Buscar

TCC PDF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
Campus Brasília 
 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
 
CLEBSON DE A. RIBEIRO CASADO 
CLERISTON RODRIGUES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS DE OBRAS TIPO 
CLASSE (A) PARA FABRICAÇÃO DO BLOCO ECOLÓGICO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA-DF 
2018 
 
 
 
CLEBSON DE A. RIBEIRO CASADO 
CLERISTON RODRIGUES DA SILVA 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS DE OBRAS TIPO 
CLASSE (A) PARA FABRICAÇÃO DO BLOCO ECOLÓGICO. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Departamento de 
Engenharia Civil da Universidade Paulista 
- UNIP – Campus Brasília, como parte dos 
requisitos para a obtenção do título de 
Engenheiro (a) Civil. 
 
 Orientador: Esp. Vinícius Mendes de Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA-DF 
2018
 
 
 
CLEBSON DE A. RIBEIRO CASADO 
CLERISTON RODRIGUES DA SILVA 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS DE OBRAS TIPO 
CLASSE (A) PARA FABRICAÇÃO DO BLOCO ECOLÓGICO. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Engenharia 
Civil apresentado à Universidade Paulista – UNIP. 
 
 
 
 
Aprovada em______de________________de______. 
 
 
 
 
Prof. ____________________________________________________________ 
 
Orientador – Especialista, Vinícius Mendes de Sousa 
 
Prof. ____________________________________________________________ 
 
Membro da Banca – 
 
 
 
Prof. ____________________________________________________________ 
Membro da Banca – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA (DEVE SER PREENCHIDA NO SITE DA UNIP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho à nossa família e amigos pelo apoio e 
incentivo durante todo o curso de graduação. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos a Deus por ter nos guiado a este curso (Engenharia Civil) que será 
nossa profissão no futuro e irá nos ajudar de todas as formas. Foram várias as dificuldades 
e críticas de todos ao nosso redor no dia a dia e levarei comigo esta energia que me fara 
crescer dia após dia. 
Agradecemos à nossa família que nos deu total apoio durante estes cinco anos de 
estudo e aprendizado apostando no melhor do melhor para o meu futuro. 
Obrigado ao meu orientador Vinícius Mendes de Sousa pois nos deu a inteira 
confiança de apresentar-nos a banca examinadora e defender com ânimo e muita 
dedicação o nosso estudo e todos os ensinamentos, disciplina e confiança. 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Não é o mais forte ou o mais inteligente que sobrevive, 
mas sim o que consegue lidar melhor com a mudança. ” 
 Charles Darwin 
 
 
 
RESUMO 
 
A consciência ecológica é algo que se desenvolve ao passar do tempo. Com o 
crescimento da construção civil ela faz-se extremamente necessária, uma vez que a 
construção civil é uma das grandes responsáveis pela produção de resíduos, como por 
exemplo, resíduos sólidos (cimento, tijolos, telhas e etc.). E por conta de sua composição 
não é indicado que seja descartado com outros tipos de resíduos, como nos aterros 
sanitários onde se descarta lixo comum, pois muitas pessoas trabalham nesse lugar e em 
contato com os resíduos provindos da construção civil é prejudicial à saúde dos mesmos, 
além do grande dano ambiental. Como também os resíduos lançados em vias públicas. 
Logo o presente estudo visa mostrar a importância da reutilização e da reciclagem dos 
resíduos da construção civil. 
O estudo contou com uma vasta pesquisa bibliográfica e em sites que tratam diretamente 
sobre o assunto “reciclagem de resíduos provindos da construção civil”, além de utilizar 
como fonte a resolução nº 307, de 05 de junho de 2002. Para análises quantitativas e 
qualitativas contou com um questionário que foi aplicado via aplicativo Google formulário. 
Com ênfase no descarte correto de resíduos produzidos na construção civil e na sua 
reutilização em forma do tijolo ecológico, que tem com sua matéria prima justamente os 
resíduos vindos das construções. 
 
Palavras chaves: Resíduos, construção civil, meio ambiente, tijolo ecológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
In Brazil, the main means of transport of cargo is terrestrial, but Brazilian road transport 
has a fragile and even inadequate structure to withstand the high flow of medium and heavy 
vehicles that travel in this system. 
There arises the need to implant an idea that can innovate this system that is so 
comprehensive and useful. The characteristics of this reformulation are the capacity of 
adhesion and fixation of the aggregates in the asphalt mass. Technologies to improve 
rubber asphalt are reducing the problems of fatigue and other pathologies, seeking 
improvements in asphalt coatings, the present study deals with a comparative analysis of 
asphalt binders being the conventional one is the modified with the rubber powder of waste 
tires for the automotive use and some mechanical parameters of asphalt mixtures with tire 
rubber incorporation, using the wet and dry processes. 
Rubber mixtures have lower tensile strength, modulus of strength and longer tool life. 
The ecological convenience of providing a suitable destination for the unserviceable tires 
and the technical improvement that the asphalt binder adds, with its modification provided 
by rubber, are the great motivators of the use of this type of binder. It is known that an 
asphalt mixture should not present an inadequate amount of binder, since the lack or 
excess of asphalt is usually the cause of defects that appear on the surface of the 
pavement. 
The effects of the main factors that determine the behavior of the asphalt-rubber binder 
behavior (rubber content and granulometry, mixing temperature, reaction time) are 
evaluated through traditional asphalt binder characterization and testing, and are directly 
related to performance of pavements. 
 
Keywords: Civil construction, environment, ecological brick. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
2.1 Testes dos blocos 7 dias após fabricação ....................................................... 37 
2.2 Testes dos blocos 14 dias após fabricação ...................................................... 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
2.1 Moinho de materiais classe (A) ....................................................................... 17 
2.2 Tijolo Ecológico ................................................................................................ 18 
2.3 Tijolo Ecológico .............................................................................................. 19 
2.4 Prensa manual para compactar blocos ............................................................20 
2.5 Exemplos de tijolos ecológicos ....................................................................... 21 
2.6 Compressão do tijolo ....................................................................................... 21 
2.7 Aferição de peso pós estufa ............................................................................ 22 
2.8 Princípios da separação de resíduos solidos ................................................... 23 
2.9 Quantidade de resíduos utilizados ................................................................. 24 
2.10 Fluxograma de prevenção de perdas .............................................................. 29 
2.11 Coleta seletiva .................................................................................................. 33 
2.12 Coleta Seletiva ................................................................................................ 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13 
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................... 13 
1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 14 
1.2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 14 
1.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS .............................................................................. 14 
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 15 
1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................... 16 
1.5 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ......................................................................... 16 
1.6 HIPÓTESE ....................................................................................................... 16 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 17 
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................... 17 
2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DOS RESÍDUOS ................................................. 22 
2.2.1 Destinação dos resíduos ................................................................................. 22 
2.2.2 Geração de resíduos na obra .......................................................................... 25 
2.3 SISTEMA CONCEITUAL ................................................................................... 28 
2.3.1 Reutilizando .................................................................................................... 28 
2.3.2 Redução de Perdas.......................................................................................... 29 
2.4 BENEFÍCIOS ECONÔMICOS ........................................................................... 31 
2.4.1 As vantagens de encaminhar o entulho para a reciclagem .............................. 31 
2.5 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ................................................................. 31 
2.6 PROCEDIMENTO .............................................................................................. 32 
2.6.1 Formalização dos procedimentos .................................................................... 32 
2.7 TRANSPORTE ................................................................................................... 32 
2.7.1 Transporte de resíduos da construção civil ...................................................... 32 
3 METODOLOGIA .............................................................................................. 35 
3.1 ETAPAS DO TRABALHO .................................................................................. 35 
4 ESTUDO DE CASO E DISCUSÃO DOS RESULTADOS .............................. 37 
4.1 Aferição do bloco ecológico ............................................................................ 37 
4 CONCLUSÃO .................................................................................................. 40 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 41
13 
 
