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ARQUITETURA AÇO
Copa 2010
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 22 junho de 2010
Copa 2010
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Arquitetura vitoriosaArquitetura vitoriosa
ESTÁDIOS, GRANDES PALCOS ESPORTIVOS do planeta, tornam-
-se o foco de todos os olhares durante a Copa do Mundo em um 
modelo arquitetônico atualizado: o de arenas multiuso. Amplas, 
seguras e aptas a receber multidões de torcedores durante as 
partidas de futebol, mas também de continuar servindo a sua 
comunidade em outras modalidades – como o rúgbi, no caso 
da África do Sul –, as arenas construídas ou reformadas para 
este torneio confirmam o uso do aço como uma tendência irre-
vogável para esta tipologia, nas palavras do arquiteto Robert 
Hormes, do GMP, a “catedral contemporânea”.
Destacado nas imensas e engenhosas coberturas, o material 
viabilizou obras monumentais, realizadas em tempo recorde no 
país africano. Sua versatilidade permitiu com que adaptações 
reversíveis – como arquibancadas que devem ser desmonta-
das após o evento, sem custo ou impacto no edifício – fossem 
erguidas para a Copa do Mundo 2010. Elas são de baixo impacto 
ambiental, mas de alto impacto cultural, legando ao país belos 
edifícios que interagem positivamente com a paisagem.
Para além das “catedrais”, o aço foi essencial para ampliações da 
infraestrutura – aeroportuária, comercial e turística. Ampliações 
estas necessárias para a realização do evento e que contribuem 
para o aprimoramento urbano do país. Nossa maior torcida é 
que desta Copa o Brasil traga não só o troféu, mas a lição da 
construção racional, limpa e voltada para as questões funda-
mentais do país. E faça bonito também em 2014.
1 &ARQUITETURA AÇO
sumário
Foto de capa: 
Estádio Moses Mabhida, 
Durban, África do Sul
Arquitetura & Aço nº 22
junho 2010
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04. 20.
24. 30. 34.
14.
04. Coberturas monumentais e soluções versáteis que priorizam a segurança marcam o uso do aço nos está-
dios da Copa de 2010. 14. A grande demanda por voos e o curto espaço de tempo para as obras pautou a remo-
delação da estrutura aeroportuária sul-africana. 20. Em entrevista, Piet Boer fala de como o aço foi vital para a 
construção do Soccer City, arena-símbolo do evento internacional. 24. Tradição e modernidade foram aspectos 
valorizados na remodelação dos espaços comerciais do país-sede. 30. Robert Hormes, do GMP, conta porque o 
escritório alemão faz das arenas grandes obras de arquitetura contemporânea. 34. Matéria técnica mostra porque 
as vigas casteladas e celulares são ideais para o vencimento de grandes vãos.
Vista aérea da Cidade do Cabo, 
na África do Sul. A Copa do 
Mundo impulsiona a revitali-
zação da cidade, que tem no 
Estádio Green Point uma de suas 
maiores atrações para o evento
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Os craques
que ganharam a África
Os craques
que ganharam a África
&ARQUITETURA AÇO 5 
OS ESTÁDIOS DA COPA 2010 CONFIRMAM UMA TENDÊNCIA EVIDENCIADA 
EM 2006, NA ALEMANHA: O AÇO VEM SE IMPONDO COMO O MATERIAL MAIS 
APROPRIADO PARA ATENDER ÀS ESPECIFICIDADES DA TIPOLOGIA
6 &ARQUITETURA AÇO
DOS DEZ ESTÁDIOS que vão receber a Copa, os quatro apresen-
tados nessa edição mostram especialmente a capacidade do aço 
para vencer grandes vãos e sua flexibilidade, que foi utilizada em 
projetos que se adaptam às características climáticas e culturais 
das regiões em que foram instalados. Além dos estádios novos, o 
aço viabilizou o retrofit de estádios existentes como o Ellis Park e 
o Loftus Versfeld que ganharam novas coberturas e tiveram arqui-
bancadas ampliadas.
Milhares de pessoas estiveram envolvidas na construção e 
reforma dessas arenas esportivas. Para que as exigências do cader-
no de encargos da FIFA fossem cumpridas, a África do Sul teve de 
treinar os trabalhadores – vindos de todas as partes do mundo – e 
capacitá-los de modo a se tornarem capazes de aplicar os avanços 
ocorridos na construção de estádios.
“Os canteiros eram grandes expe-
riências de globalização”, diz a arquite-
ta Miriam Sayeg, coordenadora de pro-
jetos no Brasil da Schlaich Bergermann 
und Partner, empresa responsável 
pela engenharia estrutural de está-
dios sul-africanos e alguns brasileiros 
que receberão a Copa de 2014. “Houve 
um salto qualitativo na mão-de-obra 
da África do Sul. Como o material era 
pouco, era preciso usá-lo bem. Foram 
realizados inúmeros estudos de per-
formance das estruturas, que foram 
criadas com as mais novas tecnologias 
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disponíveis. Essa é uma lição que o Brasil deveria aprender [para 
a Copa de 2014]”, afirma.
Uma das arenas sul-africanas mais importantes, na qual a tec-
nologia ajudou a expressar parte da cultura nacional é o Soccer 
City. Palco da primeira partida e da grande final do torneio, está 
localizado em Johannesburgo, capital da África do Sul. A constru-
ção do novo estádio começou em janeiro de 2007 e foi finalizada 
em março deste ano. “Foi um enorme desafio cuidar do projeto 
de um estádio tão intimamente ligado à África do Sul”, diz Piet 
Boer, arquiteto responsável pela reconstrução do Soccer City (leia 
a entrevista na p. 20). O estádio recebeu o primeiro discurso de 
Nelson Mandela, ao sair da prisão, em 1990; e foi lá onde milhares 
de sul-africanos despediram-se de Chris Hani, ativista político 
assassinado que lutou contra o apartheid.
Na página ao lado, a fachada do 
Soccer City, com seus tradicionais 
tons de terracota. Nesta página, 
o interior do estádio em que se 
sobressaem a estrutura em aço que 
sustenta a fachada e seu encontro 
com as treliças metálicas da cober-
tura. No detalhe abaixo, os per-
fis leves de aço galvanizado onde 
estão fixados os painéis de fachada
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8 &ARQUITETURA AÇO
O novo Soccer City é uma tentativa de conciliação. O design do 
estádio é inspirado na calabash, argila típica do continente africa-
no. Foram usadas oito cores para que se recriassem as sombras e 
as texturas do barro. As perfurações na fachada – ora abertas, ora 
revestidas por vidro – criam dois efeitos distintos: para os especta-
dores que assistem a um evento durante o dia, a luz natural entra 
também por esses espaços, clareando os acessos às arquibanca-
das. A impressão é inversa à noite: a luz dos refletores, colocados 
na extremidade da cobertura, vaza pelas aberturas e pela parte 
inferior do estádio (suas áreas de acesso), como se o pote de argila 
repousasse sobre uma fogueira acesa.
