimento de 
uma partícula provoca a vibração da partícula vizinha 
propagação sonora (Fig. 03 e 04). 
 
Figura 04: Propagação da Onda Sonora 
Figura 03: Vibração sonora – 
movimento das partículas 
1.1 Amplitude ou Intensidade 
A pressão exercida sobre a atmosfera determina o 
deslocamento da partícula em relação ao seu centro de 
equilíbrio amplitude (intensidade). 
 
 
Figura 05: Amplitude de Onda Sonora 
• Número de vezes que uma partícula completa um 
ciclo de compressão e rarefação num intervalo de 
tempo (Fig. 06). 
• Medida em Hertz (Hz) = nº ciclos por segundo. 
• Freqüências audíveis ao homem: de 20 a 20.000 Hz. 
1.2 Frequência 
Figura 06: Frequência da Onda Sonora 
• Freqüência alta = Som agudo. 
• Freqüência baixa = Som grave. 
• Tom puro = Uma única freqüência (diapasão). 
• Tom complexo = Mais de uma freqüência. 
Figura 07: Diapasão 
• Comprimento de onda: Distância entre duas 
vibrações sucessivas a partir de uma fonte – 
distância que o som percorre a cada ciclo completo 
de vibração. 
 
Figura 08: Comprimento de Onda Sonora 
• A correlação entre frequência e comprimento de 
onda é de fácil percepção – quanto maior a 
frequência menor o comprimento de onda. 
Essa relação é dada por: 
 
λ= C 
 f 
onde: 
λ = comprimento de onda de uma onda sonora ; 
c = velocidade da propagação do som (no ar= 344m/s ) 
f = frequência da onda (Hz). 
Figura 09: Frequências Audíveis e comprimento de Onda Sonora 
Diferença entre altura e volume: 
• Altura = Frequência 
• Volume = Amplitude (intensidade) 
• Portanto a expressão utilizada “aumentar o volume” 
de um som é, na prática, “aumentar a sua 
intensidade (amplitude)” e não a sua altura 
(freqüência). 
 
 
• Timbre = Forma como as frequências se combinam, 
constituindo o espectro sonoro. 
 
Figura 10: Sons de mesmas frequências, porém com timbres diferentes. 
• Direcionalidade: tendência das fontes sonoras irradiarem 
mais energia em determinada direção. 
 
 
 
• Voz Humana: médias e baixas frequências distribuem-se 
mais uniformemente, com ângulos mais abertos em 
relação à fonte, porém as altas tendem a concentrar-se 
no eixo longitudinal. 
• Perda da inteligibilidade do som quando o receptor 
afasta-se do eixo longitudinal da fonte. 
 
• Para manter-se o padrão sonoro da voz humana 
deve-se manter um ângulo de 90° em relação ao 
eixo longitudinal – 45° para cada lado da fonte. 
 
 
• A onda sonora tende a propagar-s esfericamente. 
• A intensidade do som (W/m2) decai a medida que o 
receptor se afasta da fonte – aumento da área de 
distribuição da energia. 
2. Intensidade sonora e Sensibilidade Auditiva 
• A potência necessária para uma fonte produzir som 
é muito pequena (10-12 W) – para o ouvido perceber 
o som a flutuação da pressão do ar é mínima (2x10-5 
N/m2). 
• A percepção do ouvido para a pressão sonora 
(intensidade sonora), não é linear – dobrando-se o 
seu valor o ouvido não irá perceber o som como 
sendo duas vezes mais intenso. 
 
• Para facilitar os estudos 
acústicos, a escala de 
pressão é substituída pelo 
Decibel (dB)  uma 
escala logarítmica. 
• A variação entre o limite 
da audição e o limiar da 
dor corresponde em 
decibéis de 0 a 120 dB. Figura 11: Frequências audíveis (dB) 
• Utiliza-se o decibel para se medir o Nível de 
Intensidade Sonora (NIS) e o Nível de Pressão 
Sonora (NPS). 
• Como a propagação sonora é esférica a queda real 
de intensidade, à medida que dobramos a distância 
(raio) entre a fonte e o receptor, corresponde ao 
nível sonoro de 6 dB. 
Figura 12: Distribuição da energia sonora com a distância 
• Valores em decibéis não podem sofrer uma adição 
simples (escala logarítimica). 
• Quando 2 fontes sonoras se sobrepõem, o nível de 
pressão sonora aumenta, no máximo, 3 dB. 
 
• Quando duas fontes sonoras estão ativas ao 
mesmo tempo a adição é feita de acordo com a 
tabela a seguir: 
 Diferença NPS Acrescentar 
0 a 1 dB 3 dB 
2 a 3 dB 2 dB 
4 a 8 dB 1 dB 
Acima de 9 dB 0 dB 
 
 
• Uma fonte sonora pode mascarar a 
outra. 
• A percepção das 2 fontes depende dos 
níveis sonoros e das freqüências. 
• Mascaramento: maior manifestação 
quando as freqüências das fontes são 
similares. 
• Freqüências mais baixas maior 
efeito de mascaramento sobre as mais 
altas. 
3. Mascaramento Sonoro 
 
 
• Grau de atenção do ouvinte para a fonte de interesse 
influi no mascaramento. 
 
• Para que um som não seja mascarado seu nível de 
intensidade sonora deve ser pelo menos 15 dB acima 
do som mascarante. 
SOUZA, L. C. L.; AMEIDA, M. G. e BRAGANÇA, L. Bê-a-bá da 
acústica arquitetônica: ouvindo a arquitetura. 1 Ed. - 
Edufscar. 2009. 149p. 
 
 
 
Referências

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