Buscar

Casos 1 15 processo civil II

Prévia do material em texto

Neusa Ornellas – 2018 
Instagram: @projeto_empossada 
 
Caso 01 
DISCURSIVA: 
A. Não. O juiz não agiu de acordo com o cpc, uma vez que neste é possível as partes fazerem negócios 
jurídicos processuais, cabendo ao juiz somente controlar a sua validade recusando o negócio se houver 
alguma nulidade, se for inserido de forma abusiva num contrato de adesão ou se uma das partes estiver 
em manifesta situação de vulnerabilidade, conforme art. 190, PU. Ademais, cumpre informar que o 
enunciado 133 do fórum permanente dos processualistas civis afirma que a realização do negócio 
processual independe de homologação judicial. 
133. (art. 190; art. 200, parágrafo único) salvo nos casos 
expressamente previstos em lei, os negócios processuais do art. 
190 não dependem de homologação judicial. (Grupo: Negócios 
Processuais) 
 
B. Sim. Poderia, pois, trata se de causa cível de menor complexidade cujo valor não excede a 40 salários 
mínimos, cabendo ao autor optar por distribuir a demanda pelo procedimento comum em uma vara cível 
ou pelo procedimento especial dos juizados (lei 9.099/95). 
OBJETIVAS: 
1. C - Na petição inicial pode haver indicação de interesse em realizar audiência de conciliação ou 
mediação, art. 319, vii, cpc. 
2. C - A cumulação de pedidos diversos contra o mesmo réu só é possível quando houver conexão, art. 
327, cpc. 
 
Caso 02 
DISCURSIVA: 
A. O posicionamento do segundo especialista está em conformidade com a doutrina e com a 
jurisprudência, uma vez que a improcedência liminar do pedido não fere a ampla defesa nem tampouco 
o contraditório, os quais já foram observados nos processos paradigmas. Além disso, também será 
exercida em eventual recurso interposto pelo autor. Por fim, cumpre ressaltar que ainda na vigência do 
cpc de 73 o STF firmou entendimento da constitucionalidade do dispositivo entendendo não ferir o 
princípio da inafastabilidade do judiciário. 
B. Claro. Na improcedência liminar do pedido será analisado o direito material que foi colocado fazendo 
coisa julgada há, portanto, análise do mérito (pedido feito pelo autor); já no indeferimento da petição 
inicial analisa se somente falhas processuais ou vícios jurídicos insanáveis constantes na petição inicial o 
que acarreta a extinção do processo sem a análise do mérito (Art. 485) fazendo coisa julgada formal e não 
material. 
OBJETIVAS: 
1. D 332, iii 
2. D 319, vii 
 
 
Neusa Ornellas – 2018 
Instagram: @projeto_empossada 
 
Caso 03 
DISCURSIVA: 
A. O réu deverá apresentar sua contestação como principal peça de defesa articulando defesa processual, 
preliminar de contestação alegando a incompetência territorial; e deverá alegar defesa indireta de mérito 
que é a quitação da dívida. Por fim, deverá apresentar reconvenção na mesma peça da contestação 
requerendo que o autor seja condenado a pagar-lhe o valor cobrado indevidamente. 
B. O réu deverá indicar, se tiver conhecimento, o sujeito passivo que entende ser a parte legítima sob 
pena de arcar com as custas do processo e ter que indenizar o autor por eventuais prejuízos pela falta de 
indicação art. 339, cpc. 
C. P. Eventualidade: previsto no art. 336 e 342 do cpc e traduz a ideia de que o réu deve arguir em defesa 
toda a matéria possível seja ela processual ou de mérito que possam vir a ser úteis no julgamento da causa 
mesmo que tais alegações pareçam contraditórias entre si. 
P. Impugnação especifica: entende se ser o réu obrigado a se manifestar sobre todos os fatos e 
fundamentos e documentos alegados ou juntados pelo autor sob pena de ocorrer a preclusão tornando 
aquele fato ou documento incontroverso. 
OBJETIVAS: 
1. B 337, xiii 
2. A 337, ii 
 
 
 
CASO 04 
DISCURSIVA: 
A. NÃO. Pois apesar de decretada a revelia, que é a ausência de defesa/contestação, pode ser que a revelia 
não gere os efeitos previstos no art. 344, cpc, que é a presunção de que os fatos alegados pelo autor sejam 
verdadeiros, incidindo o art. 345, cpc. 
B. Ocorrendo uma defesa indireta do mérito ou arguindo o réu em sua contestação uma preliminar ou 
ainda uma prejudicial de mérito, o autor deverá ser intimado para falar sobre tais questões apresentando 
sua réplica, conforme art. 350 e 351, cpc, mantendo-se assim o contraditório e a ampla defesa. 
OBJETIVAS: 
1. C - contestação e reconvenção na mesma peça processual. Art. 343, cpc. 
2. C – à revelia é a ausência de contestação. Art. 344, cpc. 
 
