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EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE UBERLANDIA/MG. Processo Nº XXXXXX-XX Eduardo, já devidamente qualificado e representado nos Autos do processo, por meio de seu Advogado e bastante Procurador, também devidamente qualificado em procuração mandamental específica juntada ao seguinte feito, com endereço profissional completo, onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da Ação indenizatória de danos morais e materiais, vem respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar CONTESTAÇÃO Em face de Marcela, já devidamente qualificada nos Autos, para expor e requerer o que se segue: I. BREVE SÍNTESE DOS FATOS Alega a parte autora, em breve síntese, que ao parar diante da faixa de pedestre, na cidade de Uberlândia/MG, teve seu veículo abalroado pelo automóvel conduzido pelo réu e, em razão do acidente teve sua mão direita amputada. Por esse motivo, propôs contra a Parte Ré, pleiteando indenização no valor de R$ 15.000,00, pelos danos materiais suportados, referentes a despesas hospitalares e gastos com remédios, e indenização por danos morais, no valor de R$60.000,00, pela amputação sofrida. II. DAS PRELIMINARES DA LITISPENDÊNCIA Da análise dos autos, surge-se como evidente a ocorrência da preliminar de mérito de litispendência, visto que a mesma autora já ajuizou esta mesma ação que AINDA ESTÁ EM CURSO na 1ª Vara Cível de Uberlândia/MG, aguardando a apresentação de Réplica da Parte Autora. Dessa forma, o processo há de ser extinto sem resolução de mérito, em fulcro nos termos do artigo 267, V, do Código de Processo Civil. III. DO MÉRITO Inicialmente, cumpre ressaltar que, constata-se culpa única e exclusiva da vítima, eis que dirigia de forma completamente incompatível com a via, uma vez que a Parte Autora parou o seu veículo indevidamente, diante da faixa de pedestre, não havendo qualquer pessoa aguardando para atravessar a via, conforme podem comprovar duas testemunhas que a tudo assistiram e se puseram a disposição para relatar o ocorrido perante esse juízo. A Requerente, por sua vez, agiu de forma completamente imprudente e desidiosa, ocasionando o acidente por negligência e imprudência exclusiva, pois ela não deveria estar parada na faixa de pedestre, visto que é totalmente proibido tal conduta. Assim sendo, resta evidente que os danos materiais e morais sofridos pela Autora não podem ser reputados ao Requerido, vez que em momento algum agiu de forma a contribuir para o infortúnio. Notoriamente, quando se fala em danos materiais e morais é necessário que haja um ato ilícito e um nexo de causalidade entre o agente acusado e o dano causado, para que então se desencadeie a obrigação de indenizar. No caso em questão, houve a exclusão do nexo de causalidade visto que o dano foi causado por culpa exclusiva da vítima, não havendo, portanto, que se falar em indenização por parte do Réu. IV. DA RECONVENÇÃO Como bem aduz o NCPC, no caput do artigo 343, é agora uma possibilidade do Réu trazer em sua peça contestatória, pretensão própria conexa com a causa principal. E com isso, nesta oportunidade, aqui se traz a pretensão da parte pertencente ao Pólo passivo da demanda, que agora passa a expor: V. DOS PEDIDOS Por todo o exposto, o réu, com o devido acatamento e respeito, desde logo, requer: I. O acolhimento da preliminar aludida nesta peça, devendo ser reconhecida a ocorrência da litispendência por ter outra ação tramitando na 2 ° vara cível, ação idêntica, e extinção do presente processo sem julgamento do mérito conforme o artigo 485 do CPC. II. O reconhecimento da improcedência do pedido do mérito da questão, devido à ausência do nexo de causalidade, visto que fora devidamente comprovada que o dano causado à Parte Autora foi por sua culpa exclusiva; III. Julgar totalmente procedente o pedido constante na Reconvenção proposta, qual seja condenar a Requerente a pagar como forma indenizatória pelos Danos Morais sofridos por ter sido amplamente acusado de algo que não tenha sido culpado, bem como pelos demais Danos Materiais que ele possa ter sofrido em decorrência da negligência e imprudência exclusiva da Autora. IV. Condenação da Autora ao pagamento dos Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa (art. 85 CPC), bem como nas custas processuais a serem fixadas. Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidos, na amplitude dos artigos 369 do NCPC, em especial o pericial para investigar de maneira mais precisa o local e o real motivo do acidente, bem como testemunhal, documental e depoimento pessoal do Autor. Nestes termos, pede deferimento. Teresina/PI, 20 de novembro de 2018. . ANDREZZA DE OLIVEIRA MIRANDA OAB/PI 2255
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