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QF331 http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 QF331 A (1S/2018) Nelson H. Morgon IQ/UNICAMP 10 de maio de 2018 Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 1 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Objetivos 1 Medidas de concentração 2 A energia de Gibbs parcial molar 3 Potencial Químico 4 Misturas Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 2 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Objetivos 1 Medidas de concentração 2 A energia de Gibbs parcial molar 3 Potencial Químico 4 Misturas Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 2 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Objetivos 1 Medidas de concentração 2 A energia de Gibbs parcial molar 3 Potencial Químico 4 Misturas Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 2 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Objetivos 1 Medidas de concentração 2 A energia de Gibbs parcial molar 3 Potencial Químico 4 Misturas Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 2 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 A Termodinâmica das Misturas * Precisamos de um conjunto de conceitos que nos permitam aplicar a termodinâmica a misturas de composição variável. Em primeiro lugar, devemos estar aptos a definir a composição da mistura. * Precisamos descrever as propriedades da mistura. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 3 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Medidas de concentração * A concentração molar, cJ ou [J] de um soluto J dissolvido em um solvente é definida como a razão entre a quantidade química (ou número de mols) de J, nJ , dividida pelo volume da solução, V: [J] = nJ V Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 4 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Medidas de concentração * A concentração molar é normalmente expressa em unidades de mols por L (às vezes em dm3). * Os químicos representam como M e leem como ‘molar’ (mol L−1 ou mol/L). * Concentração molar padrão é c = 1 mol/L exatamente. * Para preparar uma solução de concentração molar conhecida, dissolve-se uma quantidade conhecida de soluto em um pouco do solvente, e, em seguida, adiciona-se mais solvente para se obter o volume total desejado V. * O volume V, na definição de concentração molar, é o volume da solução e não o volume do solvente utilizado para preparar a solução. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 5 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Preparando uma Solução Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 6 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Concentração em massa A concentração em massa é expressa em gramas (ou quilogramas) por decímetro cúbico (g dm−3) e está relacionada com a concentração molar por cmassa = [J]×M em que M é a massa molar do soluto J. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 7 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Molalidade * A molalidade, bJ , de um soluto é definida como a razão entre a quantidade (ou número de mols) do soluto J dividida pela massa do solvente utilizado para formar a solução. (g dm−3) e está relacionada com a concentração molar por bJ = nJ msolvente * A molalidade de um soluto é normalmente expressa em unidades de mols por quilograma (mol kg−1), que os químicos em geral representam como m e leem como ‘molal’). A molalidade padrão da solução é definida como b = 1 mol kg−1 exatamente. em que M é a massa molar do soluto J. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 8 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Molalidade * Uma distinção importante entre concentração molar e molalidade é que, enquanto a primeira é definida em termos do volume da solução, * a molalidade é definida em termos da massa do solvente utilizado para preparar a solução. * A concentração molar de um soluto varia com a temperatura à medida que a solução se expande e se contrai, mas a molalidade permanece constante. * Para soluções diluídas em água, os valores numéricos da molalidade e da concentração molar diferem muito pouco, pois 1 dm3 de solução consiste quase todo em água, e tem uma massa próxima de 1 kg. * Para soluções aquosas concentradas e para todas as soluções não aquosas, com massas específicas diferentes de 1 g cm−3, os dois valores são muito diferentes. (Lembre-se de densidade!) Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 9 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Exercícios Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 10 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Exercícios Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 10 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Propriedades parciais molares * Uma propriedade parcial molar é a contribuição (por mol) que uma substância faz para uma propriedade total da mistura. * A grandeza parcial molar de mais fácil visualização é o volume parcial molar, VJ , de uma substância J, a contribuição que J faz para o volume total de uma mistura. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 11 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Propriedades parciais molares * Imaginemos um grande volume de água pura. * A adição de mais 1 mol de H2O provoca um aumento no volume de 18 cm3. * Entretanto, quando adicionamos 1 mol de H2O a um grande volume de etanol puro, o volume aumenta apenas em 14 cm3. * O volume ocupado por mol de moléculas de água na água pura é de 18 cm3/mol. * E 14 cm3/mol é o volume ocupado por mol de moléculas de água em etanol praticamente puro. * Em outras palavras, o volume parcial molar da água na água pura é 18 cm3/mol e o volume parcial molar da água no etanol puro é 14 cm3/mol. * Nesse último caso, há tanto etanol presente que cada molécula de H2O está envolvida apenas por moléculas de etanol e o arranjo das moléculas faz com que as moléculas de água ocupem um volume de apenas 14 cm3. