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FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA 
MULHER – Aula 7 
Renata Campos Velasque 
2 
OS DISTÚRBIOS MENSTRUAIS 
 
 O sangramento uterino anormal, ou excessivo, é uma de suas 
formas, que pode ocorrer por aumento da quantidade, frequência ou 
duração do ciclo menstrual. São várias as causas que podem levar 
ao sangramento uterino anormal, e essas devem ser diagnosticadas 
para a realização de um tratamento eficaz." 
 
 
3 
As irregularidades nos ciclos menstruais como a ausência de 
menstruação ou o sangramento uterino excessivo e fora de época são 
os distúrbios que mais afetam as mulheres na fase reprodutiva. O 
desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênios e de 
progesterona, especialmente deste último, está em geral por trás 
dessas irregularidades nos ciclos, embora elas possam ser 
consequência, em alguns casos, de problemas psíquicos ou do 
estresse físico. O excesso de exercícios, por exemplo, leva geralmente 
à suspensão das menstruações. 
4 
O excesso de exercícios, por exemplo, leva geralmente à suspensão 
das menstruações. A ausência de menstruação por um ou mais ciclos 
menstruais sem a ocorrência de gravidez, também chamada de 
amenorreia, pode ser primária ou secundária e tem origens diversas 
como se veremos a seguir. O sangramento uterino excessivo, o 
segundo tipo mais comum de distúrbio menstrual, ocorre na maioria 
dos casos como resultado da anovulação (falta de ovulação) ou em 
função do desenvolvimento de pólipos e miomas. 
 
5 
Padrões normais de sangramento 
 Os padrões normais do ciclo menstrual quanto à quantidade, duração e 
frequência são: 
 Quantidade: perda sanguínea em torno de 40 ml (25 a 70 ml). 
 Duração do fluxo: 2 a 7 dias. 
 Frequência dos fluxos: entre 21 a 35 dias. 
6 
AMENORRÉIA PRIMÁRIA 
 
 
• É também considerada como atraso da menarca, que é a primeira 
menstruação. Ela é diagnostica em meninas magras demais ou que 
praticam esporte em excesso e chegam aos 16 anos sem menstruar por 
falta de gordura no corpo. Alguma gordura corporal é importante para 
ativar o processo de produção hormonal necessário ao estabelecimento 
do ciclo reprodutivo. 
 
 
7 
AMENORRÉIA SECUNDÁRIA 
 
• Ocorre entre mulheres que já menstruam normalmente mas têm o ciclo 
interrompido por três meses ou mais. O distúrbio afeta de 2% a 5% da 
população feminina em idade reprodutiva, em particular as que 
apresentam baixo peso e praticam atividade física de modo intenso. As 
bailarinas e as ginastas estão mais sujeitas ao problema do que as 
praticantes de outros esportes. 
. 
 
8 
AMENORRÉIA SECUNDÁRIA 
 
• . Entre outras causas da amenorreia secundária podem estar a menopausa 
prematura (antes dos 40 anos), o uso prolongado de contraceptivo à base 
de progesterona como o depoprovera, o estresse emocional, a perda de 
peso repentina, a obesidade, distúrbios endócrinos como o 
hipertireodismo ou doença crônica como fibrose cística, além da 
existência de tumores ovarianos. 
. 
 
9 
• SINTOMAS 
 
• A ausência da menstruação já é um sintoma, mas pode ocorrer associada 
a outras manifestações como acne, crescimento de pelos no rosto e no 
corpo, ressecamento da pele, perda de cabelo e sensibilidade maior a 
baixas temperaturas. 
. 
 
10 
• DIAGNÓSTICO 
 
• Diagnosticar a origem da amenorreia secundária não é uma tarefa 
simples, uma vez que o distúrbio pode ter várias causas. Os médicos 
costumam pedir exames de sangue para verificar o nível dos hormônios 
envolvidos no ciclo reprodutivo e verificar se a origem do problema está 
nos ovários ou no hipotálamo, onde começa o processo de produção 
hormonal. 
 
