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CAULE E RAIZ. Morfologia vegetal. CAULE ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ Caule ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ ❖ Importância Nó - região caulinar, em geral dilatada, de onde saem as folhas. Entrenó - região caulinar entre dois consecutivos Gema terminal - Está no ápice, constituída por escamas, ponto vegetativo (região meristemática, de forma cônica) e primórdios foliares que recobrem. Pode produzir ramo folioso ou flor e promove o crescimento. Gema lateral - De constituição semelhante à anterior e que produzir ramo folioso ou flor. Situada na axila de folhas, chama-se também gema axilar. Muitas vezes, permanece dormente, não se desenvolve. Há 3 tipos básicos de organização interna dos tecidos do caule: 1- Tecidos vasculares formando um cilindro continuo entre córtex e medula. 2. tecidos vasculares em um cilindro composto de cordões interconectados, separados por raios de parênquima; 3. Tecidos vasculares sob a forma de feixes espalhados no tecido fundamental (típico de monocotiledôneas) Herbáceos: caules tenros, geralmente clorofilados, flexíveis, não lignificados, característico das ervas. Exemplo: moréia (Dietes bicolor - Iridaceae). MORFOLOGIA Externa. Quanto a consistência: https://cadutati.blogspot.com/2017/10/dietes-bicolor-moreia-bicolor.html Sublenhosos: caules lignificados apenas na região basal, mais velha, junto às raízes e tenros no ápice. Ocorrem em muitos subarbustos. Exemplo: coroa-de-cristo (Euphorbia milii Euphorbiaceae). http://www.artevegetal.com.br/coroa-de-cristo/ Lenhosos: caules intensamente lignificados, rígidos, geralmente de grande porte e com um considerável aumento em diâmetro, como por exemplo, os troncos das árvores. Exemplo: mogno (Swietenia macrophylla - Meliaceae). https://ww2.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=12421 Quanto ao desenvolvimento do caule: Ervas: Plantas, geralmente, pouco desenvolvidas, de consistência herbácea, tenra devido à ausência de crescimento secundário. Exemplo: amor-perfeito (Viola wittrockiana - Violaceae). http://crieflores.blogspot.com/2011/04/crie-flores-amor-pe rfeito-viola-x.html Subarbustos: Plantas que alcançam aproximadamente 1,5m de altura, cujos ramos são sublenhosos. Exemplo: arnica (Arnica chamissonis - Asteraceae). https://www.salutatis.com/el-poder-del-arnica-para-red ucir-el-dolor-e-inflamaciones/ Arbusto: Plantas de altura média inferior a 5m , resistentes, com ramos lenhosos sem um tronco predominante, porque o caule ramifica-se a partir da base. Exemplo: ixora (Ixora undulata - Rubiaceae). https://fr.123rf.com/photo_52025845_ixora-est-un-genre-de-plantes-% C3%A0-fleurs-dans-la-famille-rubiaceae-fleurs-ixora-dans-le-jardin-au -parc-b.html Árvore: Plantas de altura superior a 5m, geralmente com um tronco nítido que apresenta crescimento secundário sendo que a parte ereta constitui a haste e a ramificada constitui a copa. Exemplo: pinheiro dourado (Chamaecyparis obtusa - Cupressaceae). http://hort.uconn.edu/detail.php?pi d=106 Arvoreta: Árvore de pequeno porte, ou com tronco principal muito curto. Exemplo: pêssego-do-mato (Hexachlamys edulis - Myrtaceae). https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/9 025-2/ Trepadeira: Caule tipo cipó, trepador, sarmentoso, lenhoso, por muitas vezes atingindo vários metros de comprimento. Exemplo: cipó-de-São-João (Pyrostegia venusta - Bignoniaceae). https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-834686302-cipo-de-so-joo-flor-de-s o-joo-pyrostegia-venusta--_JM Tronco: lenhoso, resistente, cilíndrico ou cônico, ramificado. Ocorre em árvores e arbustos. Quanto ao habitat: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfov egetal4.php Aéreos e Eretos. Haste: Caule de diâmetro relativo pequeno, ereto, herbáceo, não lignificado e clorofilado. http://helen-profbio.blogspot.com/2013/06/organologia-vegetal-o-caule-a natomia-e.html Estipe: Também chamado espique ou estípite, lenhoso, resistente, cilíndrico, longo, em geral não ramificado, com capitel de folhas na extremidade, como os caules das palmeiras, ocorrendo raramente entre. ex: mamão. https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_veget al/morfovegetal4.php Colmo: Silicioso, cilíndrico, com nós e entrenós bem marcantes. Pode ser cheio, fistuloso. ex: