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SEMANA 12
Escreveu Errico Malatesta, teórico italiano, que, sendo a prova o meio objetivo pelo qual o espírito humano se apodera da verdade, sua eficácia será tanto maior, quanto mais clara, mais plena e mais seguramente ela induzir no espírito a crença de estarmos de posse da verdade. Para se conhecer, portanto, a eficácia da prova, é preciso conhecer como se refletiu a verdade no espírito humano, é preciso conhecer, assim, qual o estado ideológico, relativamente à coisa a ser verificada, que ela induziu no espírito com sua ação.
Assim, o profissional do direito, diante de um caso concreto, analisa e interpreta os fatos para, em seguida, valorar tais elementos de acordo com as alternativas oferecidas pelas fontes do Direito. Fica, pois, evidente a importância da narrativa dos fatos e das provas a fim de fornecer os elementos necessários para que se compreenda o caso, interprete-o e concretize essa interpretação mediante a argumentação.
 
Caso concreto
Dijanira Baptista foi fumante inveterada por trinta anos. Ela era casada com Mauro Costa e tinha dois filhos: Mauro Costa Jr. e Paulo Baptista Costa. Seus familiares alegam que a companhia de cigarros sempre ocultou informações e dados sobre a nocividade do cigarro à saúde. A vítima fumava dois maços de cigarro por dia, cerca de 500.000 cigarros em trinta anos, e que tal fato, aliado à falta de informações sobre o produto nocivo, teria sido o responsável pelo contraimento da doença.
Além do mais, só recentemente as companhias são obrigadas a restringir o horário de veiculação de propagandas e a emitir comunicado de que o fumo é prejudicial à saúde. Isso, infelizmente, não chegou a impedir que Dijanira se tornasse viciada em cigarros, uma vez que era fumante de longa data, motivo pelo qual a família pleiteia indenização por dano.
Após a descoberta do câncer, lutou duramente contra o vício: "Minha mãe tentou parar de fumar, mas as crises horríveis de abstinência e a depressão atrapalharam muito. Quando conseguiu vencer o vício, a metástase estava diagnosticada".
Em 28 de setembro de 1999, faleceu em decorrência de câncer pulmonar, provocado pelo fumo excessivo do cigarro de marca Hollywood, da companhia Souza Cruz S.A.
Paulo Gomes, advogado representante da Souza Cruz, afirma que a empresa cumpre as determinações legais e que seu produto apresenta todas as informações aos consumidores. Em relação às propagandas, sustenta que a apresentação de jovens saudáveis em ambientes paradisíacos não é prática apenas da indústria tabagista: "Desconheço a existência de publicidade que vincule produtos a modelos desgraciosos ou cenários deprimentes, que causem repulsa ao público-alvo. Ademais, os consumidores têm o livre-arbítrio de escolher o que consumir e o quanto consumir".
Segundo o advogado da família, os estudos comprovam a nocividade do cigarro, que contêm mais de quatro mil substâncias químicas: "Entre elas está o formol usado na conservação de cadáver, o fósforo, utilizado como veneno para ratos e o xileno, uma substância cancerígena que atrapalha o crescimento das crianças. Se o cigarro não mata de câncer, há 56 outras doenças causadas por seu uso e exposição. É óbvio que a propaganda é indutora de seu consumo".
Notícia de jornal (adaptação)
 
Questão 1
Faça breve pesquisa jurisprudencial e identifique se existe condenação transitada em julgado para empresas tabagistas cujos consumidores morreram ou ficaram com doenças graves decorrentes desse produto. Cite as fontes de sua pesquisa.
 
Questão 2
Continue sua pesquisa a fim de esclarecer se há como demonstrar nexo causal entre a conduta e o resultado. Justifique sua resposta.
 
Questão3
Na impossibilidade ou na dificuldade de recorrer às fontes citadas nas questões anteriores, como você propõe que seja defendida a tese de que a empresa Souza Cruz tem responsabilidade civil com os consumidores ou com seus sucessores?
 
Objetivas:
1 - Leia o fragmento que segue e marque a opção CORRETA. 
 