11 
• DIAGNÓSTICO 
 
• Dosagem dos hormônios tireoideanos e da produção das glândulas 
adrenais podem ser necessários para verificar se os níveis estão normais. 
Além destes exames preliminares, seu médico ainda pode solicitar o 
ultrassom pélvico para observar possíveis anormalidades nos órgãos 
reprodutivos, especialmente no útero e ovários. 
 
12 
TRATAMENTO 
• Nos casos de amenorreia primária o tratamento pode simplesmente 
incluir um programa de exercícios e alimentação que permita o ganho de 
peso adequado ao desenvolvimento e maturação dos órgãos reprodutivos. 
Na amenorreia secundária, a terapia mais indicada irá depender do 
diagnóstico. Pode envolver dieta para perda de peso, psicoterapia, no caso 
de estresse emocional ou o uso de suplemento hormonal para equilibrar o 
ciclo reprodutivo. Se a causa do distúrbio for a presença de cistos ou 
tumores no ovário, útero ou na hipófise o tratamento pode exigir cirurgia. 
13 
• SANGRAMENTO UTERINO IRREGULAR 
 
• Inclui desde fluxos intensos ou ralos à escapes ou sangramentos fora do 
ciclo menstrual. Entre as causas possíveis do sangramento uterino 
irregular se destacam: distúrbios hormonais, excesso de exercícios ou de 
peso, presença de miomas, estresse emocional, menarca recente ou 
aproximação da menopausa. A falha na ovulação (ou anovulação) está por 
trás da maioria dos sangramentos irregulares. 
 
14 
• SINTOMAS 
 
• Sangramentos imprevisíveis com características via de regra desiguais 
entre si quanto a duração, quantidade do fluxo, distância de tempo de um 
para outro. 
 
15 
DIAGNÓSTICO 
 
• Investigação médica do histórico de doenças familiares e exames 
laboratoriais permitem identificar as causas do sangramento irregular. 
Entre os exames laboratoriais são obrigatórios o de dosagem dos 
hormônios sexuais, o exame da tireoide e o ultrassom pélvico para 
observação de eventual anormalidade nos órgãos reprodutivos. A 
dosagem de ferro no sangue também pode ser necessária para finalização 
do diagnóstico. 
 
16 
TRATAMENTO 
 
Se a causa for alguma doença, o seu tratamento acaba com o 
sangramento irregular. Se a origem do distúrbio for hormonal será 
necessário usar suplementos sob a forma de contraceptivos para resolver 
o problema. Em geral são recomendadas neste caso as pílulas 
anticoncepcionais de progesterona. Além da terapia hormonal também é 
comum o uso da curetagem para remover a camada do endométrio com 
problema e permitir o crescimento de uma nova camada de tecido, mais 
saudável. 
17 
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL 
 
Sangramento uterino anormal é aquele que apresenta uma alteração em 
um ou mais desses três parâmetros, ou seja, um sangramento excessivo 
em duração, frequência ou quantidade. Com relação a este último 
parâmetro, não existe uma maneira prática e objetiva capaz de medir a 
quantidade de sangue eliminado, porém, se o sangue menstrual forma 
coágulos, provavelmente a perda é maior que o normal e quanto mais 
coágulos maior a perda. 
 
18 
Os padrões anormais de sangramento são: 
 
• Polimenorréia: menstruação demasiado frequente com intervalo menor 
de 25 dias. 
 
• Oligomenorréia: menos de nove ciclos menstruais ao ano, apresenta as 
mesmas causas de amenorréia secundária e deve receber, portanto, 
avaliação idêntica. 
 
• Hipomenorréia: fluxo escasso 
 
• 
 
19 
• Menorragia/hipermenorréia: volume superior a 80 ml ou sangramento 
superior a 7 dias com intervalos regulares. 
 
