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PROCESSO CIVIL (LITISCONSÓRCIO, INTERVENÇÃO DE TERCEIROS, FORMAÇÃO/SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO, INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL E IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO)

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PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL – NP2
LITISCONSÓRCIO (a mesma sorte – destino – no litígio)
Quando duas ou mais pessoas integram um dos polos da relação jurídica ou mesmo ambos os polos.
É PLURALIDADE DE SUJEITOS EM UM POLO DE UMA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL.
Quando se referir à principal relação jurídica do processo, manifestar-se-á quando houver mais de um autor ou mais de um réu, sendo, pois, a cumulação subjetiva de demandas. Rege-se pelo título II do CPC, e sua definição legal está contida no artigo. 113:
Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II – entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III – ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
Classificação
O litisconsórcio pode ser classificado em:
a) Quanto ao posicionamento
Refere-se ao polo da relação processual: ativo, passivo ou misto;
- Litisconsórcio ativo: quando há mais de um autor – PLURALIDADE DE AUTORES
- Litisconsórcio passivo: quando há mais de um réu – PLURAILIDADE DE RÉUS
- Litisconsórcio misto: quando ambos se manifestam – PLURALIDADE DE AUTORES E RÉUS
b) Quanto ao momento de sua formação
Refere-se ao momento de sua formação: inicial ou ulterior.
Inicial: chamado também de originário ou anterior. Em regra, o litisconsórcio será formado no início do processo.
Ulterior: chamado também de posterior, superveniente ou incidental. Excepcionalmente forma-se após o início do procedimento. São os casos de intervenção de terceiro, de sucessão processual e de conexão ou continência. NÃO É FORMADO NA ORIGEM, MAS DURANTE O CURSO DO PROCESSO.
c) Quando à decisão
Quanto à decisão judicial, o litisconsórcio pode ser simples ou unitário.
Simples: há autonomia entre as partes que estão no mesmo polo. Tal fato se deve à existência de mais de uma relação jurídica material, possibilitando ao juiz que as decida diferentemente. É exemplo uma obrigação solidária divisível.
QUANDO A DECISÃO É A MESMA PARA OS LITISCONSORTES, PORÉM OS EFEITOS DA SENTENÇA SERÃO DISTINTOS.
Unitário: o juiz deve decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes, pois já uma única relação jurídica material indivisível sendo discutida, como prevê o art. 116, CPC:
“O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes”.
É exemplo quando o Ministério Público move ação anulatória de um casamento expressamente proibido por lei (como entre irmãos), daí a decisão entre os litisconsortes (casal de irmãos) deve ser unitária.
d) Quanto à obrigatoriedade:
Refere-se à obrigatoriedade na sua formação que se distingue entre necessário ou facultativo. A classificação em questão merece um pouco mais de atenção.
Necessário: o art. 114, CPC, traz o seguinte:
“O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes”.
A regra geral introduzida pelo art. 114 dispõe que o litisconsórcio será necessário em dois casos:
O primeiro é quando “a lei assim dispor”, como no exemplo do art. 73, CPC, trata de litisconsórcio necessário entre cônjuges quando a ação verse sobre direito real imobiliário e não forem casados sob o regime de separação absoluta de bens.
Atenção:
Para propor ação sobre direito real imobiliário e o regime de casamento não for o regime de separação absoluta de bens, o cônjuge que não ingressar, deve dar o consentimento ao outro que queria ingressar com a ação. Isso se explica uma vez que ninguém é obrigado a litigar (o litisconsórcio ativo necessário, não se aplica), por outro lado o cônjuge que queira litigar tem o direito de ação, devendo, entretanto, observar a regra que exige pelo menos o consentimento do outro cônjuge (art. 73, CPC).
Caso o outro cônjuge não queira dar o consentimento (sem motivo justo, ou quando for impossível concedê-lo), este consentimento poderá ser suprido judicialmente (art. 74, CPC).
Em ação que verse sobre direito real imobiliário e o regime de casamento não for o regime de separação absoluta de bens, a eficácia da sentença depende da citação de ambos os cônjuges (neste caso, então, trata-se do polo passivo).