 
CAPÍTULO 1 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Geralmente os materiais que parecem não ter utilidade, na maioria das vezes ficam 
ali parados em áreas devastando o meio ambiente e provocando mal-estar a sociedade. 
Por isso se faz necessário fazer o reaproveitamento desses materiais através da 
reciclagem reutilizando os mesmos na construção de tijolos ecológicos que 
posteriormente serão utilizados em novas construções que contribuirá para a melhoria da 
sociedade e de todo o contexto social. 
Hoje em dia no Brasil existem várias usinas de reciclagem de material de obras, que 
pode trazer vários tipos de benefícios para a população, como: retorno de materiais, 
limpeza do meio ambiente, redução da utilização dos materiais naturais e retorno na parte 
financeira por ser de baixo custo o produto reciclado. 
A tecnologia em alta tem provocado uma contínua e crescente pressão sobre os 
assuntos e recursos naturais do planeta sendo a medida que o desenvolvimento de 
demanda tem uma quantidade razoável de matéria prima e gera um grande volume de 
resíduos, no ponto de vista do desenvolvimento sustentável esses resíduos devem ser 
minimizados ou reaproveitados na cadeia produtiva. (AGUILAR, et al., 2008). 
Na área de construção civil, esforços vêm sendo feitos nos últimos anos visando 
conscientizar todos os envolvidos no processo sobre a problemática do segmento utilizado 
a pratica de cursos e orientações nas pequenas e grandes obras. (AGUILAR, et al., 2008). 
O presente trabalho visa explicitar a importância do reaproveitamento dos materiais 
da construção civil, com o objetivo de preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade 
de vida da sociedade. Pois a construção civil é a principal fonte geradora de resíduos que 
são popularmente chamados de entulhos sendo lançados diariamente milhares de 
toneladas desses materiais de obras juntamente com lixos comuns que ficam expostos e 
ocupando preciosos espaços. 
 
 
 
14 
 
 
1.2 OBJETIVOS 
1.2.1 Objetivo Geral 
 
Analisar a gestão de resíduos na construção civil dos aspectos gerais. 
1.2.2 Objetivo Específicos 
 
Para que o objetivo geral possa ser alcançado faz se necessário que seja 
contemplado os seguintes objetivos específicos: 
- Realizar uma pesquisa bibliográfica sobre os resíduos da construção civil; 
- Reciclar materiais provenientes de demolição classificado em classe (A). 
- Avaliar a gestão de resíduos de obras e coleta para separação do tipo de classe. 
- Fabricar tijolos (Bloco ecológico) de materiais separados (Material classe (A). 
 
Este trabalho também visa mostrar, através de um amplo estudo, a importância de 
minimizar a geração de resíduos da construção civil e identificar as dificuldades nos 
procedimentos para a gestão destes resíduos, observando o que recomenda a Resolução 
n° 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente e os Projetos de Gerenciamento de 
Resíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
1.3 JUSTIFICATIVA 
 
O referido trabalho discorrerá sobre a importância do reaproveitamento do material 
tipo classe (A) para a fabricação de blocos ecológicos com o propósito de contribuir com 
a preservação do meio ambiente como também diminuir os impactos ambientais e 
gerando alternativas e retornos financeiros para as empresas geradoras tanto no uso dos 
blocos na própria obra quanto na compra de matérias primas. 
E relevante por queeste tipo de reaproveitamento ou esse material e pouco explorado 
ainda no Brasil e principalmente em pequenas regiões, pelo fato de ter um custo alto na 
captação e na transformação de matéria bruta para matéria prima e com a adoção de 
tecnologias para o reaproveitamento e reciclagem dos resíduos da construção civil vem 
ganhando espaço, visando a redução dos custos e atendimentos a legislações, pela nova 
lei federal da POLÍTICA NACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS (PNRS) aprovado em 
2013,os lixões a céu abertos deveriam estar erradicados nas cidades brasileiras até 2014 
e só serão depositados em aterros sanitários os que não forem recicláveis. 
Percebe-se que, com aplicação do reaproveitamento de resíduos e a utilização dos 
mesmos para a fabricação de blocos ecológicos e o meio ambiente ganhará um outro 
aspecto uma vez que realizará uma limpeza no mesmo, como também o bloco ecológico 
produzido com essa reciclagem irá de encontro com as necessidades da comunidade, 
pois será ofertado um material acessível de baixo custo. 
 Em segundo lugar, a introdução de um novo produto no mercado de construção civil 
é sempre difícil, mas o caminho mais fácil para superar esta limitação envolve o 
desenvolvimento de aplicações onde os produtos contendo agregado reciclado do que 
para o agregado isoladamente ou seja o produto fabricado de maneira que seja material 
reciclado. 
A atividade na construção civil gera vários tipos de resíduos, para que possamos 
diminuir o volume de entulhos gerados deveremos preocupar com vários fatores: A 
prevenção, a armazenagem, a destinação para onde vai estes materiais e tipo de coleta 
e separação dos materiais entre classes. 
Na prevenção devemos preocupar-se em elaborar projetos de melhor utilização dos 
materiais e de forma racional para evitar o desperdício e a geração de resíduos. (JOHN, 
2010). 
 
16 
 
 
1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
 
Este trabalho foi elaborado em 4 capítulos onde mostra o reaproveitamento de 
material de obras classificados no tipo (A) afim de reciclar o tipo do resíduo para a 
fabricação do tijolo ecológico. 
Da seguinte forma foi feito o trabalho por capítulos conforme descrito abaixo: 
Capítulo 1 - Introdução; 
Capítulo 2- Referencial Teórico; 
Capítulo 3 - Metodologia; 
Capítulo 4- Estudo de caso e analise dos resultados 
Capítulo 5 - Conclusão 
 
1.5 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 
O desperdício de materiais na construção civil é muito grande, principalmente em 
obras sem o acompanhamento de um arquiteto ou engenheiro, erros de execução de 
algumas partes da obra colaboram para um grande aumento do consumo que seria 
desnecessário para um material gerando assim uma grande quantidade de resíduos, que 
muitas vezes e descartado de forma incorreta no meio ambiente. 
 
