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Apostila Direito e Legislação

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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
SUMÁRIO
 
ASSUNTO PÁGINA
.......................................................................................................................................................445
..........................................................................447
............................................................................................................................................447
..............................................................448
- ........................................................................................................................449
...........................................................................................................................................................451
.........................................................................................................................453
..................................................................................................................................................................455
.........................................................................................................................456
.....................................................................................................................................................457
.........................................................................................................................460
....................................................................................................................461
..................................................................................................................................469
.........................................................................................................................470
...............................................................................................471
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I 
INTRODUÇÃO AO DIREITO / DIREITO CIVIL
AULA 01
NOÇÕES DE DIREITO / LEI DA INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL 
1 NOÇÕES DE DIREITO
2 DECRETO - LEI Nº 4.657 (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro)
FORMAS E EXPRESSÕES DO DIREITO 
ATIVIDADES DE AUTO AVALIAÇÃO
AULA 02
DAS PESSOAS
DAS PESSOAS NATURAIS 
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
DA AUSÊNCIA
DAS PESSOAS JURÍDICAS
DAS ASSOCIAÇÕES E DAS SOCIEDADES
DAS FUNDAÇÕES
O DOMICÍLIO
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO
AULA 03 
DOS BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO
DOS BENS MÓVEIS
DOS BENS FUNGÍVEIS E CONSUMÍVEIS
DOS BENS DIVISÍVEIS
DOS BENS SINGULARES E COLETIVOS
DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
DOS BENS PUBLICOS
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO
AULA 04
FATOS JURÍDICOS
FATOS, ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS
DA REPRESENTAÇÃO
DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
DO ERRO OU IGNORÂNCIA
DO DOLO
DA COAÇÃO
DO ESTADO DE PERIGO
DA LESÃO
DA FRAUDE CONTRA CREDORES
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
DOS ATOS ILÍCITOS
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
DA PRESCRIÇÃO
DA DECADÊNCIA
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO
AVALIAÇÕES PARCIAIS DA UNIDADE I
UNIDADE II
DIREITO CIVIL / DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES / DIREITO DAS COISAS
AULA 01
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
 Das obrigações de Dar
 Das obrigações de Dar Coisa Certa
 Das obrigações de Dar Coisa Incerta
 Das obrigações de Fazer
 Das obrigações de Não Fazer
 Das obrigações Alternativas
 Das obrigações Divisíveis e Indivisíveis
 Da Solidariedade Ativa
 Da Solidariedade Passiva
DA TRAMITAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
DA CESSÃO DE CRÉDITO
DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
ASSUNTO PÁGINA
................................................................................................................473
.....................................................................................................................................474
......................................................................................................................477
............................................................................................................................................482
............................................................................................................................482
.................................................................................................................................................483
...................................................................................................................................................................483
..................................................................................................................................................484
......................................................................................................................................................484
................................................................................................................484
DO PAGAMENTO 
 De quem deve pagar
 Daqueles a quem se deve pagar
 Do objeto do pagamento e sua prova
 Do lugar do pagamento
 Do tempo do pagamento
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO
DO PAGAMENTO EM SUB-ROGAÇÃO
DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
DA DAÇÃO EM PAGAMENTO
DA NOVAÇÃO
DA COMPENSAÇÃO
DA CONFUSÃO
DA REMISSÃO DAS DÍVIDAS
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
DA MORA
DAS PERDAS E DANOS
DOS JUROS LEGAIS
DA CLÁUSULA PENAL
DAS ARRAS OU SINAL
DOS CONTRATOS EM GERAL
DA FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
DA PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO
DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS
DA EVICÇÃO
DOS CONTRATOS ALEATÓRIOS
DO CONTRATO PRELIMINAR
DO CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
DA EXTINÇÃO DO CONTRATO
 Do Distrato
 Da Cláusula Resolutiva
 Da Exceção de Contrato não Cumprido
 Da Resolução por Onerosidade Excessiva
DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO
DA COMPRA E VENDA
DAS RETROVENDA
DA VENDA A CONTENTO E DA SUJEITA A PROVA
DA PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA
DA VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO
DA VENDA SOBRE DOCUMENTOS
DA TROCA OU PERMUTA
DA DOAÇÃO
DA LOCAÇÃO DAS COISAS
DO EMPRÉSTIMO
 Do comodato 
 Do Mútuo
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇÕS
DO DEPÓSITO
 Do Depósito Voluntário
 Do Depósito Necessário
DO MANDATO
 Das Obrigações do Mandatário
 Das Obrigações do Mandante
 Da Extinção do Mandato
DA COMISSÃO
DA CORRETAGEM
DA FIANÇA
DA TRANSAÇÃO
DO COMPROMISSO OU ARBITRAGEM
DOS ATOS UNILATERAIS
DA PROMESSA DE RECOMPENSA 
DO PAGAMENTO INDEVIDO
DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO
AULA 02
DIREITO DAS COISAS
DA POSSE
 Da Posse e Sua Classificação
 Da Aquisição da Posse
 Os Efeitos da Posse
 Da Perda da Posse
DOS DIREITOS REAIS
DA PROPRIEDADE
DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
 Da Usucapião
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
ASSUNTO PÁGINA
.....................................................................................................................................485..................................................................................................................................485
......................................................................................486
............................................................................................................................................486
.................................................................................................................................487
.............................................................................487
...........................................................................................................................................................487
.........................................................................................................................................................487
............................................................................................................................................................487
........................................................................................................................................................................487
...........................................................................................................................................................487
.............................................................................................................488
........................................................................................488
............................................................................................................................489
............................................................................................................................491
.....................................................................................................................................499
............................................................................................................................503
.....................................................................................................................505
...............................................................................................505
.................................................................................................506
............................................................................................................................508
............................................................................................................509
.....................................................................................................................................510
....................................................................................................................................511
......................................................................511
 Da Aquisição pelo Registro de Título
 Da Aquisição por Acessão
 Das Ilhas
 Da Aluvião
 Da Avulsão
 Do Álveo Abandonado
 Das Construções e Plantações
DA PERDA DA PROPRIEDADE
DOS DIREITOS DE VIZINHANÇA
 Do Uso Anormal da Propriedade
 Das Árvores Limítrofes
 Da Passagem Forçada
 Da Passagem de Cabos e Tubulações
 Das Águas
DOS LIMITES ENTRE PRÉDIOS E DO DIREITO DE TAPAGEM
DO DIREITO DE CONSTRUIR
DO CONDOMÍNIO GERAL
DO CONDOMÍNIO VOLUNTÁRIO
DO CONDOMÍNIO NECESSÁRIO
DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO
DA PROPRIEDADE RESOLÚVEL
DIREITO REAIS DE GOZO OU FRUIÇÃO SOBRE COISAS ALHEIAS
DA SUPERFÍCIE
DAS SERVIDÕES
DO USUFRUTO
DO USO
DA HABITAÇÃO
DO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR
DIREITOS REAIS DE GARANTIA SOBRE COISAS ALHEIAS
DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE O PENHOR, HIPOTECA E A 
ANTICRESE
 Do Penhor
 Da Hipoteca
 Da Anticrese
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO
AVALIAÇÕES PARCIAIS UNIDADE II
UNIDADE III
LEIS E RESOLUÇÕES
AULA 01
CÓDIGO CIVIL - CAPÍTULO VII
 Do Condomínio Edilício
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO
AULA 02
DAS INCORPORAÇÕES Lei Nº 4.591/64.
 Dispõe sobre o Condomínio em Edificações 
 e as Incorporações imobiliárias.
DA CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÃO EM CONDOMÍNIO
DA CONSTRUÇÃO EM EMPREITADA
DA CONSTRUÇÃO POR ADMINISTRAÇÃO
DAS INFRAÇÕES
PARCELAMENTO DO SOLO URBANO Lei nº 6.766/79
 Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano 
 e dá outras providências.
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO
AULA 03
PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR Lei nº 8.078/90
 Dispõe sobre a proteção do consumidor.
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO
DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO
DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS
DA OFERTA
DA PUBLICIDADE
DAS PRÁTICAS ABUSIVAS
DA COBRANÇA DE DÍVIDAS
DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS
LOCAÇÕES DOS IMÓVEIS URBANOS E OS PROCEDIMENTOS A ELAS
 PERTINENTES (Lei nº 8.245/91)
 Dispões sobre Locações dos Imóveis Urbanos 
 e os Procedimentos a elas pertinentes.
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
ASSUNTO PÁGINA
......................................................................................................................................511
................................................................................................................................512
........................................................................................................................512
........................................................................................................................512
- ......................................................................................................................513
....................................................515
.....................................................516
............................................................................518
.............................................................519
......................................................................................................................519
.....................................................................................................................521
.........................................................................................................................529
DA LOCAÇÃO EM GERAL
DA LOCAÇÃO RESIDENCIAL
DA LOCAÇÃO PARA TEMPORADA
DA LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL
ATIVIDADES DE AUTO AVALIAÇÃO
AULA 04
LEI Nº 6.051/73 (Dispõe sobre os Registros Públicos, e dá outras providências)
LEI Nº 6.530/78 E SEU INSTRUMENTO REGULADOR, DECRETO Nº 81.871/(78)
RESOLUÇÃO COFECI Nº 146/82 (Aprova o Código Disciplinar)
RESOLUÇÃO COFECI Nº 326/92 (Institui o Código de Ética Profissional)
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO
AVALIAÇÕES PARCIAIS UNIDADE III
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
DIREITO E LEGISLAÇÃO
INTRODUÇÃO
 O Centro de Educação Profissional EXITUM, ao elaborar as três Unidades 
de Estudos de Direito e Legislação, pensou em umamaneira prática da leitura dos conteúdos, para 
que você possa alcançar o objetivo e o sucesso.
A Disciplina de Direito e Legislação está dividida em três Unidades de Conteúdos, assim 
distribuídos:
Unidade I - Introdução ao Direito - Direito Civil (das pessoas, dos bens, dos fatos jurídicos).
Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das coisas).
Unidade III - Leis e Resoluções.
Ao final de cada Unidade, haverá uma Avaliação Parcial (valendo nota de zero a dez).
Você poderá optar pelas atividades contidas neste volume, nas atividades presentes na 
Internet, no Portal: www.exitumeducacao.com.br, ou pelas atividades sugeridas pelo 
professor/tutor através da Web Can, telefone, Chat, E-mail ou presencialmente.
Após concluir uma das atividades, de cada unidade de estudo (obtendo média igual ou superior 
a 6,0), e entregando-as no Centro de Educação, para o professor/tutor, automaticamente, estará 
apto para realizar a Avaliação Final da disciplina.
Vamos explorar de maneira fácil e objetiva, mais aplicativa, os estudos de Direito e Legislação, 
pois sabemos que compõem o dia-a-dia da profissão do Corretor de Imóveis.
Para tirar dúvidas, caso necessário, entre em contato com o seu professor/tutor.
 
