Buscar

Seminário III - Oferta e Elasticidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO 
SÃO PAULO 
 2013 
 
Juliana Martins 
Nathalia Costa 
Romário Araújo 
Thiago Jello 
Thiago Oliveira 
 
 
 
OFERTA E ELASTICIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. OFERTA E DEMANDA 
I. LEI DA OFERTA E DEMANDA 
II. DEMANDA 
III. VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A DEMANDA 
IV. OFERTA 
V. CURVA DA OFERTA 
 
2. EMPRESA 
 
3. FUNÇÃO PRODUÇÃO 
I. CUSTOS DE PRODUÇÃO 
 
4. EQUILIBRIO DE MERCADO 
I. VARIAÇÕES NA OFERTA E DEMANDA 
II. INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NO EQUILÍBRIO DE MERCADO 
III. CONTROLE DE PREÇOS 
 
5. ELASTICIDADE 
I. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
II. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E RECEITA TOTAL DO PRODUTOR 
III. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
IV. ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA 
V. ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA 
VI. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA 
 
 
1. OFERTA E DEMANDA 
LEI DA OFERTA E DEMANDA 
Oferta e Demanda são as duas forças que fazem as economias de mercado 
funcionar. Interagindo nos mercados, elas determinam a quantidade a ser produzida 
de cada bem e seu preço de venda, por conta disso, a lei da oferta e demanda é 
considerada a mais importante na economia de mercado livre (onde não são as 
autoridades econômicas que fixam os preços, que é o mercado controlado). 
DEMANDA 
Demanda é definida como a quantidade de um determinado bem que o consumidor 
deseja adquirir em certo período de tempo. 
A teoria da Demanda é derivada sobre a escolha do consumidor entre diversos bens 
que seu orçamento permite adquirir. O que se almeja é explicar o processo de 
escolha do consumidor perante as diversas alternativas existentes. Tendo um 
determinado limite de renda, o consumidor procurará distribuir seu orçamento entre 
os diversos bens de forma mais satisfatória. 
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A DEMANDA 
I – Preço do bem; 
II – Preço de outros bens; 
III – Renda do consumidor; 
IV – Gosto ou preferência do consumidor. 
OFERTA 
Pode-se conceituar oferta como a quantidade de um bem que um conjunto de 
produtores está disposto a oferecer ao mercado a um dado preço em determinado 
tempo. A oferta depende de vários fatores, entre eles, de seu próprio preço, do preço 
(custo) dos fatores de produção e das metas ou objetivos dos empresários. 
 
 
 
CURVA DA OFERTA 
Num regime de concorrência, quanto maior o preço de mercado de um bem, maior 
será a quantidade que os produtores estarão dispostos a oferecer. Essa relação 
direta entre preço e quantidade ofertada baseia-se no pressuposto de que as 
empresas produzem bens com o objetivo fundamental de obter lucro. E o preço 
relativo de um produto, em relação com os demais bens, é um determinante de 
lucro. Por isso quanto maior for o preço de um bem, mais lucrativa poderá ser a sua 
produção e maior será a sua oferta. 
 A chamada função oferta mostra uma correlação direta entre quantidade ofertada e 
o preço de mercado (nível de preço), ceteris paribus. É a lei geral da oferta. 
 
. 
 
Representação gráfica da função oferta. 
 
 
O = f (P) 
 