1.6 HIPÓTESE 
A reutilização dos resíduos da construção civil, para a fabricação do bloco ecológico 
de classe (A), contribuirá de forma significativa para o meio ambiente, partindo do ponto 
de vista que os resíduos dos materiais que seriam descartados como inutilizados, 
retornaram ao mercado, de forma sustentável e econômica para o uso dos recursos 
naturais. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
CAPÍTULO 2 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Os resíduos são subprodutos gerados pelos processos econômicos, que incluem 
atividades extrativistas, produção industrial para o aproveitamento de resíduos sólidos 
como materiais de construção e de serviços, bem como do consumo, até mesmo de 
preservação ambiental, como a sinterização de resíduos urbanos, ambos com emprego 
na construção civil. O macro complexo da construção civil é o maior responsável pela 
reciclagem no Brasil e na maioria dos países. A quase totalidade das armaduras para 
reforço passivo de concreto e do cimento Portland, comercializados no Brasil, contém 
elevado teor de resíduos, com grandes benefícios ambientais para a sociedade. (SOUZA 
et al, 2004). 
Na figura 2.1 veremos uma demanda de reciclagem em uma usina prontamente de 
alto padrão para receber os resíduos sendo eles materiais de construção civil dispersados 
do canteiro de obras. 
 Figura 2.1- moinho de material classe (A) 
Fonte: Fórum da construção 
 Na figura 2.1 representa uma máquina de trituração de material proveniente de 
demolição. Para que a matéria possa ser eficaz e preciso fazer este tipo de processo, 
assim as matérias se unem e por tanto começa o processo de mistura. Após todo processo 
18 
 
 
de coleta separação de entulhos, madeiras e aço, vem a moagem de que sobrou, (material 
classe A) parte para fase de fabricação do tijolo ecológico, no qual a referência e um 
produto bastante utilizado atualmente nas construções de casas muros pavimentação de 
piscinas e churrasqueiras. 
 
 
Figura 2.2: Tijolo Ecológico. 
Fonte: Próprio autor 
 
A figura 2.2 mostra como e armazenado o tijolo ecológico após retirada da máquina 
que o fabrica. 
O tijolo ecológico é menos prejudicial ao meio ambiente do que o convencional, pois 
não gasta madeira, não vai ao forno e não queima óleo diesel. Ele é prensado com solo 
arenoso (85%) e cimento (11%), depois é curado com adição de (4%) água o mesmo e 
secado naturalmente. Neste caso o tijolo que esta sendo fabricando e está em teste abaixo 
e feito proviniente de material de reciclagem de obras do tipo classe (A), que por sinal 
atendem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT –, NBR 10834, 
10835 e 10836, com as dimensões 25 X 12,5 X 7 cm, e sempre passam por testes de 
resistência à compressão e absorção de água. 
Seguindo as dimensões do produto fabricado conforme as Normas Técnicas – ABNT 
–, NBR 10834, 10835 e 10836. 
19 
 
 
 
 
Figura 2.3: Tijolo Ecológico. 
Fonte: Ong. Moradia 
Segundo a Ong. Moradia, a produção com o tijolo ecológico é mais fácil. A parede dele 
é mais espessa, tem 12,5 centímetros de largura, enquanto o convencional é de 9 
centímetros. Ele não requer massa pra levantar as paredes, pois é de encaixe. Então, ele 
economiza 90% de cimento, 95% de areia, 100% de cal, 25% de ferragem, fazendo com 
que o custo da obra fique, em média, 35% mais barato e mais o processo de encaixe é 
simples e a geração de resíduos sólidos é menor, diminuindo os entulhos nas obras. Os 
dois furos internos dos tijolos permitem as instalações elétricas, eliminando a necessidade 
de quebrar paredes. 
O reaproveitamento de resíduos e sempre realizado, baseando-se em aspectos 
qualitativos como textura, forma, granulometria, cor, capacidade de aglutinar, sem 
qualquer tipo de investigação que pudesse dar por embasamento características que 
fornecessem justificativas para avaliar o comportamento ao longo do tempo, causando 
não somente danos ao meio ambiente como expondo a edificação a riscos de 
contaminação, além do comprometimento devido à exposição. 
As formas adequadas de aproveitamento de resíduos, ou de subprodutos industriais, 
como matéria-prima secundária, devem envolver um completo conhecimento do processo 
as unidades de geração dos resíduos, a caracterização completa dos resíduos e 
identificação do potencial de aproveitamento, identificando as características limitantes do 
uso e da aplicação. (ONG. MORADIA, 2012). 
 
20 
 
 
Já para os resíduos originados pelo setor 76 Coletânea Habitarem - vol. 4 Utilização 
de Resíduos na Construção Habitacional da Construção Civil, durante as diversas etapas 
da construção, devem ser aprimoradas formas de minimização da geração, e quando 
possível a introdução dos resíduos no próprio processo ou unidade de serviço onde este 
foi gerado. Cabem salientar que, para as soluções visando ao reaproveitamentodos 
resíduos, existem tecnologias e procedimentos diversos, mais ou menos sofisticados, 
mão-de-obra ou capital intensivo, processos importados e desenvolvidos no país. Sua 
escolha, entretanto, deve ser feita tendo em vista se atingir o aproveitamento 
ambientalmente adequado, ao menor custo possível, respeitando-se as características 
socioeconômicas e culturais de cada município e visando a uma avaliação de potencial. 
(ONG. MORADIA, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.4: prensa manual para compactar blocos. 
Fonte: Próprio autor 
Na figura 2.4 percebemos que temos uma máquina semi industrial para fabricação de 
blocos, tijolo aparente, tijolo avista e bloco perfurado de solo e cimento sem a necessidade 
de uso forno na queima e na preparação desse material sendo totalmente ecológico. Esta 
máquina tem a possibilidade de fabricar esses tipos de produtos no qual e provenientes 
da reciclagem de material agregado à construção civil. Exemplo do que essa máquina 
pode fazer com sobras de rejeitos. 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.5 - Exemplos de tijolos ecológico 
Fonte: Próprio autor 
Na figura 2.5 demostra uma amostra do tijolo ecológico que está de molho para 
absorção de água para testes em laboratório afim de testar a potencialidade do produto. 
Essa e uma amostra do tijolo ecológico sendo testado no laboratório da universidade 
Paulista Brasília- DF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.6: Compressão do tijolo 
Fonte: Próprio autor 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.7: Aferição de peso pós estufa 
Fonte: Próprio autor 
Nas figuras 2.6 e 2.7 demostram os testes de resistência do tijolo ecológico, para 
descobrir a real resistência do produto que e fabricado de material reaproveitado: Tipo de 
material usado para fabricação (Entulhos de paredes demolidas) Classe (A) assim foram 
feitos os testes de compressão e ruptura dos blocos. 
 