 
BONS
 ESTU
DOS!
 E
 
 
 SU
CESSO
! 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
UNIDADE - I 
INTRODUÇÃO AO DIREITO - DIREITO CIVIL
 
“A palavra direito vem do latim
directum,
do verbo 
dirigere, 
que significa dirigir, ordenar, pôr em ordem;
significa etimologicamente o que é reto,
o que não se desvia,
que segue em uma só direção,
ou seja,
tudo aquilo que é conforme
à razão,
à justiça e
à eqüidade.
AULA 01
NOÇÕES DE DIREITO / LEI DA INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL
1. NOÇÕES DE DIREITO
O homem não pode viver isolado. A vida em sociedade é a sua inclinação natural e da qual, ainda que tente, não 
consegue libertar-se, a não ser nos exemplos criados pela imaginação dos ficcionistas, sem qualquer compromisso com 
a realidade. E, compelidos a viverem, uns ao lado dos outros, os homens necessitam de um conjunto de normas de 
convivência, sem as quais, seria impossível a vida em sociedade, porque, fatalmente, adviria daí o caos ante os 
inevitáveis choques dos interesses individuais em conflito.
Tais regras de comportamento, estão divididas em dois grupos, cuja diferença fundamental está no fato de serem ou 
não dotadas de sanção externa, por parte do Estado, capaz de coagir o indivíduo a aceitá-las e respeitá-las.
O primeiro grupo, o das normas desprovidas de sanção externa de âmbito mais amplo, tem por fundamento as 
convicções morais e religiosas (o temor a Deus, o amor ao próximo, os deveres ditados pela educação urbanidade, 
cortesia), e cujo castigo pelo descumprimento não vai além do remorso, do arrependimento, ou mesmo, da reprovação 
geral da comunidade.
O segundo grupo, de âmbito mais restrito, é composto pelas normas de convivência ditadas pela conveniência social 
do momento ou erigidas pelos costumes enraizados na cultura do povo, editadas ou não pelo poder competente, e 
dotadas de sanção para coagir a todos e a cada um a aceitá-las e respeitá-las. São as que interessam ao mundo do 
Direito, as que compõem o ordenamento jurídico positivo, que não é, senão, o conjunto sistemático das regras de 
comportamento exigíveis à convivência social.
No conceito do civilista Washington de Barros Monteiro: “ao conjunto dessas 
normas gerais e positivas, ditadas por um poder soberano, que disciplinam a vida 
social, se denomina direito
O Direito tem por objetivo, ou objetiva, o disciplinamento da vida em sociedade, que por sua vez, está em constante 
mutação. Assim, também o Direito assume um caráter dinâmico e suas disciplinas são constantemente revistas.
Daí, conclui-se que Direito são normas das ações humanas na vida social, 
estabelecidas por uma organização soberana e imposta, coativamente, à 
observância de todos. Mas este conceito focaliza o problema jurídico apenas sob 
um de seus aspectos - o objetivo. Contudo pode o Direito ser visto igualmente sob o 
ângulo subjetivo.
Direito Objetivo: é um conjunto de normas que a todos se dirige e a todos vincula. Denomina-se norma agendi.
Direito Subjetivo: é a prerrogativa de que decorre a norma para o indivíduo; é a faculdade conferida ao indivíduo de 
invocar a seu favor. É chamada facultas agendi.
Como se verifica, o segundo depende do primeiro. O direito de propriedade, por exemplo, é resultante de uma 
garantia constitucional. E o princípio que o consagra é preceito de direito objetivo. A prerrogativa que decorre desse 
princípio, para o titular da propriedade, na defesa de seu interesse, é o direito subjetivo do proprietário.
Por conseguinte, enquanto, de um lado, temos o preceito do objetivo - a norma agendi - que se dirige a todos, de 
outro, encontramos a prerrogativa individual de invocar a norma na defesa de seu interesse, utilizando-se, assim, a 
faculta agendi.
A
U
L
A
1
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
447
Tendo por base a formulação dos romanos, podemos classificar o Direito em 
dois grandes ramos: Público e Privado.
DIREITO PÚBLICO: é o que regula as relações dos Estados entre si, ou do 
Estado, como tal, e os seus membros. Destina-se a disciplinar os interesses da 
sociedade. Ex.: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito 
Processual, Direito Penal, etc.
DIREITO PRIVADO: é o que regula as relações entre os indivíduos, tem em 
vista o interesse particular de cada um ou a ordem privada. Ex.: Direito Civil, 
Direito Comercial, Direito Agrário, etc.
FORMAS DE EXPRESSÃO DO DIREITO:
As principais fontes ou expressões do Direito são a lei, os costumes, a doutrina e a jurisprudência.
2. DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942 - Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro.
O tema central da Lei de Introdução do Código Civil é a própria lei, na medida 
em que versa sobre a vigência dela, sua revogação, da impossibilidade de alegar-
se o seu desconhecimento, da aplicação da lei e de suas lacunas, da 
interpretação da lei e sua eficácia no tempo e no espaço.
A publicação no Diário Oficial é a forma de tornar a lei pública e, portanto, de 
conhecimento geral. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a 
conhece. A presunção de que todos conhecem a lei não corresponde à realidade, 
dada a quantidade de leis existentes e à sanha legiferante do executivo. 
A lei, para ser imperativa, deve estar em vigor. A maioria delas costuma indicar a data de a partir de quando 
entrará em vigor. Todavia, se uma lei nada dispuser a respeito, entrará ela em vigor 45 dias após a publicação oficial, 
no território nacional, e em 3 meses nos países estrangeiros onde se admite a legislação pátria.
O intervalo de tempo compreendido entre, a data da publicação da lei e sua entrada em vigor, denomina-se 
vacatio legis. O instituto da vacância da lei objetiva a concessão de prazo para que todos se adaptem à nova lei. O 
novo Código Civil passa a vigorar após um período de vacatio legis.
Via de regra, a lei vigorará por tempo indeterminado, até que uma outra lei posterior a modifique ou revogue. Mas 
a lei nova deve ter hierarquia igual ou superior a da lei modificada ou revogada. Há casos em que a lei é de vigência 
temporária, principalmente para atender situações extremas, mas passageiras.
A lei não é capaz de prever todas as situações jurídicas, e sendo omissa deve o juiz decidir o caso de acordo com 
a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. A aplicação da lei ao caso concreto deve sempre atender 
aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Uma vez em vigor, a lei tem efeito imediato e geral, mas deve respeitaro ato jurídico perfeito, o direito adquirido e 
a coisa julgada. Ato jurídico perfeito é o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 
D i r e i t o a d q u i r i d o é a q u e l e q u e o s e u titular pode exercer, 
pessoalmen te ou por terceiros, ou aquele cujo começo do exercício tenha termo 
pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. Chama-
se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
Vamos ver um exemplo de direito reconhecido:
 Lei: “é a norma jurídica produzida pelo poder público, principalmente pelo Poder 
Legislativo. É uma norma jurídica escrita, de caráter geral e obrigatório. É da essência da lei ser 
escrita, pois sua obrigatoriedade ocorre a partir de sua publicação. É geral porque é um preceito, 
uma regra de conduta social comum a todas as pessoas. É obrigatória porque dotada de sanção 
coercitiva, isto é, capaz de compelir as pessoas a cumpri -la. É a mais importante das formas de 
expressão do Direito”. (Sinésia C. Mendes – Direito e Legislação, curso introdutório. 1990). 
 Costume: provém do povo, que a partir de determinada necessidade cria uma regra de 
conduta que passa a ser adotada por toda a sociedade, de forma uniforme e reiterada. Alguns 
costumes assumem para a sociedade força de lei. 
 Doutrina: é feita pelos estudiosos ou doutrinadores do Direito, mediante à interpretação 
de textos legais e de situações concretas. Muitas vezes, a doutrina mostra os aspectos negativos 
do Direito, em vigor, indicando os meios para superá-los. 
 JURISPRUDÊNCIA: é o costume judiciári o. É o conjunto de decisões dos juízes, num 
mesmo sentido, de forma constante, geral, repetida e pacífica, referente a determinados casos 
concretos apresentados aos tribunais. Podemos exemplificar inúmeras decisões de juízes sobre 
a cobrança de multa por inadimplemento no valor de 10%, considerada abusiva. Acabaram por 
alterar a lei que passou a exigi-la no valor de 2%. 
Muitas vezes. ao analisar certos temas verificamos a jurisprudência firmada sobre o 
assunto e fazemos apelações ou interpretações de leis com base nela. 
 
448
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
José de Abreu comprou de João Alves o apartamento nº 102 da Avenida XV de Novembro, 1050, na cidade de 
Curitiba. Pagou um sinal de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e ficou devendo 10 (dez) prestações de R$ 5.000,00 (cinco 
mil reais) cada uma, com vencimentos para os dias 05 (cinco) dos meses subseqüentes.
José e João celebraram entre si uma escritura de compra e venda que foi levada à transcrição no Registro de Imóveis 
efetivando a aquisição da propriedade imobiliária.
Ocorre que José não pagou as prestações devidas e não houve qualquer possibilidade de entendimento entre 
comprador e vendedor, no sentido de solucionar amigavelmente o litígio, com a rescisão do contrato de compra e venda.
João recorreu à justiça e obteve sentença favorável, reintegrando-se na posse do imóvel.
No exemplo acima, muito comum nos dias atuais, verifica-se uma série de normas jurídicas impostas pelo Estado, 
regulando relações entre duas pessoas, com o objetivo de tornar possível a vida em sociedade.
Vamos identificar algumas dessas normas jurídicas:
a) José e João celebraram uma escritura de compra e venda de imóvel.
b) A escritura foi levada à transcrição no Registro de Imóveis.
c) José deu um sinal - arras (garantia de contrato) - firmando a presunção de um acordo final.
d) Com a lavratura da escritura, efetivou-se a aquisição da propriedade imobiliária.
e) Nas datas previstas para os pagamentos, João procurou José, mas este não cumpriu o trato e sequer deu 
explicações sobre seu procedimento.
f) José não cumpriu o pactuado; não quis celebrar um acordo rescindindo o contrato de compra e venda, passando 
a usar indevidamente o imóvel de João.
g) João invocou a proteção do Poder Judiciário para fazer valer o seu direito e obteve ganho de causa.
h) José foi coativamente desapossado do imóvel, por determinação judicial; perdeu as arras dadas; pagou custas 
processuais (despesas do processo) e honorários do advogado de João.
João teve reconhecido o seu direito.
Para não esquecer
No sentido objetivo, o Direito é o complexo de normas de agir cujo conteúdo é 
constituído pela soma de preceitos, regras e leis, com as respectivas sanções que 
regem as relações do homem, enquanto em sociedade.
A característica predominante do Direito, portanto, está na coação social 
utilizada pela própria sociedade para fazer respeitar os deveres jurídicos que ela 
mesma institui, a fim de manter a harmonia dos interesses gerais e implantar a 
ordem jurídica. Entende-se, também, o Direito como um fenômeno de ordem social, 
norma de caráter geral imposta pela sociedade, visando o equilíbrio de interesses 
na própria sociedade.
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 01:
Pesquise na Internet sobre a origem do Direito. Redija um texto sobre o assunto e apresente para o 
professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 01.
 
 
 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
449
ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 1- Introdução ao Direito - Direito Civil, você deverá resolver as Atividades 
da Unidade I deste volume (referentes à Introdução ao Direito - Direito Civil). Poderá, também, optar pelos 
exercícios que estão no Site www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao 
professor/tutor para correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos 
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
 Avaliação Parcial Unidade III - Leis e Resoluções.
450
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
UNIDADE - I 
INTRODUÇÃO AO DIREITO - DIREITO CIVIL
 