A segunda hipótese, refere-se à “natureza da relação jurídica controvertida”. Novamente pode ser usado o exemplo da ação de anulação de casamento pelo Ministério Público devido a impedimento absoluto como no caso de irmãos que se casam.
Em outras palavras, quando for passivo e unitário. Isto se deve ao fato de que, quando há apenas uma relação jurídica em litigio e esta relação produz efeitos a uma pluralidade de litisconsortes, os princípios do contraditório e da ampla defesa imperam pela citação de todos os réus no caso concreto, para que tenham a possibilidade de se manifestar. Contrariamente, a definição de litisconsórcio facultativo recai nas situações em que é facultado à parte litigar com litisconsorte ou não.
Via de regra, o litisconsórcio ativo será facultativo, uma vez que o direito de litigar é prerrogativa constitucional, não podendo ser indevidamente cerceado ou vinculado a um terceiro.
Nos casos em que houver litisconsórcio passivo necessário e o juiz perceber a falta de citação pelo autor dos demais réus do processo (litisconsortes passivos necessários), o magistrado deverá promover a intervenção iussu iudicis, isto é, de ofício determinará que o autor convoque os possíveis litisconsortes passivos, sob pena de extinção do processo (art. 115, parágrafo único, CPC).
Atenção: Quando o litisconsórcio for multitudinário (com um número excessivo de partes envolvidas), e assim acaba por prejudicar a defesa, ou mesmo por comprometer o andamento do processo (na rápida solução do litígio ou no cumprimento da sentença), e, sendo facultativo, o § 1º do art. 113 facultou ao juiz a possibilidade de limitar o número de litisconsortes.
Litisconsórcio unitário e coisa julgada
Relativamente ao litisconsórcio unitário no polo ativo, por definição facultativo, os demais autores podem atuar como terceiros interventores (ex.: denunciação à lide) ou optar por não ingressar no processo, seguindo normalmente. Nesses casos, em que os litisconsortes facultativos não agem, havia a discussão no CPC de 1973 se a eles gerava-se a coisa julgada.
A regra anterior definia que a coisa julgada se restringia às partes que litigaram, mas parte da doutrina defendia que se formasse coisa julgada ultra partes, ou seja, para além das partes do processo, enquanto que outra parcela eventus litis, ou seja, apenas se essa decisão beneficiasse os terceiros. Aparentemente o atual CPC adotou esse último entendimento, como se extrai do art. 506:
“A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros”.
Na previsão anterior, manifestada no art. 472 do CPC/73, o legislador manifestava expressamente que “a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros”. O silêncio indica que os benefícios passarão a atingir terceiros, caso do litisconsorte ativo facultativo que não litigou.
Ademais, o art. 117, CPC acrescenta que, se tratando de litisconsorte unitário “os atos e as omissões de um não prejudicarão, mas poderão beneficiar”.
Em resumo: o litisconsórcio é a pluralidade de partes numa relação jurídica, segundo suas hipóteses de incidência constantes do art. 113, CPC. Pode ser ativo ou passivo, tanto como inicial (regra geral) ou ulterior, ou seja, formado após o início do processo. Além disso, quando houver autonomia entre os litisconsortes, será simples. Do contrário, como rege o art. 116 do CPC, será unitário. Por fim, o litisconsórcio necessário é aquele cuja sentença só será eficaz com a citação de todos os litisconsortes (art. 114, CPC), diferentemente do litisconsórcio facultativo.
A INTERVENÇÃO DE TERCEIROSNO NOVO CPC
O terceiro é aquele que tem interesse jurídico numa relação processual na qual não configura como parte. Pode ser convocado (por provocação) ou pode ele mesmo querer participar (voluntariamente).
Intervenção de terceiros pode ser conceituada como oportunidades legalmente concedidas à pessoa não participante de determinada relação jurídica processual para nela atuar ou ser convocado a atuar, na defesa de interesses jurídicos próprios.
A intervenção de terceiros está contida dentro da parte geral do Código, no livro III, Título III, estando disciplinada a partir do art. 119, CPC.