2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DOS RESÍDUOS 
 
2.2.1 Destino dos resíduos 
 
A destinação inadequada de resíduos gera problemas como o esgotamento de aterros 
sanitários (esses resíduos chegam a mais de 50% do volume de resíduos depositados em 
aterros), a obstrução do sistema de drenagem urbana, a proliferação de insetos e 
roedores, a contaminação de águas subterrâneas pela penetração através do solo de 
metais de alta toxidade e de chorume, o desperdício de materiais recicláveis, e o 
consequente prejuízo aos municípios e à saúde pública. De acordo com a norma NBR 
10.004 (ABNT, 2004), resíduos sólidos e semi-sólidos são os materiais dispensados por 
atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e 
de varrição. Segundo dados do IBGE (2000), apenas 8,2% dos municípios brasileiros 
23 
 
 
fazem coleta seletiva e 71% do lixo coletado é depositado a céu aberto sem nenhum 
tratamento ou controle. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os 
Municípios terão de se adaptar à Política de Resíduos Sólidos que proíbe os lixões e o 
descarte de resíduos que possam ser reciclados ou reutilizados. A partir do dia 3 de agosto 
de 2014, o Brasil estará livre dos lixões a céu aberto, presentes em quase todos os 
municípios brasileiros. Isso é o que define o artigo nº. 54 da Política Nacional de Resíduos 
Sólidos (PNRS), regulamentada por Decreto Presidencial, em 23 de dezembro de 2010. 
Também ficará proibido, a partir de 2014, 6 colocar em aterros sanitários qualquer tipo de 
resíduo que seja passível de reciclagem ou reutilização. 
 
Figura 2.8 Princípio da separação de resíduo solido. 
Fonte: Fórum da construção, 2018. 
 
Na figura 2.8 demostra o princípio da separação dos resíduos sólidos. 
Ele indica que a reciclagem em canteiro de resíduos classe A geralmente é feita para 
produção de brita corrida (sem peneiramento), o que possibilita uso simplificado dos 
agregados reciclados em reforço de subleito ou para mera estabilização do terreno 
exposto. 
“Nestas circunstâncias, é possível contar com extração magnética acoplada ao 
conjunto de reciclagem, sendo necessário providenciar equipamentos de apoio para 
24 
 
 
fragmentação de peças em concreto armado, tais como tesouras ou rompedores. Esta foi 
a prática comum nas grandes demolições dos antigos estádios de futebol”, afirma. 
Cada caso deve ser avaliado de maneira cuidadosa, examinando peculiaridades 
inerentes a custos operacionais, perfil de geração dos resíduos, período de execução, 
possibilidades de reutilização interna e alternativas para destinação externa (custos de 
logística) para tomada de decisão equilibrada. “Na realidade, creio que as soluções mais 
abrangentes e duradouras estão na especialização, pressuposto para consolidação das 
usinas recicladoras. Neste contexto, busca-se equilíbrio econômico e tecnológico de modo 
mais duradouro e confiável”, alega LEVY, lembrando que o potencial para consumo dos 
agregados reciclados é exclusivo de obras de engenharia, quer sejam habitacionais, 
pavimentação, saneamento, drenagem ou infraestrutura. “Há, ainda, a possibilidade de 
tais materiais serem incorporados em novos produtos, substituindo parcial ou 
integralmente matérias-primas convencionais. No entanto, o desenvolvimento das 
oportunidades deve ser sempre condicionado ao conhecimento tecnológico e aos padrões 
locais de geração de RCC”, finaliza. (LEVY, S. M.; HELENE, P. R. L, 1999). 
 
Figura 2.9 Quantidade de resíduos utilizados 
Fonte: Arouca, 2018. 
 
 
25 
 
 
Na figura 2.9 enfatizamos os seguintes percentuais %. 
 
1- Argamassa 37% 
2- Concreto 22% 
3- Cerâmica 20% 
4- Pedras 18% 
5- Cerâmica polida 2% 
6- Resíduos não identificados 1% 
2.2.2 Geração de resíduos na obra 
 
Em definição da ABRECON, o Resíduo da Construção e Demolição (RCD) ou 
Resíduo da Construção Civil (RCC) é todo resíduo gerado no processo construtivo, de 
reforma, escavação ou demolição. Desta forma, pode-se dizer que o entulho inclui os 
restos de tijolo, argamassa, concreto, madeira, aço e outros materiais advindos da 
construção, reforma e/ou demolição de estruturas diversas como residências, pontes e 
prédios. 
Se a geração desses resíduos se tornou um grande obstáculo a ser ultrapassado pelo 
setor da construção civil, que se vê em meio ao desafio de conciliar seus processos de 
produção com um desenvolvimento consciente, a alternativa da reciclagem e do 
reaproveitamento se que apresenta como solução. 
 A importância de escolher este caminho ainda é respaldada pela Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS) ou Lei 12.305/2010, que regulamenta o manejo ambientalmente 
correto dos resíduos sólidos e define metas de reutilização, redução e reciclagem. A lei, 
que visa minimizar o nível de rejeitos para destinação final, demanda a participação de 
todos os setores da sociedade, e certamente engloba a mudança de postura de 
empresários do ramo da construção. 
De acordo com PINTO (2007), os RCD são aqueles gerados nos canteiros de obras 
e são as sobras do processo construtivo que é definido como o processo de produção de 
um dado edifício, desde a tomada de decisão até a sua ocupação. 
A geração de resíduos nos EUA é diferente do Brasil devido aos diferentes processos 
construtivos nos países. A utilização da madeira, por exemplo, é superior devido a grande 
quantidade de obras realizadas em madeira, o que não acontece com tanta frequência no 
26 
 
 
Brasil. Nos países desenvolvidos, o setor da construção gera uma quantidade maiorde 
papel, plástico e madeira provenientes de embalagens. Já em países em 
desenvolvimento, como o Brasil, a geração de outros materiais, como concreto e 
argamassa, é maior devido às altas perdas do processo. O gráfico apresentado na figura 
06 mostra a composição do RCD no Brasil, diferenciando as quantidades dos principais 
materiais. De acordo com a resolução 307 do CONAMA, os resíduos considerados como 
classe A ou B são passíveis de serem reciclados. 
E como é demonstrada no gráfico, quase a totalidade dos resíduos da construção civil 
(argamassa, tijolos e blocos) no Brasil pertence a essas classes, tornando viável a 
reciclagem dos RCD. 
Outros resíduos gerados em obras são efluentes como a lama bentônica na etapa de 
escavações e perfurações, e a água residuária composta de esgotos domésticos. Se 
esses efluentes não forem tratados adequadamente, ocasionam a poluição do solo e 
corpos d’água, além de ações passíveis de penalizações e até interdição da obra por parte 
dos órgãos responsáveis. 
Os agregados produzidos são empregados em obras de pavimentação e, embora sem 
desenvolvimento técnico adequado, na produção de pequenos componentes de concreto, 
como por exemplo, de pavimentação. 
Os métodos tradicionais de caracterização de RCDs baseiam-se, majoritariamente, 
em determinar a composição do resíduo, visualmente, em termos da proporção de 
concreto, argamassa e materiais cerâmicos, porém tal avaliação não permite separar, 
adequadamente, concreto e argamassa, porque é difícil avaliar o teor presente de pasta 
de cimento ou, até mesmo, a porosidade da mesma. A composição química dos RCDs 
pode ser um dos parâmetros decisivos na avaliação da possibilidade de utilização do 
material reciclado em aplicações diversas. 
Várias pesquisas demonstram que o teor de pasta de cimento aderida, que pode ser 
estimada a partir da composição química, está associado à porosidade dos agregados 
reciclados. O desenvolvimento de procedimentos de caracterização mais abrangentes é 
recomendado e necessário para maior controle da qualidade dos produtos gerados e 
aumento da credibilidade dos agregados reciclados, podendo, inclusive, levar ao 
diagnóstico de novas aplicações ou inviabilizar as aplicações desejadas. 
Atualmente estão em operação as centrais de reciclagem em Belo Horizonte (com 2 
centrais com capacidade total de 300 ton/dia, em processo de ampliação), Ribeirão Preto 
27 
 