Todo homem é capaz de direitos e obrigações
na ordem civil, sem distinção de idade,
sexo, cor, raça e nacionalidade.
O Art. 2º do Código Civil dá a
exata noção de capacidade, que
está intimamente ligada à personalidade.
AULA 02
DAS PESSOAS
1 - DAS PESSOAS
1.1 DAS PESSOAS NATURAIS
Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na vida civil, ou seja, tem personalidade que a autoriza a ser titular de 
deveres e direitos nas relações jurídicas entre os homens. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com 
vida e termina com a morte. A respiração é considerada como sendo a prova mais eficaz do nascimento com vida.
Todavia, desde a concepção, a lei põe a salvo os direitos do nascituro, ser já concebido, mas que está por nascer. 
Nesse sentido, o nascituro pode herdar, receber doações e legados, ser adotado, figurar como sujeito ativo e passivo de 
direitos e obrigações. 
A capacidade civil é a aptidão da pessoa para ser titular, ou seja, exercer direitos e 
assumir obrigações na ordem civil. 
Apesar de toda pessoa ser titular de diretos e deveres, necessariamente, não 
significa que ela possa exercê-los plenamente. Há casos em que a lei protege 
determinados grupos de pessoas, considerando a idade, saúde e o 
desenvolvimento intelectual, impedindo-os de exercer pessoalmente seus direitos. 
A esse grupo de pessoas dá-se a denominação de incapazes. 
Assim, a incapacidade pode ser entendida como a vedação imposta pela lei para a prática pessoal de direitos 
e obrigações, não obstante a pessoa ser titular desses direitos e deveres. Ela pode ser absoluta ou relativa.
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de dezesseis anos, os 
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos, e os 
que,mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
A determinação da capacidade da pessoa é de suma importância para a validade do negócio jurídico, pois ele é nulo 
quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz. E, sendo nulo, não gera nenhum efeito.
No exercício de direitos e deveres os absolutamente incapazes são representados pelo pai, tutor ou curador, que 
pratica ato jurídico em nome ou pelo absolutamente incapaz. 
São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer, os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento 
reduzido, os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo, os pródigos. O negócio jurídico celebrado por 
pessoa relativamente incapaz é anulável.
A lei permite aos relativamente incapazes a prática de atos jurídicos, mas condiciona essa prática à assistência do 
pai, tutor ou curador, ou seja, de uma pessoa plenamente capaz, que se posta ao lado do relativamente incapaz, 
auxiliando-o na prática do ato jurídico e integrando-lhe a capacidade.
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida 
civil. Todavia, cessará, para os menores, a incapacidade pela emancipação concedida pelos pais, pelo casamento, pelo 
exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em curso de ensino superior, pelo estabelecimento civil ou 
comercial, ou pela existência de relação de emprego no qual, o menor, com dezesseis anos completos tenha economia 
própria.
Uma vez ocorrida a emancipação ela se torna irrevogável e definitiva. Quem se emancipou pelo exercício do 
comércio e depois faliu, quem se casou e depois ficou viúvo ou se divorciou não retorna à condição de incapaz.
A existência da pessoa natural termina com a morte. Pode-se presumir a assim declará-la, sem decretação de 
ausência, depois de esgotadas as buscas e averiguações, nos casos em que é extremamente provável a morte de quem 
estava em perigo de vida, se o desaparecido em campanha ou feito prisioneiro não for encontrado até dois anos após o 
término da guerra. 
A morte presumida tem como conseqüência a abertura da sucessão definitiva quanto aos bens e a dissolução da 
sociedade conjugal. 
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Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes 
precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
1.1.1 - DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
Os direitos da personalidade são a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, o nome e o 
pseudônimo. Eles são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Isto 
significa que o titular de direitos de personalidade não pode, exceto em casos específicos previstos em lei, transmitir 
esses direitos a outrem, não pode renunciar ou deles dispor voluntariamente.
Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem 
prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda 
quando não haja intenção difamatória, nem se pode usar o nome alheio em 
propaganda comercial.
1.1.2 - DA AUSÊNCIA
A ausência ocorre quando uma pessoa desaparece do seu domicílio e dela não se tem mais notícia ou não 
tenha deixado representante ou procurador. Ao ausente será nomeado curador, que procederá a arrecadação dos 
bens.
Os interessados poderão requerer a declaração de ausência e a abertura à sucessão provisória depois de 
decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou três anos se ele deixou representante ou procurador. São 
considerados interessados na declaração de ausência o cônjuge não separado judicialmente, os herdeiros 
presumidos, legítimos ou testamentários, os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte, 
e os credores de obrigações vencidas e não pagas.
Dez anos depois da abertura da sucessão provisória poderão os interessados requerer a sucessão definitiva. 
Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade e que as 
últimas notícias dele remontam a cinco anos.
1.2 - DAS PESSOAS JURÍDICAS
Pessoa jurídica é a entidade constituída de homens ou bens com vida, direitos, obrigações e patrimônio próprios. 
São de direito público, interno ou externo, e de direito privado. A existência legal das pessoas jurídicas de direito 
privado começa com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro.
São pessoas jurídicas de direito público interno à União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Territórios, os Municípios, as autarquias, e qualquer outra entidade 
de caráter público criada por lei.
São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e 
todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
São pessoas jurídicas de direito privado as associações, as sociedades, e as 
fundações.
Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
1.2.1- DAS ASSOCIAÇÕES E DAS SOCIEDADES
As associações são constituídas pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos, 
exercendo via de regra, atividades culturais, religiosas ou beneficentes.
As sociedades são constituídas pela união de pessoas que se organizam visando fins econômicos, ou seja, 
visando o lucro. São exemplos: a sociedade civil, a sociedade limitada, a sociedade anônima de economia mista.
1.2.2 - DAS FUNDAÇÕES
Fundação é a pessoa jurídica composta pela organização de um patrimônio, destacado pelo seu instituidor 
para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. A fundação possui apenas patrimônio gerido por curadores e 
não tem proprietário, nem titular, nem sócios.
1.3 - O DOMICÍLIO
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Todavia, se a 
pessoa tiver diversas residências, vivendo nelas alternadamente, qualquer delas poderá ser considerada seu 
domicílio. 
O domicílio também pode ser o local de trabalho ou o lugar onde a pessoa 
mantém o centro de suas ocupações, ou, ainda, o lugar onde for encontrada, se 
não tiver residência fixa ou centro de ocupações habituais.
O domicílio das pessoas jurídicas é o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde 
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. Tendo a pessoa jurídica diversos 
estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
O domicílio pode ser classificado como voluntário, legal e de eleição. 
 
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Voluntário é aquele estabelecido por critério exclusivo do indivíduo, sem qualquer interferência; 
exceto sua manifestação de vontade.
Legal ou necessário é aquele fixado por lei para determinadas pessoas. 
Domicílio de eleição é aquele especificado por comum acordo das partes contratantes.
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 02:
Pesquise na Internet sobre a origem do Direito das Pessoas enfocando o direito de personalidade. 
Elabore um texto sobre o assunto e apresente para o professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 02.
 
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ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 1- Introdução ao Direito - Direito Civil, você deverá resolver as Atividades 
da Unidade I deste volume (referentesà Introdução ao Direito - Direito Civil). Poderá, também, optar pelos 
exercícios que estão no Site www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao 
professor/tutor para correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito - Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos 
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
 
1 - DOS BENS
Bens são as coisas de quantidades limitadas com utilidade ao homem e que nele provoca o desejo de possuí-las. 
Conforme as suas características tem diversas classificações, a saber:
1.1 - DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
1.1.1- Dos Bens Imóveis
São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente. Também são considerados imóveis, para efeitos legais, os direitos 
reais sobre imóveis e as ações que os asseguram e o direito à sucessão aberta
Não perdem o caráter de imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, 
forem removidas para outro local, e os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
1.1.2 - Dos Bens Móveis
São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da 
substância ou da destinação econômico-social. Também são considerados móveis, para efeitos legais, as energias que 
tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, e os direitos pessoais de 
caráter patrimonial e respectivas ações. 
Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes 
da demolição de algum prédio.
1.1.3 - Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
São Infungíveis os que não podem ser substituídos, valendo pela sua individualidade. 
São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também, considerados tais os destinados à alienação. Inconsumíveis, são os bens móveis de natureza durável. 
1.1.4 - Dos Bens Divisíveis
Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de 
valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Um exemplo é a gleba de lote rural, a barra de ouro. Indivisíveis, são os bens 
que não admitem divisão.
1.1.5 - Dos Bens Singulares e Coletivos
São singulares os bens que, embora reunidos, consideram-se de per si, independentemente dos demais. São 
coletivos os bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
1.2 - DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
Principal é o bem que existe sobre si, abstrato ou concretamente. 
Acessório é aquele cuja existência supõe a do principal. 
São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao 
serviço ou ao aformoseamento de outro.
UNIDADE - I 
INTRODUÇÃO AO DIREITO - DIREITO CIVIL
 
São bens imóveis o solo e tudo quanto
se lhe incorporar natural
ou artificialmente.
Também são considerados imóveis, 
para efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e 
as ações que os asseguram 
e o direito à 
sucessão aberta.
AULA 03
DOS BENS
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Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças; salvo se o contrário 
resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Apesar de ainda não separados do bem 
principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o 
tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Não se consideram 
benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem, sem a intervenção do proprietário, possuidor ou 
detentor.
1.3 - Dos Bens Públicos
São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos 
os outros são particulares; seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Também são bens públicos os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças, os de 
uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, 
estadual, territorial ou municipal; inclusive os de suas autarquias, e os dominicais, que constituem o patrimônio das 
pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação. 
Os bens públicos dominicais podem ser alienados, desde que observadas as exigências da lei. Em 
qualquer hipótese, os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 03:
Pesquise na Internet sobre a origem do Direito das Pessoas, enfocando o direito sobre bens públicos 
inalienáveis. Redija um texto sobre o assunto e apresente para o professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 03.
ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 1- Introdução ao Direito - Direito Civil, você deverá resolver as Atividades 
da Unidade I deste volume (referentes à Introdução ao Direito - Direito Civil). Poderá, também, optar pelos 
exercícios que estão no Site www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao 
professor/tutor para correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito - Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos 
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
Avaliação Parcial Unidade III - Leis e Resoluções.
 
