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Prisões e Medidas Cautelares no Direito Penal

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Prisões, medidas cautelares alternativas 
à prisão e liberdade provisória
Direito Processual Penal
Prof. Guilherme Rittel
PRISÕES
INTRODUÇÃO
Prisão é a privação da liberdade de locomoção em virtude do
recolhimento da pessoa ao cárcere por força de flagrante delito, ordem
judicial ou transgressão militar/crime propriamente militar.
Art. 5º, LXI, CF - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei;
PRISÕES
Estamos falando de prisão penal; e não de PRISÃO CIVIL, como no caso do
devedor de alimentos.
Não se admite mais a prisão civil do depositário infiel.
SÚMULA VINCULANTE 25, STF: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel,
qualquer que seja a modalidade do depósito”.
PRISÕES
PRISÃO PENA E PRISÃO PROCESSUAL
PRISÃO PENA: é aquela que resulta de uma sentença penal condenatória com
trânsito em julgado.
PRISÃO PROCESSUAL: Também chamada de Prisão Cautelar ou Prisão Provisória.
É a prisão decretada antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória,
motivo pelo qual tem natureza excepcional. Seu objetivo é assegurar a eficácia
das investigações ou do processo criminal.
Atenção: Execução provisória da pena, antes mesmo do trânsito em
julgado, quando há decisão de 2ª instância (TJs ou TRFs).
PRISÕES
- A prisão deverá ser PROPORCIONAL, isto é, não pode trazer para o
acusado consequências mais graves que o provimento final buscado na
ação penal (Ex.: prisão processual no caso de delito culposo)
- O tempo da prisão cautelar será descontado da prisão penal (detração
penal).
PRISÕES
Regras relativas à prisão cautelar
Separação de presos provisórios e presos “definitivos”:
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já
estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução
penal.
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos
procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a
que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades
competentes.
PRISÕES
Regras relativas à prisão cautelar
Prisão especial e sala de Estado Maior:
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade
competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
I - os ministros de Estado;
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito
Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes
de Polícia;
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das
Assembléias Legislativas dos Estados;
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios;
PRISÕES
VI - os magistrados;
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;
VIII - os ministros de confissão religiosa;
IX - os ministros do Tribunal de Contas;
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando
excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos.
§ 1º A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste
exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum.
PRISÕES
§ 2º Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em
cela distinta do mesmo estabelecimento.
§ 3º A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de
salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e
condicionamento térmico adequados à existência humana.
§ 4º O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum.
§ 5º Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum.
Os oficiais tem direito a cela especial. E os praças?
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à
prisão, em estabelecimentos militares, de acordo com os respectivos
regulamentos.
PRISÕES
PRESSUPOSTOS DA PRISÃO CAUTELAR
a) Fummus Comissi Delicti: fumaça da prática do crime
- Prova da Existência do crime
- Indícios de Autoria
b) Periculum Libertatis: é o perigo que a permanência do acusado em
liberdade representa para as investigações ou para o processo penal.
PRISÕES
ESPÉCIES
Prisão TEMPORÁRIA
Prisão em FLAGRANTE
Prisão PREVENTIVA
PRISÕES
Hoje a Prisão Decorrente da Pronúncia e a Prisão decorrente de Sentença Condenatória
recorrível foram extintas.
São 3 hipóteses:
1. Flagrante delito;
2. Prisão temporária ou prisão preventiva (no curso da investigação ou do processo);
3. Por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência
de sentença condenatória transitada em julgado.
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença
condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em
virtude de prisão temporária ou prisão preventiva.
§ 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não
for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade.
§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.
PRISÕES
MANDADO DE PRISÃO
• Prisão em Flagrante Delito: dispensa o mandado de prisão;
• Prisão Temporária ou Preventiva: É necessário o mandado de prisão.
MANDADO DE PRISÃO: É o título que permite a realização da prisão.
PRISÕES
REQUISITOS DO MANDADO DE PRISÃO
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo
mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou
sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
PRISÕES
• O mandado será passado em duas vias, sendo uma entregue ao preso
(informando o dia, hora e o local da prisão), ficando a outra com a
autoridade.
• Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará
ao preso, logo depois da prisão, um dos exemplares com declaração do
dia, hora e lugar da diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo
no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato
será mencionado em declaração, assinada por duas testemunhas.
PRISÕES
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não
obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao
juiz que tiver expedido o mandado.
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado
ao respectivo diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada
pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente,
devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e
hora.
Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio
exemplar do mandado, se este for o documento exibido.
PRISÕES
O que acontece se o sujeito a ser preso está, p. ex., em outro Estado?
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz
processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro
teor do mandado.
§ 1º Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de
comunicação,do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da
fiança se arbitrada.
§ 2º A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias
para averiguar a autenticidade da comunicação.
§ 3º O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no
prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida.
PRISÕES
Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado
de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça
para essa finalidade.
§ 1º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no
mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que
fora da competência territorial do juiz que o expediu.
§ 2º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que
sem registro no Conselho Nacional de Justiça, adotando as precauções
necessárias para averiguar a autenticidade do mandado e comunicando
ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, o
registro do mandado na forma do caput deste artigo.
PRISÕES
§ 3º A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da
medida o qual providenciará a certidão extraída do registro do Conselho Nacional
de Justiça e informará ao juízo que a decretou.
§ 4º O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5º
da Constituição Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado,
será comunicado à Defensoria Pública.
§ 5º Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do
executor ou sobre a identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2º do art. 290
deste Código.
§ 6º O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do
mandado de prisão a que se refere o caput deste artigo.
PRISÕES
PERSEGUIÇÃO E COMPETÊNCIA
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o
executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o
imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante,
providenciará para a remoção do preso.
§ 1º - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de
vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco
tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
§ 2º Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da
legitimidade da pessoa do executor ou da legalidade do mandado que
apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a
dúvida.
PRISÕES
• Considera-se realizado a prisão por mandado quando o executor,
identificando-se, apresenta o mandado e intima a pessoa a acompanhá-lo.
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o
executor, fazendo-se conhecer do réu, Ihe apresente o mandado e o intime a
acompanhá-lo.