A cobertura em aço levou apenas nove meses para ser montada 
e é sustentada por uma enorme treliça em forma de anel, revestida 
em politetrafluoretileno (PTFE). O estádio, cuja área construída é de 
62 mil m2, tem capacidade aproximada de 90 mil lugares.
Em Port Elizabeth foi erguido um estádio cujo nome já é uma 
homenagem à busca pela união do povo sul-africano. O Nelson 
Mandela Bay Stadium está localizado à margem do lago North End. 
Conhecida como “cidade do vento”, Port Elizabeth precisava 
de um estádio capaz de atenuar o impacto dos seus constantes 
e violentos ventos marítimos. O formato de “folha” da cobertura 
foi desenhado com esse propósito. As 36 treliças triangulares que 
compõem a estrutura da cobertura, de 3.500 toneladas, são reves-
tidas por chapas metálicas perfuradas e membranas tensionadas. 
“Somente o aço, material leve e versátil, poderia ser empregado na 
confecção dessa cobertura, que foi pensada como um escudo para 
os espectadores”, diz Ralf Amann, do GMP Arquitetos, escritório 
que, ao lado da empresa sul-africana BKS, esteve encarregado do 
projeto do estádio, o qual poderá receber mais de 48 mil espectado-
res em suas duas filas de arquibancadas.O design do Nelson Mandela Bay Stadium levou em conta não 
apenas aspectos climáticos e técnicos, mas também fatores cultu-
rais. Na fachada, realizado por artesões locais, há um painel com 
700 m de comprimento com elementos tradicionais e modernos da 
cultura africana. Também a revitalização da área urbana foi consi-
derada: o estádio deve ser amplamente utilizado após as partidas da 
Copa. Os locais destinados à imprensa poderão ser convertidos em 
escritórios e áreas de lazer para a população. Uma área aberta nas 
imediações do estádio oferece recreação aquática. A expectativa é 
que o parque Príncipe Albert, onde o estádio está instalado, torne-se 
um dos destinos favoritos das excursões turísticas na África do Sul.
Localizada também ao sul do país, a oeste de Port Elizabeth, 
a Cidade do Cabo foi escolhida para 
receber o estádio Green Point, também 
projetado pelo GMP. A concha exter-
na do estádio foi desenhada como 
uma estrutura cuja silhueta ondulan-
te dá movimento ao estádio e o liga 
ao seu entorno. A malha de fibra de 
vidro que percorre a estrutura produz 
uma fachada uniforme, um envelope 
que segue o contorno delineado. Essa 
superfície translúcida absorve e refle-
te a luz natural.
A estrutura da cobertura de 36 mil 
m2 do Green Point é formada por um 
sistema de anéis e aros semelhante 
à roda de uma bicicleta – a combina-
ção de uma cobertura suspensa com 
sistemas de treliças radiais. Todos os 
seus elementos são tensionados. O 
anel interno, que parece flutuar sobre 
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Todos os guarda-corpos do estádio Nelson 
Mandela Bay são galvanizados e realizados em 
barras de aço de espessuras adequadas para 
alta resistência a impactos e deformações
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o gramado, prende-se, por meio 
dos cabos pré-manufaturados na 
Alemanha, ao anel externo, o qual, 
tensionado, tende a ser puxado para 
o centro do estádio. Um anel de com-
pressão retrai essa segunda estrutura, 
dando a rigidez necessária para que a 
cobertura, revestida por uma membra-
na de vidro laminado e PVC, se debruce 
sobre parte da arquibancada e do gra-
mado. Cada uma das treliças precisou 
de apenas um dia para ser montada. A 
cobertura ficou pronta em dez meses.
“O uso do aço é uma consequên-
cia natural da tipologia dos estádios”, 
Cobertura e arquibancadas do Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. Os fortes 
ventos da região foram determinantes para a concepção da cobertura, sustentada 
por treliças triangulares. Acima, visão externa da proeminente cobertura do está-
dio, que está localizado às margens do lago North End
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diz Amann. “No caso do Green Point, ele era o material que se adap-
tava com maior precisão às exigências da sua cobertura.”
Foram utilizadas 7 mil toneladas de aço estrutural na cobertura 
do Green Point. Na cobertura, o espaço entre o revestimento de 
vidro e a membrana comporta sistemas de alto-falantes e de ilumi-
nação. Parte das arquibancadas são compostas de perfil galvanizado 
conformado a frio, sobre uma estrutura tubular. O material está pre-
sente também nos guarda-corpos feitos em aço galvanizado. Com 
suas arquibancadas removíveis, o Moses Mabhida pode ter a sua 
capacidade de 70 mil assentos reduzida para 56 mil. Após a Copa, 
alguns assentos darão lugar a camaro-
tes para os jogos de rúgbi que o estádio 
vai receber – garantindo, assim, a sua 
viabilidade econômica.
Localizado sobre uma plataforma, o 
estádio multifuncional Moses Mabhida 
está acessível ao visitante na entrada 
sul através de uma larga escadaria. É 
lá que descem as duas pontas do arco 
de 340 m que atravessa toda a exten-
são do estádio, referência à bandeira 
da África do Sul e à integração do seu 
povo. Um teleférico na extremidade 
norte leva-o à parte mais alta do arco, 
Ao lado e acima, o arco bifurcado do Moses 
Mabhida, composto de 56 seções de aço, alusão 
à bandeira da África do Sul
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de onde tem-se uma visão panorâmica 
do Oceano Índico e de Durban, cidade 
onde o Moses Mabhida foi construí-
do. “A montagem do arco foi estudada 
passo a passo, em todas as suas eta-
pas”, diz Miriam Sayeg.
A geometria da cobertura foi deter-
minada pelo conceito arquitetônico 
do estádio, desenvolvido pelo escritó-
rio GMP. O arco possui 56 seções, com 
peso médio de 40 toneladas cada – ao 
todo, a estrutura em aço da cobertura é 
feita de 5.500 toneladas. Uma série de 
cabos radiais full lock foi fixada entre 
A manta em PTFE da cobertura filtra a luz solar 
e acompanha a fachada do estádio. A membrana 
permeável acompanha a estrutura externa do 
estádio. Ao lado as arquibancadas removíveis 
que permitem com que a capacidade do estádio 
seja reduzida de 70 mil assentos para 56 mil
o anel de compressão e o arco. Eles estão presos na extremidade 
interna da cobertura. A manta em PTFE da cobertura deixa passar 
metade da luz externa, protegendo os espectadores do ofuscamen-
to. A membrana permeável da fachada acompanha os contornos 
do estádio e abriga do sol e do vento os espaços de circulação de 
pessoas no seu interior.