 
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UNIDADE - I 
INTRODUÇÃO AO DIREITO - DIREITO CIVIL
 
São bens imóveis o solo e tudo quanto
se lhe incorporar natural
ou artificialmente.
Também são considerados imóveis, 
para efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e 
as ações que os asseguram 
e o direito à 
sucessão aberta.
AULA 04
DOS FATOS JURÍDICOS
 1 - FATOS JURÍDICOS
1.1 - FATOS, ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS
Fato jurídico é o acontecimento que produz conseqüências jurídicas. O fato 
jurídico pode decorrer da natureza, como os efeitos de uma ventania, ou de uma 
ação humana, criando, transferindo, modificando, ou extinguindo direitos e 
obrigações.
É importante diferenciar ato jurídico de negócio jurídico. 
O primeiro (ato jurídico) é o acontecimento que tem seus limites estabelecidos pela lei, tanto na forma, nos termos 
quanto nos efeitos. 
O segundo (negócio jurídico), é o ato lícito que faculta às partes de estabelecerem a fixação dos termos e dos 
efeitos, de acordo com seus interesses particulares.
A validade do negócio jurídico requer agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e forma 
prescrita ou não defesa em lei.
A realização de negócio jurídico tem como pressuposto uma declaração de vontade. Aquele que a emite deve ter 
capacidade, ou seja, estar consciente da declaração de vontade e das suas conseqüências. Havendo incapacidade 
absoluta ou relativa, deve o agente ser representado ou suprido.
A liceidade do objeto visa garantir a obediência dos negóciosao ordenamento jurídico na medida em que não 
permite negócios jurídicos que vão encontro à lei, à moral ou aos bons costumes. Ressalta-se que a impossibilidade 
inicial do objeto não invalida o negócio jurídico, se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele 
estiver subordinado.
Finalmente, na realização do negócio jurídico, é imprescindível a obediência à forma, ou seja, o meio pelo qual se 
exterioriza. 
A regra geral é de que a validade da declaração de vontade dependerá de forma 
especial somente quando a lei expressamente a exigir, sendo livre a forma nos 
demais casos. No negócio jurídico, celebrado com a cláusula de não valer sem 
instrumento público, a sua ausência o invalida.
A manifestação de vontade, mesmo que o autor haja realizado a reserva mental de não querer o que manifestou, tem 
validade; exceto se o destinatário da manifestação tinha conhecimento do desejo do declarante.
Quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa, o 
silêncio importa anuência.
Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da 
linguagem. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
1.2 - DA REPRESENTAÇÃO
Os poderes de representação são conferidos pela lei ou pelo interessado. A manifestação de vontade do 
representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.
O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a 
extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.
É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou 
devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Realizado o negócio, o prazo de decadência para pleitear sua 
anulação é de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade.
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1.3 - DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO
Considera-se condição a cláusula que subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. Deriva 
exclusivamente da vontade das partes. 
São lícitas todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes. São proibidas as 
condições que privarem o negócio jurídico de todo efeito o sujeitar ao puro arbítrio de uma das partes.
Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados às condições impossíveis (quando suspensivas), as 
ilícitas, as de fazer coisa ilícita, e as condições incompreensíveis ou contraditórias.
A condição impossível é aquela em que o acontecimento necessário para a eficácia do ato jurídico é inatingível, 
inalcançável ou legalmente proibida. 
Condições suspensivas são aquelas em que a aquisição do direito fica na dependência de um evento futuro e 
incerto; enquanto este não se verificar, não se terá adquirido o direito. Condições resolutivas são aquelas em que o 
direito adquirido se desfaz quando ocorrer determinado evento; enquanto este não se realizar, vigorará o negócio 
jurídico.
Termo é a definição do momento, do dia em que começam ou terminam os 
efeitos do negócio jurídico. O termo inicial suspende o exercício, mas não a 
aquisição do direito.
Para estabelecimento do termo, salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, 
excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento. Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á 
prorrogado o prazo até o seguinte dia útil. Meado é considerado, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia. Os 
prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência. 
Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.
Estabelecido um negócio jurídico entre vivos, sem fixação de prazo, ele é exeqüível desde logo, exceto se a 
execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.
O encargo é cláusula acessória que impõe uma obrigação ao beneficiário do ato jurídico. Não suspende a 
aquisição nem o exercício do direito; salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, 
como condição suspensiva.
O encargo ilícito ou impossível será considerado não escrito, liberando o ato negocial de qualquer restrição. 
Todavia, se constituir o motivo determinante da liberalidade será invalidado o negócio jurídico.
1.4 - DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
O negócio jurídico tem como fundamento a livre e consciente manifestação de vontade com vistas a atingir os fins 
pretendidos. Se ela não é consciente ou o querer não se manifestou livremente, como nos casos de erro ou 
ignorância, dolo, coação, estado de perigo e lesão, o negócio jurídico pode ser anulado porque defeituoso. Há, 
também, manifestação de vontade que o agente quis e estava consciente, mas a fez em desacordo com as 
disposições legais ou de boa-fé, como no caso da fraude contra credores.
1.4.1- DO ERRO OU IGNORÂNCIA
Erro é a falsa noção sobre alguma coisa, enquanto a ignorância é o desconhecimento acerca de algo. Ambos 
viciam o consentimento do declarante, que teria se manifestado de outra maneira se conhecesse a realidade. 
São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que 
poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
Erro substancial ou essencial é aquele que recai sobre a natureza do negócio, sobre o objeto principal da 
declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais. Da mesma forma, erro substancial é aquele que recai 
sobre a identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha 
influído, nesta, de modo relevante. Ainda, erro substancial é aquele que ocorre quando for o motivo único ou principal 
do negócio jurídico, sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei. 
O ato jurídico somente é anulado por erro substancial ou essencial. Não 
acarreta nulidade o erro acidental ou secundário.
 O erro de indicação da pessoa ou da coisa, denominado erro acidental, a que se referir a declaração de 
vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, puder-se identificar a coisa ou 
pessoa cogitada.
1.4.2 - DO DOLO
Dolo é o artifício ou expediente usado para enganar alguém. Os negócios 
jurídicos são anuláveis quando o dolo for a sua causa. Diferencia o dolo do erro 
porque a vontade neste é enganada, espontaneamente, enquanto que naquele 
ela é provocada.
O dolo é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. Ele só obriga à 
satisfação das perdas e danos.
Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que 
a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. Se 
ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
1.4.3 - DA COAÇÃO
Coação é a violência física ou moral que impede alguém de dispor livremente de sua vontade. A coação, para 
viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à 
 
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sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem 
o simples temor reverencial.
1.4.4 - DO ESTADO DE PERIGO
Ocorre o estado de perigo quando alguém,premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de 
grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
1.4.5 - DA LESÃO 
Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, obriga-se à prestação 
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
1.4.6 - DA FRAUDE CONTRA CREDORES
Pratica fraude contra credores o devedor insolvente, ou na iminência de o ser, que onera ou aliena seus bens, 
desfalcando seu patrimônio em detrimento dos credores. Nesse caso, os credores poderão anular os negócios de 
transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor 
insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
1.5 - DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
A desobediência, quanto à forma prescrita em lei, acarreta uma sanção que 
impede o negócio jurídico de produzir efeitos. Essa sanção é denominada nulidade, 
podendo ser absoluta ou relativa. 
 A nulidade absoluta caracteriza-se pela falta de algum elemento substancial do negócio jurídico, como, por 
exemplo, quando for celebrado por pessoa absolutamente incapaz, for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto, 
quando o motivo determinante das partes for ilícito. Da mesma forma, nulo é o negócio jurídico quando não se reveste da 
forma prescrita em lei, tiver por objetivo fraudar lei imperativa, e quando a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe 
a prática, sem cominar sanção.
 Também é nulo negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na 
forma. A simulação ocorre nos casos de declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira, ao se antedatar ou 
pós-datar escritos particulares, ou, ainda, quando aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas 
daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem. 
A nulidade absoluta, por ser matéria de ordem pública, pode ser levantada a 
qualquer tempo, por qualquer pessoa; e não admite convalidação ou ratificação e 
não se sujeita à prescrição.
 A nulidade relativa caracteriza-se pela incapacidade relativa do agente é ou por vício resultante de manifestação 
de vontade. A nulidade relativa só é levantada pelo interessado direto. Pode ser convalidada com a ocorrência da 
prescrição, pela correção do vício, pela revogação da exigência legal ou pela ratificação.
 O prazo decadencial para anulação do negócio jurídico decorrente e vício de vontade é de quatro anos, contados 
conforme o vício. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a 
anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele 
se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente. 
 A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio. 
Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta 
for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da 
obrigação principal.
1.6 - DOS ATOS ILÍCITOS
 A distinção entre ato ilícito e negócio ilícito observa-se, sobretudo, quanto aos efeitos. 
 O primeiro é punido com a ineficácia, enquanto o segundo gera a obrigação de reparar o dano. 
 Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, 
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Não são considerados atos ilícitos aqueles praticados em legítima defesa ou no 
exercício regular de direito ou a promoção da deterioração ou destruição da coisa 
alheia, ou a lesão à pessoa, a fim de remover perigo iminente, observados as 
circunstâncias e os limites.
1.7 - DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
O titular de direitos deve exercê-los no tempo e na forma estabelecida pela lei ou estabelecida particularmente, sob 
pena de caducidade e, de conseqüência, o perecimento do direito ou da possibilidade de cobrá-lo.
 
 
1.7-1- DA PRESCRIÇÃO
A prescrição é a extinção de uma ação ajuizável em decorrência da inércia do seu titular, durante certo lapso 
de tempo. A prescrição extingue a pretensão e de conseqüência à possibilidade de se exigir um direito. 
A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Especificamente afeta ao 
direito imobiliário, prescrevem em três anos a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos, a 
pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias, a pretensão para haver juros, 
dividendos ou quaisquer prestações acessórias, a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa, a 
pretensão de reparação civil, a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de 
seguro de responsabilidade civil obrigatório.
Prescrevem em cinco anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas 
constantes de instrumento público ou particular, a pretensão dos profissionais 
liberais, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos 
respectivos contratos ou mandato, a pretensão do vencedor para haver do 
vencido o que despendeu em juízo.
1.7.2 - DA DECADÊNCIA
Decadência e extinção do direito em decorrência da inércia do seu titular, que deixa escoar o prazo legal ou 
convencionado, para o seu exercício. Enquanto a prescrição extingue a pretensão, pois o inerte perde a 
possibilidade de ajuizar ação para fazer valer um direito. Na decadência, perde o próprio direito e extingue-se não só 
a pretensão, mas o próprio direito pelo não exercício.
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 04:
Pesquise na Internet sobre o tema “Prescrição”. Faça um texto sobre o assunto e apresente para o 
professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 04.
ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 1- Introdução ao Direito - Direito Civil, você deverá resolver as Atividades 
da Unidade I deste volume (referentes à Introdução ao Direito - Direito Civil). Poderá, também, optar pelos 
exercícios que estão no Site www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao 
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As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito - Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos 
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
 
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NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________
Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________
ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________
1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) “A palavra direito vem do latim “directum”, do verbo dirigere que significa:
a) dirigir;
b) ordenar;
c) pôr em ordem;
d) todasas alternativas estão corretas.
2) Os homens, para viverem em sociedade e não caírem no caos ante aos inevitáveis choques dos interesses 
individuais em conflito, necessitam de:
a) normas de convivência;
b) educação e cultura;
c) respeito;
d) n.d.a.
3) O Direito tem por objetivo:
a) constituir leis e regras;
b) o disciplinamento da vida em sociedade;
c) punir a quem desobedeça as normas da sociedade;
d) n.d.a.
4) Tendo por base a formulação dos romanos, podemos classificar o Direito em dois grandes ramos:
a) Direito Público e Direito Privado;
b) Direito Civil e Penal;
c) Direito Público e Direito Civil;
d) n.d.a.
5) Quais são as principais fontes ou expressões do Direito?
a) A Lei.
b) Os costumes.
c) A Doutrina e a Jurisprudência.
d) Todas as alternativas estão corretas. 
6) O Direito objetivo é um conjunto de normas que a todos se dirige e a todos vincula. Denomina-se:
a) norma agendi;
b) facultas agendi;
c) direito subjetivo;
d) n.d.a.
7) O Direito Público é o que regula as relações dos Estados entre si, ou do Estado como tal, e os seus membros. 
Destina-se a disciplinar os interesses da sociedade. São seus exemplos:
a) Direito Constitucional, Direito Administrativo;
b) Direito Processual, Direito Penal;
c) Direito Civil, Direito Agrário;
d) As alternativas a e b estão corretas.
NOTA:
Ass. Profº:
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE I
INTRODUÇÃO AO DIREITO
Direito Civil (direito das pessoas, dos bens, dos fatos jurídicos).
EXERCÍCIO A
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
461
8) Como se denomina a decisão judicial de que já não cabe recurso?
a) Coisa julgada ou caso julgado;
b) Caso sem julgamento;
c) Caso julgado sem recurso;
d) n.d.a.
9) Quando se inicia a personalidade civil de um indivíduo?
a) Quando atinge a maioridade;
b) A partir dos 18 anos;
c) Ao nascer com vida (quando há respiração ao nascer);
d) n.d.a.
10) Quem está por nascer - nascituro - tem direitos como:
a) herdar, receber doações e legados;
b) ser adotado;
c) figurar como sujeito ativo e passivo de direitos e obrigações;
d) todas as alternativas estão corretas.
462
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________
Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________
ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________
1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) O que significa capacidade civil?
a) A aptidão da pessoa para ser titular exercendo direitos e assumindo obrigações na ordem civil.
b) A aptidão da pessoa para ser titular exercendo direitos e assumindo obrigações na ordem civil, não significando, 
necessariamente, que possa exercê-los plenamente.
c) A aptidão da pessoa que ao nascer está apta a ser titular exercendo direitos e assumindo obrigações na ordem civil.
d) n.d.a.
2) Quais são os direitos da personalidade?
a) intimidade, vida privada.
b) honra e imagem das pessoas.
c) nome e pseudônimo.
d) todas as alternativas estão corretas. 
3) “São pessoas jurídicas de direito público interno a _____, os __________, o Distrito Federal e os Territórios, os 
__________, as ____________, e qualquer outra entidade de caráter público criada por _______”. 
Complete o período com a alternativa correta:
a) União, Estados, Municípios, autarquias, resolução.
b) União, Estados, Municípios, autarquias, lei.
c) União, Estados, Municípios, ong's, resolução.
d) n.d.a.
4) “São pessoas jurídicas de direito privado as __________, as ____________ e as ___________”.
Complete o trecho com a alternativa correta:
a) associações, sociedades, fundações.
b) autarquias, sociedades, associações.
c) associações, empresas familiares, municípios.
d) n.d.a.
5) Como pode ser classificado o domicílio?
a) Voluntário.
b) Legal.
c) De eleição.
d) Todas as alternativas estão corretas.
6) “São bens imóveis ________ e tudo quanto se lhe incorporar _________ ou _____________”.
Complete o enunciado com a alternativa correta:
a) o solo, natural, artificialmente.
b) o terreno, por lei, compra.
c) o solo, por lei, compra.
d) n.d.a.
NOTA:
Ass. Profº:
Data:
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE I
INTRODUÇÃO AO DIREITO
Direito Civil (direito das pessoas, dos bens, dos fatos jurídicos).
 EXERCÍCIO B 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
463
7) “Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são ________, enquanto conservam a sua 
qualificação”.
Complete com a alternativa correta:
a) inalienáveis
b) alienáveis
c) protegidos por regras e normas
d) n.d.a.
8) “Em qualquer hipótese os bens públicos não estão sujeitos a _________”. 
Complete a afirmativa com a alternativa correta:
a) venda.
b) permuta.
c) usucapião.
d) n.d.a
9) Qual a diferença entre dolo e erro?
a) Dolo é a vontade enganada; erro é provocado.
b) Dolo é provocado; erro é espontâneo.
c) Dolo é involuntário; erro é espontâneo.
d) n.d.a.
10) Em quantos anos prescrevem-se a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento 
público ou particular?
a) 12 anos.
b) 6 anos.
c) 5 anos.
d) 4 anos.
460
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1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) Qual a diferença entre dolo e erro?
a) Dolo é a vontade enganada; erro é provocado.
b) Dolo é provocado; erro é espontâneo.
c) Dolo é involuntário; erro é espontâneo.
d) n.d.a.
2) “São bens imóveis ________ e tudo quanto se lhe incorporar _________ ou _____________”.
Complete o enunciado com a alternativa correta:
a) o solo, natural, artificialmente.
b) o terreno, por lei, compra.
c) o solo, por lei, compra.
d) n.d.a.
 