Bambu, cana-de-açucar. https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisio logia_vegetal/morfovegetal4.php Escapo: O que sai de rizoma, bulbo, não são ramificados, sustentam as flores nas extremidades. https://sites.google.com/site/biodiversidadecatari nense/plantae/magnoliophyta/hypoxidaceae/hyp oxis-decumbens?tmpl=%2Fsystem%2Fapp%2Ft emplates%2Fprint%2F&showPrintDialog=1 caule que cresce paralelamente à superfície do solo formando raízes adventícias e ramos aéreos em nós consecutivos, em nós intercalados ou, às vezes, vemos vários nós e entrenós sem que as raízes e ramos se formem Este tipo de caule pode servir à reprodução vegetativa da planta, e de cada nó pode desenvolver uma nova planta, que finalmente se torna independente. Exemplo: morangueiro (Fragaria vesca - Rosaceae). Estolonífero ou Estolão. https://diariodahorta.blogs.sapo. pt/44118.html Rastejantes caule que se prende ao solo por um único ponto de fixação e cresce rastejando, sem formar outros pontos de enraizamento. Ex: abóbora (Cucurbita pepo - Cucurbitaceae). Sarmentoso ou prostrado: https://biologiaparaavida.com/2018/0 4/13/morfologia-de-espermatofitas-ra iz-e-caule/ Caule volúvel: caule aéreo que se enrola em um suporte Os caules volúveis e enrolam-se ao tocar em um suporte. Se o caule volúvel, ao passar por trás do suporte, dirige-se para a direita, é chamado dextrorso. Se, no entanto, dirige-se para a esquerda, ele é chamado sinistrorso. Exemplo: campainha (Ipomoea carnea, Convolvulaceae) e cipó-uva (Serjania grandifolia - Sapindaceae) https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-865 381886-cipo-uva-30-sementes-abelhas-necta r-_JM Caules subterrâneos: Rizoma: caule mais ou menos cilíndrico, com folhas modificadas em catáfilos. O caule apresenta crescimento horizontal na superfície do solo ou levemente enterrado, mas próximo à superfície do solo, podendo ser delgado ou suculento, mas em ambos os casos, geralmente, é armazenador de substâncias. https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-691315476-5-bulbos-de-lirio-do-brejo- _JM Tubérculo: caule subterrâneo que apresenta a porção terminal de seus ramos longos e delgados, dilatada e cheia de reservas Observação: Algumas plantas formam tubérculos aéreos como o caso do cará-do-ar (Dioscorea bulbifer -, Dioscoreaceae). https://come-se.blogspot.com/2008/06/car-do- ar-car-moela-ou-inhame-do-ar.html Cormo: sistema caulinar espessado e comprimido verticalmente, geralmente envolvido por catáfilos secos. É uma estrutura sólida que serve para armazenar reservas. Exemplo: palma-de-Santa-Rita (Gladiolus hortulanus - Iridaceae). Bulbo: sistema caulinar comprimido verticalmente, onde o caule propriamente dito é reduzido a um “disco basal” do qual partem muitos catáfilos densamente dispostos, os mais externos secos e os mais internos suculentos. Podemos reconhecer dois tipos de bulbos: Tunicado: bulbo que apresenta catáfilos suculentos, concêntricos, derivados de bainhas de folhas que já morreram. Exemplo: cebola (Allium cepa - Liliaceae). No alho (Allium sativus - Liliaceae) o bulbo é composto de vários bulbilhos, cada um deles com a mesma estrutura básica. Escamoso: bulbo que apresenta catáfilosderivados de folhas internas, que não se dispõem concentricamente. Exemplo: l Caules aquáticos: são aqueles que se desenvolvem em meio aquático. Adaptações caulinares: O caule pode assumir aspectos diferentes dos tipos mais comuns, e essas modificações geralmente são adaptações a condições especiais. As adaptações caulinares podem ser classificadas como: . Gavinhas caulinares: são ramos modificados formados na axila das folhas e que servem como elementos de fixação para o caule trepador . Espinhos: são gemas desenvolvidas com função de proteção contra predação. Exemplo: limoeiro (Citrus limon - Rutaceae). Não devem ser confundidos com acúleos de rosa (Rosa sinensis - Rosaceae), Cladódio: caule modificado que assume a aparência e a função fotossintetizante de uma folha, mas que apresenta crescimento contínuo, devido à presença de uma gema apical. Geralmente, o cladódio se forma em plantas áfilas (sem folhas), com as folhas reduzidas ou transformadas em espinhos, como por exemplo, nos cactos (Opuntia compressa - Cactaceae) RAIZ Coifa - A coifa, também denominada caliptra, é um tecido que reveste o ápice vegetativo da raiz, protegendo o meristema apical. Zona lisa - Nesta região, imediatamente acima do ápice