• Metrorragia: sangramento com intervalos irregulares, mas freqüentes, com 
volume e duração variáveis. 
 
• Menometrorragia: sangramento prolongado ocorrendo a intervalos 
irregulares. 
 
• Sangramento intermenstrual: sangramento entre ciclos regulares. 
 
 
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CAUSAS DE SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL 
 
 
O sangramento uterino anormal pode ocorrer por inúmeras causas. 
Em aproximadamente25% dos casos, ele é causado por um distúrbio 
físico, chamado orgânico. Nos outros 75%, ele é causado por 
distúrbios hormonais que afetam o controle do sistema reprodutivo 
pelo hipotálamo e pela hipófise e que são particularmente comuns 
durante os anos reprodutivos. Este tipo de sangramento é conhecido 
como sangramento uterino disfuncional. 
21 
Dentre as diversas causas orgânicas podemos citar: 
 
• Hipo ou hipertireoidismo 
 
• Alterações de coagulação 
 
• Doenças dos rins e fígado 
 
• Problemas gestacionais: aborto, gravidez ectópica, placenta baixa. 
 
• Miomas. 
 
• Pólipos. 
 
 
22 
• Hiperplasia endometrial. 
 
• Doença inflamatória pélvica. 
 
• Tumores ovarianos produtores de hormônios 
 
• Neoplasias uterinas 
 
• Lesões na vagina e do colo do útero. 
 
• Uso de DIU. 
 
• Uso de hormônios orais ou injetáveis. 
 
• Uso de outros medicamentos, como por exemplo, anticoagulantes e 
tranquilizantes. 
 
 
23 
SANGRAMENTO UTERINO DISFUNCIONAL 
 
O sangramento uterino disfuncional é o sangramento anormal 
decorrente de alterações hormonais e não de uma lesão, uma 
inflamação, uma gravidez ou um tumor. O sangramento uterino 
disfuncional ocorre mais comumente no início e no final dos anos 
reprodutivos: 20% dos casos ocorrem em adolescentes e mais de 50% 
em mulheres com mais de 45 anos. A maioria dos sangramentos 
uterinos anormais é do tipo disfuncional, mas este diagnóstico somente 
é feito quando todas as outras possibilidades são descartadas. 
 
24 
O sangramento uterino disfuncional é representado por duas situações 
distintas. Aquele que ocorre em pacientes que estão ovulando e o que 
ocorre nas pacientes que não estão ovulando. 
 
O sangramento uterino disfuncional em pacientes que estão ovulando são 
variáveis biológicas do ciclo menstrual normal, sem maiores 
consequências clínicas. 
 
25 
A anovulação crônica representa 80% dos casos de hemorragias 
disfuncionais. O sangramento pode ser leve ou intenso, constante ou 
intermitente, geralmente não associado a sintomas de tensão pré-
menstrual, retenção hídrica ou dismenorréia, embora algumas vezes a 
paciente relate cólicas devido à passagem de coágulos pelo canal 
cervical. È causa frequente de infertilidade 
26 
TRATAMENTO 
 
O tratamento irá variar com o tipo e a causa do sangramento uterino 
anormal. Nos casos em que uma doença orgânica é a causa do distúrbio 
menstrual, essa deverá ser tratada de modo específico. 
 
O objetivo principal, no sangramento uterino disfuncional, é restaurar o 
controle natural hormonal sobre o tecido endometrial. Na grande maioria 
dos casos o tratamento conservador hormonal é suficiente. O tratamento 
cirúrgico é a segunda opção, em caso de falha ou progressão do 
sangramento uterino disfuncional. 
27 
No sangramento uterino disfuncional ovulatório a paciente necessita 
apenas de esclarecimento. Se, entretanto, os ciclos forem muito curtos, a 
ponto de incomodar a mulher, ou a perda sanguínea for abundante ou 
prolongada, justifica-se um tratamento hormonal. Nestas eventualidades, 
uma simples complementação com um progestogênio na segunda 
metade do ciclo, um esquema cíclico de estrogênio e progestogênio, ou 
um anticoncepcional oral resolverão o problema. 
 