 
2. EMPRESA 
Empresa é a empreitada, a atividade, o acervo de bens, ou seja, as instalações, 
maquinarias e equipamentos. 
Empresário é aquele que assume essa condução, adquirindo, investindo, 
contratando, oferecendo enfim, todos os atos da gestão. 
Empresa pode ser conceituada como unidade produtora que tem como objetivo 
combinar fatores de produção com o intuito de oferecer ao mercado bens ou 
serviços, não importando qual seja o estágio de produção. 
São características das empresas a produção, na qual aglutinam, combinam e 
coordenam fatores de produção com a visão de transforma-los em produtos 
desejados pelo mercado e consequentemente obter seu objetivo principal; o lucro. 
São exemplos de fatores de produção: a semente, a terra, o trabalho, a matéria 
prima, etc. 
Fatores de produção são divididos em três categorias: Natureza, Trabalho, Capital. 
Ao combinar esses três fatores dando-lhes uma destinação econômica, a empresa 
remunera com quantias fixas ou variadas as partes que a compõe. 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao comprometerem-se com as três categorias apresentadas surge a quarta 
categoria de fator, cuja remuneração contrariamente às demais, não é nem fixa nem 
contratual, mas aleatória e residual: trata-se do lucro. 
Além dos fatores apresentados há outro fator que possui uma ação indireta, já que 
atua fora do âmbito da empresa, trata-se do Estado, pois, ao assegurar a ordem, a 
propriedade, a exigibilidade das obrigações assumidas a responsabilidade 
patrimonial e execução de tarefas na esfera econômica e social, cria as condições 
para o tranquilo e continuo desenvolvimento do processo econômico, por essas 
condições o Estado recebe sua remuneração: o Tributo. 
O Estado não é um fator de produção direto, pois sua atividade se destina a toda 
sociedade não se restringindo apenas às empresas. 
UM FATOR ESPECIAL: A TECNOLOGIA 
Entende-se como tecnologia a aplicação do conhecimento cientifico a uma atividade 
produtora, no início era tratado como algo estático, ou seja, somente ao estado da 
técnica. 
No entanto com o passar dos tempos este conceito mudou, hoje a tecnologia é 
considerada estratégica quer no campo da produção, quer no campo da 
comercialização, transporte etc. Por ser considerada como o mais estratégico fator 
econômico e de desenvolvimento, e compreensivo o grande investimento por parte 
das empresas e consequentemente sua utilização por parte de algumas como seu 
principal fator de produção. 
 
3. FUNÇÃO PRODUÇÃO 
A empresa está condicionada pela manifestação dos preços relativos e por leis não 
apenas institucionais como também de caráter físico, técnico e tecnológico. Assim 
existe o fator produção que é a relação da quantidade de produtos fabricados e a 
quantidade de fatores aplicados no processo de produção. 
A fórmula da função produção é P = f (N,W, K) , onde nas suas notações 
internacionais N é de Nature (Natureza), aqui os fatores citados podem ser água, 
 
 
terra, ventos. O W é de Wages (Salário), que seria a remuneração das pessoas 
envolvidas no processo e por fim K de Kapital que é o capital investido em 
máquinas, pagamento de instalações, energia elétrica etc. 
Aumentando a quantidade de fatores da produção, a quantidade de produtos irá 
aumentar em maior ou menor proporção. Quando aumentada em maior proporção 
se da o nome de Rendimentos Crescentes, ou seja, a combinação de alguns fatores 
foi mais do que satisfatória para um crescimento de produção. Do contrário, o nome 
dado é rendimento decrescente. 
A função produção não tem como necessidade que os fatores produção sejam fixos. 
Com isso existe a chamada substituição de fatores, é possível substituir algum fator 
do processo por outro sem alterar o resultado final, por exemplo, para produzir 1000 
sacas de milho, pode diminuir o fator terra e aumentar o fator capital, investindo em 
máquinas, fertilizantes, corretivos de solo etc. Do contrário seria possível também, 
aumentar o fator terra e diminuir o fator capital, as mesmas 1000 sacas de milho 
seriam produzidas. Chama-se isoquanta a curva desse processo de utilização de 
fatores diferentes para resultados iguais. 
Rendimentos decrescentes é o aumento excessivo de algum fator que resulta em 
menor produção do produto. O produto marginal de um fator de produção reduzirá 
conforme o aumento da quantidade utilizada desse fator. Isso equivale a dizer que 
quando se utilizam unidades adicionais de trabalho à produção total aumenta, mas a 
partir de certo ponto a produção marginal tende a decrescer devido à utilização de 
fatores menos produtivos (eficientes) para atender uma procura crescente. Pelo 
conceito de fertilidade marginal da terra (grau de produtividade da terra utilizada na 
produção). Por exemplo, numa plantação o produtor resolve investir mais em capital 
e aplicar mais fertilizantessobre os vegetais, a partir de certa quantidade de 
aplicação aquilo irá deixar de ter efeito e a terra poderá agir negativamente, não 
produzindo mais. Para esse fenômeno se da o nome de produtividade marginal 
daquele fator. 
 
