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Resumo Dor - transmissão

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“Resumo” Dor 
A dor é classificada em 2 tipos:
Dor Rápida: sentida em 0,1 segundos após aplicação de estimulo doloso. É sentida pela apenas pela superfície da pele e de forma pontual. Também chamada de dor em agulha, dor aguda e dor elétrica.
Dor Lenta: começa 1 segundo ou mais, aumentando lentamente após vários segundos ou minutos. Também possui vários nomes, como dor em queimação, dor persistente, dor pulsátil, dor nauseante e dor crônica. Está geralmente associada à destruição tecidual, podendo ocorrer na pele e em quase todos os órgãos ou tecidos profundos.
A sensação da dor compreende três mecanismos básicos: transdução, transmissão e modulação.
TRANSMISSÃO
É o conjunto de vias e mecanismos que permite que o impulso nervoso, gerado a nível dos nocceptores, seja conduzido para estruturas do sistema nervoso central que reconhecerá a dor.
Há dois tipos de fibras transmissoras A-delta e C, oriundas de prolongamentos periféricos dos neurônios pseudounipolares, situados nos gânglios espinhais e em alguns nos nervos cranianos. Aqueles provenientes de:
Estruturas somáticas cursam nervos sensitivo e apresentam uma distribuição dermatomérica.
Estruturas viscerais cursam por nervos autonômicos simpáticos e parassimpáticos.
-Os nervos simpáticos passam pelo tronco simpático e chegam aos nervos espinhais pelos ramos comunicantes brancos.
-Os aferentes nociceptivos cardíacos adentram a medula entre o 1º e o 5º segmento torácico
-Os do trato digestivo, entre o 5° segmento torácico e o 2° lombar 
-Os do trato geniturinário, entre o 1º torácico e o 2º lombar 
-Os impulsos pelo parassimpático pélvico atingem a medula entre os 2° e 4° segmentos sacrais, por meio dos respectivos nervos espinais. 
As terminações nervosas livres utilizam duas vias separadas para transmissão de sinais dolosos para o sistema nervoso central. Essas duas vias correspondem aos dois tipos de dor:
Via para a dor pontual rápida
Via para a dor lenta crônica
Os sinais dolosos pontuais rápidos são desencadeados por estímulos mecânicos ou térmicos e transmitidos por nervos periféricos para a medula espinhal, por meio de fibras A-delta com velocidade entre 6 e 30 m/s.
Já a dor lenta crônica é desencadeada principalmente por estímulos dolosos do tipo químico, mas algumas vezes, por estímulos mecânicos e térmicos persistentes. Esses estímulos dolosos são transmitidos para a medulo espinhal por fibras do tipo C com velocidade entre 0,5 e 2 m/s.
Devido a esse sistema duplo de inervação, o estimulo doloso súbitos causa sensação dolorosa “dupla”: dor pontual rápida transmitida ao cérebro por fibras A... , seguida de dor lenta transmitida por fibras C. Essa duplicidade é essencial, pois a dor pontual aguda avisa a pessoa rapidamente do perigo, com papel na reação imediata ao estímulo doloroso, enquanto a dor lenta aumenta gradualmente motivando a busca pelo alivio da causa da dor. 
Essas fibras entram na medula espinhal pelas raízes dorsais, terminando em neurônios-rele (?) nos cornos dorsais. Os sinais dolosos tomam 2 vias para o encéfalo, pelo trato neoespinotâlamico ou pelo trato paleoespinotâlamico.
Trato Neoespinotalâmico – grupo lateral
As fibras dolorosas A... terminam em sua maioria na lamina I (lâmina marginal) dos cornos dorsais e excitam os neurônios de segunda ordem do trato neoespinotalâmico, os quais dão origem a fibras longas que cruzam o lado oposto da medula pela comissura anterior e ascendem para o encéfalo nas colunas anterolaterais. 
Algumas fibras do trato neoespinotalâmico terminam nas áreas reticulares do tronco cerebral mas a maioria segue até o tálamo, terminando no complexo ventrobasal junto com o trato da coluna dorsal-lemnisco medial para sensações táteis. Algumas fibras terminam também no grupo nuclear posterior do tálamo. Dessas áreas talâmicas, os sinais são transmitidos para outras áreas do encéfalo, bem como para o córtex somatossensorial. As terminações nervosas de fibras do tipo A.. secretam o neurotransmissor glutamato com duração de ação de apenas alguns milissegundos.