• A dismenorreia primária está associada à liberação de 
substâncias chamadas prostaglandinas, que são produzidas no 
útero. 
• Sua elevação acima de níveis fisiológicos promove fortes 
contrações no músculo uterino e vasoconstricção dos seus 
vasos sanguíneos e diminuição da oxigenação no local, com 
consequente surgimento da dor menstrual. 
 
28 
29 
 A produção de prostaglandinas está relacionada ao equilíbrio da produção 
de estrogênios e progesterona e é sabido que a dismenorreia primária 
ocorre nos ciclos ovulatórios. 
 
 Os estrogênios estimulam sua produção e a progesterona produzida em 
níveis fisiológicos quando a mulher ovula, não é capaz de impedir seus 
efeitos contráteis sobre o útero. 
 
30 
A dismenorreia secundária aparece vários anos depois 
da menarca e está associada a algumas doenças locais 
já existentes, entre as quais a endometriose, a 
adenomiose, mioma uterina, doença inflamatória pélvica 
(DIP), reação inflamatória ao uso de DIU, malformações 
uterinas, estenose cervical e outros. 
• Adenomiose -é uma doença semelhante à endometriose, 
porém neste caso, essa parcela do endométrio é encontrada 
dentro do miométrio, uma camada muscular do próprio útero 
responsável pela contração uterina no trabalho de parto. 
• Essa variação também causa inflamação no local quando a 
mulher entra no ciclo menstrual. Ou seja, pode-se dizer que a 
adenomiose é uma endometriose que ocorre no próprio 
útero. 
 
 
31 
• Essa enfermidade é benigna e existem dois tipos: 
• Focal ou localizada: caracterizada pela presença das glândulas 
e tecido endometrial em determinada região do útero. 
• Difusa: caracterizada pela presença das glândulas e tecido por 
toda a extensão interna do útero. 
• A doença pode ainda ser classificada como superficial, 
intermediária e profunda, dependendo de quantas camadas 
de músculos são afetadas e dos tamanhos dos fragmentos. 
• 
 
32 
33 
• Não há ainda um estudo que comprove as causas da 
adenomiose, mas existem algumas teorias sobre o 
surgimento. Uma das hipóteses é que a doença seja de 
origem congênita (adquirida antes do nascimento ou até um 
mês de vida) ou relacionada a alguma má-formação do útero 
na fase embrionária. 
34 
• Outra tese é que a doença possa ser adquirida durante a vida, 
ocasionada por lesões no útero, como uma incisão cirúrgica 
da cesariana, por exemplo, que pode levar células do 
endométrio (camada interna do útero) para o miométrio 
(camada intermediária do útero). 
35 
• Outra tese é que a doença possa ser adquirida durante a vida, 
ocasionada por lesões no útero, como uma incisão cirúrgica 
da cesariana, por exemplo, que pode levar células do 
endométrio (camada interna do útero) para o miométrio 
(camada intermediária do útero). 
36 
• o aparecimento da enfermidade tem influência dos hormônios femininos, 
o que explica a maior ocorrência em mulheres em idade próxima aos 40 
anos. Mas além da idade, outros fatores influenciam o surgimento da 
enfermidade, como; 
• Realizar mais de uma cesariana; 
• Primeira menstruação precoce; 
• Ciclos menstruais curtos. 
• Estima-se que 15% das mulheres tenham adenomiose, mas esse número 
pode ser ainda maior, visto que muitos casos são assintomáticos (não há 
sintomas). 
 37 
• Em casos de adenomiose difusas, o útero pode crescer e 
chegar a um tamanho semelhante ao de uma gravidez de 12 
semanas. Já em casos localizados, o tecido endometrial pode 
formar nódulos, tornando-se parecido a um mioma. Devido a 
essa semelhança, muitas vezes, é difícil identificar a 
adenomiose. 
38 
• O diagnóstico pode ser realizado por meio dos sintomas (caso houver), 
exame físico e exame de imagem. 
• Ultrassonografia - é possível diagnosticar sua presença devido à aparição 
de heterogeniedade miometrial, ecogenecidade aumentada ou diminuída 
e microcistos miometriais e periendometriais. A sensibilidade do método 
é de aproximadamente 85%. 
• Ressonância Magnética -É uma prática mais precisa e sensível para essa 
patologia, podendo notar miométrio difusamente heterogêneo e o 
espaçamento e/ou irregularidade da zona juncional. 
 