3) “A palavra direito vem do latim “directum”, do verbo dirigere que significa:
a) dirigir;
b) ordenar;
c) pôr em ordem;
d) todas as alternativas estão corretas.
 
4) Os homens, para viverem em sociedade e não caírem no caos ante aos inevitáveis choques dos interesses 
individuais em conflito necessitam de:
a) normas de convivência;
b) educação e cultura;
c) respeito;
d) n.d.a.
5) Quando se inicia a personalidade civil de um indivíduo?
a) Quando atinge a maioridade.
b) A partir dos 18 anos.
c) Ao nascer com vida (quando há respiração ao nascer).
d) n.d.a
6) Como pode ser classificado o domicílio?
a) Voluntário.
b) Legal.
c) De eleição.
d) Todas as alternativas estão corretas
7) Tendo por basea formulação dos romanos, podemos classificar o Direito em dois grandes ramos:
a) Direito Público e Direito Privado;
b) Direito Civil e Penal;
c) Direito Público e Direito Civil;
d) n.d.a.
NOTA:
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DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE I
INTRODUÇÃO AO DIREITO
Direito Civil (direito das pessoas, dos bens, dos fatos jurídicos).
 
EXERCÍCIO C
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465
8) Quem está por nascer - nascituro - tem direitos como:
a) herdar, receber doações e legados;
b) ser adotado;
c) figurar como sujeito ativo e passivo de direitos e obrigações;
d) todas as alternativas estão corretas.
 
9) “Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são ________, enquanto conservam a sua 
qualificação”.
Complete com a alternativa correta:
a) inalienáveis
b) alienáveis
c) protegidos por regras e normas
d) n.d.a.
10) “Em qualquer hipótese os bens públicos não estão sujeitos a _________”. 
Complete a afirmativa com a alternativa correta:
a) venda;
b) permuta;
c) usucapião;
d) n.d.a
466
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Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________
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1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) O que significa capacidade civil?
a) É a aptidão da pessoa para ser titular exercendo direitos e assumindo obrigações na ordem civil.
b) É a aptidão da pessoa para ser titular exercendo direitos e assumindo obrigações na ordem civil, não significando, 
necessariamente, que possa exercê-los plenamente.
c) É a aptidão da pessoa que ao nascer está apto para ser titular exercendo direitos e assumindo obrigações na ordem 
civil.
d) n.d.a.
2) Tendo por base a formulação dos romanos, podemos classificar o Direito em dois grandes ramos:
a) Direito Público e Direito Privado;
b) Direito Civil e Penal;
c) Direito Público e Direito Civil;
d) n.d.a.
 
3) Como pode ser classificado o domicílio?
a) Voluntário.
b) Legal.
c) De eleição.
d) Todas as alternativas estão corretas
4) Os homens, para viverem em sociedade e não caírem no caos ante aos inevitáveis choques dos interesses 
individuais em conflito, necessitam de:
a) normas de convivência;
b) educação e cultura;
c) respeito;
d) n.d.a.
 
5) Qual a diferença entre dolo e erro?
a) Dolo é a vontade enganada; erro é provocado.
b) Dolo é provocado e erro é espontâneo.
c) Dolo é involuntário e erro é espontâneo.
d) n.d.a.
6) “Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são ________, enquanto conservam a sua 
qualificação”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) inalienáveis;
b) alienáveis;
c) protegidos por regras e normas;
d) n.d.a.
NOTA:
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DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE I
INTRODUÇÃO AO DIREITO
Direito Civil (direito das pessoas, dos bens, dos fatos jurídicos).
 
EXERCÍCIO D 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
467
7) Quais são os direitos da personalidade?
a) A intimidade, a vida privada.
b) A honra e a imagem das pessoas.
c) O nome e o pseudônimo.
d) Todas as alternativas estão corretas. 
 
8) “São pessoas jurídicas de direito privado as __________, as ____________ e as ___________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) associações, sociedades, fundações.
b) autarquias, sociedades, associações.
c) associações, empresas familiares, municípios.
d) n.d.a.
9) Quais são as principais fontes ou expressões do Direito?
a) A Lei.
b) Os costumes.
c) A Doutrina e a Jurisprudência.
d) Todas as alternativas estão corretas. 
10) “A palavra direito vem do latim “directum”, do verbo dirigere que significa:
a) dirigir;
b) ordenar;
c) pôr em ordem;
d) todas as alternativas estão corretas.
468
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
UNIDADE - II
DIREITO CIVIL - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
DIREITO DAS COISAS
 
“Obrigação é a relação jurídica,
de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor
 e cujo objeto consiste numa
 prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, 
devida pelo primeiro ao segundo, 
garantindo-lhe o adimplemento 
através do seu patrimônio” 
(Washington de Barros Monteiro).
AULA 01
A
U
L
A
1
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
469
1 - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
“Obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste 
numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o 
adimplemento através do seu patrimônio” (Washington de Barros Monteiro).
A prestação ou contraprestação deve ser possível, lícita, determinada ou determinável e traduzível em dinheiro.
1.1- DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
As obrigações dividem-se em obrigações de dar ou restituir, obrigações de fazer, 
ou de não fazer.
Das Obrigações de Dar
Essas obrigações relacionam-se à obrigatoriedade de entregar alguma coisa, que poderá ser certa, determinada e 
específica ou incerta, indeterminada ou genérica.
Via de regra, as obrigações incertas tratam sobre coisas fungíveis, e as obrigações certas sobre coisas 
infungíveis.
Das Obrigações de Dar Coisa Certa
A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela; mesmo que não mencionados; salvo se o contrário 
resultar do título ou das circunstâncias do caso. O credor de coisa certa não está obrigado a receber outra, ainda que 
mais valiosa. 
As obrigações de dar e de restituir se resolvem conforme averiguação da existência de culpa do devedor.
Nas obrigações de dar coisa certa, se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e 
mais perdas e danos. Se deteriorada, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, 
com direito a reclamar indenização das perdas e danos.
Nas obrigações de dar coisa certa, se a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente à 
condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes. Se deteriorada a coisa, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
A tradição é a entrega da coisa feita pelo devedor ao credor, e obrigação resolvida 
é a obrigação finda, extinta. 
Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor 
a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. Se a coisa se perder por culpa do 
devedor, responderá, este, pelo equivalente, mais perdas e danos.
Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito à 
indenização; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá, este, pelo equivalente e mais perdas e danos. 
Das Obrigações de Dar Coisa Incerta
A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela 
quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrárionão resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa 
pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso 
fortuito.
Das Obrigações de Fazer
A obrigação de fazer relaciona-se com o encargo de prestar um serviço, um ato positivo, material ou imaterial, em 
benefício do credor ou terceiro. Bem exemplifica a obrigação de fazer o encargo aceito pelo pedreiro para construir 
um muro.
O devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível incorrerá na obrigação de indenizar 
perdas e danos.
Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, 
responderá por perdas e danos. 
Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar as custas do devedor, havendo 
recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Em caso de urgência, pode o credor, 
independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
Das Obrigações de Não Fazer
A obrigação de não fazer relaciona-se com o encargo de abster-se obrigatoriamente de um fato que poderia 
praticar, de tolerar, consentir ou não impedir. 
Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato 
que se obrigou a não praticar.
Se aquele que se obrigou a abster-se de praticar o ato o fizer, o credor pode exigir sua dissolução, sob pena de o 
próprio credor o desfazer a custa do devedor, que responderá também por perdas e danos. Em caso de urgência, 
poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, sem prejuízo do ressarcimento devido.
Das Obrigações Alternativas
Obrigação alternativa é aquela que tem por objeto duas ou várias prestações 
que são devidas de tal maneira que o devedor se libere inteiramente executando 
uma “só dentre elas” (Planiol). 
Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou, mas ele não pode 
obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. Quando a obrigação for de prestações 
periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito 
quanto à outra.
Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, 
ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso 
determinar.
Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível, por culpa do devedor, o credor 
terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, 
ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da 
indenização por perdas e danos.
Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis
Obrigação divisível é aquela cuja prestação o devedor pode cumprir a obrigação por partes. Havendo mais de 
um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e 
distintas, quantos os credores ou devedores.
A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão.
Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. O 
devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. 
Das Obrigações Solidárias
Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um 
com direito, ou obrigado, à dívida toda. A solidariedade não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes.
A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a 
prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
Da Solidariedade Ativa
Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. 
Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles, poderá este 
pagar. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.
O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
Da Solidariedade Passiva
O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcialmente ou totalmente, a dívida 
comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo 
resto.
O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros 
devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
A cláusula, condição ou obrigação adicional, qualquer que seja ela, estipulada entre um dos devedores solidários 
e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
Impossibilitando-se a prestação, por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de 
pagar o equivalente; mas, pelas perdas e danos, só responde o culpado.
Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; 
mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Se o credor 
exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
1.2- DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
1.2.1- DA CESSÃO DE CRÉDITO
Na cessão de crédito, o credor (cedente) pode transferir a terceiro (cessionário) o direito que possui em 
470
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
 