A dor pontual aguda pode ser localizada com muito mais precisão no corpo do que a dor crônica lenta. Porém, quando são estimulados somente os receptores para dor, sem estimulação simultânea dos receptores táteis, ela pode ser mal localizada. Ao contrário acontece quando o sistema da coluna dorsal-lemnisco medial é excitado pelos receptores táteis, a localização da dor é quase exata.
Trato Paleoespinotalâmico – grupo medial
A via paleoespinotalâmica transmite dor principalmente por fibras periféricas cônicas lentas do tipo C, mas também alguns sinais de fibras do tipo A.. Nesta via as fibras terminam na medula espinhal quase inteiramente na lâmina II e III dos cornos dorsais, chamadas de substância gelatinosa. Maior parte dos sinais passa por um ou mais neurônios de fibra curta dentro do corno dorsal, antes de entrar na lamina V, onde os últimos neurônios dão origem a axônios longos que se unem, em sua maioria, as fibras de dor rápida. Essas fibras lentas passam primeiros pela comissura anterior par ao lado oposto da medula e depois ascendem em direção ao encéfalo, pela via anterolateral.
A via paleoespinotalâmica termina de modo difuso no tronco cerebral. Somente entre 1/4 e 1/10 de fibras ascende até o tálamo. As maioria termina em uma das treas áreas: (1) necleos reticulares do bulbo, da ponte e do mesencéfalo, (2) área tectal do mesencéfalo ou (3) região cinzenta periaquedutal. De áreas do tronco cerebral, vários neurônios de fibras curtas transmitem sinais ascendentes da dor pelos núcleos intralaminar e ventrolaminar do tálamo e em direção ao hipotálamo e outras regiões basais do encéfalo. 
Os terminais de fibras do tipo C secretam tanto o neurotransmissor glutamato, que atua instantaneamente, com também a substancia C, que age mais lentamente e duradoura. 
A localização da dor lenta crônica é imprecisa e isso se deve a conectividade multissináptica difusa dessa via.
A remoção completa de áreas somatossensoriais do córtex cerebral não destrói a capacidade de perceber a dor, pois é provável que a formação reticular do tronco cerebral, do tálamo e outras regiões inferiores do encéfalo causem percepção consciente de dor a partir de estimulo dolorosos. Porém, o córtex tem um importante papel de interpretar a qualidade da dor.
Sistema de Supressão da Dor– “Analgesia” ou Modulação
O grau de reação da pessoa à dor varia muito e isso se deve parcialmente a capacidade do próprio encéfalo de suprimir as aferências dos sinais dolorosos pela ativação do sistema de controle de dor, chamado sistema de analgesia.
Esse sistema conste em três grandes componentes: (1) áreas periventricular e da substância cinzenta periaquedutal do mesencéfalo que enviam sinais para (2) o núcleo magno da rafe e núcleo reticular paragigantocelular, onde sinais de segunda ordem são transmitidos pelas colunas dorsolaterais da medula espinhal, para (3) complexo inibitório da dor localizado nos cornos dorsais da medula espinhal. Nesse ponto os sinais de analgesia podem bloquear a dor antes dela ser transmitida para o encéfalo. A estimulação de áreas encefálicas que excitam a substancia cinzenta periaquedutal, como o núcleo paraventricular do hipotálamo e o fascículo prosencefálico medial, podem suprimir a dor.
Muitos neurotransmissores estão envolvidos com o sistema de analgesia, com destaque para a encefalina e serotonina. A serotonina faz com que os neurônios locais da medula secretem encefalina, que causa inibição pré-sináptica e pós-sináptica das fibras da dor nos cornos dorsais.
Há mais de 40 anos foi descoberto que injeção diminutas de quantidades de morfina, tanto no núcleo periventricual como na substancia cinzenta periaquedutal, causa grau extremo de analgesia. Foi considerado que os “receptores para morfina” do sistema de analgesia deveriam ser receptores para opioides naturais do sistema nervoso. Dentre as mais importantes dessas substancias estão a Beta-endorfina (hipotálamo e hipófise), a metencefalina, a leuencefalina ea dinorfina (tronco cerebral e medula espinhal).
Outra descoberta importante foi que a estimulação de grandes fibras do tipo Abeta originadas nos receptores táteis periféricos pode reduzir a transmissão dos sinais da dor originados da mesma área corporal. Esse mecanismo ocorre da inibição lateral local na medula espinhal e explica porque a massagem da pele próxima às áreas dolorosas é eficaz no alivio da dor. 
Conclui-se que a dor pode ser provocada tanto pela ativação das vias nociceptivas como pela lesão das vias modulatórias (supressoras), o que a torna semelhante a outras funções envolvidas na manutenção da homeostase, como a pressão arterial e a temperatura.

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