39 
Síndrome dos Ovários Policísticos 
 
• é caracterizada por uma série de alterações hormonais que 
ocorrem no organismo feminino,proporcionando a formação 
de diversos pequenos folículos nos ovários, gerando 
modificações no ciclo menstrual e até podendo causar a 
infertilizada. 
40 
• ciclos menstruais irregulares ou, até mesmo, a ausência de 
menstruação, notam um aumento na quantidade de pelos 
pelo corpo ou crescimento acelerado deles, surgimento de 
acne e ganho de peso são, constantemente, diagnosticadas 
com a Síndrome dos Ovários Policísticos. 
• Atualmente, de acordo com pesquisas recentes, cerca de 6% 
das mulheres em idade reprodutiva, na faixa dos 20 aos 40 
anos de idade, sofrem com a SOP. 
 
41 
42 
• Os distúrbios hormonais causados pela síndrome também 
podem levar a outros problemas que têm influência direta na 
capacidade reprodutiva da mulher, tais como: 
• Alterações nos níveis de colesterol; 
• Aumento da pressão arterial; 
• Obesidade; 
• Desenvolvimento da diabetes tipo 2 ou diabetes gestacional 
quando a paciente consegue engravidar, uma séria 
complicação gestacional; 
• Oscilações nas taxas de triglicerídeos, entre outras 
complicações clínicas. 
 
43 
44 
Endometriose 
• É uma doença benigna que atinge aproximadamente 10% das 
mulheres em geral e pode alcançar até 50%. A endometriose 
ainda é uma doença enigmática, tanto em relação à sua 
etiologia como em relação às suas consequências mais 
marcantes: dor e infertilidade. 
– Presença de tecido endometrial (glândulas e estroma), em 
localização extra – uterina, sensível a alterações hormonais. 
 
45 
ENDOMETRIOSE 
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• Epidemiologia 
 
– Diagnóstico: entre 25 e 30 anos. 
– 1% - cirurgias ginecológicas. 
– 1 a 7% - laqueadura tubária. 
– 12 a 32 % - videolaparoscopia para estudo da dor pélvica 
crônica (idade fértil). 
– 9 a 50% - videolaparoscopia por infertilidade. 
– 50% - videolaparoscopia para avaliação de dor pélvica 
crônica ou dismenorréia (adolescentes). 
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• COMPLICAÇÕES 
• A endometriose pode causar infertilidade; 
• Dor pélvica crônica ou prolongada que interfere na vida social 
e no trabalho; 
• Cistos grandes na pélvis que podem sofrer ruptura; 
• Podem causar obstruções no trato gastrointestinal ou 
urinário; 
• Muito raramente, um câncer pode se desenvolver nas áreas 
de endometriose após a menopausa. 
• . 
 