relação ao devedor (cedido), se a isto não se opuser à natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor. A 
cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da 
obrigação.
A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este 
notificada.
Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor. O cedente, responsável ao 
cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas 
tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a cobrança.
O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; 
mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos 
de terceiro.
1.2.2 - DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando 
exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava. Qualquer 
das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como 
recusa.
Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as 
garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.
Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as 
garantias prestadas por terceiros e exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação.
1.3 - DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕESO ato de cumprir a obrigação é denominado adimplemento. A obrigação pode ser extinta com o pagamento, com a 
dação em pagamento, com a novação, a compensação, a transação, confusão e a remissão de dívidas.
1.3.1- DO PAGAMENTO
O pagamento é o cumprimento dado a uma obrigação, em dinheiro ou coisa. 
1.3.1.1 - De Quem Deve Pagar
Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios 
conducentes à exoneração do devedor. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do 
devedor; salvo oposição deste.
Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar 
o objeto em que ele consistiu. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de 
boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
1.3.1.2 - Daqueles a Quem se Deve Pagar
O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por 
ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda 
provado depois que não era credor.
Não tem validade o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em 
benefício dele efetivamente reverteu.
1.3.1.3 - Do Objeto do Pagamento e Sua Prova
O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. Ainda que a 
obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por 
partes, se assim não se ajustou.
As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal. É lícito 
convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o 
do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor 
real da prestação.
São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a 
diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial.
O devedor que paga tem direito à quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. A 
quitação designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar 
do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. 
Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, 
até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das partes, que 
aceitaram os do lugar da execução.
1.3.1.4 - Do Lugar do Pagamento
Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o 
contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Designados dois ou mais lugares, cabe ao 
credor escolher entre eles.
Dívida quérable é a pagável no domicílio do devedor. 
Dívida portable é a pagável no domicílio do credor. 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
471
Sendo o contrato omisso prevalecerá o domicílio do devedor como lugar do pagamento.
Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar 
onde situado o bem.
Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor 
fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia 
do credor relativamente ao previsto no contrato.
1.3.1.5 - Do Tempo do Pagamento
Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor 
exigi-lo imediatamente.
As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova 
de que deste teve ciência o devedor.
Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou definido 
no Código Civil, desde que no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; se os bens hipotecados ou 
empenhados forem penhorados em execução por outro credor; ou, ainda, se cessarem ou se tornarem insuficientes 
as garantias do débito e o devedor se negar a reforçá-las.
1.3.2 - PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO
Pode o devedor efetuar o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, sendo o ato 
considerado pagamento, extinguindo-se a obrigação. Pode ocorrer nos casos em que o credor não puder ou recusar, 
sem justa causa, receber o pagamento dar quitação na devida forma. Da mesma forma, cabe o pagamento em 
consignação, caso o não seja, ou não mandar receber a coisa no lugar, no tempo e condição devidos; se ele for 
incapaz de receber; for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento ou, ainda, se pender litígio sobre o 
objeto do pagamento. 
Para que a consignação tenha força de pagamento é imprescindível a 
observância dos requisitos do pagamento, ou seja feita, observando a identidade 
do credor. A prestação deve ser integral e efetuada na época acordada, ou se feita 
com atraso, acompanhada dos encargos da mora. Por fim, deve ocorrer no lugar 
estipulado para o pagamento. 
Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o 
levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito.
1.3.3 - DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO 
Sub-rogar tem o significado de trocar, substituir, colocar uma coisa ou pessoa 
no lugar de outra. 
A sub-rogação deve ser declarada expressamente no contrato, não se presumindo. Ocorre quando o credor recebe o 
pagamento de terceiro e lhe transfere todos os seus direitos. Ela transfere ao novo credor todos os direitos, ações, 
privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores. 
Ela pode ser pessoal ou real. 
Na sub-rogação pessoal a dívida é paga por um co-devedor ou terceiro interessado. 
Na sub-rogação real substitui-se a coisa devida. 
A sub-rogação também pode ser legal ou convencional. 
Sub-rogação legal: decorre de imposição legal e se manifesta nos casos em que o credor paga a dívida do 
devedor comum; em que terceiro efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel, em que terceiro 
interessado paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Sub-rogação convencional: decorre de estipulação de vontades entre o credor e terceiro ou entre o devedor 
e terceiro. 
1.3.4 - DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
Imputar o pagamento significa indicar o que se está pagando. Ocorre quando a pessoa obrigada por dois ou 
mais débitos da mesma natureza, a um só credor, indica a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e 
vencidos. 
São requisitos a dualidade ou pluralidade de dívidas, a identidade do credor e devedor, débitos de natureza igual e 
suficiência de pagamento para qualquer das dívidas.
1.3.5 - DA DAÇÃO EM PAGAMENTO
O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra coisa; ainda que mais valiosa. Todavia, a coisa 
dada em pagamento, mesmo que diversa do estipulado, pode extinguir a obrigação desde que o credor concorde 
com a substituição.
Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas 
do contrato de compra e venda.
Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importaráem cessão.
Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem 
efeito a quitação dada, ressalvo os direitos de terceiros.
1.3.6 - DA NOVAÇÃO
A novação é a substituição de uma obrigação por outra. Ocorre a novação pela substituição do sujeito ativo ou 
do sujeito passivo ou do objeto da obrigação, surgindo uma nova relação jurídica, que extingue e substitui a anterior.
A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste. Se o 
novo devedor for insolvente, não tem o credor direito de ação regressiva contra o primeiro; salvo se este obteve por 
 