PRISÕES
MOMENTO DA PRISÃO
• A prisão pode ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitas
as restrições a inviolabilidade do domicílio.
• Art. 5º, XI, CF - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;
PRISÕES
Hipóteses para ingressar na casa de alguém:
- Consentimento do Morador;
- Flagrante Delito;
- Desastre;
- Para prestar socorro;
- Por determinação judicial (ex: mandado de prisão e/ou mandado de busca
e apreensão) neste caso, somente durante o dia.
Dia: - Período compreendido entre às 06 e 18 horas (entendimento
majoritário);
- Aurora (nascer do sol) e o crepúsculo (por do sol).
PRISÕES
EXECUÇÃO DO MANDADO DE PRISÃO
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou
se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da
ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas
testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se
preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for
atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que
amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa
será levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de
direito.
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o disposto
no artigo anterior, no que for aplicável.
PRISÕES
EXECUÇÃO DO MANDADO DE PRISÃO
Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade
judiciária, a autoridade policial poderá expedir tantos outros quantos
necessários às diligências, devendo neles ser fielmente reproduzido o teor
do mandado original.
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por
qualquer meio de comunicação, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a
requisição, as precauções necessárias para averiguar a autenticidade desta.
PRISÕES
EMPREGO DE FORÇA
- O uso da força somente em caso de RESISTÊNCIA, TENTATIVA DE FUGA
do preso ou PERIGO A INTEGRIDADE FÍSICA própria ou alheia.
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no
caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.
PRISÕES
EMPREGO DE FORÇA
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em
flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as
pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para
defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto
subscrito também por duas testemunhas.
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante
os atos médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e
durante o trabalho de parto, bem como em mulheres durante o período
de puerpério imediato. (Redação dada pela Lei nº 13.434, de 2017)
PRISÕES
EMPREGO DE ALGEMAS
STF Súmula Vinculante nº 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de
fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso
ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado.
PRISÕES
DEVERES CONSTITUCIONAIS
• A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
imediatamente comunicados ao Juiz, MP e a família do preso ou a
pessoa por ele indicada.
Dever de comunicar ao MP está previsto no art. 306 do CPP
• O preso deve ser informado sobre os seus direitos, dentre os quais o de
permanecer calado.
PRISÕES
PRISÃO TEMPORÁRIA
• A prisão temporária caracteriza-se por sua natureza cautelar, tendo prazo
certo. Ademais, só pode ser decretada na fase de inquérito policial ou
procedimento investigativo.
“A temporária é a prisão de natureza cautelar, com prazo
preestabelecido de duração, cabível exclusivamente na fase do
inquérito policial ou procedimento investigativo equivalente,
objetivando o encarceramento em razão das infrações seletamente
indicadas na legislação” (TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar.
Curso de Direito. Processual Penal. 7 ed. Salvador:
JusPodvim, 2012, p. 618)
PRISÕES
PRAZO CERTO
- 5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias, em caso comprovada e extrema
necessidade;
- 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, em caso de comprovada e extrema
necessidade (CRIMES HEDIONDOS e EQUIPARADOS A HEDIONDOS – T.T.T.)
PRISÕES
Lei 7.960/1989 – Lei da Prisão Temporária:
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da
representação da autoridadepolicial ou de requerimento do Ministério
Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período
em caso de extrema e comprovada necessidade.
Lei 8.072/1990 – Lei dos Crimes Hediondos:
Art. 2º, § 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nº 7.960,
de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo,
terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período
em caso de extrema e comprovada necessidade.
PRISÕES
Legitimados para pedir a temporária:
1. Delegado (representação da autoridade policial);
2. Ministério Público (requerimento do Ministério Público).
Logo, o juiz não pode decretar de ofício (ex officio), devendo aguardar a 
iniciativa do delegado ou do MP.
Quando é o delegado quem pede, deve-se ouvir o MP:
Art. 2º, § 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o
Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
PRISÕES
Art. 2º, § 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser
fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento.
Importante: Também a prorrogação pressupõe requerimento fundamentado.
Âmbito da prisão temporária:
• Fase de Inquérito Policial ou Procedimento Investigativo Equivalente.
Não cabe prisão temporária no curso do processo!
PRISÕES
Outras regras importantes em relação à prisão temporária:
Apresentação do preso, solicitação de informações e esclarecimentos:
Art. 2º.
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do
Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar
informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame
de corpo de delito.
OBS: Esse poder dado ao juiz não se estende à decretação da prisão!
PRISÕES
Outras regras importantes em relação à prisão temporária
Mandado de prisão e nota de culpa:
Art. 2º, § 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de
prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e
servirá como nota de culpa.
É possível antecipar a prisão? NÃO!
Art. 2º, § 5° A prisão somente poderá ser executada
depois da expedição de mandado judicial.
PRISÕES
Outras regras importantes em relação à prisão temporária
Garantias constitucionais no momento da prisão:
Art. 2º, § 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso
dos direitos previstos no art. 5° da Constituição Federal.
Soltura imediata após o decurso do prazo, “se por al. não estiver preso”:
Art. 2º, § 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o
preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se
já tiver sido decretada sua prisão preventiva.
PRISÕES
Outras regras importantes em relação à prisão temporária
Separação obrigatória dos presos:
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente,
separados dos demais detentos.
Alteração da Lei do Crime de Abuso de Autoridade (Lei n° 4.898/1965):
Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, fica acrescido da alínea i,
com a seguinte redação:
Art. 4°.
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de
segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir
imediatamente ordem de liberdade;"
PRISÕES
Outras regras importantes em relação à prisão temporária
Plantões para apreciação dos pedidos de prisão provisória:
Art. 5° Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um plantão
permanente de vinte e quatro horas do Poder Judiciário e do
Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão temporária.
PRISÕES
CABIMENTO
Quando imprescindíveis para as 
Investigações do Inquérito Policial
(periculum libertatis)
Quando o Indiciado não tiver residência fixa 
ou não fornecer elementos ao 
esclarecimento de sua identidade
(periculum libertatis)
OU
Quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria 
ou participação do indiciado nos seguintes crimes: (fumus commissi delicti) 
Homicídio doloso; seqüestro ou cárcere privado; roubo; extorsão; extorsão mediante seqüestro; estupro; 
epidemia com resultado morte; envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal 
qualificada pela morte; associação criminosa; genocídio; trafico de drogas; crimes contra o sistema 
financeiro; terrorismo (incluído em 2016).