 
 
 
 
CUSTOS DE PRODUÇÃO 
O que determina a decisão da empresa pela maneira de produzir são os preços de 
produção, pois a empresa visa essencialmente o lucro. Compreendido entre a 
variação dos custos de produção e o preço do produto final no mercado. 
São considerados cinco custos para a empresa: 
1. Custo direto ou variável – São os custos que variam de acordo com a 
quantidade produzida. Exemplo: se quiser produzir 5000 sacas de café será 
preciso mais mão de obra, mais energia elétrica para as máquinas e etc. 
2. Custo indireto ou fixo – São custos que não depende da quantidade 
produzida, sendo gastos incorridos da empresa, exemplo: equipamentos, 
instalações e aluguel. 
3. Custo médio – é a somatório do custo total dividido pela quantidade 
produzida. Esse custo médio vai decrescendo assim que número de unidades 
produzidas cresce, por exemplo, se o custo fixo inicial foi muito elevado o 
custo médio também será. 
4. Custo marginal - É o custo de produção de um produto a mais. É o acréscimo 
de custo total de uma produção por mais uma unidade. Numa situação 
normal, o custo marginal começa por decrescer à medida que se aumenta a 
quantidade produzida, situação que se justifica pelo fato de existirem custos 
fixos que se diluem em quantidades maiores (é o chamado efeito de escala). 
Contudo, a partir de certa altura, os ganhos proporcionados pelo efeito de 
escala deixam de ser suficientes para contrariar os acréscimos de custos 
originados pelo aumento dos próprios custos variáveis, originando um 
aumento dos custos marginais. Este aumento dos custos variáveis é uma 
consequência direta da Lei das Produtividades Marginais Decrescentes cujos 
efeitos são tanto maiores, quanto maiores forem as quantidades produzidas. 
5. Custo social - Abrange os custos advindos da produção de certo produto 
(custo privado) e os custos externos à firma, que são percebidos pela 
sociedade como um todo. Exemplo: poluição, congestionamento. 
 
 
 
4. EQUILÍBRIO DE MERCADO 
Equilíbrio de Mercado caracteriza-se pela convergência entre a quantidade ofertada 
e a quantidade demandada, ou seja, esse equilíbrio se dá quando oferta e demanda 
se encontram em nível de equivalência. 
Existirá equilíbrio estável em um mercado de concorrência perfeita quando o preço 
de mercado tende a ser mantido. 
Por exemplo: 
Preço ($) 
Quantidade 
 
Procurada (Demanda) Ofertada 
1,00 11.000 1.000 Excesso de procura (escassez de oferta) 
3,00 9.000 3.000 Excesso de procura (escassez de oferta) 
6,00 6.000 6.000 Equilíbrio entre oferta e procura 
8,00 4.000 8.000 Excesso de oferta (escassez de procura) 
10,00 2.000 10.000 Excesso de oferta (escassez de procura) 
 
Conforme se nota na tabela, o equilíbrio entre oferta e demanda se dá no momento 
em que o preço é igual a R$ 6,00. O preço e a quantidade de equilíbrio atendem às 
aspirações dos consumidores e ofertantes ao mesmo. 
Se a oferta estiver abaixo do ponto de equilíbrio, haverá uma escassez do produto. 
Haverá filas em busca do produto e competição entre os consumidores, já que a 
quantidade ofertada não será suficiente para todos os possíveis compradores. 
Será necessária, então, a elevação do preço para que a demanda caia até que se 
atinja o ponto de equilíbrio. 
Caso a quantidade ofertada se encontre acima do ponto de equilíbrio, haverá um 
excedente de produção, ou seja, um excesso do produto nos estoques. Essa 
situação pode ser prejudicial à empresa, já que ela precisa pagar pelos custos da 
produção. Logo, haverá uma competição entre os ofertantes, que deverão baixar os 
preços para aumentar as vendas, voltando assim ao equilíbrio. 
 