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 12 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Propriedades parciais molares * O volume parcial molar de uma mistura de água/etanol com composição intermediária é uma indicação do volume que as moléculas de H2O ocupam quando envolvidas por uma mistura de moléculas que representam a composição global da solução. * Por exemplo, metade de água e metade de etanol, quando a fração molar de ambos os componentes é 0,5. * O volume parcial molar do etanol varia quando a composição da solução é alterada, pois o ambiente químico de uma molécula de etanol se altera do etanol puro até o da água pura à medida que a proporção de água aumenta e o volume ocupado pelas moléculas de etanol varia acompanhando a mudança de composição. * Assim, o volume total V da mistura é dado pela expressão: V = na VA + nB VB Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 13 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Propriedades parciais molares Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 14 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Exercícios Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 15 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Exercícios Nelson H. Morgon(IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 15 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 A energia de Gibbs com função de n G = F (T ,P, n) Generalizando: F (x1, x2, x3, . . . , xn) dF = ( ∂F ∂x1 ) x2,x3,...,xn dx1 + . . .+ ( ∂F ∂xn ) x1,x2,x3,...,xn−1 dxn ou dF = n∑ i=1 ( ∂F ∂xi ) xi+1,xi+2,...,xn dxi dG = ( ∂G ∂n ) T ,P dn + . . . dG → ∆G Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 16 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 A energia de Gibbs parcial molar * Uma das mais importantes grandezas parcial molar é a energia de Gibbs parcial molar. * GJ , de uma substância J, que é a contribuição (por mol de J) de J para a energia de Gibbs total de uma mistura. * Dado as energias de Gibbs parciais molares de duas substâncias A e B em uma mistura de dada composição, então a energia de Gibbs total da mistura é: G = nA GA + nB GB Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 17 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 G = nA GA + nB GB Demonstração: * Quando a composição da mistura, sob temperatura e pressão constantes, varia pela adição de dnA de A e dnB de B, então, a energia de Gibbs total da mistura varia: dG = GA dnA + GB dnB * Se as proporções relativas de A e B são mantidas constantes tal como foram adicionadas, a mistura tem a mesma composição. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 18 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 G = nA GA + nB GB * Assim, GA e GB são constantes e nA e nB variam simultaneamente de 0 até seus valores finais. Portanto, ∫ dG = ∫ GA dnA + ∫ GB dnB∫ G 0 dG = GA ∫ nA 0 dnA + GB ∫ nB 0 dnB G = GA nA + GB nB Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 19 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 A energia de Gibbs parcial molar * A energia de Gibbs parcial molar tem exatamente o mesmo significado que o volume parcial molar. * Por exemplo, o etanol tem determinado valor da energia de Gibbs parcial molar quando está puro (com cada molécula envolvida por outras moléculas de etanol). * E tem um valor diferente de energia de Gibbs parcial molar em uma solução aquosa de certa composição (porque, então, cada molécula de etanol está envolvida por uma mistura de moléculas de etanol e de água). * Na mistura as interações e a organização entres e das moléculas são diferentes, afetando H e S, respectivamente (e por consequênia G, onde G = H - TS) Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 20 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Potencial Químico * A energia de Gibbs parcial molar é tão importante em química que recebeu um nome especial e um símbolo. * O potencial químico (µ). G = nA µA + nB µB em que µA é o potencial químico de A na mistura e µB o potencial químico de B. * O nome ‘potencial químico’ é muito apropriado, pois µJ mede a capacidade de J em produzir transformações físicas e químicas. * Uma substância com um valor elevado do potencial químico tem uma grande capacidade de impulsionar uma reação ou outro processo físico qualquer. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 21 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Importância do Tema Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 22 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Importância do Tema Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 22 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Importância do Tema Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 22 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Importância do Tema Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 22 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Potencial Químico - Recapitulando Se, H = U + PV , H(U,P,V ) dH = dU + P.dV + V .dP E, dU = δq + δw (1a. Lei) dU = δq − P.dV mas δq = T .dS (2a. Lei) logo dU = T .dS − P.dV Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 23 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Potencial Químico - Recapitulando Logo, se G = H − TS , G (H,T ,S) dG = dH − T .dS − S .dT Assim, se dH = dU + P.dV + V .dP e dU = T .dS − P.dV tem − se dG = T .dS − P.dV + P.dV + V .dP − T .dS − S .dT Um resultado importante é: dG = V .dP − S .dT Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 24 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Potencial Químico * A variação do potencial químico de uma substância com a composição da mistura à temperatura constante e para o modelo de gás ideal: dG = V .dP − S .dT se T constante → dT = 0 ∆G = n.R.T .ln Pf Pi ∆Gm = R.T .ln Pf Pi Gm(Pf ) = Gm(Pi ) + R.T .ln Pf Pi * Isso demonstra que energia de Gibbs molar de um gás perfeito depende da pressão. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 25 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Potencial Químico * Fazendo Pf = P, a pressão de interesse, e Pi = Po , a pressão padrão (1 bar). Gm(P) = G o m + R.T .ln P * Para uma mistura de gases perfeitos, P é a pressão parcial do gás e Gm(P) é energia de Gibbs parcial molar, ou seja, o potencial químico. * Assim, para uma mistura gasosa (de n componentes), em termos de Potencial Químico para o J-ésimo componente: µJ = µ o J + R.T .ln PJ * µoJ é o potencial químico padrão do gás J, que é idêntico à sua energia de Gibbs molar padrão (valor para 1 mol do gás puro à pressão de 1 bar). Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 26 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Potencial Químico * A variação do potencial químico com a pressão parcial de um gás perfeito em três temperaturas distintas (nas razões 0,5:1:2). Observe que o potencial químico aumenta com a pressão e, para dada pressão, aumenta com a temperatura. * Quanto maior a pressão parcial de um gás, maior o seu potencial químico. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 27 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Potencial Químico de um gás ideal * Suponha que a pressão parcial de um gás perfeito em uma mistura seja reduzida, logo variação do potencial químico do gás é Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 28 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Potencial Químico de um gás ideal - Exemplo * Se a pressão parcial de um gás perfeito cai de 100 kPa para 50 kPa, quando o gás é consumido em uma reação a 298 K, a variação do potencial químico do gás é * O sinal de ∆µ é condizente com a direção espontânea do processo (consumo do gás). Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 29 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Potencial Químico Seja µJ(l) o potencial químico de J na mistura líquida e µJ(g) o seu potencial químico no vapor. * E uma quantidade infinitesimal dnJ de J migrando do líquido para o vapor. * Como resultado, a energia de Gibbs do líquido diminui de µJ(l)dnJ , e a do vapor aumenta de µJ(g)dnJ (deslocamento de quantidade de matéria). * A variação líquida da energia de Gibbs é dG = µJ(g) dnJ − µJ(l) dnJ = [µJ(g) − µJ(l)] dnJ * Em equilíbrio dG = 0, o que acarreta que µJ(g) = µJ(l). Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 201830 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Formação espontânea de misturas * Tem-se certo número de mols nA de um gás perfeito A a certa temperatura T e pressão P, e certo número de mols nB de um gás perfeito B nas mesmas temperatura e pressão. Depois serão misturados. * Os estados (a) inicial e (b) final de um sistema em que dois gases ideias se misturam. As moléculas não interagem; logo, a entalpia (H) de mistura é zero. Entretanto, como o estado final é mais desordenado que o estado inicial, há um aumento de entropia (S). Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 31 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Formação espontânea de misturas * A energia de Gibbs do sistema (os dois gases não misturados) é a soma de suas energias de Gibbs individuais: Gi = nAµA + nBµB = nA [µ o A + RTln P] + nB [µ o B + RTln P] * Os potenciais químicos são os de dois gases, cada um deles na pressão P. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 32 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Formação espontânea de misturas * Quando a separação é removida, a pressão total permanece a mesma. Mas, pela Lei de Dalton, as pressões parciais diminuem para: PA = xA P PB = xB P onde xJ é a fração molar do J-ésimo gás na mistura. xJ = nJ n e n = nA + nB Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 33 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Formação espontânea de misturas * Logo, Gi = nA [µ o A + RTln P] + nB [µ o B + RTln P] e Gf = nA [µ o A + RTln PA] + nB [µ o B + RTln PB ] ou = nA [µ o A + RTln xAP] + nB [µ o B + RTln xBP] * A diferença Gf - Gi é a variação da energia de Gibbs que acompanha o processo de mistura. Gf − Gi = nA [µoA + RTln xAP] + nB [µoB + RTln xBP]− −nA [µoA + RTln P] − nB [µoB + RTln P] Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 34 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Formação espontânea de misturas * Os potenciais químicos padrão se cancelam. ∆G = nA RTln xAP + nB RTln xBP − nA RTln P − nB RTln P = nART [ln xAP − ln P] + nBRT [ln xBP − ln P] Mas, ln xJ P − ln P = ln xJ P P = ln xJ Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 35 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Energia de Gibbs da Mistura Assim, ∆G = nARTln xA + nBRTln xB = RT (nAln xA + nB ln xB) Tem-se a Energia de Gibbs da Mistura para Gás Ideal. ∆G = nRT (xAln xA + xB ln xB) Com n = nA + nB e os xJ são as frações molares dos componentes J na mistura. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 36 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Energia de Gibbs da Mistura * A variação da energia de Gibbs de mistura com a composição para dois gases perfeitos sob temperatura e pressão constantes. Observe que ∆G < 0 para todas as composições, indicando que os dois gases se misturam espontaneamente em todas as proporções. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 37 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Entropia da Mistura * Para mistura de gases ideais, como não há interações, tem-se ∆H = 0. Assim, ∆G = nRT (xAln xA + xB ln xB) = T [nR(xAln xA + xB ln xB)] E ∆G = ∆H − T .∆S = 0 − T .∆S Por analogia ∆S = − nR(xAln xA + xB ln xB) Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 38 / 1 Misturas e Potencial Químico http://3qc.iqm.unicamp.br/QF331 Entropia da Mistura * A variação da entropia de mistura com a composição para dois gases perfeitos sob temperatura e pressão constantes. Nelson H. Morgon (IQ/UNICAMP) QF331 A (1S/2018) 10 de maio de 2018 39 / 1