PRISÕES
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação
penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e
parágrafo único);
[...]
PRISÕES
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e
parágrafo único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela
morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando associação criminosa (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua
formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976 art. 33 da Lei nº
11.343/2006);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986);
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Lei nº 13.260, de 2016).
PRISÕES
(2015 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira Fase) A prisão temporária
pode ser definida como uma medida cautelar restritiva, decretada por tempo determinado,
destinada a possibilitar as investigações de certos crimes considerados pelo legislador
como graves, antes da propositura da ação penal. Sobre o tema, assinale a afirmativa
correta.
a) Assim como a prisão preventiva, pode ser decretada de ofício pelo juiz, após
requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial.
b) Sendo o crime investigado hediondo, o prazo poderá ser fixado em, no máximo, 15 dias,
prorrogáveis uma vez pelo mesmo período.
c) Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o preso deve ser imediatamente solto.
d) O preso, em razão de prisão temporária, poderá ficar detido no mesmo local em que
se encontram os presos provisórios ou os condenados definitivos.
PRISÕES
(2015 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira Fase) A prisão temporária
pode ser definida como uma medida cautelar restritiva, decretada por tempo determinado,
destinada a possibilitar as investigações de certos crimes considerados pelo legislador
como graves, antes da propositura da ação penal. Sobre o tema, assinale a afirmativa
correta.
a) Assim como a prisão preventiva, pode ser decretada de ofício pelo juiz, após
requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial.
b) Sendo o crime investigado hediondo, o prazo poderá ser fixado em, no máximo, 15 dias,
prorrogáveis uma vez pelo mesmo período.
c) Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o preso deve ser imediatamente solto.
d) O preso, em razão de prisão temporária, poderá ficar detido no mesmo local em que
se encontram os presos provisórios ou os condenados definitivos.
(2011 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado)Como se sabe, a prisão processual
(provisória ou cautelar) é a decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal
condenatória, nas hipóteses previstas em lei. A respeito de tal modalidade de prisão, é
correto afirmar que
a) em nosso ordenamento jurídico, a prisão processual contempla as seguintes
modalidades: prisão em flagrante, preventiva, temporária, por pronúncia e em virtude de
sentença condenatória recorrível.
b) a prisão temporária tem como pressupostos a existência de indícios de autoria e prova
da materialidade, e como fundamentos a necessidade de garantia da ordem pública, a
conveniência da instrução criminal, a necessidade de garantir a futura aplicação da lei
penal e a garantia da ordem pública.
c) o prazo de duração da prisão temporária é de cinco dias, prorrogável por mais cinco em
caso de extrema e comprovada necessidade. Em se tratando, todavia, de crime hediondo, a
prisão temporária poderá ser decretada pelo prazo de trinta dias, prorrogável por igual
período.
d) são requisitos da prisão preventiva a sua imprescindibilidade para as
investigações do inquérito policial e o fato de o indiciado não ter residência
fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua
identidade.
(2011 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado) Como se sabe, a prisão processual
(provisória ou cautelar) é a decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal
condenatória, nas hipóteses previstas em lei. A respeito de tal modalidade de prisão, é
correto afirmar que
a) em nosso ordenamento jurídico, a prisão processual contempla as seguintes
modalidades: prisão em flagrante, preventiva, temporária, por pronúncia e em virtude de
sentença condenatória recorrível.
b) a prisão temporária tem como pressupostos a existência de indícios de autoria e prova
da materialidade, e como fundamentos a necessidade de garantia da ordem pública, a
conveniência da instrução criminal, a necessidade de garantir a futura aplicação da lei
penal e a garantia da ordem pública.
c) o prazo de duração da prisão temporária é de cinco dias, prorrogável por mais cinco em
caso de extrema e comprovada necessidade. Em se tratando, todavia, de crime hediondo, a
prisão temporária poderá ser decretada pelo prazo de trinta dias, prorrogável por igual
período.
d) são requisitos da prisão preventiva a sua imprescindibilidade para as
investigações do inquérito policial e o fato de o indiciado não ter residência
fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua
identidade.
PRISÕES
PRISÃO EM FLAGRANTE
Prisão em flagrante é aquela que ocorre no momento em que o
crime está sendo realizado. É uma medida restritiva de liberdade
de natureza pré-cautelar (natureza jurídica), que não se exige
ordem escrita do juiz.
Flagrante, que significa queimar, arder.
PRISÕES
FUNÇÕES DO FLAGRANTE:
a) Evitar a fuga do infrator;
b) Auxiliar na colheita de elementos informativos;
c) Impede a consumação ou exaurimento do crime.
PRISÕES
FASES DA PRISÃO EM FLAGRANTE:
1º: Captura do Agente
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
2º: Condução Coercitiva à autoridade policial
3º: Lavratura do APFD
4º: Recolhimento a Prisão (beneficiada com Fiança)
5º: Comunicação da Prisão ao Juiz, MP, e família do preso ou pessoa por ele
indicada
6º: Em até 24 horas, remessa do APFD ao Juiz e à Defensoria Pública, caso
não informe o nome do advogado + Nota de Culpa (mediante recibo,
motivo da prisão, nome do condutor e das testemunhas)
PRISÕES
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à
família do preso ou à pessoa por ele indicada.
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será
encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o
autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a
Defensoria Pública.
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de
culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome
do condutor e os das testemunhas.
PRISÕES
E se o escrivão não estiver presente ou for impedido para lavrar o auto? A
autoridade designa outra pessoa!
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa
designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o
compromisso legal.
PRISÕES
ESPÉCIES DE FLAGRANTE:
• PRÓPRIO: O agente é surpreendido cometendo a infração penal ou
acaba de cometê-la (art. 302, I e II);
• IMPRÓPRIO: O agente é perseguido, logo após a infração, em
situação que faça presumir ser o autor do fato (art. 302, III, CPP);
• PRESUMIDO: O agente é preso, logo depois de cometer a infração,
com instrumentos, armas, objetos ou papéis que presumam ser
ele o autor da infração penal (art. 302, IV, CPP).