O CPC de 2015 de plano a possibilidade de se valar da Intervenção de Terceiros abarca todos os procedimentos, diferente do que ocorria no Código de 1973, onde estava cingida ao procedimento comum ordinário.
Além disso, foram alteradas as modalidades existentes, seja pela sua supressão e pela criação de novas modalidades.
No CPC/73, eram as seguintes modalidades existentes: assistência, oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide e chamamento ao processo.
No CPC/2015 a oposição deixou de ser uma modalidade de Intervenção de Terceiros passando a ser um procedimento especial. A modalidade da nomeação à autoria deixou de existir, onde por força do art. 339, CPC, quando o réu alegar em sede de preliminar a ilegitimidade da parte, deverá indicar o sujeito passivo da relação jurídica, sempre que tiver de conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. Por fim, houve a inserção de duas modalidades novas: o incidente de desconsideração de personalidade jurídica e amicus curiae. Portanto, a configuração atual no novo código é:
Assistência, denunciação da lide, chamamento ao processo, incidente de desconsideração da personalidade jurídica e amicus curiae.
Intervenções espontâneas x intervenções provocadas
Antes de analisar as modalidades de intervenção de terceiros, é interessante trazer à tela a presente divisão doutrinária das intervenções.
Por intervenções espontâneas, entende-se que são àquelas de iniciativa de um terceiro que não faz parte da relação processual, sendo o caso da assistência e do amicus curiae.
Já as intervenções provocadas ocorrem quando uma parte do processo chama um terceiro estranho à relação para integra-la, sendo, portanto, o que ocorre na denunciação da lide, chamamento ao processo, incidente da desconsideração da personalidade jurídica e também no amicus curiae, sendo este, portanto uma figura híbrida.
Assistência
A Assistência pode ser entendida como a modalidade de intervenção de terceiros espontânea, cuja finalidade é que um terceiro estranho a relação processual auxilie a parte em uma causa em que tenha interesse jurídico.
Tal modalidade poderá ser admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição.
Feito o pedido de assistência, as partes terão o prazo de 15 dias para impugna-lo. Havendo impugnação, o juiz decidirá o incidente sem suspender o processo.
Não sendo realizada a impugnação neste prazo, ou não sendo o caso de rejeição liminar (quando faltar ao terceiro interesse jurídico) o pedido será deferido e o assistente ingressará no processo, recebendo-o no estado em que se encontre, ou seja, não haverá novamente a prática de atos já realizados quando do seu ingresso na demanda.
Assistência pode se dar de duas formas: simples e litisconsorcial.
Assistência Simples: é aquela realizada por terceiro que pretende, apenas, auxiliar uma das partes da vitória do feito, estando disciplinada nos arts. 121 a 123, CPC.
O assistente simples exercerá os mesmos poderes e estará sujeito aos mesmos ônus processuais que o assistido, ou seja, não poderá exercer os atos praticados pelo assistido, por exemplo, caso o assistido não recorra de determinada decisão, o assistente não poderá recorrer.
Ressalte-se que, embora a atuação do assistente esteja adstrita aos atos praticados pelo assistido, poderá o assistente ser considerado substituto processual do assistido caso este seja revel ou omisso.
Ainda que haja assistente simples, a parte principal poderá reconhecer a procedência do pedido, desistir da ação ou renunciar ao direito que se funda a ação, ou transigir sobre direitos incontroversos.
Por fim, havendo o trânsito em julgado da sentença do processo em que o assistente interviu, este não poderá discutir a justiça da decisão em processo posterior, salvo se alegar e provar que foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença, e, também se provar que desconhecia a existência de alegação ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
É clássica a situação de uma ação de despejo entre locador e locatário, e que ainda há um contrato de sublocação entre o locatário e um terceiro (neste caso, o sublocatário) que poderá intervir como assistente simples do locatário, já que será influenciado pelo resultado da sentença a ser proferida na demanda.