 
e Piracicaba. Em São José dos Campos, São Paulo e Londrina as centrais foram 
atualmente desativadas. Outros municípios como São José do Rio Preto, Tocantins e 
Santo André estão analisando o problema. Este está último município operou durante 
alguns meses uma pequena central de reciclagem experimental. 
Os dados disponíveis demonstram a viabilidade técnica e econômica da operação 
destes sistemas de gestão dos RCD. Uma das condições do sucesso das centrais é a 
construção de uma rede de captação de resíduos dentro da malha urbana, capaz de atrair, 
via redução de distâncias de transporte, as caçambas de coleta bem como os coletores 
autônomos. 
Do ponto de vista financeiro, o sistema é interessante para as Prefeituras porque 
permite a redução global dos custos, além dos ganhos ambientais associados. Dados de 
PINTO (1999) mostram que a implantação e operação do sistema de gestão do RCD são 
compensados pela redução da necessidade de coleta e deposição do resíduo depositado 
ilegalmente e pela substituição de agregados naturais adquirido de terceiros para 
consumo nas obras da municipalidade pelo agregado reciclado. Naturalmente, o sistema 
será tão mais interessante quanto maior o custo do agregado natural e do sistema de 
coleta da deposição ilegal. 
Uma das deficiências das políticas de reciclagem de RCD baseadas no modelo de 
centrais de reciclagem operadas pelas Prefeituras é o risco de interrupção do 
funcionamento, dada a descontinuidade que caracterizam as ações das administrações 
públicas e com isso não existe garantia de continuidade destas políticas. A interrupção 
total da operação da central de São José dos Campos, a baixa atividade que caracterizou 
a operação da central de São Paulo até seu recente fechamento, são exemplos do 
problema. A principal vantagem deste modelo é que há garantia do mercado para o 
produto reciclado, já que a única aplicação cuja tecnologia encontra-se razoavelmente 
consolidada é o uso do agregado em pavimentação, onde os principais clientes nas 
cidades são as próprias prefeituras. 
O armazenamento dos efluentes deve estar de acordo com a NBR 7229 da ABNT que 
determina as condições para construção e operação de tanques sépticos, tratamento e 
disposição de efluentes e lodos sedimentados, não sendo permitido o uso de valas a céu 
aberto ou de caixas sem tampas adequadas. 
A norma também estabelece que os efluentes dos refeitórios passem previamente por 
caixa retentora de gordura, antes de serem levados para tratamento. 
28 
 
 
 
2.3 SISTEMA CONCEITUAL 
 
2.3.1 Reutilizando 
 
A reutilização de materiais na construção civil é muito importante, pois reduz os 
impactos ambientais causados pelo setor, contribui para a diminuição de resíduos e 
consumo de matérias-primas. Quando é considerado desde o início do projeto o 
reaproveitamento dos materiais pode ter resultados mais vantajosos. Algumas vantagens 
em inserir o conceito de reutilização de materiais no projeto puderam ser observadas 
como: 
 Buscar soluções na fase do projeto para melhor aproveitamento dos materiais 
resultou em bons resultados e evitou perdas; 
 Reduz a quantidade de entulhos gerados com a demolição; 
 Com o sistema estrutura em madeira foi possível grande aproveitamento, sem 
apresentar perdas consideráveis; 
 Aumento do ciclo de vida dos materiais; 
 Não polui com a produção de novos materiais; 
 É mais vantajoso, até mesmo que a reciclagem, pois o material não precisar ser 
remanufaturado; 
 Neste caso, foi possível obter ganhos estéticos, além de técnicos e funcionais; 
 Foi possível realizar uma construção mais sustentável; 
 Aceitação do sistema estrutura em madeira e sua reutilização por uma classe de 
alto poder aquisitivo. 
No entanto, também há algumas desvantagens entende-se que e normal a 
continuidade dos esclarecimentos e envolvimento com os materiais recicláveis sendo 
comum uma grande perda de material faltando algumas peças chaves: 
 Mão de obra especializada e mais cuidadosa, isto pode gerar maior custo; 
 Não há padronização das peças; 
 É necessário fazer adaptações minuciosas, pois cada peça possui características 
próprias; 
 Transporte e manuseio cuidadoso dos materiais; 
 Demanda mais tempo, pois cada adaptação é específica. 
 
29 
 
 
Outra questão muito importante que foi abordada no artigo é o desenvolvimento do 
projeto. 
Neste caso, foi essencial o envolvimento do processo de projeto com o 
reaproveitamento dos materiais. Durante esta fase e na execução da obra, foram 
analisadas maneiras para que os materiais fossem utilizados corretamente e bem 
aproveitados, além de realçar suas características específicas. 
 
2.3.2 Redução de perdas 
 
Definitivamente a minimização de resíduos é uma das principais maneiras de se 
reduzir o impacto ambiental. Envolve processos durante todo o ciclo de vida de uma 
construção, desde a racionalização do processo construtivo, componentes reusados e/ou 
renováveis, até o fim do seu ciclo de vida. O desenvolvimento desse processo objetiva 
ampliar os benefícios ambientais conseguidos com cada um dos critérios a seguir. 
Esta figura e mostra o fluxograma para reduzir as perdas.Figura 2.10 Fluxograma de prevenção de perdas 
Fonte: Revista ecológica, (2002) 
REDUZIR 
(O desperdício 
dos recursos) 
REUTILIZA 
(o produto do 
consumo) 
30 
 