Participaram da construção do estádio sete grandes construto-
res e 30 empresas, entre as quais destacam-se a Group 5, WBHO e 
Pandev. Quase 94 mil m2 de lajes protendidas foram usadas, e 1.866 
estacas empregadas em suas fundações. (F.A.) M
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NAS COBERTURAS
O AÇO É PROTAGONISTA
Se o aço é cada vez mais 
visível nos elementos dos 
novíssimos estádios de 
futebol, é nos enormes vãos 
de suas coberturas que a 
expressividade e a versatilidade 
do material são ainda mais 
patentes. Elas têm um papel 
fundamental da concepção 
estrutural ao resultado visual 
das arenas. A empresa alemã 
Schlaich Bergermann und 
Partner (SBP) projetou as 
coberturas do Soccer City, 
Port Elizabeth, Durban e 
Cidade do Cabo, e participará 
da modernização de alguns 
dos estádios brasileiros que 
receberão a Copa de 2014.
Abaixo, detalhe das treliças de aço do Soccer City. 
No centro, a solução aerodinâmica do Mandela 
Bay, em Port Elizabeth, e destaque da cobertura 
do Moses Mabhida. Ao fundo, a cobertura do 
Green Point
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O CSN Steelcolors já está em campo, ou melhor, já está na fachada de uma das mais importantes arenas que 
receberá os jogos da Copa do Mundo de 2014, o Estádio Beira Rio.
Este produto possui a mais moderna tecnologia em aços pré-pintados, proporcionando beleza, versatilidade, fácil 
manutenção e variedade de cores e formas para aplicações internas e externas.
 
A CSN oferece soluções em aço para construção civil e para a preparação do Brasil para a Copa do Mundo, 
tratam-se de soluções que proporcionam velocidade construtiva, flexibilidade e sustentabilidade para obras 
de infraestrutura, construção e revitalização de estádios.
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Aço CSN no Esporte
www.csnsteelcolors.com.br (11) 3049-7355
Boas-vindas
PARA RECEBER OS MILHARES DE TURISTAS e todas as equipes dos 
diversos países que disputam a Copa do Mundo de 2010, o governo 
da África do Sul investiu R$ 5,2 bilhões na revitalização de seus 
dois maiores aeroportos, Johannesburgo e Cidade do Cabo, e outros 
R$ 7,9 bilhões na construção do novo aeroporto de Durban.
Só no aeroporto de Johannesburgo, o O. R. Tambo International 
Airport, principal porta de entrada para a Copa, foram investidos 
R$ 3,5 bilhões na sua ampliação. 
A maior inovação no terminal de passageiros do O. R. Tambo está 
noprojeto de arquitetura, que inclui o uso de um átrio para combi-
nar os quatro diferentes pisos, conectados por rampas, elevadores e 
escadas. A presença mais forte do aço está principalmente na área 
de embarque, marcada por colunas de aço. A fachada sul é em aço e 
painéis de vidro. Passarelas em steel deck oferecem acesso ao termi-
nal. Já a fachada oeste é protegida por um teto abobadado.
Com a ampliação, o O. R. Tambo International Airport passou a 
ocupar uma área de 17.730 m2, tendo sua capacidade aumentada de 
dois para 10 milhões de passageiros por ano. Seu terminal passou 
a oferecer uma ampla variedade de restaurantes e lojas, um shop-
ping para passageiros internacionais, um centro de conferências e 
suporte para negócios, tecnologia wireless e um centro médico.
Além disso, o novo terminal de passageiros recebeu, em 2008, um 
prêmio do Instituto do Aço da África do Sul, na categoria Projeto.
POR QUASE SEIS ANOS, O GOVERNO SUL-AFRICANO 
INVESTIU EM MELHORIAS NO SEU SISTEMA AEROPORTUÁRIO. 
NOS AEROPORTOS DAS CIDADES DE JOHANNESBURGO E 
CIDADE DO CABO FORAM CONSTRUÍDOS NOVOS TERMINAIS 
DE PASSAGEIROS E DURBAN GANHOU UM AEROPORTO 
TOTALMENTE NOVO, TUDO PARA DAR A MELHOR RECEPÇÃO 
POSSÍVEL AOS TURISTAS DURANTE A COPA DO MUNDO 2010
No aeroporto de Johannesburgo, o átrio integra visualmente os diversos setores 
do terminal de passageiros, interligados por rampas, elevadores e escadas, rece-
bendo os turistas com conforto e modernidade. De cima para baixo: vista exterior 
da cobertura do átrio do aeroporto; o aço está presente nas fachadas e cobertura 
do estacionamento; passarelas metálicas do aeroporto e o aço inox reveste as 
colunas e é utilizado nos guarda-corpos
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O consórcio de escritórios de arquitetura,, que inclui a Bentel 
Associates International (BAI), Osmond Lange & Partners, Syakha 
Architects e Shabangu Architects, assumiu o desafio da fase 1 e 2 da 
ampliação, que continuaria com o tráfego na pista existente duran-
te as obras. A solução foi usar estruturas em aço e bases de concreto, 
reduzindo o impacto nos serviços.
De acordo com a equipe da BAI, a premiação do Instituto veio 
reforçar o reconhecimento da excelência no uso da estrutura em 
aço. “Os materiais e o partido arquitetônico foram cuidadosamente 
escolhidos seguindo requisitos de construtibilidade, segurança, pla-
nejamento e logística, resultando em uma obra de alta qualidade.”
Aço e transparência
O plano e o diagrama da ampliação do terminal de passageiros do 
Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo precisavam ser extrema-
mente robustos e flexíveis para atender ao programa estabelecido 
pelo cliente e ao mesmo tempo antecipar necessidades de futuras 
ampliações. O desafio foi assumido pelo arquiteto Jed Kritzinger, 
CEO do Kritzinger and Partners, escritório responsável pelo projeto 
do novo terminal de passageiros do aeroporto da Cidade do Cabo. 
“Nosso desejo era construir um termi-
nal que fosse um marco na cidade, com 
uma imagem forte e uma identidade 
que remetesse ao ato de voar. Para isso, 
desenhamos um telhado longo e curvo 
em todo o hall de check-in, o coração 
do aeroporto, que recebeu a forma de 
asa de avião." O resultado é um espaço 
em que o passageiro se ambienta e se 
movimenta com facilidade. O terminal 
é dividido em setores, hall de entrada, 
térreo e quatro andares. “O passagei-
ro tem uma ampla visão da área de 
check-in, da área de segurança, das pis-
tas e da praça de alimentação, no piso 
superior. Essa facilidade visual lhe dá a 
sensação de conforto e segurança. Esta 
transparência do partido arquitetôni-
co ainda oferece ao passageiro uma 
visão de 360° do entorno do aeroporto, 
À direita, hall principal de check-in do terminal de passageiros do aeroporto da Cidade do Cabo: viga mestra em aço, apoiada em três 
colunas também de aço, proporciona um grande vão, além de suportar o teto em aço. No destaque abaixo, coluna em aço suporta as 
estruturas do telhado, de 22.420 m2, que receberam 1.360 t de aço
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permitindo visualizar as belezas naturais da região, como a Table 
Mountain”, destaca Kritzinger.