Assistência litisconsorcial: disposta no art. 124, CPC, a assistência litisconsorcial restará configurada quando o terceiro intervir no processo com a intenção de formar um litisconsórcio ulterior, sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
Isto ocorre porque o assistente litisconsorcial tem relação direta com a parte adversa do assistindo. Neste caso, o assistente defende direito seu em juízo, em litisconsórcio com o assistido. Vide exemplo dado quando foi estudada a substituição processual.
Denunciação da Lide
Tratada nos arts. 125 a 129, CPC, a denunciação da lide é a modalidade de intervenção provocada onde o autor e réu pretendem resolver demanda regressiva contra um terceiro, onde aquele que eventualmente perder a demanda já aciona um terceiro para que este o indenize em ação de regresso. Simplificadamente, pode-se dizer que a denunciação da lide nada mais é do que uma ação de regresso incidente a um processo já existente.
A inovação do novo CPC está em deixar de torna-la obrigatória, e sendo cabível apenas duas hipóteses:
1ª) Ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam, sendo permitida, neste caso, uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato da cadela dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação;
2ª) Aquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
Caso a denunciação da lide seja indeferida, deixe de ser promovida ou não for permitida, o direito regressivo poderá ser exercido por ação autônoma, que, inclusive, poderá ser distribuída por dependência.
Poderá o direito de regresso também ser discutido em ação autônoma no caso de haver mais de um denunciado sucessivo, pois este não pode promover nova denunciação (somente uma denunciação sucessiva é permitida).
Momento processual em que poderá ser requerida a citação do denunciado:
Sendo o autor o denunciante, deverá ser requerida na petição inicial; ou, caso o denunciante seja o réu, na contestação.
Sendo deferida, o juiz, de ofício, mandará proceder a respectiva anotação pelo distribuidor nos termos do § único do art. 286, CPC.
No caso da denunciação ser feita pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, devendo, desta forma, ser procedida à citação do réu.
Porém sendo ela feita pelo réu, o art. 128, CPC traz três consequências que podem ocorrer:
- Denunciado contestar o pedido do autor: nesta hipótese, o processo prosseguirá, formando na ação principal um litisconsórcio entre o denunciante e denunciado;
- Denunciado for revel: ocorrendo tal situação, o denunciante poderá deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, bem como abster-se de recorrer, restringindo sua atuaçãoà ação regressiva;
- Denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal: neste caso, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, adquirindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência de ação de regresso, todavia a confissão do denunciado não prejudica a defesa do denunciante (réu) na ação contra o autor.
O julgamento da demanda principal será conjunto com a denunciação à lide, e, sendo o pedido da ação principal julgado procedente, poderá o autor requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação desde na ação regressiva.
A denunciação da lide, embora seja ação autônoma, possui dependência em relação à ação principal, ou seja, só haverá necessidade de julgar a denunciação se a ação principal for julgada contra o denunciante, situação em que o juiz terá que analisar o direito de regresso do denunciante e, relação ao denunciado.
Em relação a sucumbência, se a ação principal for considerada improcedente, então significa que a denunciação da lide foi desnecessária e assim o denunciante pagará as verbas de sucumbência em relação ao denunciado.
Chamamento ao processo
Tratado nos arts. 130 ao 132, CPC. Trata-se de direito do réu de chamar para ingressar no polo passivo da demanda os corresponsáveis por determinada obrigação.
Diferencia-se da denunciação da lide, uma vez que nesta se tem a ação de regresso e deve-se demonstrar que o denunciado é que deverá responder pela condenação, no chamamento ao processo a condenação é automática, estando, portanto, ligado a ideia de solidariedade.
Não é uma modalidade de intervenção obrigatória, podendo ser feito apenas pelo réu, tendo por fim a economia processual, visto que não seria necessário um novo processo de cognição exauriente para regular a corresponsabilidade.
Tem cabimento nas seguintes hipóteses:
- Do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
- Dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
- Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
O chamamento ao processo deve ser realizado pelo réu no ato da contestação, sob pena de preclusão. Se não realizar o pedido na contestação, em caso de sucumbência, terá que ajuizar nova ação contra os corresponsáveis.