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má-fé a substituição.
A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não 
aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia 
pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
A novação feita sem o consentimento do fiador o exonera com o devedor 
principal.
Não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas, exceto as obrigações simplesmente anuláveis,
1.3.7 - DA COMPENSAÇÃO
A compensação é uma modalidade de extinção de obrigação recíproca. Se duas pessoas forem, ao mesmo 
tempo, credores e devedores uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. A 
compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação; exceto se provier de esbulho, furto ou roubo, se 
uma se originar de comodato, depósito ou alimentos, ou se uma for de coisa não suscetível de penhora.
As partes podem, de comum acordo, estipular a exclusão da compensação, ou, ainda, no caso de renúncia prévia 
de uma delas.
1.3.8 - DA CONFUSÃO
Se na mesma pessoa se confundir as qualidades de credor e devedor a obrigação será extinta. A confusão pode 
verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos 
os seus acessórios, a obrigação anterior.
1.3.9 - DA REMISSÃO DAS DÍVIDAS
A remissão é o ato pelo qual o credor dispensa graciosamente o devedor de pagar a dívida. É um ato de 
liberalidade do credor, e bilateral, pois depende da concordância do devedor. A remissão pode ser total ou parcial, e pode 
produzir os mesmos efeitos que a transação.
A remissão da dívida extingue a obrigação, mas não pode prejudicar terceiro. 
1.4 - DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
Inadimplir significa descumprir uma obrigação assumida. Essa inexecução gera uma série de conseqüências 
jurídicas, conforme a obrigação. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
O inadimplemento pode ser relativo ou absoluto. 
Relativo, também denominado mora, ocorre quando a obrigação não foi cumprida no tempo, lugar e formas 
estipuladas, mas sua execução ainda pode ser aproveitada pelo credor. 
A inadimplência é considerada absoluta quando a obrigação não foi cumprida e sua execução fora do tempo, 
lugar e formas estipuladas não mais se aproveita ao credor. Nesse caso, ocorre o inadimplemento.
Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e 
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários de advogado.
Nas obrigações negativas, de não fazer, o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de 
que se devia abster.
Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a 
quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em 
lei.
O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se 
houver por eles responsabilizado. O caso fortuito ou de força maior se caracteriza pela inevitabilidade do acontecimento, 
do fato, e pela ausência de culpa na produção do evento.
1.4.1 - Da Mora
A mora consiste na inexecução total ou parcial de uma obrigação, mas sua execução, ainda que tardia ou 
deficiente pode ser aproveitada pelo credor.
Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, 
lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
O devedor responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários 
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Se a prestação, devido à mora, se 
tornar inútil ao credor, este, poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.
No prazo estipulado, o inadimplemento da obrigação positiva e líquida, constitui de pleno direito em mora o 
devedor. Não havendo prazo estipulado, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. 
Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. Nas 
obrigações negativas, considera-se o devedor em mora a partir do dia em que se executou o ato, se dele havia a 
obrigação de se abster. Nos contratos que versam sobre imóveis, a interpelação cartorária ou judicial, constitui o devedor 
em mora.
O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, mesmo sendo essa impossibilidade resultante 
de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano 
sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
A mora do credor faz cessar para o devedor a responsabilidade de conservação da coisa, obriga o credor a 
ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se 
o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.
Purga-se a mora, por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos 
decorrentes do dia da oferta, e por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos 
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efeitos da mora até a mesma data.
1.4.2 - Das Perdas e Danos
Aquele que causar prejuízo a alguém, pelo descumprimento culposo de um contrato ou pela prática de ato 
ilícito deve reparar as perdas e danos. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos 
devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
1.4.3 - Dos Juros Legais
No dizer de Sílvio Rodrigues, “juro é o preço do uso do capital”, ou seja, juro significa rendimento de capital.
Distinguem-se os juros em compensatórios e moratórios, sendo este a remuneração do capital empregado e 
aqueles a indenização pelo prejuízo resultante da mora culposa na execução de uma obrigação. 
Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando 
provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de 
impostos devidos à Fazenda Nacional.
Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão assim às dívidas 
em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença 
judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.
1.4.4 - Da Cláusula Penal
A cláusula penal, ou multa convencional, é uma convenção estipulada pelas partes na qual estas se obrigam a 
pagar uma determinada multa no caso de violação de algum dispositivo contratual. Trata-se de uma obrigação 
acessória, que tem por objetivo, garantir o cumprimento da obrigação principal e também fixar previamente o valor 
dasperdas e danos em caso de descumprimento do pactuado. Por ser obrigação acessória, sendo nula ou anulada a 
obrigação principal, também o são as disposições contidas na cláusula penal. 
Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação 
ou se constitua em mora. A cláusula penal pode ser estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior. 
Também pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à 
mora. 
O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da 
obrigação principal, sendo a penalidade reduzida eqüitativamente se a 
obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da 
penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a 
finalidade do negócio.
Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo.
Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir indenização suplementar 
se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao credor 
provar o prejuízo excedente.
1.4.5 - Das Arras ou Sinal
O contrato preliminar pode ser garantido pelas arras ou sinal, que torna presumido o acordo final e obrigatório 
o contrato Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem 
móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo 
gênero da principal.
Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as. Se 
inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução 
mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e 
honorários de advogado.
A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa 
mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras 
como o mínimo da indenização.
Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão 
função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as 
recebeu terá devolvê-las em dobro. Em ambos os casos, não haverá direito à indenização suplementar.
1.5 - DOS CONTRATOS EM GERAL
Contrato é a uma convenção estabelecida entre duas ou mais pessoas, com o 
objetivo de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir entre elas uma relação 
jurídica patrimonial.
A validade do contrato depende da capacidade jurídica das partes, do objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável, bem como de forma prescrita ou não proibida pela lei.
São princípios básicos que informam os contratos a autonomia de vontades, a supremacia da ordem pública, e a 
força vinculante do contrato.
A autonomia de vontades faculta às partes a liberdade para estipular ou não estipular o que lhes convenha, ou de 
escolher com quem contratar.
A supremacia da ordem pública torna a autonomia da vontade relativa, uma vez que a sujeita às normas legais 
imperativas e aos princípios da moral e dos bons costumes. Nesse sentido, a liberdade de contratar será exercida em 
razão e nos limites da função social do contrato, além de que é obrigatório aos contratantes guardar, tanto na 
execução quanto a conclusão do contrato, os princípios de probidade e boa-fé.
A força vinculante do contrato, também denominada pacta sunt servanda, significa que o contrato faz lei 
entre as partes. Uma vez estipuladas as condições, observada a livre e consciente manifestação de vontade e a 
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supremacia da ordem pública, as disposições no contrato expressas são de cumprimento obrigatório pelas partes.
As cláusulas ambíguas ou contraditórias, eventualmente constante do contrato de adesão, devem ser interpretadas 
de modo mais favorável ao aderente. Da mesma forma, nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a 
renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
As partes podem estipular contratos atípicos, desde que observem as normas fixadas pela lei. A lei veda a 
contratação de herança de pessoa viva.
1.5.1 - Da Formação dos Contratos
A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, 
ou das circunstâncias do caso.
Deixa de ser obrigatória a proposta feita para pessoa presente, sem estabelecimento de prazo, e não aceita 
imediatamente. A pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante é considerada presente. 
Também, deixa de ser obrigatória a proposta feita para pessoa ausente, sem o estabelecimento de prazo, se tiver 
decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente. 
Da mesma forma, deixa de ser obrigatória a proposta feita para pessoa ausente, com estabelecimento de prazo, 
se não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo estipulado. Por fim, deixa de ser obrigatória a proposta se, antes 
dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
A oferta ao público equivale à proposta, quando encerra os requisitos essenciais ao contrato; salvo se o contrário 
resultar das circunstâncias ou dos usos. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que 
ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este, deverá 
comunicar imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. A aceitação fora do prazo, com 
adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, o 
contrato será considerado concluído, caso não chegue à recusa. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou 
com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida. Todavia, são exceções a 
essa regra os casos em que a aceitação é considerada inexistente, se o proponente se houver comprometido a esperar 
resposta, ou se a aceitação não chegar no prazo convencionado.
Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
1.5.2 - Da Estipulação em Favor de Terceiro
Estipular significa, contratar, estabelecer condições, cláusulas e obrigações 
recíprocas. A estipulação pode ser feita em favor de terceiro que não participa do 
estipulado.
O seguro de vida é um clássico exemplo de estipulação em favor de terceiro, na medida em que o segurado 
estabelece com a seguradora algum benefício em favor do beneficiário que não participa diretamente do contrato.
O beneficiário pode exigir o cumprimento do estipulado, observadas as condições e normas do contrato, mas 
também, pode ser substituído pelo estipulante independente de anuência. 
1.5.3 - Da Promessa de Fato de Terceiro
Pode alguém firmar compromisso para que terceiro pratique determinado ato. Aquele que tiver prometido fato de 
terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. 
1.5.4 - Dos Vícios Redibitórios
Vícios redibitórios são os defeitos ocultos presentes na coisa, de tal modo grave que a tornam imprópria ao uso a 
que se destina ou lhe diminuam o valor.
Verificado o vício redibitório, pode o adquirente optar pelo abatimento no preço ou por rejeitar a coisa. 
Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos. Se o não 
conhecia, tão-somente restituirá o valorrecebido, mais as despesas do contrato. A responsabilidade do alienante 
subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, desde que o perecimento se dê por vício oculto já existente ao 
tempo da tradição.
O prazo de decadência do direito de obter a redibição ou abatimento no preço é de trinta dias para móveis, 
contados da entrega efetiva, e de um ano para imóveis. Na impossibilidade de ser o defeito oculto conhecido no prazo 
legal, a decadência correrá a partir do momento em que dele tiver ciência até o máximo de cento e oitenta dias se móveis, 
e um ano se imóveis. 
Os prazos não correm na constância de cláusula de garantia, mas o adquirente deve denunciar o defeito ao 
alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.
1.5.5 - Da Evicção
A evicção é fato que causa ao adquirente a perda total ou parcial da coisa adquirida, por decisão judicial, em favor 
de terceiro, este, reconhecido como verdadeiro dono. 
Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se 
tenha realizado em hasta pública. Contrato oneroso é aquele em que ambas as partes têm obrigações patrimoniais, com 
vantagens recíprocas.
As partes podem, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Todavia, 
não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que 
pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
O evicto salvo estipulação em contrário, tem direito à restituição integral do preço ou das quantias que pagou, à 
indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos 
que diretamente resultarem da evicção, e às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da 
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parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito à indenização.
Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
1.5.6 - Dos Contratos Aleatórios
O contrato aleatório é aquele em que há dependência direta a eventos futuros ou incertos, sendo que as 
partes assumem o risco de uma contra prestação desproporcional ou mesmo de nada receber.
Quem vendeu coisa pendente de fato futuro, sem se responsabilizar pelos resultados, recebe o preço 
integral, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa. 
Quem prometeu a entrega de coisa futura de quantidade indeterminada, sem se responsabilizar pelos 
resultados recebe o preço integral ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada, desde que 
alguma quantidade venha a existir e que de sua parte não tiver concorrido culpa. Mas, se da coisa nada vier a existir, 
alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
O mesmo entendimento é aplicado às coisas existentes, mas expostas a risco.
1.5.7 - Do Contrato Preliminar
O contrato preliminar é a declaração de vontade de ambas as partes, ou de uma delas, no sentido de 
prometerem firmar posteriormente um contrato definitivo. 
Esta modalidade de contrato, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a 
ser celebrado. Deverá ser levado ao registro competente.
Uma vez concluído o contrato preliminar, e nele não constando cláusula de arrependimento, qualquer das 
partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, fixando prazo à outra para que o efetive. Esgotado o prazo ao 
contrato preliminar é conferido caráter definitivo, salvo se a isto se opuser a natureza da obrigação.
Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito, e pedir 
perdas e danos. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá 
manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor.
1.5.8 - Do Contrato com Pessoa a Declarar
Ao concluir um contrato, pode uma das partes reservar-se à faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir 
os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de 
cinco dias da conclusão do contrato, se outro prazo não tiver sido estipulado.
A pessoa adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que 
este foi celebrado.
1.5.9 - Da Extinção do Contrato
São modalidades de extinção do contrato o seu cumprimento e a rescisão, termo este entendido em sentido 
amplo.
 A rescisão pode ocorrer pelo distrato, pela denúncia unilateral, por força de 
cláusula resolutiva expressa ou tácita, ou pelo inadimplemento.
1.5.9.1 - Do Distrato
O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. 
A rescisão (ou em sentido estrito à resilição) unilateral pode ocorrer mediante denúncia notificada à outra 
parte, desde que a lei expressa ou implicitamente o permita. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes 
tenha realizado investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois 
de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.
1.5.9.2 - Da Cláusula Resolutiva
Cláusula resolutiva é a disposição expressa ou tácita que implica na revogação do negócio jurídico pelo 
inadimplemento da obrigação por uma das partes.
A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. A parte 
lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, 
em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
1.5.9.3 - Da Exceção de Contrato não Cumprido
A exceção de contrato não cumprido, ou exceptio non adimpleti contractus, ocorre nos contratos bilaterais 
e consiste proibição aos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, exigir o implemento da do outro.
Da mesma forma, se sobrevier a uma das partes contratantes, diminuição em seu patrimônio capaz de 
comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra se recusar à prestação que lhe 
incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
1.5.9.4 - Da Resolução por Onerosidade Excessiva
Se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a 
outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato 
de execução continuada ou diferida. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar 
eqüitativamente as condições do contrato.
Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação 
seja reduzida ou alterada no modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
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1.6 - DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO
1.6.1 - Da Compra e Venda
É o contrato pelo qual um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe 
certo preço em dinheiro.
O contrato de compra e venda possui três elementos essenciais: acordo de vontades, a coisa e o preço 
(consensus, res et pretium). 
A declaração de vontade vem a ser o consentimento que vem a recair sobre a coisa e o preço.
A coisa é o objeto da compra e venda, podendo ser qualquer coisa comercializável. 
O preço deve ser em dinheiro ou em coisas representativas de dinheiro. 
A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem 
efeito o contratose esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de 
concluir contrato aleatório.
Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegurará ter 
na coisa as qualidades que a elas correspondem. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição 
ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
O preço pode ser fixado ao arbítrio de terceiro, à taxa do mercado ou bolsa, em certo e determinado dia e lugar, ou 
em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva determinação.
Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver 
tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor. Na 
falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
A fixação do preço não pode ser deixada ao arbítrio exclusivo de uma das partes componentes do contrato de 
compra e venda, sob pena de tornar-se nulo o contrato.
Exceto estipulação das partes em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a 
cargo do vendedor as da tradição.
Exceto no caso de venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço.
Tradição é o meio pelo qual se transfere a propriedade da coisa móvel ao adquirente, em decorrência do 
cumprimento a um contrato. 
Via de regra, a transferência do bem é efetiva ou real, mas também poderá ser simbólica ou fictícia. Até o 
momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador. 
A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se encontrava, ao 
tempo da venda. Não obstante o prazo ajustado para o pagamento, se antes da tradição o comprador cair em 
insolvência, poderá o vendedor sobrestar na entrega da coisa, até que o comprador lhe dê caução de pagar no tempo 