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• FATORES DE RISCO 
 Fatores de risco: 
 
◦ História familiar materna 
◦ Malformações uterinas 
◦ Menarca precoce 
◦ Ciclos menstruais curtos (< 27 d) 
◦ Duração do fluxo menstrual aumentada 
◦ Fluxo menstrual aumentado 
◦ Estenoses cervicais 
◦ Baixos índices de massa corporal 
◦ Gestação tardia 
◦ Nuliparidade 
◦ Raça branca e asiática 
 
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 Sítios de envolvimento 
◦ Ovários (65%) 
◦ Fundo de saco posterior (30 a 34%) 
◦ Fundo de saco anterior (15 a 35%) 
◦ Ligamento largo (16 a 35%) 
◦ Ligamentos uterossacros (28 a 60%) 
◦ Trompas 
◦ Colón sigmóide 
◦ Apêndice 
 Menos comuns: vagina, cérvice, septo retovaginal, ceco, íleo, canal 
inguinal, cicatrizes abdominais ou peritoneais, ureteres, bexiga e 
umbigo. 
 
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classificação 
 Classificação Acosta: 
 
◦ Leve = lesões disseminadas superficiais, raros implantes superficiais 
ovarianos, sem cicatrizes, retrações ou aderências periovarianas ou 
peritubárias 
◦ Moderada = afetando um ou ambos ovários com várias lesões 
superficiais, com formação de cicatriz ou retração ou pequenos 
endometriomas, aderências periovarianas mínimas, implantes 
superficiais nos fundos de saco, algumas aderencias peritoneais 
 
◦ Acentuada = endometriomas > 2cm, aderências espessas com 
envolvimento ovários, tubas, fundos de saco, intestino, ap. urinário 
 
51 
• Fisiopatologia 
 
– Fatores genéticos 
– Fatores imunológicos 
– Fatores hormonais 
– Fatores ambientais: dioxina 
52 
53 
• Quadro Clínico 
 
– Dismenorréia: 
• Caráter progressivo, difuso, de forte intensidade, que 
irradia. 
 
– Dispareunia: 
• Envolvimento do fundo-de-saco e do septo retovaginal. 
 
54 
• Quadro Clínico 
 
– Dor pélvica crônica: 
• Mais comum em implantes profundos infiltrantes 
• Relação paradoxal 
 
– Infertilidade: 
• 20 a 40% 
55 
 
•Quadro clinico 
•dor pélvica crônica - dor não cíclica que persiste pelo menos 6 meses 
•Esterilidade 
•TPM 
•Dismenorréia - cólica menstrual 
•irregularidade menstrual 
•Dispareunia - 'intercurso sexual doloroso 
•dor à evacuação 
•diarréia 
•disúria perimenstrual - dificuldade para urinar 
•Polaciúria - Aumento da frequência urinária, sem grande relação com 
o volume de urina excretado. 
•urgência miccional 
•Hematúria - presença de sangue na urina 
56 
DIAGNOSTICO /Padrão ouro 
•videolaparoscopia 
• visualização: 
•Pelve 
•superfície ovariana 
•fossa ovárica 
•fundo de saco de Douglas 
•ligamentos útero-sacros 
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objetivo terapêutico 
Dores 
 
Infertilidade 
 
Reincidência 
 
58 
TRATAMENTO 
 
 
•Antalgico 
 
•Anti inflamatórios 
 
•Pílulas 
 
•Cirurgia 
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PROCEDIMENTO CIRURGICO 
 
 
•ressecção 
•coagulação 
•vaporização dos focos 
•lise de aderências 
 
•Histectomia Clínica de menopausa 
 
 
60 
 Fisioterapia na endometriose 
 
Deve ser integral e realizada, preferencialmente, por uma 
equipe multidisciplinar. Com o objetivo de minimizar a dor 
através da elevação da liberação de endorfinas com 
exercícios direcionados, relaxar a musculatura da pelve, 
trabalhar posturas antálgicas, ajudar a lidar com a dor, 
desfazer o ciclo “tensão-dor-tensão”, prevenir incapacidades 
e restaurar as funções desejadas pela paciente. Para tanto, 
podem ser utilizados os seguintes recursos: eletroterapia, 
cinesioterapia, massagem, terapia manual, terapias 
posturais, crioterapia e termoterapia.

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