Além disso, a citação deverá ser promovida em 30 dias sob pena de ficar sem efeito o chamamento, sendo tal prazo é peremptório, portanto, e corre a partir do despacho do juiz que deferir a citação dos corresponsáveis. O prazo de 30 dias, todavia, não é para a realização do ato em si, mas sim para que o réu implemente as condições necessárias a realização da citação, como pagamento de custas, cópias e endereços e etc.
Por fim, a sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfazer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, na proporção da sua quota.
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica
É o instituto previsto no art. 38 do CDC e no art. 50 do CC, que autoriza imputar ao patrimônio particular dos sócios, obrigações assumidas pela sociedade, quando e se a pessoa jurídica houver sido utilizada abusivamente, como no caso de desvio de finalidade e confusão patrimonial.
A desconsideração da personalidade jurídica é chamada ordinária quando alcança o patrimônio particular dos sócios para cumprir obrigações assumidas pela pessoa jurídica.
O instituto contempla, também, a chamada desconsideração inversa, em que se imputa ao patrimônio da sociedade o cumprimento de obrigações pessoais de sócio.
Tal incidente é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução de título extrajudicial, sendo instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, nos casos em que lhe couber intervir no processo.
Uma vez instaurado, o incidente deverá ser imediatamente comunicado ao distribuidor para as anotações devidas, sendo que, qualquer alienação feita após isso, será considerada fraude à execução.
Finalmente, uma vez acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou oneração de bens havida em fraude à execução, será ineficaz em relação ao requerente.
O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da pessoa jurídica com base em quais critérios?
Teoria Menor: art. 28, CDC – basta a pessoa jurídica estar inadimplente;
Teoria Maior: art. 50, CC – abuso da personalidade (desvio de finalidade ou confusão patrimonial)
Amicus Curiae
É uma modalidade intervenção tanto espontânea quanto provocada, onde um terceiro, sem interesse jurídico (pois o interesse é institucional), irá instruir o poder Judiciário para que a decisão por este proferida seja mais qualificada, motivada. Ou seja, o Amicus Curie irá qualificar o contraditório trazendo mais subsídios para a decisão do juiz, apresentando dados proveitosos à apreciação da demanda, defendendo, para tanto, uma posição institucional.
Exemplo: Numa causa em que se pretende impedir que uma fábrica se instale próxima a um povoado que se diz ameaçado pelos iminentes danos ambientais que possam vir a sofrer em razão do funcionamento daquela, poderá ser convocados pelo juiz ou pelas partes ou, mesmo se apresentar voluntariamente para intervir na causa, como amicus curiae, órgãos de proteção ambiental.
Requisitos: relevância da matéria, especificidade do tema e repercussão social.
FORMAÇÃO, ESTABILIZAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO
Início do processo e sua formação gradativa
A jurisdição precisa ser provocada para atuar. Cabe à parte que se diz titular do direito provocar o Poder Judiciário, até então inerte, para que dele obtenha uma concreta solução quanto ao conflito trazido a juízo. Trata-se do princípio dispositivo ou da inércia, consubstanciado no art. 2º, do CPC, que reforça a característica de imparcialidade conferida a todo magistrado. Após a iniciativa da parte ou do interessado, o juiz promove e determina que se promovam atos processuais de forma que o processo siga sua marcha em direção à solução da lide, consubstanciando-se o princípio do impulso oficial. Considera-se proposta a ação quando a petição for protocolada, (art. 312, CPC), cabe mencionar o art. 59, CPC (pelo qual a prevenção se dá com o registro e a distribuição da petição inicial, quando se tratar de comarca de mais de uma vara, e, se for apenas de uma vara, se dará com o despacho da inicial). E é também nesse momento, segundo o art. 43 do CPC, que se determina a competência. O juiz começa a participar ao despachar a inicial; o réu quando citado (arts., 240 e 312, CPC).
A definição do início do processo ou do ingresso da parte na relação processual é relevante para vários institutos: interrupção da prescrição, impedimento de decadência, prevenção de juízo, litispendência, atribuição de caráter litigioso ao bem disputado, constituição de mora, etc. Por hora nos interessa saber que a relação judicial não se completa de forma imediata. Ela se inicia, primeiramente entre o autor e o juiz numa relação linear, composta da ligação autor-juiz, juiz-autor. Após a citação válida do réu dar-se-á completa a relação processual (estabilização do processo), formando a ligação angular.