PRISÕES
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da infração.
PRISÕES
(2012 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - IX - Primeira Fase) O
Código de Processo Penal pátrio menciona que também se considera em
flagrante delito quem é perseguido, logo após o delito, pela autoridade, pelo
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o
perseguido autor da infração.
A essa modalidade dá-se o nome de flagrante
a) impróprio.
b) ficto.
c) diferido ou retardado.
d) esperado.
PRISÕES
(2012 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - IX - Primeira Fase) O
Código de Processo Penal pátrio menciona que também se considera em
flagrante delito quem é perseguido, logo após o delito, pela autoridade, pelo
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o
perseguido autor da infração.
A essa modalidade dá-se o nome de flagrante
a) impróprio.
b) ficto.
c) diferido ou retardado.
d) esperado.
PRISÕES
• Obrigatório: Os policiais civil, militar, rodoviário, ferroviário, federal,
desde que em serviço, tem o dever de efetuar a prisão em flagrante;
• Facultativo: Qualquer do povo pode efetuar a prisão em flagrante.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e
seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado
em flagrante delito.
PRISÕES
• ESPERADO: A autoridade policial toma conhecimento de que um delito
será praticado e antecipa-se ao criminoso, montando tocaia. Realiza-se
a prisão quando se tem início os atos executórios;
• PREPARADO OU PROVOCADO: O agente é induzido a cometer o delito;
e, nesse momento, acaba sendo preso em flagrante;
Súmula 145, STF: “Não há crime quando a preparação do flagrante pela
polícia torna impossível a sua consumação”;
• PRORROGADO / RETARDADO / PROTELADO: Consiste em aguardar o
melhor momento para efetuar a prisão em flagrante delito;
• FORJADO: flagrante inventado, absolutamente ilegal.
(2012 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - VIII - Primeira Fase) O deputado “M” é um famoso
político do Estado “Y”, e tem grande influência no governo estadual, em virtude das posições
que já ocupou, como a de Presidente da Assembleia Legislativa. Atualmente, exerce a função de
Presidente da Comissão de Finanças e Contratos. Durante a reunião semestral com as
empresas interessadas em participar das inúmeras contratações que a Câmara fará até o final do
ano, o deputado “M” exigiu do presidente da empresa “Z” R$ 500.000,00 (quinhentos mil
reais) para que esta pudesse participar da concorrência para a realização das obras na sede da
Câmara dos Deputados. O presidente da empresa “Z”, assustado comtal exigência, visto que
sua empresa preenchia todos os requisitos legais para participar das obras, compareceu à
Delegacia de Polícia e informou ao Delegado de Plantão o ocorrido, que o orientou a combinar a
entrega da quantia para daqui a uma semana, oportunidade em que uma equipe de policiais
estaria presente para efetuar a prisão em flagrante do deputado. No dia e hora aprazados para a
entrega da quantia indevida, os policiais prenderam em flagrante o deputado “M” quando este
conferia o valor entregue pelo presidente da empresa “Z”. Na qualidade de advogado contratado pelo
Deputado, assinale a alternativa que indica a peça processual ou pretensão processual,
exclusiva de advogado, cabível na hipótese acima.
a) Liberdade Provisória.
b) Habeas Corpus.
c) Relaxamento de Prisão.
d) Revisão Criminal.
(2012 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - VIII - Primeira Fase) O deputado “M” é um famoso
político do Estado “Y”, e tem grande influência no governo estadual, em virtude das posições
que já ocupou, como a de Presidente da Assembleia Legislativa. Atualmente, exerce a função de
Presidente da Comissão de Finanças e Contratos. Durante a reunião semestral com as
empresas interessadas em participar das inúmeras contratações que a Câmara fará até o final do
ano, o deputado “M” exigiu do presidente da empresa “Z” R$ 500.000,00 (quinhentos mil
reais) para que esta pudesse participar da concorrência para a realização das obras na sede da
Câmara dos Deputados. O presidente da empresa “Z”, assustado com tal exigência, visto que
sua empresa preenchia todos os requisitos legais para participar das obras, compareceu à
Delegacia de Polícia e informou ao Delegado de Plantão o ocorrido, que o orientou a combinar a
entrega da quantia para daqui a uma semana, oportunidade em que uma equipe de policiais
estaria presente para efetuar a prisão em flagrante do deputado. No dia e hora aprazados para a
entrega da quantia indevida, os policiais prenderam em flagrante o deputado “M” quando este
conferia o valor entregue pelo presidente da empresa “Z”. Na qualidade de advogado contratado pelo
Deputado, assinale a alternativa que indica a peça processual ou pretensão processual,
exclusiva de advogado, cabível na hipótese acima.
a) Liberdade Provisória.
b) Habeas Corpus.
c) Relaxamento de Prisão.
d) Revisão Criminal.
PRISÕES
FLAGRANTE NO CASO DE INFRAÇÕES PERMANENTES:
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em
flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
OBS: O mesmo vale para o crime continuado (art. 71, CP), em
que cada um dos delitos pode dar ensejo à prisão em flagrante.
PRISÕES
SUJEITOS DO FLAGRANTE:
Sujeito Ativo: é aquele que efetua a prisão, podendo ser qualquer
pessoa;
Condutor: é a pessoa que apresenta o preso à autoridade policial;
Sujeito Passivo: é aquele detido em situação de flagrância;
Autoridade Competente: em regra, é a autoridade policial da
circunscrição onde foi efetuada a prisão.
PRISÕES
(Suj. Passivo) Em regra, pode ser qualquer pessoa.
Exceções:
- Presidente da República somente poderá ser preso com advento da sentença penal
condenatória transitada em julgada;
- Os diplomatas estrangeiros, somente conforme dispuserem tratados internacionais;
- Membros do Congresso Nacional só podem ser presos em flagrante de crime
inafiançável;
- Magistrados só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável, devendo fazer a
imediata comunicação e apresentação ao Presidente do Tribunal;
- Membros do MP só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável, devendo
fazer a imediata comunicação e apresentação ao Procurador Geral;
- Advogados somente poderão ser presos em flagrante, por motivo de
exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, sendo necessária a
presença de um representante da OAB, para a lavratura do auto, sob
pena de nulidade.