Segundo o arquiteto, o aço foi o material escolhido para solu-
cionar os desafios estruturais e acelerar a construção, com base em 
um programa rigoroso, iniciado em junho de 2005 e finalizado em 
setembro de 2009. O hall principal do check-in tem 7.300 m2 e foi 
construído com uma viga mestra suportada por três colunas, todas 
em aço, e com um grande vão entre elas.
As colunas e as estruturas horizontais em aço foram usadas 
como suporte para o envelope do terminal, suportando também 
a fachada em vidro. Portais estruturados em aço e revestidos em 
pedra compõem as entradas de embarque, no segundo piso, e de 
desembarque, no térreo.
A cobertura do Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo tem 
22.420 m2. Sua estrutura em aço pesa 1.360 toneladas. O forro do 
terminal também merece ser destacado. No total, 3.000 toneladas 
de aço foram utilizadas na ampliação 
do terminal de passageiros. 
Um novo aeroporto para Durban
King Shaka International Airport, o 
novo aeroporto de Durban, entrou em 
funcionamento em 1° de maio de 2010, 
a poucos dias do início da Copa. 
Três vezes maior que o Durban 
International Airport, tem capacida-
de para receber as maiores aeronaves 
da atualidade, como o airbus A380, 
e recepcionar 7,5 milhões de pas-
sageiros por ano. O novo aeroporto 
está situado a 35 km ao norte do cen-
tro de Durban e a 55 km distante do 
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antigo aeroporto, que foi desativado 
para voos internacionais.
O King Shaka International Airport 
faz parte do Dube TradePort, estrutu-
rado pelo governo para dar suporte 
de infraestrutura no desenvolvimen-
to econômico e turístico da região de 
Durban. É composto por área aeropor-
tuária, Zona de Comércio e Cyberport.
O terminal de passageiros tem 
uma área de 103 mil m2, uma pista 
de taxiamento de 400 mil m2 e um 
estacionamento para 6.500 carros. No 
total, foram utilizadas 4.900 toneladas 
de aço – metade do que foi usado na 
construção da Torre Eiffel.
O terminal de cargas tem 15.500 m2,
com instalações de processamento 
de carga totalmente automatizadas 
para cerca de 100 mil toneladas por 
ano na primeira fase de desenvolvi-
mento. Uma área de serviços com 
12 hectares ao sul do terminal de pas-
sageiros também foi incluída no pro-
jeto do King Shaka. Ela se destina a 
abrigar centros de conferências, hotéis 
e parques industriais para atender à 
Zona de Comércio.
Tecnologia de ponta e critérios de 
eficiência energética foram utilizados 
para transformar o novo aeroporto 
de Durban em um dos mais moder-
nos do mundo. Com projeto do escri-
tório Osmond Lange Architects and 
Planners, o King Shaka segue o padrão 
internacional de Aeroshopping, e conta 
com 55 lojas. As áreas de chegada e 
partida são separadas das áreas de 
descanso, de forma a melhor entreter 
os passageiros enquanto esperam por 
seus voos. (D.P.) M
À esquerda, entrada para o hall do King Shaka 
International Airport, inaugurado em 1º de maio 
de 2010. Acima, destaque para a coluna em aço 
que suporta a cobertura e, abaixo, vista aérea do 
aeroporto, que faz parte de um grande projeto de 
revitalização econômica de Durban
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o LOCALIZADO EM JOHANNESBURGO, 
O SOCCER CITY É UMA DAS MAIS 
AVANÇADAS E IMPRESSIONANTES 
ARENAS ESPORTIVAS DA ÁFRICA 
DO SUL. A TECNOLOGIA DE PONTA, 
ENCONTRADA DESDE A FACHADA 
ATÉ O GRAMADO, FAZ USO DE 
ELEMENTOS REGIONAIS PARA CRIAR 
A IDENTIDADE VISUAL ÚNICA DO 
ESTÁDIO. OS ARQUITETOS SUL-
-AFRICANOS PIET BOER E BOB VAN 
BEBBER SÃO OS RESPONSÁVEIS 
PORESSE OUSADO PROJETO. AOS 
33 ANOS, BOER É DIRETOR DO 
BOOGERTMAN URBAN EDGE AND 
PARTNERS, ESCRITÓRIO QUE TEM 
EM SEU PORTFÓLIO, ENTRE OUTRAS 
OBRAS, A TORRE DOHA, NO CATAR, 
E O CENTRO COMERCIAL MELROSE 
ARCH – PREMIADO EM 2009 PELO 
INSTITUTO SUL-AFRICANO DA 
CONSTRUÇÃO EM AÇO (LEIA SOBRE 
O PROJETO NA PÁGINA 26)
NA ENTREVISTA A SEGUIR, Boer fala 
sobre as possibilidades construtivas 
viabilizadas pelo aço e sobre a influên-
cia que os elementos históricos e sociais 
da África do Sul tiveram na concepção 
do Soccer City. 
AA – Quais os maiores desafios que 
tiveram de ser superados na constru-
ção do Soccer City? Qual a importância 
do aço para que o projeto pudesse ser 
finalizado no curto prazo estipulado?
PB – Um dos aspectos mais importan-
tes do processo construtivo na África do 
Sul era o curto espaço de tempo de que 
dispúnhamos para trabalhar. Isto sig-
nifica que tivemos de desenhar todos 
os aspectos do estádio enquanto ainda 
O arquiteto sul-africano Piet 
Boer, autor dos projetos do píer 
do Aeroporto Internacional de 
Johannesburgo e do centro 
comercial Melrose Arch, na 
mesma cidade. “O Soccer City 
é, de longe, o nosso maior e 
mais ambicioso projeto”, diz
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No topo da página, a estrutura original foi pintada de cinza para diferenciá-la das 
novas estruturas. Acima, na entrada do estádio, um pórtico em aço dá a volta no 
estádio, onde temos os portões de entrada 
Usar o aço é construir com 
extrema efi ciência, o que 
possibilita o desempenho 
necessário em termos 
de design e construção
“
“ 
o estávamos construindo. Isso implica-
va em tomar todas as decisões certas 
logo no início e amarrá-las ao design e 
conceitos gerais à medida que o projeto 
progredia. O uso do aço foi decisivo para 
a realização do conceito de argila afri-
cana. Ele era o único material que nos 
oferecia o desempenho exigido para 
vencer os vãos necessários e flexibili-
dade suficiente para dar a forma final 
do estádio. Nós tivemos ajuda extensi-
va na resolução do design por parte dos 
engenheiros da PD Naidoo & Associates 
(PDNA) e da Schlaich Bergermann und 
Partner (SBP), que eram parte integral 
do time de design do estádio.
AA – O senhor queria que o Soccer City 
tivesse também uma iluminação de 
dentro para fora, como uma grande 
luminária. Para isso, lâmpadas foram 
instaladas em sua estrutura, “perfura-
da” com esquadrias e chapas de aço. 
Qual será o efeito visual que isso terá 
para a cidade a partir da inauguração 
do estádio? 
PB – Uma das características mais facil-
mente reconhecíveis da calabash (téc-
nica tradicional de cerâmica do país) 
é a ideia de que ela cria um padrão. 