 
 
 
 
Neusa Ornellas – 2018 
Instagram: @projeto_empossada 
 
Caso 05 
DISCURSIVA: 
A. Não será possível julgamento antecipado de mérito pois há fatos controvertidos onde o réu pretende 
provar o alegado através de depoimento pessoal e prova testemunhal. Aparentemente, o réu realizou 
uma defesa indireta de mérito para se manter o contraditório, deverá o autor se pronunciar em replica. 
B. Sim. Neste caso é possível o juiz julgar antecipadamente e parcialmente o mérito com relação àquilo 
que ficou incontroverso. Conforme art. 356, I, cpc. 
OBJETIVAS: 
1. D – A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo Juízo, pois se trata de questão 
preliminar e matéria de ordem pública que pode ser alegada pelas partes ou declarada pelo juiz em 
momento de saneamento do processo. art. 337, 5º, cpc 
2. D - o direito de se manifestar em réplica no processo civil ocorre apenas quando existe questão 
preliminar suscitada na contestação. Art. 350, cpc. 
 
 
 
Caso 06 
DISCURSIVA: 
A. Não. O caso trata de uma relação de consumo onde, via de regra, o juiz deveria inverter o ônus da 
prova, por ser matéria de direito do consumidor quando presentes os requisitos legais (verossimilhança 
da alegação e hipossuficiência do consumidor). No entanto, no caso, o juiz colocou sobre o consumidor 
todo o ônus da prova, o que evidentemente fere o equilíbrio entre as partes, não tendo o juiz levado em 
consideração, nem a teoria estática nem a teoria dinâmica do ônus da prova. 
B. A distribuição se dá pela teoria estática cabendo ao autor provar o fato constitutivo e ao réu, o fato 
extintivo, impeditivo ou modificativo do direito do autor, conforme art. 373, cpc. 
C. Sim, é possível a produção da prova emprestada desde que a mesma tenha sido produzida respeitando 
se a ampla defesa e o contraditório no processo onde foi produzida e onde está sendo utilizada, confirme 
art. 372, cpc. 
 
** o principal para a prova emprestada é que essa prova tenha sido produzida respeitando o contraditório 
e a ampla defesa... tanto no processo que ela foi produzida, quando no que será utilizada. 
OBJETIVAS: 
1. A - art. 93, ix da cf e art. 371 do cpc. 
2. A - arr. 375 do cpc. 
 
 
 
Neusa Ornellas – 2018 
Instagram: @projeto_empossada 
 
 
Caso 07 
DISCURSIVA: 
A. Não está correta pois é possível requerer a produção antecipada da prova (processo separado) mesmo 
em caráter antecedente ao processo principal (a distribuição da inicial) sempre que houver o risco de 
perecimento da prova. 
B. Sim, é possível que fatos sejam provados por ata notarial a qual irá descrever de forma objetiva o fato, 
sem nenhum juízo de valor, gozando tal ata de fé pública, conforme art. 384, cpc. 
OBJETIVAS: 
1. B. 
2. B. 
Caso 08 
DISCURSIVA: 
A. O tema não é tão simples quanto parece. Via de regra, se a parte não praticar o ato processual no 
momento que deveria, haverá a preclusão não podendo mais praticá-lo. No entanto, em determinadas 
situações, como por exemplo a ocorrência de um fato novo, poderá o juiz reabrir a fase instrutória desde 
que preserve o contraditório e a ampla defesa. 
B. A prova pericial será produzida por um perito (expert) que detenha conhecimentos científicos, técnicos, 
sobre a matéria ali tratada,sendo este um auxiliar do juiz. Já a inspeção judicial será feita pelo próprio 
magistrado que atestará a existência ou não de fatos e atos jurídicos, sendo, portanto, a impressão do juiz 
não tendo qualquer fundamento científico. 
OBJETIVAS: 
1. C. Art. 388 
2. C. Art. 406 
 
Caso 09 
DISCURSIVA: 
A. Sim a conciliação e mediação deverá SEMPRE SER INCENTIVADA PELO JUIZ, o qual no início da AIJ, 
deverá indagar se há possibilidade de acordo; incentivando as partes a um auto composição. 
B. Significa que em regra a audiência tem um início, meio e fim de forma ininterrupta e apenas poderá ser 
cindida (separada) em situações excepcionais devidamente justificadas. Mesmo se for repartida, não terá 
um recomeço, mas sim uma continuação; o que importa na ocorrência da preclusão de atos que poderiam 
ter sido praticados até o seu início. 
OBJETIVAS: 
1. A. Arr. 364, cpc. 
2. ANULADA (Pode ser tanto B quanto C) 
 