PRISÕES
PROCEDIMENTO:
a) Comunicar o Juiz, MP, à família do preso ou pessoa por ele indicada a
ocorrência da prisão;
b) Sequência de atos:
1º. Apresentação do Preso;
2º. Oitiva do Condutor;
3º. Oitiva das testemunhas (duas ao menos);
4º. Oitiva da Vítima;
5º. Interrogatório do Preso;
6º. Lavratura do APFD;
7º. Entrega da Nota de culpa em 24 horas;
8º. Remessa de Cópia do Flagrante ao Juiz e a Defensoria
Pública, caso o preso não indique o nome do advogado
(24 horas).
PRISÕES
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade,
afinal, o auto.
§ 1º Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a
autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de
prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for
competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.
§ 2º A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo
menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do
preso à autoridade.
PRISÕES
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o
auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham
ouvido sua leitura na presença deste.
§ 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação
sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência
e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado
pela pessoa presa. (INCLUSÃO EM 2016!)
PRISÕES
Continuação do procedimento:
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta,
no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de
prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas,
sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido
imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se
não o for a autoridade que houver presidido o auto.
Não havendo autoridade no local da prisão, o preso é apresentado àquela do local
mais perto:
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a
prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo.
PRISÕES
OBSERVAÇÕES:
- Crimes de Ação Privada: A prisão é possível, mas o APFD só pode ser
lavrado se o ofendido requerer;
- Crimes de Ação Penal Pública Condicionada à Representação: A prisão é
possível, mas a lavratura do auto de prisão depende de representação da
vítima;
- Infrações de Menor Potencial Ofensivo: Termo Circunstanciado;
- Homicídio e Lesão Corporal Culposa na direção de veículo
automotor: é proibida prisão em flagrante daquele que presta
imediato e integral socorro a vítima;
PRISÕES
PROVIDÊNCIAS DO JUIZ:
Com o APFD, o juiz pode tomar as seguintes providências:
a) Relaxamento da Prisão em Flagrante:
• Falta de formalidade no auto;
• Inexistência de situação flagrancial;
• Atipicidade do Fato;
• Excesso de Prazo.
b) Aplicação medida cautelar alternativa à prisão;
c) Concessão Liberdade Provisória com ou Sem Fiança;
d) Conversão do Flagrante em Prisão Preventiva.
PRISÕES
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá
fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos
constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes
as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que oagente
praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,
poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória,
mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais,
sob pena de revogação.
PRISÕES
Ainda que seja o caso do réu ser solto, é necessário lavrar o APFD (Auto de Prisão
em Flagrante Delito):
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado
o auto de prisão em flagrante.
(2017 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase) Paulo foi preso em
flagrante pela prática do crime de corrupção, sendo encaminhado para a Delegacia. Ao
tomar conhecimento dos fatos, a mãe de Paulo entra, de imediato, em contato com o
advogado, solicitando esclarecimentos e pedindo auxílio para seu filho. De acordo com a
situação apresentada, com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores, deverá o
advogado esclarecer que
a) diante do caráter inquisivo do inquérito policial, Paulo não poderá ser assistido pelo
advogado na delegacia.
b) a presença da defesa técnica, quando da lavratura do auto de prisão em flagrante, é
sempre imprescindível, de modo que, caso não esteja presente, todo o procedimento será
considerado nulo.
c) decretado o sigilo do procedimento, o advogado não poderá ter acesso aos elementos
informativos nele constantes, ainda que já documentados no procedimento.
d) a Paulo deve ser garantida, na delegacia, a possibilidade de assistência de
advogado, de modo que existe uma faculdade na contratação de seus
serviços para acompanhamento do procedimento em sede policial.
(2017 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase) Paulo foi preso em
flagrante pela prática do crime de corrupção, sendo encaminhado para a Delegacia. Ao
tomar conhecimento dos fatos, a mãe de Paulo entra, de imediato, em contato com o
advogado, solicitando esclarecimentos e pedindo auxílio para seu filho. De acordo com a
situação apresentada, com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores, deverá o
advogado esclarecer que
a) diante do caráter inquisivo do inquérito policial, Paulo não poderá ser assistido pelo
advogado na delegacia.
b) a presença da defesa técnica, quando da lavratura do auto de prisão em flagrante, é
sempre imprescindível, de modo que, caso não esteja presente, todo o procedimento será
considerado nulo.
c) decretado o sigilo do procedimento, o advogado não poderá ter acesso aos elementos
informativos nele constantes, ainda que já documentados no procedimento.
d) a Paulo deve ser garantida, na delegacia, a possibilidade de assistência de
advogado, de modo que existe uma faculdade na contratação de seus
serviços para acompanhamento do procedimento em sede policial.
PRISÕES
PRISÃO PREVENTIVA
A prisão preventiva caracteriza-se por ser uma espécie de prisão
cautelar (natureza jurídica) decretada pela autoridade judiciária,
durante a realização da fase investigatória ou do processo
criminal, uma vez presentes as circunstâncias dos arts. 312 e 313
do CPP.
- Medida extrema. Só é aplicada quando não for possível aplicar
uma medida alternativa diversa da prisão.
PRISÕES
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a
prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a
requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por
representação da autoridade policial.
CONCLUSÕES:
Momento: Cabível tanto na investigação policial (inquérito) quanto no curso do
processo penal, ao contrário da Prisão Temporária, cabível apenas no Inquérito
Policial (ou investigações preliminares);
Iniciativa para decretação: de ofício pelo juiz no curso do processo penal;
Legitimados para pedir a prisão: a) MP; b) Querelante; c) Assistente da
Acusação; d) Autoridade Policial, por meio de representação.
PRISÕES
PRESSUPOSTOS: fummus comissi delicti e periculum libertatis.
- Existência do Crime
Fummus Comissi Delicti: plausibilidade do direito de punir
- Indícios de Autoria
Periculum libertatis: É o perigo que a permanência do acusado em liberdade
representa para a investigação criminal ou para o processo.
a) Garantia da Ordem Pública;
b) Garantia da Ordem Econômica;
c) Garantia da Aplicação da Lei Penal;
d) Conveniência da Instrução Criminal;
e) Descumprimento de Medidas Cautelares Impostas.