Estabilização do processo
A estabilização mencionada acima não é absoluta, uma vez que antes da citação o autor pode modificar unilateralmente os elementos objetivos da demanda (pedido e causa de pedir). Feita a citação, a modificação só é permitida com a aquiescência do réu. Após o saneamento do processo, em nenhuma hipótese será permitida alterações.
Quanto às partes (alteração subjetiva), poderá haver substituição se ocorrer a morte de uma delas (art. 110, CPC, ou no caso de alienação de coisa litigiosa, nesse caso com a concordância da parte contrária (art. 109, § 1º, CPC).
O juízo em razão da perpetuatio jurisdiciones, em regra não poderá ser modificado, salvo em caso de modificação de competência, como na conexão, na continência, ou alguma outra exceção que o torne incompetente.
Suspensão do processo
Ashipóteses de suspensão do processo constituem obstáculos para a marcha regular do processo.
A suspensão do processo pode se dar temporariamente por vontade das partes, por força de situações de fato ou de direito que exigem atenção exclusiva ou mesmo que impedem o curso normal do processo.
A suspensão do processo não se confunde com a simples interrupção do prazo processual. Na interrupção não é atingido o processo como um todo, mas o curso do prazo interrompido.
Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou procurador (art. 313, I CPC); extinção da pessoa jurídica (equipara-se à morte da parte, ou seja, assume a posição da parte os seus sucessores, e, como foi dito, por por vontade das partes, (art. 313, II, CPC).
Quando ocorre por vontade das partes, trata-se de negócio processual típico, com prazo máximo de seis meses (art. 313, § 4º, parte final). Escoando o prazo o juiz dará prosseguimento ao processo, independentemente de requerimento das partes, pelo princípio da razoável duração do processo. Significa dizer que as partes estão livres para pactuar a suspensão do processo por quantas vezes julgarem necessário, desde que não ultrapasse o prazo. No caso de morte ou perda da capacidade do representante legal da parte, o juiz deve designar prazo para que a situação seja regularizada.
Ocorrendo a morte ou perda da capacidade do advogado, o juiz suspenderá o processo e determinará que a parte constitua novo procurador no prazo de 15 dias, ao final do qual cessará a suspensão. Caso seja descumprida as duas situações acima, o processo será extinto sem resolução do mérito (art. 76, § 1º, no caso de morte ou perda da capacidade do representante legal; e, no caso de morte ou perda da capacidade do advogado, art. 313, 3º do CPC).
A pendência de produção de provas em juízo distinto, motivo de força maior (enchente no prédio do fórum, greve de servidores do judiciário..., etc.), neste caso a suspensão será pelo tempo em que perdurar a causa impeditiva.
Ainda, o processo será suspenso nos casos de “questão prejudicial”, a ser estudada em momento oportuno e, também, nos casos de arguição de impedimento e suspeição do juiz, art. 313, III; nos casos de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de julgamento de recursos especiais ou extraordinários repetitivos, nos termos do art. 982, I e 982, §1º, respectivamente.
Conforme consta no inciso VIII do art. 313, CPC, existem, ainda, a suspensão ocorrerá em outros casos previstos no CPC, a serem estudados mais adiante.
Extinção do processo
A teor do que dispõe o art. 316 do CPC, a extinção do processo dar-se-á por sentença.
No que tange ao procedimento comum, a sentença, nos termos do §1º do art.203, CPC é o pronunciamento do juiz que põe fim à fase cognitiva, com ou sem resolução do mérito. Nessa última hipótese o juiz reconhece a existência de um defeito que impede a solução do mérito (art. 485, CPC). Porém, antes de proferir a decisão nesses termos, o juiz deve conceder à parte oportunidade para corrigir o vício (art. 317, CPC), por exemplo, a falta de procuração.