 
Essa sequência foi elaborada para que haja reconhecimento de prioridades na hora 
de decidir o que deve ser feito com o entulho. O reuso (reutilizar) foi - 40 - colocado como 
segunda opção porque apresenta benefícios como menor gasto de energia, menores 
taxas de emissão de poluentes (gases) e menor uso de água que a reciclagem. 
Com o principal intuito de mostrar o quão proveitoso pode ser a reciclagem de 
materiais inutilizados e descartados em obras, podendo ser reciclados, esses materiais 
voltam a ter serventia em diversas formas como, por exemplo, servir de matéria prima 
para a fabricação do tijolo ecológico. 
Por se tratar de uma pesquisa exploratória descritivas, o número da amostra da 
pesquisa prática foi reduzido, pois essa possui apenas o objetivo demonstrar o quão à 
população de um modo geral está ciente da existência de práticas como o uso do tijolo 
ecológico, a possibilidade de reciclagem do lixo produzido nos canteiros de obra e das 
formas corretas de destinas tais rejeitos. 
Na pesquisa de campo foi utilizado um questionário simples contendo nove perguntas 
abertas e fechadas (anexo) com o intuído de saber se o entrevistado tinha ciência da 
existência de um tijolo ecológico, se ele saberia descrever qual a diferença do tijolo 
ecológico para o tijolo comum e se sabiam onde e como destinar lixos provindos de 
descarte de obras em geral. O questionário foi aplicado em forma de formulário, utilizando 
a ferramenta do Google docs. Para formulários online e aplicado via redes socais, 
possibilitando assim atingir uma maior pluralidade de pessoas, com relação a idade, meio 
social, gênero, estado e etc. 
Segundo PISANI (2005), pode-se acrescentar que o tijolo ecológico possui matéria 
prima em abundancia e em todo planeta por se tratar apenas de terra crua. 
Alguns de nossos entrevistados deram levantaram algumas considerações sobre a 
diferença do tijolo convencional para o tijolo ecológico. Veja: “Com o Tijolo ecológico o 
tempo de construção é menor, sem contar a estrutura mais resistente e segura. Com o 
comum o processo de fabricação é mais duradouro e o acabamento não fica tão perfeito 
como o ecológico. ”, “A composição dos materiais de cada um. Um com material cerâmico 
e outro com material reciclado ou resíduo fibroso. ”, “O ecológico utiliza 'restos' da 
construção civil para ser fabricado e o ecológico usa majoritariamente o barro. ” (Pesquisa 
realizada via redes sociais). 
Embora grande parte dos entrevistados saiba da existência do tijolo ecológico e das 
maneiras corretas de descartar os resíduos provindos de obras, ainda há uma grande 
31 
 
 
parte que não o conhece e não sabe como podem descartar corretamente os resíduos de 
obras. 
 
2.4 BENEFÍCIOS ECONÔMICOS 
 
2.4.1 As vantagens de encaminhar o entulho para a reciclagem 
 
Independentemente da utilização do resíduo reaproveitado, a opção pelo tratamento 
dos resíduos da construção civil acarreta benefícios da ordem econômica, social e 
ambiental. A substituição dos materiais convencionais pelo entulho, por exemplo, resulta 
em economia na aquisição de matéria-prima. Com a reciclagem, há ainda a minimização 
da poluição causada pelos resíduos, que podem causar enchentes e o assoreamento de 
rios e córregos. É importante destacar que o descarte incorreto também traz sérias 
consequências para o ambiente urbano, sendo ambientes que propiciam doenças como 
dengue e febre amarela e chamariz de roedores e insetos. Como se vê, a falta de 
encaminhamento adequado desses materiais gera prejuízos do ponto de vista do meio 
ambiente e da qualidade de vida da população, evidenciando ainda mais a necessidade 
de reaproveitamento. 
Em um processo sustentável completo que reduz a poluição, preserva as reservas 
naturais de matéria-prima, acarreta ganhos financeiros e ainda promove oportunidades de 
trabalho e renda, o tratamento e reciclagem dos resíduos da construção civil demandam 
a atenção dos órgãos fiscalizadores e a conscientização de empresários do setor que 
detêm o grande poder de tomar uma decisão de mudança. Por fim, vale à pena citar uma 
última informação, segundo a associação ABRELPE, (2011). 
 
2.5 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 
 
Primeiramente, será feita uma sucinta revisão bibliográfica sobre a sustentabilidade 
ambiental na construção civil, a importância dos projetos e edificações em madeira. A 
seguir, será apresentado um estudo de caso onde o conceito principal do projeto de 
arquitetura foi a reutilização de materiais e por fim serão feitas análises e observações 
sobre o que foi apresentado. Tendo como foco o reaproveitamento de matérias de uma 
edificação antiga e abandonada em nova e diversa obra e as características do projeto e 
materiais que permitiram tal reutilização. O trabalho não considerou e analisou questões 
como uso, estética, patrimônio histórico, entre outras. 
32 
 
 
 
2.6 PROCEDIMENTOS 
 
2.6.1 Formalização dos procedimentos 
 
Utilizado na construção para recuperação de vias urbanas, vicinais e rodovias. Esse 
sistema é formado por quatro camadas principais: revestimento de base asfáltica, base, 
sub-base e reforço do subleito. 
A coleta de resíduos é realizada por empresas e organizações específicas e devem 
remover os RCC para os locais de destinação final, previamente determinados pelos 
geradores. Sendo assim, esses agentes devem seguir as recomendações e cumprir 
rigorosamente o que lhes for determinado. Nos contratos formulados pelos geradores para 
os serviços de coleta devem ser considerados os seguintes aspectos: 
 Obediência às especificações da legislação municipal quanto ao uso de caçambas 
estacionárias, especialmente no que diz respeito à segurança; 
 Utilizar equipamentos em bom estado de conservação e adequados ao uso; 
 Observância das condições de qualificação do transportador (regularidade do 
cadastro junto ao órgão municipal competente); 
 Estabelecer a obrigatoriedade do registro da destinação dos resíduos nas áreas 
previamente qualificadas e cadastradas pelo próprio gerador dos resíduos; 
 Condicionar o pagamento pelo transporte à comprovação da destinação dos 
resíduos. 
 
2.7 TRANSPORTE 
 
2.7.1 Transporte de resíduos da construção civil 
 
Realizado por meio de caminhões basculantes, variando de 7 a 15 m³ de capacidade 
ou por meio de caçambas estacionárias de 5 m³. Ou a que for necessário para remoção 
da demanda da obra ou da Empresa responsável pala desobstrução dos resíduos de 
obras. Figura 04 mostra um exemplo de veículo que remove os restos de obras cascalhos 
e entulhos do canteiro. 
A figura 2.11 demostra um exemplo de veículo utilizado para remover resíduos de 
canteiros de obra. 
33 
 
 
 
Figura 2.11- Coleta seletiva 
Fonte: Fórum da construção 
 
2.7.2 Caçamba estacionária 
 
Recipiente confeccionado com chapas metálicas reforçadas e com capacidade para 
armazenagem em torno de 4 m³. A fabricação deste dispositivo deve atender às normas 
ABNT. 
 
Figura 2.12- Coleta seletiva 
Fonte: Primeiro milhão 
34 
 
 
Historicamente, a questão de resíduos sempre foi problemática para a sociedade uma 
vez que o homem nunca conseguiu colocar em prática uma solução realmente efetiva. Em 
geral, os resíduos, popularmente conhecido como lixo, tendem a ter quatro destinos: 
 Aterro sanitário; 
 Unidade de incineração; 
 Unidade de valorização e tratamento de resíduos; 
 Depósitos clandestinos os depósitos clandestinos, apesar de ilegais e muitoprejudiciais à natureza, são extremamente comuns. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
CAPÍTULO 3 
3 METODOLOGIA 
 
A metodologia utilizada para execução deste presente trabalho, contempla assuntos 
pertinentes como as etapas do trabalho, região de estudo. 
3.1 ETAPAS DO TRABALHO 
 