meristemático, as células recém formadas estão se alongando rapidamente, promovendo assim, o crescimento longitudinal da raiz. Não há pêlos absorventes nessa zona. Zona pilífera - Esta região é caracterizada pela presença dos pêlos absorventes, também denominados pelos radiciais ou radiculares. Zona suberosa - Esta é a região mais velha da raiz, localizada logo acima da zona pilífera, e que pode ser facilmente reconhecida pelo seu aspecto escurecido e rugoso. Morfologia Externa Morfologia Externa Terrestre - Raízes que se desenvolvem nas plantas que crescem em solos firmes. Entre essas raízes podemos observar dois tipos fundamentais de sistemas radiculares: 1º Sistema pivotante ou axial: apresenta uma raiz principal, maior e mais desenvolvida, que penetra perpendicularmente no solo e forma muitas raízes secundárias, cada vez mais finas, que crescem em direção oblíqua. 2º Sistema radicular fasciculada: formado por inúmeras raízes adventícias, uma vez que, a raiz primária não tem um desenvolvimento acentuado, ou logo se degenera A raiz e o meio A raiz e o meio Aquáticas - Raízes que se formam em plantas aquáticas e destacam-se pela abundância em aerênquima, um tecido com um grande volume de espaços internos, que auxiliam a planta na flutuação e na respiração. As plantas aquáticas podem ser classificadas em: Lodosas: Plantas aquáticas que possuem as raízes fixas no substrato, nos pântanos e no fundo de rios e lagos. Exemplo: vitória-régia. Natantes: Plantas aquáticas que flutuam livremente na água. Exemplo: aguapé. A raiz e o meio A raiz e o meio Aéreas - Raízes que se desenvolvem parcialmente ou totalmente em contato com a atmosfera, apresentando as mais diversas adaptações estruturais e funcionais. As raízes aéreas são comuns entre as plantas epífitas e são todas consideradas adventícias quanto à origem. A raiz e o meio Tuberosas - Desenvolvem-se como estruturas de reserva, tornando-se intumescida, apresentando ou não crescimento anômalo em espessura. Raízes subterrâneas Contráteis - Possuem a capacidade de contrair-se e, ao fazerem esta contração, aprofundam-se no solo, puxando para baixo as partes da planta onde estão inseridas. Tais raízes são reconhecidas por apresentarem a superfície enrugada transversalmente. Raízes subterrâneas Suporte - Apresentam um sistema radicular bem desenvolvido, formando outras raízes adventícias acima do solo denominadas de raízes suporte. Essas raízes formam-se especialmente naquelas plantas nas quais haveria perda de estabilidade, seja pelo fato do substrato não oferecer apoio suficiente como plantas que crescem no solo encharcado do mangue como, por exemplo, pandano. Raízes Aéreas Tabulares - Denominadas por lembrarem o aspecto de tábuas ou pranchas verticais, dispostas radialmente em torno da base do caule, e servem para aumentar a base de apoio de plantas de grande porte, auxiliando no equilíbrio e na sustentação do tronco, além de 5 aumentarem a superfície de aeração. Raízes Aéreas ● Escora ○ Quando a copa da árvore alcança grande desenvolvimento; ○ Função de caule; ○ comum em figueiras. Raízes Aéreas ● Cintura ou estrangulante ○ variação da raiz escora; ○ raizes adventicias; ○ crescimento em direção ao solo; ○ convivem bem nos primeiros anos; ○ desenvolvimento da planta hospedeira; ○ palmeira. Raízes Aéreas ● Grampiformes ou aderentes ○ Fixação em lugares íngremes; ○ função de absorção de água e sais minerais; ○ Encontradas em hera. Raízes Aéreas ● Pneumatóforos ○ geotropismo negativo; ○ estruturas de aeração; ○ Obtenção do oxigênio; ○ Rhizophora mangle - Rhizophoraceae Raízes Aéreas ● Sugadoras ou haustórios ○ alimento do hospedeiro; ○ penetram na casca formando o haustório; ○ Atingem os tecidos vasculares; ○ possuem dois tipos: ■ Hemiparasitismo: apenas água e sais minerais. ■ Holoparasitismo: desprovida de clorofila. Raízes Aéreas morfologia externa morfologia interna rosaceae • árvores, arbustos, trepadeiras ou herbáceas; • Fasciculada. cucurbitaceae ● Os membros desta família possuem um crescimento rápido, normalmente rasteiro, podendo também ser trepadeiras. ● Raiz pivotante. REFERÊNCIAS CAULE. Disponivel em: http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/pdf-rec ursos-didaticos/morfvegetalorgaCAULE.pdf O CAULE. Disponivel em: http://www.gradadm.ifsc.usp.br/dados/20161 /SLC0622-1/aula%207c%20caule.pdf
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