Entretanto, não se pode dizer que a sentença sempre porá fim ao processo, basta a parte interpor recurso para que isso não aconteça. Nesse caso, pode operar-se o efeito suspensivo, tornando ineficaz a sentença até o julgamento do recurso. Aliás, o pronunciamento que decidir por último, em instância superior, receberá a denominação de acórdão (que tem “valor” de uma sentença, art. 204, CPC).
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
O indeferimento da petição inicial é a rejeição da petição inicial que, via de regra, ocorre antes da citação do réu e que resulta na extinção do processo sem resolução do mérito.
Hipóteses de Indeferimento: o não atendimento das diligências para sanar as irregularidades do art. 319, I a VII e 320 do CPC, inépcia da inicial, ilegitimidade da parte, falta de interesse processual.
a) não preenchimento dos requisitos do art. 319, I a VII e 320 do CPC: o indeferimento só ocorrerá se o autor não sanar em 15 dias possíveis omissões, defeitos ou irregularidades, constatadas na petição inicial, (art. 321 do CPC).
Se o autor não atender a determinação do juiz para a emenda da inicial, ou seja, o não atendimento das diligências para sanar/corrigir eventuais irregularidades resultará no indeferimento (art. 321, parágrafo único).
Outra hipótese em que poderá ocorrer o indeferimento (art. 106, I e II): se advogado que postular em causa própria em 5 (cinco) dias não atender as diligências para corrigir possíveis irregularidades (não ter declarado seu endereço, seu número de inscrição na OAB ou o nome da sociedade de advogados da qual participa para receber as intimações).
b) inépcia da inicial (artigo 330, §§ 1º e 2º): a inépcia se refere à um defeito na formulação do pedido (artigo 330, § 1º); ou, nos termos do § 2º do artigo 330 do CPC, considera inepta, também, a ação de revisão de dívida em que o autor não discrimina o valor que quer que seja revisto e as obrigações contratuais que pretende contraverter (discordar).
Então são as seguintes hipóteses em que a petição inicial será considerada inepta (não apta a provocar a jurisdição) e que gera o indeferimento da petição inicial:
- quando a inépcia se refere à um defeito na formulação do pedido (artigo 330, § 1º);
- quando o autor não discrimina o valor que quer que seja revisto (artigo 330, § 2º).
*Atenção: Em relação à hipótese do artigo 330, § 1º (relacionada ao pedido), considera-se inepta:
I- a petição que não contiver pedido ou causa de pedir;
II- quando o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico (art. 324, § 1º, I, II, III);
III- quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão: para que a petição seja apta, é necessário que o pedido seja decorrência lógica dos fatos narrados.
Exemplo: o autor narra que o réu, agindo com culpa, causou danos em seu veículo. O lógico seria que o autor requeresse a condenação do réu em perdas e danos, mas ele pede rescisão contratual.
IV- quando contiver pedidos incompatíveis (exemplo: quem pede a entrega da coisa comprada não pode pleitear, concomitantemente, a restituição do preço, porque os dois pedidos são incompatíveis entre si).
c) Ilegitimidade da parte: a falta de legitimidade ad causam, ou seja, nos termos do art. 18, CPC, se o autor não for titular do possível direito alegado (legitimidade ativa), o juiz indeferirá a petição inicial. Também se o réu não for o possível responsável pela obrigação cuja satisfação se busca (legitimidade passiva) ou, ainda, não se tratando de nenhum dos casos excepcionados pela lei em que não há necessidade de ser o próprio titular a pleitear a ação (legitimação extraordinária ou substituição processual), a petição inicial será indeferida.
d) falta de interesse processual (binômio necessidade da providência jurisdicional/adequação do provimento postulado). Escolha de procedimento inadequado: quando o tipo de procedimento escolhido pelo autor não corresponde à natureza da causa, ou ao valor da ação. A petição só será indeferida se não houver possibilidade de adaptação do procedimento. Exemplo: Ação possessória para retomar imóvel em função de um contrato de locação, quando a lei do inquilinato determina que seja Ação de Despejo.
Não indeferimento da petição inicial:
A petição Inicial não será indeferida nas situações previstas nos §§ 2º e 3º do Art. 319 do CPC, ou seja, relacionadas à dificuldade do autor em encontrar as informações que constam nos requisitos para a petição inicial (nomes, prenomes, estado civil, existência de união estável, CPF ou CNPJ, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu).