Este padrão pode identificar culturas, 
contar histórias ou apenas estabelecer 
o contexto específico no qual a argi-
la foi feita. Nós fazemos referência a 
essa ideia primeiramente ao intro-
duzir uma gradação de cores sobre a 
fachada, gradação essa que se torna o 
padrão principal durante o dia. À noite, 
entretanto, isso se inverte, e as aber-
turas na fachada tornam-se o padrão, 
com as luzes internas acesas. Para 
conseguir o efeito aparentemente
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22 &ARQUITETURA AÇO
aleatório das aberturas na fachada, nós tivemos de desen-
volver uma estrutura de apoio que nos desse flexibilidade
para ajustar essa padronização em todas as direções. Isso 
foi possível graças a uma grade de sustentação em aço, pré-
-fabricada e montada no local antes da instalação no estádio.
AA – O Soccer City é inspirado na calabash. Outro importante estádio 
no país, o Mbombela, em Nelspruit, usa motivos também tipicamen-
te africanos – as estruturas em forma de girafa. Num momento em 
que as arenas esportivas no mundo estão ficando cada vez mais tec-
nológicas e sofisticadas, o senhor acredita que a arquitetura tem um 
papel a desempenhar na expressão das características tradicionais 
de um país ou uma região?
PB – O conceito inicial do Soccer City, a argila africana, foi escolhido 
como elemento unificador em toda a África, um artigo reconhecível 
a todas as culturas no continente. O design do estádio é essen-
cialmente uma referência a isso. O ideal é que o estádio aja como 
elemento de união para as pessoas na África do Sul e estabeleça um 
ícone com o qual todos possam se relacionar e aceitar como perten-
cente a eles próprios.
AA – O aço pode ser um aliado importante para arquitetos preocupa-
dos com a construção de arenas esportivas sustentáveis?
PB – Sem dúvida. De início, o aço é completamente reciclável, o que 
permite que o impacto da estrutura sobre o ambiente seja reduzido 
substancialmente. Ele também dá aos arquitetos a liberdade de 
desenhar vãos gigantescos e contornos de formas variáveis com 
as estruturas de apoio e o revestimento da edificação. Trata-se de 
construir com extrema eficiência, o que possibilita o desempenho 
necessário em termos de design e construção.
AA – Além das partidas decisivas que recebeu, o Soccer City está 
profundamente ligado à história da África do Sul. Foi lá, por exem-
plo, que aconteceu o primeiro discurso de Nelson Mandela após sua 
libertação, em 1990. O senhor tentou de alguma forma preservar essa 
característica histórica na reformulação do estádio?
PB – O estádio tem uma memória rica e 
colorida. Como você disse, ele foi palco 
de inúmeras partidas épicas e de even-
tos determinantes para a história de 
nosso país. Foi uma honra para nós tra-
balhar num local tão importante, que 
é parte inextrincável de nossa histó-
ria. Nós celebramos o estádio original 
criando um código de cores para todos 
os elementos remanescentes que inte-
gram o novo estádio. A estrutura pré-
via a oeste foi pintada de cinza para 
diferenciá-la das novas estruturas e 
para mostrar a dimensão do que ficou 
para trás. Nós também incorporamos 
a memória de Johannesburgo no uso 
de cores na fachada e na cobertura, 
como uma ligação com a rica história 
mineradora da cidade. Até o túnel dos 
jogadores é uma referência aos poços 
de minas e à memória das pessoas que 
construíram essa cidade. Ainda sobre 
o conceito da argila africana: em nossa 
cultura, a caneca de cerveja é passada 
de mão em mão em uma roda de pes-
soas, para que todos bebam do mesmo 
recipiente. É uma descortesia baixar 
a caneca até que ela esteja vazia e 
todas as pessoas tenham bebido dela. 
O Soccer City carrega a mesma analo-
gia. É a união de pessoas, um espaço 
onde povos e culturas podem se reunir 
e beber dos espetáculos e dos eventos 
futebolísticos e das realizações de uma 
nação. Ele é parte de nossa história e de 
nosso futuro. (F.A.) M
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24 &ARQUITETURA AÇO
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&ARQUITETURA AÇO 25 
OS TURISTAS QUE DESEMBARCAREM 
na África do Sul para assistir aos jogos 
da Copa do Mundo2010 se surpreende-
rão com a variedade de centros comer-
ciais construídos nos últimos anos. A 
variedade impressiona pela preocu-
pação estética e pela funcionalidade. 
De shopping centers tradicionais a 
centros comerciais de rua, com suas 
cores, sons e sabores, os sul-africanos 
investiram no que há de mais moder-
no nesta tipologia. E o aço, no país que 
está entre os maiores produtores do 
mundo, não poderia se ausentar.
A revista Arquitetura & Aço sele-
cionou três projetos que se destacam 
devido à qualidade estética no uso do 
aço, pelo partido arquitetônico e que 
privilegiam o bem-estar das pessoas.
O primeiro deles, o Melrose Arch, 
em Johannesburgo, é um excelente 
exemplo do desempenho que a estru-
tura tubular em aço tem, principal-
mente quando utilizada com criativi-
dade e inovação. O design da cobertura 
na nova Piazza Galleria é inspirado nas 
cúpulas geodésicas do teto da cabine 
dos bombardeiros ingleses Vickers 
Wellington, usados durante a Segunda Guerra Mundial. O projeto 
recebeu em 2009 o prêmio do Instituto do Aço da África do Sul – 
Southern African Institute of Steel Construction (SAISC) –, na cate-
goria Estrutura Tubular
O Melrose Arch retoma o conceito de shoppings “high street”, 
isto é, uma galeria com ruas cobertas, permitindo a entrada de 
luz natural, e compreende mais de 60.000 m2 formados por lojas 
e escritórios.
O telhado da Piazza Galleria, com cerca de 2.400 m2 e um vão de 
17 m, foi concebido como uma pele de vidro triangular, apoiada em 
uma grade quadrada com as diagonais em tubos de aço soldados. 
A geometria final permitiu a modulação dos painéis de vidro e aço, 
fundamental para que a equipe de arquitetos atendesse às rigoro-
sas restrições de tempo e custo.
O teto em geodésica do Melrose Arch, em Johannesburgo, revela a criatividade e 
beleza estética do uso do aço
O CONCEITO DE HOSPITALIDADE PASSA NECESSARIAMENTE 
PELOS CENTROS COMERCIAIS E SHOPPING CENTERS DE UMA 
CIDADE OU PAÍS. NA ÁFRICA DO SUL O AÇO É UM DOS ELEMENTOS 
CONSTRUTIVOS MAIS UTILIZADOS NESTA TIPOLOGIA
e funcionalidade
Estética
26 &ARQUITETURA AÇO
Inicialmente, pensou-se em uma cobertura de vidro. A esco-
lha foi considerada pelos proprietários como algo muito comum. 