“Muito se tem falado recentemente sobre a necessidade, a legalidade e a constitucionalidade do Exame de Ordem. A questão chegou ao Supremo Tribunal Federal, onde, por meio do Recurso Extraordinário n. 603583, sob relatoria do Ministro Marco Aurélio, discutiu-se a constitucionalidade do Estatuto da OAB (Lei n. 8.906/94) e a possibilidade de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil sem a devida aprovação no referido exame”.
 
a) O fragmento apresenta a tese de que o Exame da Ordem é constitucional e legal, ainda que desnecessário.
b) O fragmento apresenta a tese de que o Exame da Ordem é constitucional, mas ilegal e desnecessário.
c) O fragmento apresenta a tese de que o Exame da Ordem é inconstitucional e ilegal, mas necessário.
d) O fragmento não deixa clara uma tese.
2 - Leia o fragmento que segue e marque a opção CORRETA. 
 
“A corrupção, em sentido amplo, na Administração Pública do Brasil, é, em si, um mal e representa, talvez, uma das principais causas das desigualdades sociais e da miséria que afetam a maior parcela da população do Brasil. Sem deixar de reconhecer que a corrupção em um país está intimamente ligada a fatores como a cultura e a educação de seu povo, sendo inclusive, no Brasil, diagnosticável como um estado de anomia social, mostra, contudo, que ela sempre recua sua incidência quando o controle preventivo e o repressivo são ampliados. É por essa razão que a atuação eficaz do Ministério Público tem proporcionado a diminuição da anomia social, no que diz respeito à política e à Administração Pública no Brasil”. (Marco Aurélio Lustosa Caminha)
 
a) A tese do parágrafo está resumida em “a corrupção, na Administração Pública do Brasil, representa, talvez, uma das principais causas das desigualdades sociais e da miséria que afetam a maior parcela da população do Brasil”.
b) Ao mencionar que “sem deixar de reconhecer que a corrupção em um país está intimamente ligada a fatores como a cultura e a educação de seu povo”, o argumentador não reconhece o elemento valores como motivador da corrupção.
c) O trecho “é por essa razão que a atuação eficaz do Ministério Público tem proporcionado a diminuição da anomia social, no que diz respeito à política e à Administração Pública no Brasil” não é modalizado.
d) No trecho “a corrupção, em sentido amplo, na Administração Pública do Brasil, é, em si, um mal e representa, talvez, uma das principais causas das desigualdades sociais e da miséria que afetam a maior parcela da população do Brasil”, a palavra “talvez” sugere que a corrupção pode não ser um problema.
3 - Com base no fragmento que segue, marque a opção INCORRETA. 
 
“A superpopulação dos presídios é fato incontestável; o pior, entretanto, é que esse descaso com a liberdade alheia ocorre em função de erros, despreparo e corrupção da máquina burocrática do Estado. Muitos cidadãos são jogados na cadeia sem terem sido julgados; outros estão presos porque furtaram uma lata de óleo, um pacote de bolacha.
Tais agressões à liberdade do cidadão ou tais erros provocam uma série de questionamentos acerca da confiança no sistema e da segurança jurídica, porque inocentes são condenados a ficarem atrás das grades e deixa-se de prender grande número de criminosos bem conhecidos. Ademais, mostra o sucateamento da máquina penitenciária, o despreparo dos agentes públicos. A culpa por tais equívocos poderia até recair na fragilidade dos inquéritos policiais, porque a polícia apressa-se no afã de desvendar o crime; não se pode desconsiderar também que a confissão obtida por meio de tortura, implantada desde 1964, ainda é usada até hoje pela polícia” (...). (www.Jusnavigandi.com.br)
 
a) A tese defendida no fragmento é a de que os erros judiciais que levam à prisão inocentes decorre do descaso na prestação da jurisdição.
b) O argumentador aponta como causa dos erros judiciais a investigação mal realizada pela polícia.
c) O sucateamento da máquina penitenciária e o despreparo dos agentes públicos são fatos (contextualização do real) que reforçam a tese.
d) Há, no fragmento, a redaçãode uma hipótese argumenta

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