Neusa Ornellas – 2018 
Instagram: @projeto_empossada 
 
 
Caso 10 
DISCURSSIVA: 
A) Sim. No procedimento comum toda sentença possui como elementos essenciais o relatório, a 
fundamentação e o dispositivo. Lembrar que nos juizados especiais o relatório é dispensado. 
B) Sim. Em situações excepcionais poderá o juiz alterar a sentença quanto esta apresentar inexatidão 
material ou erro de cálculo ou ainda através de embargos de declaração, conforme art. 494, cpc. 
Principio da invariabilidade da sentença. Além disso poderá exercer juízo de retratação nas hipóteses de 
indeferimento da inicial, art. 331 e de improcedência liminar do pedido, art. 332, § 3º. 
C) Não. Pois o reexame necessário somente é cabível em condenação da fazenda pública, de uma 
fundação pública ou autarquia pública nos valores previstos em lei art. 496, cpc. (ver mapa mental) 
OBJETIVAS: 
1. A classificação trinaria. 
2. A 
 
 
 
Caso 11 
DISCURSSIVA: 
A) Os requisitos são aqueles previstos no art. 963, cpc. 
B) O órgão competente para homologação é o STJ, art. 960, p2 e o órgão competente para a execução é 
a justiça federal, art. 965, cpc e art. 109, x , cf. 
C) Sim. Desde que estejam presentes os requisitos da urgência, efetividade da decisão e ainda o fundado 
receio de dano irreparável ou de difícil reparação. 
OBJETIVAS: 
1. B 
2. C 
 
 
 
 
 
 
 
Neusa Ornellas – 2018 
Instagram: @projeto_empossada 
 
 
 
Caso 12 
DISCURSSIVA: 
A) Não. Pois a coisa julgada pode também abranger a questão declaratória decidida incidentalmente por 
ter surgido a questão prejudicial cuja analise era necessária para resolver a questão principal. 
A questão prejudicial expressamente decidida no incidente faz coisa julgada desde que tenha sido 
decidida por um juiz que tinha competência em razão da matéria e da pessoa para decidir a questão 
prejudicial como sendo principal. Deverá ter sido respeitado o contraditório e a ampla defesa e, por fim, 
desde que o julgamento da questão prejudicial fosse necessário para se resolver a questão principal 
conforme o art. 503, p1 cpc. 
B) Sim. Pois a decisão se tornou imutável e indiscutível no processo em que ela foi proferida e em 
qualquer outro já que analisou o mérito. Não sendo possível se ingressar com nova demanda. 
C) Não. Pois em regra geral a coisa julgada os atinge as partes do processo podendo, em situações 
excepcionais, atingir a terceiros para beneficiá-los (como os processos cognitivos). 
OBJETIVAS: 
1. A 
2. C 
 
 
 
Caso 13 
DISCURSSIVA: 
A) Não. Pois não se aplica a regra da coisa julgada nas sentenças que condenam o réu em obrigações 
de fazer, não fazer ou dar (entregar) coisa cominando multa, podendo esta obrigação ou multa ser 
alterada para garantir o resultado útil do processo, arts. 497 a 501, cpc. 
B) A preclusão é a perda do direito de praticar determinado ato processual por não tê-lo feito no 
tempo ou da forma correta, ou ainda por ter praticado atos contrários ao que ora se deseja praticar. 
Já a coisa julgada é a autoridade que torna a decisão judicial imutável e indiscutível. 
 
OBJETIVAS: 
1. A - art. 504, cpc 
2. C - art. 5°, XXXVI CF 
 
 
 
 
Neusa Ornellas – 2018 
Instagram: @projeto_empossada 
 
 
 
 
Caso 14 
DISCURSSIVA: 
A) É possível já que existe coisa julgada sobre a questão não sendo possível a manutenção de dois 
julgados sobre a mesma causa. Fato que fere a segurança jurídica. A Coisa Julgada está no rol do 966, iv, 
cpc. Pode ser interposta no prazo de 2 anos. 
B) Competência originaria do tribunal que decidiu a questão que se busca rescindir. 
C) O cpc de 2015 inovou no tema e passou a determinar que o relator intime o autor para emendar a 
inicial remetendo os autos ao tribunal competente conforme art. 966, p5, cpc. 
OBJETIVAS: 
1. D - art. 967 
2. A - art. 975 e sumula 401 STJ 
 
Caso 15 
DISCURSSIVA: 
A) Sim. Pois conforme dito no enunciado, houve afronta direta à norma jurídica ao decidirem contra a 
norma interpretada pela sumula do STF, art. 966, v, cpc. 
B) Sim. É possível desde que presentes os requisitos autorizadores da concessão da tutela antecipada. 
OBJETIVAS: 
1. C art 966 
2. C

Continue navegando