Os arquitetos responsáveis, reunidos no consórcio Boogertman + 
Partners Architects (Pty), também autores do projeto do estádio 
Soccer City (ver matéria na página 20), decidiram então pela malha 
geodésica em estrutura tubular de aço e vidro. Apesar dos desafios 
estruturais implicados nesta cobertura, como o escoamento da 
água na cobertura de formato curvo, ela provou-se inovadora, fun-
cional e de forte composição estética.
Para reforçar a concepção visual da geodésica, um tubo de diâ-
metro uniforme foi utilizado em diferentes espessuras nos elemen-
tos estruturais de apoio. A equipe desenvolveu uma estrutura que 
permitiu a pré-fabricação dos grandes segmentos do telhado, com 
conexões soldadas no local e aparafusadas.
Shopping de classe mundial
Outro projeto premiado pelo Instituto do Aço da África do Sul 
impressiona por suas linhas modernas. É o Maponya Mall, o pri-
meiro complexo comercial de classe mundial de Soweto, o bairro-
-símbolo do apartheid de Johannesburgo.
O Maponya Mall foi um sonho do visionário Richard Maponya, 
empresário sul-africano que começou 
a carreira em uma loja de departamen-
tos no setor exclusivo para negros e um 
grande adversário do apartheid, que 
se tornou realidade em setembro de 
2007, após mais de duas décadas: criar 
o primeiro megashopping center para 
a população de Soweto.
Localizado na Old Potchestroom 
Road, principal rota para o subúrbio de 
Kliptown, o Maponya Mall possui uma 
estética arquitetônica diferenciada dos 
centros comerciais da África do Sul, e 
seus elementos estruturais e decorati-
vos incluem o uso intensivo do aço.
O arquiteto Luis Araujo, do escri-
tório Bentel Associates International 
(BAI), responsável pelo projeto do 
centro comercial, afirma que tanto os 
designers quanto os desenvolvedores 
do projeto não mediram esforços para 
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dar a este empreendimento um alto 
padrão de qualidade. "O briefing para o 
projeto exigia um compromisso com a 
criação de um senso de comunidade – 
o que foi conseguido pela grande praça 
com iluminação natural que domina o 
programa arquitetônico. A equipe de 
profissionais criou um espaço central 
luminoso e arejado, com claraboias, 
janelas e coberturas curvas."
Charme portuário do V&A 
Waterfront
Em 1652, um século e meio após a des-
coberta da Rota Marítima do Cabo, a 
Companhia Holandesa das Índias 
Orientais fundou uma estação de abas-
tecimento, que mais tarde viria ser a 
Cidade do Cabo. E é na Cidade do Cabo, 
situado entre a Robben Island e a Table 
Mountain, no coração do porto, que está 
localizado o charmoso centro comercial
Victoria & Alfred Waterfront, o destino 
turístico mais visitado da África do Sul, 
À esquerda e acima, detalhes do Maponya Mall em Soweto: símbolo do apartheid 
ganha um democrático shopping center, cujos detalhes em aço mereceram pre-
miação do Instituto do Aço da África do Sul. Abaixo, detalhe da ponte estaiada de 
Waterfront com a Tower Clock ao fundo
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28 &ARQUITETURA AÇO
recheado de atrações como pubs, restaurantes, lojas especializadas, 
mercado de artesanato, teatros e cinemas.
Nos últimos 140 anos, a arquitetura vitoriana industrial do porto 
passou por diversas mudanças, principalmente nas três últimas déca-
das, e continua sendo revitalizada até hoje. Dois ícones que remon-
tam à construção das docas são a Clock Tower e a Time Ball Tower.
Em estilo gótico vitoriano, a Clock Tower, concluída em 1882, 
tinha como função abrigar o escritório para o capitão do porto. 
Trata-se de um ícone das antigas docas e sua restauração termi-
nou no final de 1997. Já a Time Ball, criada pelo capitão Robert 
Wauchope e construída em 1984, é um tipo de farol que mostra o 
horário para os navios cronometrarem a entrada no porto.
O destaque no uso do aço no V&A Waterfront é a ponte móvel 
estaiada de 34 metros de extensão para pedestres que liga o pré-
dio Port Captain à Clock Tower e foi fabricada em quatro seções, 
transportadas separadamente para a montagem no local. De acor-
do com Henry Fagan, da Henry Fagan & Partners, escritório de 
engenharia civil e consultoria estrutural, o conceito principal era 
de que a ponte não deveria ser no estilo vitoriano, holandês ou 
pós-modernista. “Percebemos que o design deveria usar como prin-
cipais motivadores os princípios ambientais, e materiais e técni-
cas construtivas modernas para dar forma à criação. Por sorte, o 
cliente nos apoiou para que fizéssemos uma ponte despretensiosa, 
O estilo vitoriano do V&A Waterfront, na Cidade 
do Cabo, atrai visitantes do mundo. A ponte de 
pedestres em aço se insere na paisagem sem 
ferir a estética arquitetônica do centro comercial
moderna e com estrutura funcional”, 
observa Henry Fagan.
O elemento construtivo que mais 
se adequou aos requisitos descritos 
por Fagan foi o aço. “Apenas uma estru-
tura em aço poderia ser tão econômi-
ca, permitir a execução em um espaço 
de tempo tão curto – foram apenas 15 
meses – e ainda ser estruturalmente 
tão efetiva, delicada e com apelo esté-
tico. Ela é um excelente exemplo da 
versatilidade do aço”, completa.
Por estar localizada à beira-mar, 
em uma atmosfera muito agressiva, a 
estrutura metálica da ponte recebeu 
proteção de duas camadas de primer 
à base de zinco, uma camada interme-
diária de tinta epoxy e duas demãos 
finais de poliuretano. A cor branca da 
estrutura permite à ponte se “mistu-
rar” ao ambiente náutico e receber os 
turistas sem tiraro encanto vitoriano 
do V&A Waterfront. (D.P.) M
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GALVANIZAÇÃO A FOGO!
30 &ARQUITETURA AÇO
RESPONSÁVEL PELO PROJETO DO ESTÁDIO GREEN POINT, NA CIDADE DO CABO, 
O ARQUITETO ROBERT HORMES, DO ESCRITÓRIO VON GERKAN, MARG UND 
PARTNER ARCHITEKTEN (GMP), TEM À FRENTE UMA MISSÃO NÃO MENOS OUSADA: 
A REFORMA DOS ESTÁDIOS MANÉ GARRINCHA, EM BRASÍLIA, MINEIRÃO, EM BELO 
HORIZONTE, E MORUMBI, O ENDEREÇO EM SÃO PAULO DA COPA DE 2014
NESTA ENTREVISTA, Hormes fala sobre o novo conceito de está-
dios, a importância do aço para viabilizar as demandas das arenas 
esportivas e os preparativos para a Copa do Mundo que será sedia-
da pelo Brasil. 
AA – A FIFA tem expressado preocupação quanto à capacidade do 
Brasil de entregar os estádios a tempo para a Copa de 2014. Você com-
partilha desse receio? 