PRISÕES
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução
criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em
caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força
de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º).
PRISÕES
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA:
a) risco concreto da reiteração criminosa;
b) modo de execução grave do delito praticado.
Obs.: Clamor público; credibilidade do judiciário; risco de linchamento e;
gravidade em abstrato do crime não autorizam a decretação da prisão preventiva.
GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA:
a) risco de reiteração delituosa nos crimes contra a ordem econômica.
PRISÕES
GARANTIA DAAPLICAÇÃO DA LEI PENAL:
a) Dados concretos que indiquem que o acusado pretende fugir,
inviabilizando futura execução penal.
CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL:
a) Visa impedir que o agente perturbe a livre produção probatória;
b) Uma vez encerrada a instrução processual, a prisão preventiva decretada
com base nessa hipótese deve ser revogada.
DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS CAUTELARES IMPOSTAS.
PRISÕES
ADMISSIBILIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA
a) Crime Dolosos punidos com Pena superior a 4 anos;
b) Quando o réu é REINCIDENTE ESPECÍFICO em CRIME DOLOSO (após o
período depurador – 5 anos do término do cumprimento da pena – o réu
volta a ser primário);
c) Crime envolvendo VIOLÊNCIA DOMÉSTICA OU FAMILIAR CONTRA A
MULHER, CRIANÇA, ADOLESCENTE, IDOSO, ENFERMO OU PESSOA COM
DEFICIÊNCIA (pessoas mais vulneráveis);
d) Dúvida sobre a identidade civil da pessoa.
PRISÕES
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão
preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
(quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado,
ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência;
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida
sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente
em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar
a manutenção da medida.
PRISÕES
(2016 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase) José Augusto foi
preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de receptação (Art. 180 do Código
Penal – pena: 01 a 04 anos de reclusão e multa). Em que pese seja tecnicamente primário e
de bons antecedentes e seja civilmente identificado, possui, em sua Folha de Antecedentes
Criminais, duas anotações pela prática de crimes patrimoniais, sem que essas ações
tenham resultados definitivos. Neste caso, de acordo com as previsões expressas do
Código de Processo Penal, assinale a afirmativa correta.
a) Estão preenchidos os requisitos para decretação da prisão preventiva, pois as ações
penais em curso demonstram a existência de risco para a ordem pública.
b)A autoridade policial não poderá arbitrar fiança neste caso, ficando tal medida de
responsabilidade do magistrado.
c) Antes de decidir pela liberdade provisória ou conversão em preventiva, poderá a
prisão em flagrante do acusado perdurar pelo prazo de 10 dias úteis, ou seja,
até o oferecimento da denúncia.
d) O juiz não poderá converter a prisão em flagrante em preventiva, mas
poderá aplicar as demais medidas cautelares.
PRISÕES
(2016 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase) José Augusto foi
preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de receptação (Art. 180 do Código
Penal – pena: 01 a 04 anos de reclusão e multa). Em que pese seja tecnicamente primário e
de bons antecedentes e seja civilmente identificado, possui, em sua Folha de Antecedentes
Criminais, duas anotações pela prática de crimes patrimoniais, sem que essas ações
tenham resultados definitivos. Neste caso, de acordo com as previsões expressas do
Código de Processo Penal, assinale a afirmativa correta.
a) Estão preenchidos os requisitos para decretação da prisão preventiva, pois as ações
penais em curso demonstram a existência de risco para a ordem pública.
b) A autoridade policial não poderá arbitrar fiança neste caso, ficando tal medida de
responsabilidade do magistrado.
c) Antes de decidir pela liberdade provisória ou conversão em preventiva, poderá a
prisão em flagrante do acusado perdurar pelo prazo de 10 dias úteis, ou seja,
até o oferecimento da denúncia.
d) O juiz não poderá converter a prisão em flagrante em preventiva, mas
poderá aplicar as demais medidas cautelares.
PRISÕES
EXCLUDENTES DE ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE:
• Não cabe prisão preventiva se há provas de que o fato foi praticado sob manto
de alguma excludente de ilicitude/antijuridicidade:
– estado de necessidade;
– legítima defesa;
– estrito cumprimento do dever legal;
– exercício regular de um direito;
– consentimento do ofendido (essa última é supralegal).
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar
pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas
condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.
PRISÕES
DECISÃO:
- Sempre fundamentada!
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será
sempre motivada.
PRAZO:
Não comporta prazo definido, devendo ser revogada quando ausentes os motivos
que a determinaram.
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do
processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
PRISÕES
PRISÃO TEMPORÁRIA X PRISÃO PREVENTIVA
Principais diferenças
PRISÃO TEMPORÁRIA PRISÃO PREVENTIVA
Tem prazo determinado (5d + 5d ou 30d + 30d). Não tem prazo determinado.
Cabível apenas na fase de investigações. Cabível na fase de investigações e também no 
processo.
Juiz não pode decretar de ofício. Juiz pode decretar de ofício, se no curso do 
processo.
Legitimados para pedir:
a)Representação do delegado;
b)Requerimento do MP.
Legitimados para pedir:
a)Representação do delegado;
b)Requerimento do MP;
c)Requerimento do Querelante;
d)Requerimento do Assistente de Acusação.
PRISÕES
PRISÃO DOMICILIAR
• Recolhimento do indiciado ou acusado a sua RESIDÊNCIA;
• Só pode sair do local com autorização judicial.
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado
ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com
autorização judicial.
PRISÕES
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de
idade ou com deficiência;
IV - gestante; (Alterado em 2016)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Alterado em
2016)
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12
(doze) anos de idade incompletos. (Alterado em 2016)
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos
requisitos estabelecidos neste artigo.
PRISÕES
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO
A Lei nº. 12.403/11 acabou com o fim da bipolaridade no processo
penal (Liberdade Provisória ou Prisão Preventiva).
Hoje, o magistrado dispõe de uma série de medidas cautelares que
pode aplicar no lugar da prisão preventiva.
São medidas que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente!!!
Art. 282, § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas
isolada ou cumulativamente.
PRISÕES
QUAIS SÃO AS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO?