Se a dificuldade em encontrar as informações:
- tornar impossível ou oneroso o acesso ao judiciário: se o autor tiver dificuldade em encontrar as informações que constam nos requisitos contidos no inciso II do art. 319 do CPC, por força do princípio do acesso à justiça, a petição inicial não seráindeferida (§ 3º do Art. 319 do CPC)
- não obstar a citação do réu: se a despeito da falta de informações dispostas no inciso II sobre a qualificação das partes, for possível a citação do réu a petição inicial não será indeferida (§ 2º do Art. 319 do CPC);
Observação: se o autor tiver dificuldade em encontrar as informações que constam nos requisitos, pode requerer ao juiz diligências necessárias para obtê-las (§ 1º do Art. 319 do CPC).
Indeferimento da petição inicial
A natureza da decisão será terminativa e o recurso cabível é a apelação (art. 331, CPC).
Juízo de retratação: o art. 331, CPC autoriza o juiz, se for o caso, reformar a sentença de indeferimento da inicial no prazo de 5(cinco) dias após a apelação interposta.
Não havendo a reconsideração por parte do juiz, o réu será citado para responder ao recurso (art. 331, § 1º CPC).
Indeferimento parcial da petição inicial
Se, no entanto, o indeferimento for parcial, já que existe possibilidade de um dos pedidos ser indeferido enquanto outros são procedentes, (art. 354, parágrafo único, CPC), o pronunciamento do juiz será uma decisão interlocutória cujo recurso é agravo de instrumento (art. 1015, CPC).
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
A improcedência liminar do pedido é um julgamento de mérito de improcedência do pedido, apto, inclusive a fazer coisa julgada material.
A improcedência liminar do pedido é uma contrariedade manifesta à norma jurídica tendo por base a jurisprudência (a questão jurídica já foi decidida em julgamento anterior, tornando-se referência para ser aplicada ao julgamento que verse sobre a mesma questão jurídica).
Quando houver direta contraposição entre a solução pleiteada pelo autor e tese firmada em precedente, deve haver o direto julgamento de rejeição ao pedido.
Assim, se a controvérsia é ligada a apenas questão de direito (que é cognoscível para o juiz sem maiores delongas), em homenagem ao princípio da economia processual, o magistrado está autorizado a proferir sentença de improcedência liminarmente. Isso quer dizer que antes da fase instrutória, via de regra, antes da citação do réu, o juiz pode extinguir o processo por improcedência liminar do pedido.
Entretanto, se houver questões fáticas que dependem de averiguação, não será aplicada sentença de improcedência liminar.
A improcedência liminar do pedido pode fundamentar-se em outra situação: a de quando se constata a prescrição ou a decadência. A prescrição extingue a pretensão, ou seja, o exercício do direito material enquanto que a decadência extingue o próprio direito material, ambas pelas mesmas razões (decurso do prazo), ensejando a sentença de mérito. Como é de fácil constatação, o juiz extingue o processo mesmo antes da citação do réu. Entretanto, caso o juiz não tenha reconhecido de imediato um dos dois fenômenos, poderá fazê-lo em momento posterior.
O recurso cabível nas causas em que o juiz julga liminarmente improcedente o pedido é a apelação. Ou seja, o autor pode acatar ou não a decisão do juiz, nesse último caso, pode apelar da decisão (§3º do art. 332, CPC).
Independente da citação do réu, o juiz poderá julgar liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
O § 1º do mesmo artigo assim dispõe:
“o juiz poderá também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de prescrição ou decadência.”
Apelando o autor contra sentença de improcedência liminar, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias; caso o faça o processo prossegue, se não, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze dias):
CPC, art. 332, § 2º: Não interposta a apelação, o réu será intimado (informado) do trânsito em julgado da sentença.
CPC, art. 332, § 3º: Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo com a citação do réu CPC, art. 332, § 4º (1ª parte).
Se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze dias). CPC, art. 332, § 4º (parte final).

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