Para o desenvolvimento deste trabalho será feito revisão bibliográfica baseada em 
consulta a livros, manuais, artigos e normas ligadas à área, páginas eletrônicas e revistas. 
Inicialmente será feito uma análise das vantagens do reaproveitamento de materiais 
de obras tipo classe (A), para fabricação de blocos ecológicos. 
A fabricação dos blocos ecológicos consiste na coleta de material sólido de demolição 
obras tipo classe (A), que passara por um processo de moagem, onde se tornara um 
material de mesma classe. 
Após o material ser moído, será misturado com uma porcentagem de 10% por cento 
cimento, 70% de areia argilosa e 20% de material tipo classe (A) moído e misturado, o 
material e umidificado na proporção correta e levado a prensa que pode ser hidráulica ou 
manual, e assim prensado para obter o modelo e tamanho com medida padrão e levado 
ao palete e empilhados com no máximo quinhentos (500) blocos por palete e cobertos 
com uma lona acima de 165 micras de espessura assim garantindo a proteção total do 
produto até a entrega ao cliente final, após o período de doze (12) horas devera remover 
a lona os blocos devem ser hidratados com água, isso deve ocorrer em um período de no 
mínimo sete (7) dias. 
Após o processo de fabricação e cura, o bloco ecológico estará pronto para ser 
utilizado em obras de alvenaria. 
Verifica-se a importância da inserção desse novo material na indústria da construção 
civil, uma vez que resíduos de materiais que seriam descartados de forma incorreta, 
retornará ao mercado, diminuindo o impacto ambiental que causaria ao meio ambiente, 
além da economia dos recursos naturais. 
O bloco deverá apresentar após o período de cura uma resistência mínima 
equivalente a 2KN, de acordo com a norma ABNT –, NBR 10834, 10835 e 10836, 
A partir da mistura dos materiais obtemos quinze (15) blocos ecológicos. Que 
passarão por testes laboratoriais para análise da resistência e compressão, com intuito de 
36 
 
 
verificar a viabilidade do crescimento deste produto ao mercado e conjunto com tijolo 
tradicional. 
Os resultados obtidos nos ensaios estarão demonstrados no estudo de caso e analise 
de resultado, ressaltando que este resultado e muito importante para a total confiabilidade 
no produto. 
Para ter uma segurança no bloco ecológico fabricado neste modo usando o método 
de reciclagem de material de demolição classe (A) e necessário ter uma gama de testes 
e todos os blocos tem que apresentar o mesmo padrão de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
CAPÍTULO 4 
4 ESTUDO DE CASO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
4.1 AFERIÇÃO DO BLOCO ECOLÓGICO 
 
Segue a baixo a memória de cálculo do produto fabricado proveniente de material de 
demolição sendo material reciclado do tipo classe (A) em testes de laboratorial, isto mostra 
a real tiragem do produto fabricado de material reciclado proveniente de demolição de 
obras. Material classe (A). Teste de resistência após 7 dias de fabricação. 
Tabela 4.1 – Testes dos blocos sete (7), dias de fabricação 
TESTE DE RESITENCIA DOS BLOCOS 7 DIAS DE FABRICAÇÃO 
PORCENTAGEM 
% COMPRESÃO NA MAQUINA PESO 
8.1% 2,38KN=242,69KGF 3,009KG 
20% 2,62KN = 267,17KGF 3,74KG 
40% 7,84KN = 79946KGF 3,008KG 
60% 4,40KN = 448,68KGF 2,986 KG 
ABSORÇÃO DE AGUA DENTRO DOS SETE (7) DIAS DE FABRICAÇÃO 
PORCENTAGEM 
% PESO SECO /PESO MOLHADO 
PESO POS 
ESTUFA 
8.1% 3,009KG / 3,199 KG 3,169KG 
20% 3,74KG / 3,165KG 3,154KG 
40% 3,008KG / 3,082KG 3,059KG 
60% 2.986 KG / 3,024KG 3,006KG 
 
O TIJOLO ECOLÓGICO FICOU DE MOLHO TOTALMENTE MERGULADO EM ÁGUA 
TEMPO DO 
MERGULHO H: SECAGEM NA ESTUFA OBS 
10 MINUTOS 1 HORA 1 HORA 
 
TESTE DE COMPRESÃO DO BLOCO SECO APÓS ESTUFA 
8.1% 2,73KN 
PRODUTO 
100% 
20% 7,67KN UTILIZAVEL E 
40% 5,72KN SUSTENTAVEL 
60% 10,20KN 
 
Fonte: Próprio autor 
Teste realizados acima mostra que o tijolo/ bloco ecológico e um ótimo produto para 
ser comercializado, pois as duas aferições do produto observando. 
 
38 
 
 
No cálculo apresentado na tabela 4.1 e demostrado a eficácia e resistência, tanto do 
produto seco como molhado e pós secagem o material ainda assim mesmo e altamente 
resistentes. 
Na tabela 4.2 será demostrado o teste de resistência dos blocos após 14 dias de fabricação. 
 
TESTE DE RESITENCIA DOS BLOCOS 14 DIAS DE FABRICAÇÃO 
PORCENTAGEM % COMPRESÃO NA MAQUINA 
PESO 
NORMAL 
8.1% 13,41 kn 2,778KG 
20% 12,14 kn 2,634KG 
40% 13,13 kn 2,758KG 
60% 8,10 kn 2,661 KG 
 
ABSORÇÃO DE AGUA DENTRO DOS SETE 14 DIAS DE FABRICAÇÃO 
PORCENTAGEM % PESO SECO 
PESO 
MOLHADO 
8.1% 2,778KG 3,116kg 
20% 2,634KG 2,240kg 
40% 2,758KG 3,198kg 
60% 2,661 KG 3,113KG 
 
O TIJOLO ECOLÓGICO FICOU DE MOLHO TOTALMENTE MERGULADO EM ÁGUA 
TEMPO DO MERGULHO H: SECAGEM NA ESTUFA OBSERVAÇÃO 
10 MINUTOS 1 HORA 1 HORA DEPOIS 
 
TESTE DE COMPRESÃO DO BLOCO SECO APÓS ESTUFA 
TIPO DOS 
FRAGMENTOS 
8.1% 2,81KN 100% DANIFICADO 
20% 7,72KN 70% DANIFICADO 
40% 6,52KN 30%DANIFICADO 
60% 9,11KN 10% DANIFICADO 
 
Fonte: Próprio autor 
Com base nesses cálculos podemos analisar que o material de demolição separado 
na classificação classe (A) sendo triturado e altamente concentrado de outros produtos 
agregados, e material excelente para fabricação do bloco ecológico, dentro o meio destes 
materiais existem vários tipos de agregados isso faz com que o produto fique super, 
resistente e altamente ecológico. 
Exemplos de produtos agregados: 
 Material de impermeabilização. 
39 
 
 
 Resto de massa de cimento. 
 Resto de eletroduto corrugado. 
 Resto de argamassa. 
 E resto de blocos cerâmicos. 
 