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz,
para informar e justificar atividades;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer
distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer
distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja
conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;
PRISÕES
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o
investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza
econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a
prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com
violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos
do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.
PRISÕES
(2017 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase) Douglas responde a
ação penal, na condição de preso cautelar, pela prática do crime de furto qualificado, sendo
ele triplamente reincidente específico. No curso do processo, foi constatado por peritos
que Douglas seria semi-imputável e que haveria risco de reiteração. O magistrado em
atuação, de ofício, revoga a prisão preventiva de Douglas, entendendo que não persistem
os motivos que justificaram essa medida mais grave, aplicando, porém, a medida cautelar
de internação provisória, com base no Art. 319 do Código de Processo Penal. Diante da
situação narrada, o advogado de Douglas poderá requerer o afastamento da cautelar
aplicada, em razão
a) da não previsão legal da cautelar de internação provisória, sendo certo que tais medidas
estão sujeitas ao princípio da taxatividade.
b) de somente ser cabível a cautelar quando os peritos concluírem pela inimputabilidade,
mas não pela semi-imputabilidade.
c) de o crime imputado não ter sido praticado com violência ou grave ameaça
à pessoa.
d) de não ser cabível, na hipótese, a aplicação de medida cautelar
de ofício, sem requerimento pretérito do Ministério Público.
PRISÕES
(2017 – FGV – OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase) Douglas responde a
ação penal, na condição de preso cautelar, pela prática do crime de furto qualificado, sendo
ele triplamente reincidente específico. No curso do processo, foi constatado por peritos
que Douglas seria semi-imputável e que haveria risco de reiteração. O magistrado em
atuação, de ofício, revoga a prisão preventiva de Douglas, entendendo que não persistem
os motivosque justificaram essa medida mais grave, aplicando, porém, a medida cautelar
de internação provisória, com base no Art. 319 do Código de Processo Penal. Diante da
situação narrada, o advogado de Douglas poderá requerer o afastamento da cautelar
aplicada, em razão
a) da não previsão legal da cautelar de internação provisória, sendo certo que tais medidas
estão sujeitas ao princípio da taxatividade.
b) de somente ser cabível a cautelar quando os peritos concluírem pela inimputabilidade,
mas não pela semi-imputabilidade.
c) de o crime imputado não ter sido praticado com violência ou grave ameaça
à pessoa.
d) de não ser cabível, na hipótese, a aplicação de medida cautelar
de ofício, sem requerimento pretérito do Ministério Público.
PRISÕES
No caso do inciso IV (proibição de ausentar-se da Comarca), como funciona a
proibição de ausentar-se do País?
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às
autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-
se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e
quatro) horas.
Há possibilidade de cumulação da fiança com outras medidas!
Art. 319, § 4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo
VI deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares.
PRISÕES
COMPETÊNCIA:
Princípio da Jurisdicionalidade: só o juiz pode aplicá-las.
LEGITIMADOS:
a) Juiz de Ofício;
b) MP;
c) Investigação Criminal: Representação da autoridade policial.
Art. 282, § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a
requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal,
por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do
Ministério Público.
PRISÕES
Para a aplicação das medidas cautelares é necessário o preenchimento do
binômio necessidade e adequação.
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser
aplicadas observando-se a:
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a
instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a
prática de infrações penais;
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato
e condições pessoais do indiciado ou acusado.
PRISÕES
REQUISITOS:
Fumus Comissi Delicti
Periculum Libertatis
PRISÕES
CONTRADITÓRIO PRÉVIO (desde que não haja urgência ou perigo
de ineficácia da medida)
Art. 282, § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de
ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar,
determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do
requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em
juízo.
PRISÕES
DESCUMPRIMENTO
No caso de descumprimento será possível substituí-la, impor outra em cumulação
ou decretar a prisão preventiva.
Art. 282, § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o
juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente
ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em
último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
A prisão preventiva é excepcional!
Art. 282, § 6º A prisão preventiva será determinada quando não for
cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319).
PRISÕES
Não havendo mais motivo para a medida cautelar: revogação ou
substituição por outra mais adequada;
Surgindo novamente motivo para a medida cautelar: nova decretação.
Art. 282, § 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la,
se sobrevierem razões que a justifiquem.
PRISÕES
LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM FIANÇA
Não confundir com relaxamento (prisão ilegal): Art. 5º, LXVI, CF/88: “A
prisão ilegal será imediatamente relaxada”.
Liberdade provisória:
a) Só cabe em prisão em flagrante;
b) É medida de contra-cautela, que substitui a prisão em flagrante;
c) O beneficiário da liberdade provisória está obrigado a cumprir
certas obrigações;
d) Há diversos delitos em que é vedada a liberdade provisória com
ou sem fiança;
e) Pode ser concedido pelo delegado ou autoridade
judiciária.
PRISÕES
Quando alguém é preso em flagrante, o juiz pode:
a) relaxar a prisão (quando ilegal);
b) convertê-la em prisão preventiva (quando presentes os requisitos dos
arts. 312 e 313, CPP e for necessária a prisão) ou;
c) caso sejam suficientes, aplicar medidas cautelares diversas da prisão
(art. 319, CPP);
d) não havendo necessidade de prisão, ainda que o flagrante tenha sido
legal, conceder a liberdade provisória (mesmo assim pode cumular com as
medidas cautelares diversas da prisão).
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva,
o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as
medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os
critérios constantes do art. 282 deste Código.
PRISÕES
CONCESSÃO DA FIANÇA:
• Juiz: (todos os casos);
• Delegado: Infrações cuja pena máxima não seja superior a 4 anos.
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro)
anos.
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá
em 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será competente para conceder a
fiança a autoridade que presidir ao respectivo auto, e, em caso de
prisão por mandado, o juiz que o houver expedido, ou a autoridade
judiciária ou policial a quem tiver sido requisitada a prisão.
PRISÕES
CASO O DELEGADO NÃO CONCEDA OU RETARDE A CONCESSÃO DA
FIANÇA:
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial a concessão da
fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples
petição, perante o juiz competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito)
horas.