RH – A Copa de 2014 será a minha terceira Copa do Mundo, e o cená-
rio aqui não é muito diferente da África do Sul ou da Alemanha. 
A preparação para uma Copa nunca é tranquila e nunca deve ser 
subestimada. Começar o processo e mantê-lo em ordem é metade 
do caminho, e eu entendo perfeitamente a posição da FIFA em fazer 
essa advertência no estágio inicial. 
Ninguém acreditava que a África do Sul fosse capaz de entre-
gar estádios tão fantásticos. Foi necessário um imenso esforço 
conjunto para provar o contrário. Quando todos os brasileiros se 
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empenharem nos preparativos para a 
Copa, tenho certeza de que serão bem-
-sucedidos. O entusiasmo pelo esporte 
certamente vai ajudar. 
 
AA – Como o aço pode ajudar o Brasil a 
cumprir as exigências de um país-sede 
da Copa do Mundo? 
RH – O tempo é essencial em cada pre-
paração para a Copa do Mundo, e o aço é 
um material fantástico para estruturas 
muito eficientes. Elas podem ser pré-fa-
bricadas sob condições ideais num prazo 
curto de montagem. A construção dos 
estádios da Copa do Mundo no Brasil 
não acontecerá, e certamente não será 
possível, sem o uso de estruturas de aço.
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&ARQUITETURA AÇO 31 
AA – Um dos traços mais visíveis dos 
recém-construídos estádios da África 
do Sul é a preocupação com o uso que 
eles terão após a Copa. Você acredita 
que essa é uma tendência mundial? O 
aço é um material importante quando 
se trata de construir arenas esportivas 
que sejam duradouras e versáteis? 
RH – Os estádios de hoje são frequente-
mente chamados de catedrais do sécu-
lo 21. Isso significa que eles são mais 
do que lugares para eventos esporti-
vos. Estádios são hoje polos sociais e 
não têm apenas de suprir, de várias 
formas, as necessidades específicas de 
uma comunidade. Além disso, eles têm 
de expressar a identidade, o espírito 
da comunidade. 
Enquanto as catedrais levaram dé-
cadas para serem construídas, a partir 
de pedras, os estádios modernos são as 
catedrais de uma sociedade altamente 
tecnológica e computadorizada, cons-
truídos muito mais rapidamente. 
O projeto, nesse ambiente, permite 
que novos caminhos sejam trilhados, 
mas também requer novos materiais para que ele se torne reali-
dade. O aço é um material de muita força e de enorme potencial, 
especialmente quando usado como um elemento estrutural sob 
tensão. Ele pode ser usado com grande precisão e manufaturado 
e montado por meio de diversos processos automatizados. Novas 
técnicas, usadas às vezes em ramos como a indústria automotiva, 
acabam por ajudar no desenvolvimento de novas formas e constru-
ções que não eram imagináveis antes. 
O ritmo de quatro anos de eventos como a Copa do Mundo ou os 
Jogos Olímpicos requer um período muito curto de projeto, planeja-
mento e construção para construções enormes – as quais precisam 
ser, também, únicas. Grandes estruturas de aço podem ser manufa-
turadas em partes e montadas in loco, com grande agilidade. A pro-
dução pode ser feita em um processo industrial controlado, longe 
das intempéries, com mecânica altamente especializada e precisão 
no processo. O modelamento tridimensional possibilita uma rápida 
transição de um projeto complexo para o processo de fabricação.
AA – Estádios como o Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth, pare-
cem usar as condições climáticas adversas (no caso, os ventos fortes 
da região) em seu próprio benefício, criando estruturas visualmente 
dinâmicas. Até que ponto as condições climáticas determinam o 
aspecto visual dos estádios? 
RH – Em nossa filosofia de projeto, arquitetura é diálogo: diálogo 
com o cliente, com a comunidade, com os investidores, com o tecido 
urbano e a paisagem urbana, com a história e o futuro de um lugar. 
E, claro, diálogo com o clima. Nós tentamos trazer à tona todos os 
fatores conjuntamente, analisá-los e encontrar uma solução com-
pleta e única para aquele contexto. 
Nessa abordagem, um estádio construído na tropical Durban e 
outro sob os ventos de Port Elizabeth não podem ter a mesma apa-
rência. O clima é certamente um dos parâmetros mais caracterís-
ticos de uma localidade, e um projeto adaptado a essas condições 
certamente aumenta a unidade entre edificação e contexto. Isso 
não significa que o resultado é necessariamente dinâmico e sim 
único e apropriado.
AA – Anéis de compressão foram usados nas coberturas dos está-
dios Green Point e Moses Mabhida, e o aço foi usado abundante-
mente em outros estádios da África do Sul. Como esse material está 
transformando o conceito arquitetônico de arenas esportivas ao 
redor do mundo? 
O aço não transforma 
o projeto; um projeto 
inteligente escolhe 
o material certo 
para sua aplicação 
certa. No caso dos 
estádios da Copa do 
Mundo, o aço foi de 
fato o material mais 
adequado
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32 &ARQUITETURA AÇO
RH – É obrigação do arquiteto criar projetos de forma inteligente 
para que recursos sejam poupados e os materiais sejam utilizados 
de forma mais eficiente possível. Cidade do Cabo e Durban, com 
capacidade para aproximadamente 70 mil espectadores, têm arqui-
bancadas de até 70 m de profundidade. Uma estrutura em balanço 
da cobertura, que deve estar sobre as arquibancadas, torna-se 
menos eficiente à medida que seu vão aumenta. A equipe da GMP, 
juntamente com os nossos parceiros da Schlaich, Bergermann und 
Partners-SBP (Stuttgart, Alemanha), buscou soluções que fizessem 
uso do aço da forma mais inteligente possível, criando uma estru-
tura leve. O número de elementos sob compressão foi limitado ao 
máximo, e tanto na Cidade do Cabo como em Durban esses ele-
mentos se agregam em um grande anel de compressão. 
Lógica e funcionalidade são muito importantes para a nossa filo-
sofia de projeto. Nós tentamos não lutar contra as leis da física ou os 
requisitos estruturais, mas antes usar essas premissas para encon-
trar novas formas. Estrutura e arquitetura fundem-se, e uma não 
pode existir sem a outra. O aço não transforma o projeto; um projeto 
O tempo é essencial em cada 
preparação para a Copa do Mundo, 
e o aço é um material fantástico 
para estruturas muito efi cientes. A 
construção dos estádios da Copa do 
Mundo no Brasil não será possível 
sem o uso de estruturas em aço 
“
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inteligente escolhe o material certo 
para a sua aplicação certa. No caso dos 
estádios da Copa do Mundo, o aço foi de 
fato o material mais adequado. 
AA – O projeto do Green Point preten-
de melhorar não apenas o seu entorno, 
mas a cidade de Cidade do cabo como 
um todo. Quais responsabilidades 
sociais devem permear a concepção e a 
construção de um estádio? 