Quando o assunto em debate é a construção civil, é inevitável abordar a importância 
que a área possui no país, infelizmente não abrange apenas um cenário favorável ao 
mesmo tempo em que a postura como um dos setores que mais geram riqueza e postos 
de trabalho no Brasil, a construção civil é também uma das principais geradoras de 
resíduos. Quase a totalidade dos processos do setor que produz resíduos, o que se deve 
principalmente ao alto nível de perdas da atividade. Ainda que nem toda perda gere 
rejeitos (já que uma parte dela fica na obra), dados da Abrecon – Associação Brasileira 
para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição, apontam que os resíduos 
chegam a representar 50% do material desperdiçado no segmento. E um número 
alarmante dá uma boa ideia da imensa quantidade de materiais de construção que se 
descarta todos os dias em decorrência das obras. 
A problemática da geração desses resíduos se agrava ainda mais quando a ela se 
soma outro fator preocupante grande parte não recebe a destinação correta, e acaba por 
ser deixados clandestinamente em terrenos baldios, áreas de preservação permanente, 
vias e logradouros públicos. Neste quadro, a disseminação de uma cultura de tratamento, 
reciclagem e reutilização no setor se apresenta como uma questão cada vez mais urgente 
dos nossos tempos,em que a sustentabilidade ambiental deve ser encarada como aliada 
indispensável do desenvolvimento econômico. Vale lembrar que o atual momento do 
Brasil aquece ainda mais o debate acerca dos impactos da construção civil. 
 
 
 
 
 
40 
 
 
CAPÍTULO 5 
5 CONCLUSÃO 
 
Com base nas pesquisas para referencial bibliográfico, nos dados e na análise 
apresentada durante o estudo, é possível concluir que é extremamente importante o 
reaproveitamento dos materiais e resíduos descartados pela construção civil, uma vez que 
esses resíduos poderão ser descartados diretamente no meio ambiente, onde, além de 
ocupar grandes áreas, também o agride consideravelmente. Nos dias atuais existem 
diversas usinas de reciclagens especializadas em reciclagem de resíduos provindos da 
construção civil. 
Uma das grandes possibilidades de reaproveitamento desse material é a utilização 
dos resíduos sólidos como, por exemplo, a argamassa, o cimento, areia e etc. como 
matéria prima para a produção do tijolo ecológico. Que além de contribuir com o meio 
ambiente, pois é produzido a base resíduos sólidos e água, não necessita de queimado, 
o tijolo ecológico ainda gera economia nos gastos que pode chegar até cerca de 45% no 
final de uma obra. 
O tijolo pode ainda ser produzido no próprio canteiro de obras, utilizando 
equipamentos como a prensa manual para compactar blocos de solo e cimento. 
Os resultados obtidos através do formulário online reforçam o potencial de mercado 
do produto, pois grande parte dos usuários optaria por usá-lo, uma vez que é uma opção 
mais barata que as opções convencionais e ecologicamente corretas, ou seja, além de 
economizar estariam contribuindo positivamente para a conservação do meio ambiente. 
Apenas uma pequena porcentagem dos entrevistados não o usaria. Embora a grande 
maioria afirmar que optaria pela troca, ainda a uma grande parte dos entrevistados que 
nunca tinham ouvido falar do tijolo ecológico antes de participar da pesquisa e uma parte 
maior ainda que não conheça meios adequados de descartar esse tipo de lixo, embora 
possuam uma consciência ecológica que jogar em lugares como, por exemplo, terrenos 
baldios seja uma péssima opção, o fazem, por falta de informações de como e onde 
deveriam descartar esses resíduos sem agredir o meio ambiente. 
 
 
 
 
41 
 
 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
Aguilar R, Quesada M, Ashworth L, HerreriasDiego Y, Lobo J (2008). 
 
ABRECON 
http://abrecon.org.br/- Acessado em 18 de abril de 2018. 
 
ABRELPE 
http://www.abrelpe.org.br/- Acessado em 18 de abril de 2018. 
 
BARROSO-KRAUSE, CLÁUDIA e outros. Cadernos MCidades Parcerias Eficiência 
Energética em Habitações de Interesse Social. 
 
Brasília: Ministério das Cidades, 2005. 115p. BOOKCHING, MURRAY.O Municipalismo 
Libertário. O Bairro, a Comuna, A Cidade... Espaços Libertários. São Paulo, p.11-38, 2003. 
 
BRAGA, BENEDITO, e outros. Introdução à Engenharia Ambiental. 2. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005. 318 p. 
 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SENSO 2000. 
 
JOHN, V. M. Reciclagem de resíduos na construção civil – contribuição à metodologia de 
pesquisa e desenvolvimento. Universidade de São Paulo, 2010, 102p. 
 
LEVY, S. M.; HELENE, P. R. L. Reciclagem do entulho de construção civil, para 
utilização como agregado de argamassas e concretos. São Paulo: Escola Politécnica da 
Universidade de São Paulo. Dissertação de mestrado. 1997, 146 p. LIMA, J. A. R. 
Proposição de diretores e elaboração de textos básicos para normalização de resíduo de 
construção reciclado e de suas aplicações em argamassas e concretos, 1999. 240p. 
Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Departamento de Arquitetura e 
Urbanismo, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidades de São Paulo, São 
Carlos, 1999. 
 
42 
 
 
Lei nº 12.305/2010- Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) 
 
NBR 10834 - Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural, (1994). 
 
NBR 10835 - Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural- formas e dimensões 
(1994). 
 
NBR 10836 - Bloco de solo-cimento sem função estrutural — Análise dimensional, 
determinação da resistência à compressão e da absorção de água — Método de ensaio 
(2013). 
 
NBR 7229- Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. (1992) 
 
Ong. Moradia 
http://moradiaecidadania.org.br/- acessado em 20 de maio de 2018. 
 
PINTO, T.P. Reaproveitamento de resíduos de construção. Revista Projeto, n.98, p. 137-
138, 1987, (2012) 
 
PISANI, J. M. Um material de construção de baixo impacto ambiental: o tijolo de solo 
cimento. São Paulo: Sinergia, 2005. 53-59 p. 
Revista Exame. Disponivel em: < http://exame.abril.com.br/pme/empresa-fatura-r-1-2-mi-
com-tijolo-sustentavel/ acessado em 18 de maio de 2017. 
 
SOUZA, U. E. L.; PALIARI, J. C.; AGOPYAN, V.; ANDRADE, A. C. Diagnóstico e 
combate à geração de resíduos na produção de obras de construção de edifícios: uma 
abordagem progressiva. Ambiente Construído, v. 4, n. 4, p.33-46, 2004. 
 
Tijolo Ecolgico. Disponivel em: <http://www.tijolo.eco.br/ > acessado em 18 de maio de 
2017. 
 
43 
 
 
Revista Ecologica. Disponivel em: 
<http://www.revistaecologico.com.br/materia.php?id=72&secao=1138&mat=1249 > 
acessado em 18 de maio de 2017. 
 
Resolução n° 307 de 5 de Julho de 20012. Disponivel em: 
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30702.html> acessado em 18 de 
maio de 2017. 
 
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=22&Cod=1056-. Acessado em 
12 de abril de 2018. 
 
http://www.cmarouca.pt/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=1887&Item
id=89- acessado em 14 de abril de 2018. 
 
https://primeiromilhao.com/software-de-cacambas-para-empresas-de-entulho/- acessado 
em 14 de abril de 2018.

Continue navegando