 
Há uma tendência natural no mercado de atingir e permanecer em uma situação de 
equilíbrio de compras e vendas, quando não há interferências do governo ou de 
oligopólios no mercado e na livre movimentação dos preços. 
VARIAÇÕES NA OFERTA E DEMANDA 
Se a demanda ou a oferta, ou ambas se deslocam, o ponto de equilíbrio também irá 
sofrer alterações. Um aumento na demanda causa um aumento no preço e na 
quantidade de equilíbrio. Por outro lado, um aumento na oferta leva à uma redução 
no preço de equilíbrio. 
Vários fatores podem provocar variações na oferta e na demanda, causando 
alterações no ponto de equilíbrio. Alguns deles são: o preço do produto, a 
quantidade de empresas no setor, o aumento na renda do consumidor, alteração dos 
custos dos fatores de produção (matéria-prima, mão-de-obra,...), nível de 
conhecimento tecnológico, etc. 
Por exemplo, hipoteticamente, há um celular no mercado que custe R$ 600,00, e há 
também uma elevação dos salários dos consumidores. A demanda pelo celular ao 
preço inicial irá crescer e irá provocar alteração no ponto de equilíbrio (mais 
compradores/maior demanda). Aos poucos haverá um excesso de demanda e uma 
escassez de oferta, já que começará a faltar produto no mercado. 
Para que a empresa atinja o ponto de equilíbrio, será necessária a elevação do 
preço do celular, causando uma redução nas compras até que o excesso de 
demanda acabe. 
INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NO EQUILÍBRIO DE MERCADO 
O governo cria políticas econômicas para evitar abusos de mercado e satisfazer as 
necessidades sociais e interferem no equilíbrio de mercado ao fixar impostos, preços 
mínimos para produtos agrícolas e tarifas alfandegárias, ao dar subsídios, ao 
provocar reajuste no salário mínimo, ao decretar tabelamento ou ao congelar preços 
e salários. 
Nos sistemas de tributação, quem recolhe o tributo é a empresa, mas geralmente 
quem arca com isso é o consumidor. Os tributos podem ser impostos, taxas ou 
contribuições de melhorias. 
 
 
Os impostos se dividem em: 
Impostos Diretos – são aqueles que incidem sobre a renda e o patrimônio, cobrado 
sem intermediação e não transferível para outras pessoas. Como o Imposto de 
Renda (IR), IPVA e o IPTU. 
Impostos Indiretos – são aqueles que incidem sobre o consumo ou sobre as vendas. 
Como o ICMS e o IPI. 
Os impostos indiretos podem ser: 
Imposto específico – o valor é especificado e fixado, independentemente do valor da 
unidade do produto vendido. 
Imposto ad valorem – percentual (alíquota) aplicado sobre o valor de venda. 
Os impostos indiretos acabam prejudicando os mais pobres já que eles tendem a 
consumir uma parcela maior de suas rendas. No Brasil, a maioria dos impostos é 
cobrada de forma indireta, do gênero ad valorem. 
Tabelamentos – coíbem abusos por parte dos vendedores, controlam bens de 
primeira necessidade e refreiam o processo inflacionário. 
Política de preços mínimos na agricultura - O preço mínimo é uma imposição do 
governo, através de regulações ou impostos, que tem como fim o estabelecimento 
de uma remuneração mínima a um produto, oferecendo uma garantia de preço aos 
produtores agrícolas. 
CONTROLE DE PREÇOS 
O governo estabelece um preço máximo e um preço mínimo para determinado 
produto, podendo assim regular as práticas do mercado. Essa política é utilizada 
pelo governo em situações "injustas" ou "desleais" tanto para consumidores como 
para vendedores. 
Preço máximo – Limite máximo ou maior preço ao qual um determinado bem pode 
ser comercializado no mercado. 
Preço mínimo – Limite mínimo ou menor preço ao qual um determinado bem pode 
ser comercializado no mercado. 
 