RH – Apenas pelo seu tamanho, a cons-
trução de um estádio já afeta um gran-
de número de pessoas. Enormes quan-
tias de dinheiro público são investidas 
em projetos de estádios, motivo sufi-
ciente para provocar uma discussão 
intensa sobre seus projetos e benefíciospara toda a comunidade. A maior moti-
vação para sediar um evento como a 
Copa do Mundo é a publicidade gerada 
para uma cidade. O evento deve ter o 
caráter específico da cidade-sede, fun-
cionar adequadamente e servir como 
vitrine para a sua promoção. Isso torna 
o projeto especialmente difícil, já que 
todos os aspectos da comunidade que 
recebe o evento têm de ser contempla-
dos e, tanto quanto possível, refletidos 
no projeto. 
Temas atuais, como o uso racional 
de recursos, sustentabilidade ou efi-
ciência energética precisam ser consi-
derados juntamente com o desejo de 
um marco com alguma expressão sim-
bólica. A pressão sobre os arquitetos é 
imensa, e ele é monitorado pelo públi-
co durante todo o processo. (F.A.) M
O cercamento do estádio Green Point, na Cidade 
do Cabo, foi feito em tela de aço galvanizado. 
Depois da Copa, uma das arquibancadas do 
anel em aço deve ser substituída por camaro-
tes de partidas de rúgbi
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PAG 33 CISER.indd 1 5/19/10 12:24 AM
34 &ARQUITETURA AÇO
AS VIGAS CASTELADAS (com aberturas em hexágonos) e celulares 
(com aberturas circulares), resultantes do desdobramento de perfis 
tipo I, têm como principal característica o aumento da resistência 
por meio do aumento da altura da viga original, sem alteração de 
seu peso. Essas vigas, utilizadas em pisos ou coberturas, permitem 
vencer grandes vãos com grande economia.
Abaixo, o passo a passo do processo de produção desde o perfil 
original até a viga castelada ou celular montada.
Vigas casteladas e celulares 
 para vencer grandes vãos
Corte do perfil em ziguezague sem nenhuma perda de material Corte do perfil em círculos com uma pequena perda de material
Separação das partes
Deslocamento alinhando as partes que serão soldadas
Junção e solda de composição da viga celular 
e acerto das extremidades
Separação das partes
Deslocamento alinhando as partes que serão soldadas
Junção e solda de composição da viga castelada 
e acerto das extremidades
Por Fernando Ottoboni Pinho
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Vigas casteladas – aberturas em hexágonos Vigas celulares – aberturas em círculos
FABRICAÇÃO DAS VIGAS CASTELADAS E CELULARES
&ARQUITETURA AÇO 35 
Engenheiro Fernando Pinho, 
consultor do CBCA
VANTAGENS E DESVANTAGENS 
As vantagens das vigas casteladas e celulares são quase sempre 
maiores do que as desvantagens, dentre as quais estão:
Vigas mais resistentes e menos 
sensíveis a deformações
As vigas casteladas e celulares formam vigas com uma altura até 
50% maior do que o perfil original. Uma viga mais alta significa um 
maior momento de inércia, podendo receber cargas maiores e/ou 
atingir maiores vãos livres, sem aumentar o peso da viga.
Vigas mais leves, reduzindo 
o peso médio das estruturas
As vigas casteladas são sempre mais leves do que um perfil de alma 
cheia de mesma resistência, mas não se pode esquecer que existem 
os custos de corte e solda de composição, o que exigirá um tempo 
adicional de produção.
Maiores vãos livres, reduzindo 
o número pilares e fundações
Outro aspecto para ser levado em consideração é que vãos maiores 
significam menos pilares e menos pontos de fundação.
Redução do espaço estrutural 
pela passagem de dutos nas aberturas
As vigas casteladas e celulares, embora mais altas do que as vigas 
laminadas originais, possuem aberturas generosas na alma, que 
permitem a passagem da maior parte dos dutos de ar-condicio-
nado e tubulações, diferentemente das vigas de alma cheia, onde 
esses dutos e tubulações têm de passar abaixo das vigas.
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
As principais aplicações para as vigas 
casteladas são situações com vãos 
grandes e cargas baixas, e ainda quan-
do as aberturas são importantes para 
a passagem de dutos ou como partido 
estético para a obra. M
Vigas de coberturas e pisos para 
vencimento de grandes vãos
Vigas de piso de edifícios 
garagem e concessionárias
36 &ARQUITETURA AÇO
expediente
NÚMEROS ANTE RIO RES:
Os núme ros ante rio res da revista 
Arquitetura & Aço estão dis po ní veis para 
down load na área de biblio te ca do site: 
www.cbca-iabr.org.br
PRÓXIMAS EDIÇÕES:
Habitação de Interesse Social – setembro de 2010
Obras Metroviárias – dezembro de 2010
MATERIAL PARA PUBLI CA ÇÃO:
Contribuições para as próximas edições 
podem ser enviadas para o CBCA e serão ava-
liadas pelo Conselho Editorial de Arquitetura 
& Aço. Entretanto, não nos comprometemos 
com a sua publicação. O material enviado 
deverá ser acompanhado de uma autorização 
para a sua publicação nesta revista ou no site 
do CBCA, em versão eletrônica. Todo o mate-
rial recebido será arquivado e não será devol-
vido. Caso seja possível publicá-lo, o autor 
será comunicado.
É necessário o envio das seguintes informa-
ções em mídia digital: desenhos técnicos do 
projeto, fotos da obra, dados do projeto (local, 
cliente, data do projeto e da construção, autor 
do projeto, projetista estrutural e construtor) 
e dados do arquiteto (endereço, telefone de 
contato e e-mail).
Revista Arquitetura & Aço 
Uma publi ca ção tri mes tral da Roma Editora 
para o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço)
CBCA: Av. Rio Branco, 181 – 28º andar
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Ana Weiss
Redação
Ana Weiss, Deborah Peleias e Fabrício Andrade 
Revisão
Deborah Peleias
Editoração
Cibele Cipola e Luciane Stocco (edição de arte), 
Mariana Zanarelli e Rafael Carrochi (estagiários)
Pré-impres são e Impres são
www.graficamundo.com.br
Endereço para envio de material:
Revista Arquitetura & Aço – CBCA
Av. Rio Branco, 181 – 28º andar
20040-007 – Rio de Janeiro/RJ
cbca@quadried.com.br
É per mi ti da a repro du ção total dos tex tos, desde que men cio na da a fonte.
É proi bi da a repro du ção das fotos e dese nhos, exce to median te auto ri za-
ção ex pres sa do autor.
ADENDO DA EDIÇÃO N° 21: a fabricação e montagem da estrutura metálica 
da cobertura elíptica do conector do aeroporto Santos-Dumont foi da 
Construmet Engenharia e Construções Metálicas Ltda., com responsabilidade 
técnica do engenheiro Wilson Ramos da Silva Filho. Construmet: Avenida 
Jorge João Saad, n° 1.120, São Paulo. Contatos: (11) 3842-5622 / 3846-1339; 
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