PRISÕES
Para a concessão, não há necessidade de audiência prévia com o MP:
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida
independentemente de audiência do Ministério Público, este terá vista
do processo a fim de requerer o que julgar conveniente.
Até quando é possível prestar fiança?
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em
julgado a sentença condenatória.
PRISÕES
Não cabe Fiança:
a) Racismo;
b) Crimes Hediondos e Equiparados (TTT);
c) Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático de Direito;
d) Quando houver a quebra da fiança ou o descumprimento das condições
impostas;
e) Na prisão civil ou militar;
f) Quando for cabível a prisão preventiva.
PRISÕES
Art. 323. Não será concedida fiança
I - nos crimes de racismo;
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos
definidos como crimes hediondos;
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático.
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou
infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328
deste Código;
II - em caso de prisão civil ou militar;
III – Revogado.
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão
preventiva (art. 312).
PRISÕES
LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM FIANÇA
Alguns crimes não admitem a fiança. No entanto, a liberdade provisória sem fiança
é, em tese, admitida em todos os crimes.
CASO SEJA COM FIANÇA, COMO ESTIPULAR O VALOR?
• De 1 a 100 salários mínimos, quando a infração tiver pena não superior a 4
anos;
• De 10 a 200 salários mínimos quando a infração tiver pena superiora 4 anos.
Pode ser dispensada, reduzida em até 2/3 ou aumentada até 1000 (mil)
vezes.
PRISÕES
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos
seguintes limites:
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena
privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena
privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos.
§ 1º Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser:
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código;
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes
PRISÕES
DETERMINAÇÃO DO VALOR
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a natureza
da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as
circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das
custas do processo, até final julgamento.
DISPENSA DO VALOR (se houver “quebramento”, poderá ser determinada a prisão
preventiva ou a aplicação de medida cautelar diversa da prisão)
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do
preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes
dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o caso.
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer das
obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o disposto no § 4º do art. 282
deste Código.
PRISÕES
CONDIÇÕES PARAA LIBERDADE PROVISÓRIA (SOB PENA DE “QUEBRAMENTO”)
1. Comparecimento nos atos do inquérito e do processo;
2. Vedação à mudança de endereço, sem autorização do juiz;
3. Vedação à ausência da residência por mais de 8 dias, sem autorização do juiz.
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a
autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução
criminal e para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança será havida
como quebrada.
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar
de residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se
por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela
autoridade o lugar onde será encontrado.
PRISÕES
QUEBRA DA FIANÇA
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo
justo;
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo;
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança;
IV - resistir injustificadamente a ordem judicial;
V - praticar nova infração penal dolosa. (PERCEBA QUE CULPOSA PODE!)
E se o réu recorrer e se reformar a decisão que determinou a quebra da fiança?
Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se declarou quebrada
a fiança, esta subsistirá em todos os seus efeitos.
PRISÕES
CONTROLE DAS FIANÇAS CONCEDIDAS
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de polícia, haverá um livro especial, com
termos de abertura e de encerramento, numerado e rubricado em todas as suas folhas
pela autoridade, destinado especialmente aos termos de fiança. O termo será lavrado
pelo escrivão e assinado pela autoridade e por quem prestar a fiança, e dele extrair-se-
á certidão para juntar-se aos autos.
Parágrafo único. O réu e quem prestar a fiança serão pelo escrivão notificados das
obrigações e da sanção previstas nos arts. 327 e 328, o que constará dos autos.
PRISÕES
FORMAS DE PAGAMENTO DA FIANÇA E CARÁTER PERMAMENTE
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, pedras,
objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou
em hipoteca inscrita em primeiro lugar.
§ 1º A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais preciosos será feita
imediatamente por perito nomeado pela autoridade.
§ 2º Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o valor será
determinado pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se
acham livres de ônus.
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por meio de hipoteca, a execução
será promovida no juízo cível pelo órgão do Ministério Público.
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou metais preciosos, o juiz
determinará a venda por leiloeiro ou corretor.
PRISÕES
ONDE É RECOLHIDO O VALOR DA FIANÇA?
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será recolhido à repartição
arrecadadora federal ou estadual, ou entregue ao depositário público,
juntando-se aos autos os respectivos conhecimentos.
E se não for possível fazer o depósito imediatamente?
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se puder fazer de
pronto, o valor será entregue ao escrivão ou pessoa abonada, a critério da
autoridade, e dentro de três dias dar-se-á ao valor o destino que Ihe
assina este artigo, o que tudo constará do termo de fiança.
PRISÕES
DESTINAÇÃO DA FIANÇA
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento
das custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, se
o réu for condenado.
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da
prescrição depois da sentença condenatória (art. 110 do Código Penal).
PRISÕES
O QUE ACONTECE SE O ACUSADO FOR ABSOLVIDO, EXTINTA A AÇÃO
ETC.?
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado
sentença que houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação
penal, o valor que a constituir, atualizado, será restituído sem desconto,
salvo o disposto no parágrafo único do art. 336 deste Código.
PRISÕES
CASSAÇÃO DA FIANÇA
Casos em que a fiança será julgada inidônea ou sem efeito:
• Quando concedida por engano;
• Quando há inovação na classificação do delito que impeça a fiança
(exemplo: aditamento da denúncia).
Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será
cassada em qualquer fase do processo.
Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a
existência de delito inafiançável, no caso de inovação na
classificação do delito.
PRISÕES
REFORÇO DA FIANÇA
Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;
II - quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou
caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas;
III - quando for inovada a classificação do delito.
E SE O RÉU NÃO REALIZAR O REFORÇO?
Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à
prisão, quando, na conformidade deste artigo, não for reforçada.
PRISÕES
PERDA DA FIANÇA
50%
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do
seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares
ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva.
100%
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o
acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena
definitivamente imposta.
PRISÕES
DESTINAÇÃO DA FIANÇA NO CASO DE PERDA
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais
encargos a que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo penitenciário,
na forma da lei.
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as deduções previstas no art.
345 deste Código, o valor restante será recolhido ao fundo penitenciário, na forma
da lei.
NÃO HAVENDO A PERDA DA FIANÇA
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será entregue a
quem houver prestado a fiança, depois de deduzidos os encargos a que
o réu estiver obrigado.

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