 
5. ELASTICIDADE 
Cada produto tem uma sensibilidade específica com relação às variações dos 
preços e da renda. Essa sensibilidade ou reação pode ser medida por meio do 
conceito de elasticidade. A elasticidade reflete o grau de reação ou sensibilidade de 
uma variável quando ocorrem alterações em outra variável, coeteris paribus. 
O conceito de elasticidade representa uma informação bastante útiltanto para as 
empresas como para a administração pública. Nas empresas, a previsão de vendas 
é de extrema importância, pois permite uma estimativa da reação dos consumidores 
diante de alterações nos preços da empresa, dos concorrentes e em seus salários. 
Para o planejamento público, a elasticidade é de igual importância, pois pode-se 
prever, qual o impacto de uma desvalorização cambial, ou qual a sensibilidade dos 
investimentos privados a alterações na tributação ou na taxa de juros. 
Um produto elástico responde/reage bastante a pequenas mudanças de outras 
variáveis. Do mesmo modo, um produto inelástico não reage a mudanças em outras 
variáveis. 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
É a reação relativa da quantidade demandada de um bem às variações de seu 
preço, coeteris paribus. A mensuração é calculada da seguinte forma: 
E = |variação percentual da quantidade demandada| 
 |variação percentual no preço| 
 
As diferentes situações da demanda, com respeito à elasticidade-preço são: 
a) demanda perfeitamente inelástica = a demanda não reage a mudanças de preços; 
b) demanda inelástica = a demanda reage pouco a mudanças de preços; 
c) demanda de elasticidade unitária = a demanda reage proporcionalmente a 
mudança de preços; 
d) demanda elástica = a demanda reage mais do que o comum a mudança de 
preços; 
e) demanda perfeitamente elástica = a demanda reage muito a mudança de preços. 
 
 
Neste conceito, podem-se classificar os produtos em elásticos ou inelásticos, de 
acordo com a sua demanda. 
FATORES QUE INFLUENCIAM O GRAU DE ELASTICIDADE-PREÇO DA 
DEMANDA: 
Existência de bens substitutos: quanto mais substitutos houver para um produto, 
mais elástica será sua demanda, pois variações do preço para cima, farão com que 
o consumidor passe a adquirir o seu substituto. 
Essencialidade dos produtos: se o produto é essencial, sua demanda será pouco 
sensível à variação de preço, portanto, demanda inelástica. 
Importância do produto, quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor: quanto 
maior o gasto com produto, mais sensível torna-se o consumidor a alterações de 
preço. 
 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E RECEITA TOTAL DO PRODUTOR 
A receita total do produtor corresponde ao valor arrecadado com a venda do produto, 
e é calculada pela quantidade vendida vezes o valor unitário do produto. 
RT= QxP 
RT= Receita Total 
Q= Quantidade vendida 
P= Preço do produto 
A receita total do produtor dependerá da reação dos consumidores, ou seja, da 
elasticidade-preço da demanda nas seguintes possibilidades: 
Demanda elástica: a redução do preço do produto provocará um aumento na 
demanda, consequentemente, uma elevação na quantidade vendida, o que levaria a 
um aumento da receita total, pois trata-se de um mercado em que a demanda é 
sensível a variação de preços. Inversamente aconteceria se houvesse o aumento do 
preço, a demanda cairia, e a receita total reduziria. 
 
 
Demanda inelástica: este mercado não é sensível a variações de preço e, 
geralmente, são produtos essenciais, e um aumento de preços, não diminuiria a 
demanda que continuaria a comprar e, consequentemente, aumenta a receita total. 
Uma redução de preços, provocaria uma redução da receita total. 
Demanda de elasticidade unitária: aumento ou redução no preço não afetam a 
receita total, já que a variação de preço corresponde a variação na quantidade, 
contudo, em sentido contrário. 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
A administração pública pode utilizar a elasticidade para concluir qual tipo de produto 
garantirá uma melhor arrecadação tributária. Apesar das empresas recolherem 
impostos, boa parte deles ficam por conta do consumidor final, situação essa em que 
as empresas repassam parte deste ônus tributário ao preço dos produtos. 
Demanda Inelástica: quanto mais inelástica for, maior será a implementação de 
impostos repassada ao comprador, pois trata-se de um produto que consumidor, por 
vias de necessidade, não tem como diminuir o consumo. 
Demanda Elástica: quanto mais elástica for, menor será a implementação de 
impostos repassada ao comprador. As próprias características do mercado de 
demanda elástica proporciona esta situação, seja pela concorrência, seja pela não 
essencialidade ou seja pelo não alcance da maioria dos consumidores. 
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA 
Este tipo de elasticidade, trata-se de um ponto de vista da sensibilidade da demanda 
de produtos de acordo com as variações na renda do consumidor. 
A elasticidade-renda da demanda é importante para ilustrar o cenário do comércio 
internacional, em que, os países desenvolvidos, onde há melhor distribuição de 
renda, exportam produtos elásticos, manufaturados e com maior valor agregado, 
enquanto, os países subdesenvolvidos, com pior distribuição de renda, exportam 
produtos inelásticos, básicos como as commodities. Logo, é possível entender quais 
os determinantes para o comércio internacional. 
 
 
 
 
ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA 
A elasticidade-preço cruzada da demanda mede a variação na demanda de um 
produto X em decorrência da variação no preço de um produto Y. São dois os tipos 
de produtos analisados desta maneira: 
Substitutos: um aumento no preço da manteiga deve provocar um aumento na 
demanda da margarina. 
Complementares: uma diminuição no preço do café deve provocar um aumento na 
demanda de açúcar e adoçantes. 
ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA 
A elasticidade-preço da oferta mensura a sensibilidade da quantidade ofertada de 
um bem a variações em seu preço. As ofertas podem ser: 
Oferta Elástica: a quantidade ofertada varia de acordo com o preço do mercado; 
Oferta de elasticidade unitária: a quantidade ofertada varia proporcionalmente com o 
preço do mercado; 
Oferta Inelástica: a quantidade ofertada não varia de acordo com o preço do 
mercado. 
FATORES DETERMINANTES: 
A disponibilidade dos insumos: quanto maior for a capacidade de produção 
decorrente de matéria-prima, mão de obra e capital, maior será a possibilidade de 
uma quantidade ofertada acima do normal. Se o produtor não possuir tamanha 
capacidade irá se encontrar limitado à produção de uma quantidade de oferta 
razoável. 
Tempo: a dimensão do tempo gasto na produção de um produto pode não satisfazer 
o percentual da demanda em determinado prazo de tempo. Quanto maior for o prazo 
de produção do produto, mas elástica é a oferta. Quanto menor for o prazo de 
produção do produto, mais inelástica é a oferta. 
 
 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
NUSDEO, Fabio. Curso de Economia. Capítulo 12 – Microeconomia Oferta. Ed. 
Revista dos Tribunais, São Paulo, 2005. 
VASCONCELLOS, Marco Antônio e GARCIA, Manoel. Fundamentos de Economia. 
Ed. Saraiva, São Paulo, 2002. 
SILVA, Adelphino Teixeira. Iniciação a Economia. Ed. Atlas, São Paulo, 2006. 
SOUZA, Nali de Jesus. Curso de Economia. Ed. Atlas, São Paulo, 2003.

Outros materiais