ajustado.
É anulável a venda de ascendente a descendente; salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante 
expressamente houverem consentido. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de 
bens for o da separação obrigatória. Os cônjuges podem contratar a compra e venda com relação a bens excluídos da 
comunhão.
A lei veda em alguns casos, sob pena de nulidade, a realização do contrato de compra e venda; mesmo que a 
venda se dê em hasta pública. Nesse sentido não podem ser comprados pelos tutores, curadores, testamenteiros e 
administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração; pelos servidores públicos, em geral, os bens ou 
direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta; pelos juízes e outros 
serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos em litigância no juízo onde servirem ou que se estender a sua 
autoridade; pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se determinar a respectiva área, 
ocorrerá a venda ad mensuram. Se a extensão não corresponder às dimensões dadas, o comprador terá o direito de 
exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento 
proporcional ao preço. Decai do direito de propor as ações em relação à venda ad mensuram o vendedor ou o comprador 
que não o fizer no prazo de um ano, a contar do registro do título.
A venda ad corpus é aquela em que o imóvel é vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas 
enunciativa, a referência, às suas dimensões. Nesse caso, não haverá complemento de área, nem devolução de 
excesso, ainda que não conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus.
O vendedor, salvo convenção em contrário, responde por todos os débitos que gravem a coisa até o momento da 
tradição. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas.
O condômino em coisa indivisível não pode vender a sua parte a estranhos, se outro condômino a quiser. Nesse 
caso, o condômino não informado da venda poderá haver para si a parte vendida a estranhos, desde que deposite o 
preço pago e requeira a coisa vendida no prazo máximo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência. 
Os Contratos de Compra e Venda podem ser gravados com cláusulas especiais, estabelecendo direitos e 
deveres específicos, tais como cláusula de retrovenda, de venda a contento e da sujeita à prova, da preempção ou 
preferência, da venda com reserva de domínio, e da venda sobre documentos.
1.6.1.1 - Da Retrovenda
Cláusula através da qual o vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo 
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive 
as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias 
necessárias.
1.6.1.2 - Da Venda a Contento e da Sujeita a Prova
A venda a contento é a cláusula que determina que a venda somente se aperfeiçoa após o adquirente 
manifestar seu agrado. Assim, entende-se que a venda é feita sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido 
entregue. Da mesma forma, a venda sujeita à prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa tenha as 
qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina. Em ambos os casos, as obrigações do 
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477
comprador, que recebeu, sob condição suspensiva, a coisa comprada, são as de mero comodatário, enquanto não 
manifeste aceitá-la.
Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de intimá-lo, 
judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo improrrogável.
1.6.1.3 - Da Preempção ou Preferência
É a cláusula que impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, 
ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra. O direito de preferência não se pode 
ceder nem passa aos herdeiros.
O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for 
móvel, ou a dois anos, se imóvel. Aquele que exerce a preferência está, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em 
condições iguais, o preço encontrado, ou o ajustado.
O vendedor pode também exercer o seu direito de prelação, intimando o comprador, quando lhe constar 
que este vai vender a coisa.
Salvo estipulação das partes fixando prazo diverso, o direito de preempção caducará em três dias se não 
exercida em relação à coisa móvel, e em sessenta dias subseqüentes à data em que o comprador tiver notificado o 
vendedor, se imóvel.
Se o comprador alienar a coisa sem ter comunicado previamente ao vendedor o preço e as vantagens que 
por ela lhe oferecem responderá por perdas e danos. O adquirente se tiver procedido de má-fé, responderá 
solidariamente.
1.6.1.4 - Da Venda com Reserva de Domínio
É cláusula inserta no contrato de compra e venda de coisa móvel em que o vendedor reserva para si a 
propriedade, até que o preço esteja integralmente pago. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito 
e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa que não pode ser caracterizada 
perfeitamente, de modo a diferenciá-la de outras congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de 
boa-fé.
Segundo o entendimento doutrinário, é considerada cláusula suspensiva, na medida em que suspende a 
transferência da propriedade da coisa alienada. A transferência de propriedade ao compradordá-se no momento em 
que o preço esteja integralmente pago.
O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de domínio, após constituir o comprador em 
mora, mediante protesto do título ou interpelação judicial. Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor mover 
contra ele a competente ação de cobrança das prestações vencidas e vincendas e o mais que lhe for devido; ou 
poderá recuperar a posse da coisa vendida.
1.6.1.5 - Da Venda Sobre Documentos
Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título representativo e 
dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pelos usos. Estando a documentação em ordem, 
não pode o comprador recusar o pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo 
se o defeito já houver sido comprovado.
Salvo estipulação em contrário, o pagamento deve ser efetuado na data e no lugar da entrega dos 
documentos.
1.6.2 - Da Troca ou Permuta
“Troca é o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra, 
que não seja dinheiro” (Clóvis Beviláqua).
Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com exceção de que cada um dos 
contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca; salvo se estipularem ao contrário. Da 
mesma forma, é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos 
outros descendentes e do cônjuge do alienante.
1.6.3 - Do Contrato Estimatório
Modalidade de contrato em que o proprietário, denominado consignante, entrega bens móveis a outrem, 
denominado consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no 
prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada.
Se o consignatário não puder restituir a coisa, em sua integridade, ou a restituição tornar-se impossível, ainda 
que por fato a ele não imputável, mesmo assim, não se exonera da obrigação de pagar o preço ao consignante.
A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos credores do consignatário, enquanto 
não pago integralmente o preço. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser 
comunicada a restituição.
1.6.4 - Da Doação
A doação é uma modalidade de contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio 
bens ou vantagens para o de outra, que os aceita. Aquele que doa é denominado doador, e quem aceita donatário.
A manifestação da aceitação pelo donatário é condição indispensável ao aperfeiçoamento do negócio. A 
manifestação é expressa quando efetuada de forma verbal, escrita ou com gestos, desde que suficientes para 
demonstrar a vontade do donatário. Tácita quando o donatário pratica atos incompatíveis com a recusa da doação. 
Presumida quando doador de liberalidade não sujeita a encargo fixa prazo para o donatário para declarar se aceita 
ou não, e este se mantém silente; ou, ainda, quando a doação é feita como contemplação a casamento futuro com 
pessoas determinadas e o casamento se consuma. 
A doação é pura quando traduz simples liberalidade, mero benefício movido pelo altruísmo do doador. 
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Remuneratória, quando objetiva retribuir serviços ou favores prestados por qualquer motivo não cobrados pelo 
donatário. Com encargo, ou modal quando se impõe ao donatário uma contraprestação que ele deve cumprir e que 
resulta em vantagem ao doador ou a outrem. Condicional, quando sua eficácia depende de acontecimento futuro e 
incerto.
A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por 
herança.
O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário. Não 
prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro
São restrições à liberdade de doar, a disposição torna nula a doação de todos os bens do doador, sem reserva ou renda 
suficiente para a sua subsistência, e o excesso da doação que atingir o quinhão da legítima dos herdeiros. A doação do 
cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos 
depois de dissolvida a sociedade conjugal.
Salvo declaração em contrário, a doação em comum a mais de uma pessoa entende-se distribuída entre elas por 
igual. Se os donatários, em tal caso, forem marido e mulher, subsistirá na totalidade a doação para o cônjuge sobrevivo.
A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo. Pode, também, a 
revogação ser automática, no caso de doação resolúvel.
A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo 
prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que 
cumpra a obrigação assumida.
1.6.5 - Da Locação de Coisas
Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de 
coisa não fungível, mediante certa retribuição.
O locador é obrigado a entregar ao locatário a coisa alugada em condições de servir ao uso a que se destina, e a 
mantê-la nesse estado, pelo tempo do contrato; salvo cláusula expressa em contrário. Da mesma forma, garantir ao 
locatário, durante o tempo do contrato, o uso pacífico da coisa.
O locatário é obrigado a servir-se da coisa alugada conforme estipulado ou presumido; dispensar a ela o mesmo 
cuidado como se sua fosse; a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o 
costume do lugar; e restituir a coisa, finda a locação, no estado em que a recebeu; salvas as deteriorações naturais ao 
uso regular.
Havendo prazo estipulado à duração do contrato, antes do vencimento não poderá o locador reaver a coisa 
alugada, senão ressarcindo ao locatário as perdas e danos resultantes, nem o locatário devolvê-la ao locador, senão 
pagando, proporcionalmente, a multa prevista no contrato. O locatário gozará do direito de retenção, enquanto não for 
ressarcido.
1.6.6 - Do Empréstimo
O empréstimo divide-se em comodato e mútuo.
Do Comodato
O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão 
de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em 
mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.
O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa 
emprestada.
Do Mútuo
O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis em que há transferência do domínio da coisa emprestada ao 
mutuário, por cuja conta correm todos os riscos dela desde a tradição. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o 
que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Pode ser oneroso ou gratuito. Usualmente, 
refere-se a empréstimo de dinheiro.
Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, observados que, se eles não forem 
convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a 
taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional, permitida a capitalização 
anual.
1.6.7 - Da Prestação de Serviço
Esta modalidade de prestação de serviço refere-se exclusivamente às empresas de serviços e aos trabalhadores 
autônomos, não podendo haver a caracterização de relação sujeita às leis trabalhistas. Da mesma forma, não se aplica 
às categorias profissionais com regulamentação própria, como os corretores de imóveis.
Todaa espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante retribuição. O 
pagamento ocorrerá depois de prestado o serviço; salvo se por convenção, ou costume, não houver de ser adiantada.
A obrigação de fornecer os materiais não se presume, mas resulta da lei ou da vontade das partes. O contrato 
para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizar-lhe a execução.
Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e 
execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão 
dos materiais, como do solo. Decairá desse direito o dono da obra que não propuser a ação contra o empreiteiro, nos 
cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.
Sem anuência de seu autor, não pode o proprietário da obra introduzir modificações no projeto por ele aprovado, 
ainda que a execução seja confiada a terceiros; a não ser que, por motivos supervenientes ou razões de ordem técnica, 
fique comprovada a inconveniência ou a excessiva onerosidade de execução do projeto em sua forma originária. Essa 
proibição não abrange alterações de pouca monta, ressalvada sempre a unidade estética da obra projetada.
Não se extingue o contrato de empreitada pela morte de qualquer das partes, 
salvo se ajustado em consideração às qualidades pessoais do empreiteiro.
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1.6.9 - Do Depósito
O depósito pode ser voluntário ou necessário. Qualquer que seja a modalidade, o depositário que não o 
restituir quando exigido será compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos.
1.6.9.1 - Do Depósito Voluntário
Contrato em que uma parte, o depositário, recebe um objeto móvel, para guardar, até que o depositante o 
reclame. O contrato de depósito é gratuito, exceto se houver convenção em contrário, se resultante de atividade 
negocial ou se o depositário o praticar por profissão. O depósito voluntário provar-se-á por escrito.
O depositário é obrigado a guardar e conservar a coisa depositada como se sua fosse, bem como devolvê-
la quando o exigir o depositante. Se o depósito se entregou fechado, colado, selado, ou lacrado, nesse mesmo 
estado se manterá.
Salvo disposição em contrário, a restituição da coisa deve dar-se no lugar em que tiver de ser guardada. 
As despesas de restituição correm por conta do depositante.
O depositário não poderá, sem licença expressa do depositante, servir-se da coisa depositada, nem a dar 
em depósito a outrem, sob pena de responder por perdas e danos. 
O depositante é obrigado a reembolsar as despesas feitas pelo depositário, na guarda da coisa, a 
indenizar os prejuízos que do depósito provierem e pagar a gratificação eventualmente estipulada no contrato.
1.6.9.2 - Do Depósito Necessário
Depósito necessário é aquele que independe da vontade das partes, mas por obrigação legal ou por 
ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o saque.
As bagagens dos viajantes ou hóspedes nas hospedarias onde estiverem são equiparadas ao depósito 
necessário. Nesse caso, os hospedeiros responderão como depositários, assim como pelos furtos e roubos que 
perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nos seus estabelecimentos.
1.6.10 - Do Mandato
Contrato por meio do qual alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou 
administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou 
escrito.
Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento particular, que valerá 
desde indicado o lugar onde foi passada, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga 
com a designação e a extensão dos poderes conferidos, bem como a assinatura do outorgante. O terceiro com quem 
o mandatário tratar poderá exigir que a procuração traga a firma reconhecida.
Mesmo que o mandato seja outorgado através de mandato por instrumento público, o substabelecimento 
pode ser feito mediante instrumento particular. Substabelecimento é o ato pelo qual o mandatário transfere a outrem, 
o substabelecido, os poderes que lhe foram conferidos pelo mandante. 
Para os atos que exijam escritura pública, como a compra e venda de imóveis, o mandato deve ser 
outorgado por intermédio de escritura pública. Portanto, a outorga do mandato está sujeita à forma exigida por lei 
para o ato a ser praticado. Não se admite mandato verbal quando o ato deva ser celebrado por escrito.
A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo de execução. O mandato pode ser especial a 
um ou mais negócios, determinadamente, ou geral a todos os do mandante. 
O mandato pode ser para negócios (ad negotia), ou com finalidade judicial (ad judicia). Via de regra, só 
confere poderes de administração. Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem 
da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos. O poder de transigir não 
importa o de firmar compromisso.
1.6.10.1 - Das Obrigações do Mandatário
O mandatário é obrigado a aplicar toda sua diligência habitual na execução do mandato, e a indenizar 
qualquer prejuízo causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem autorização, poderes que devia 
exercer pessoalmente.
1.6.10.2 - Das Obrigações do Mandante
O mandante é obrigado a satisfazer todas as obrigações contraídas pelo mandatário, na conformidade do 
mandato conferido, e adiantar a importância das despesas necessárias à execução dele, quando o mandatário lho 
pedir.
É obrigado ao mandante a pagar ao mandatário a remuneração ajustada e as despesas da execução do 
mandato, ainda que o negócio não surta o esperado sem culpa do mandatário. Da mesma forma, é obrigado o 
mandante a ressarcir ao mandatário as perdas que este sofrer com a execução do mandato, sempre que não 
resultem de culpa sua ou de excesso de poderes.
1.6.10.3 - Da Extinção do Mandato
São modalidades de extinção do mandato a revogação ou a renúncia; a morte ou interdição de uma das 
partes; sobrevindo estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer; e pelo 
término do prazo ou pela conclusão do negócio. Quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilidade e o 
mandante o revogar, pagará perdas e danos. Se a cláusula de irrevogabilidade for condição de um negócio bilateral, 
ou tiver sido estipulada no exclusivo interesse do mandatário, a revogação do mandato será ineficaz.
O mandato com a cláusula "em causa própria", não poderá ser revogado e nem se extinguirá pela morte 
de qualquer das partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens 
móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais. 
Para revogar o mandato deve o mandante notificar da revogação o mandatário 
ou procurador e ainda comunicar o fato a todos os eventuais interessados, seja 
por meio de notificações diretas ou publicação em jornal. Não tomadas essas 
providências continuarão válidos os atos ajustados entre o procurador demitido 
e terceiros de boa-fé, que não sabiam da revogação.
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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
É irrevogável o mandato que contenha poderes de cumprimento ou confirmação de negócios encetados, aos 
quais se ache vinculado.
A nomeação comunicada de um outro mandatário, para o mesmo negócio, revoga o mandato anterior.
A renúncia do mandato será comunicada ao mandante, que, se for prejudicado pela sua inoportunidade, ou 
pela falta de tempo, a fim de prover à substituição do procurador, será indenizado pelo mandatário; salvo se este provar 
que não podiacontinuar no mandato sem prejuízo considerável, e que não lhe era dado substabelecer.
1.6.11 - Da Comissão
Modalidade de contrato em que o comissário passa a comprar ou vender bens, em seu próprio nome, mas por 
conta de um comitente, e de acordo com as instruções deste. O comissário fica diretamente obrigado para com as 
pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ação contra o comitente, nem este contra elas; salvo se o 
comissário ceder seus direitos a qualquer das partes. O leiloeiro é um exemplo típico de ocorrência de comissão, desde 
que ausente o proprietário da coisa leiloada.
No desempenho das suas incumbências o comissário é obrigado a agir com cuidado e diligência, não só para 
evitar qualquer prejuízo ao comitente, mas ainda para lhe proporcionar o lucro que razoavelmente se podia esperar do 
negócio, respondendo por qualquer prejuízo que, por ação ou omissão, ocasionar ao comitente, salvo motivo de força 
maior.
O comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em caso de culpa e se ele 
assumir o ônus através da cláusula del credere. Nesse caso, responderá o comissário solidariamente com as pessoas 
com que houver tratado em nome do comitente.
Cláusula del credere é aquela em que “o comissário assume a responsabilidade pela solvência daqueles com 
quem vier a contratar no interesse e por conta do comitente” (Maria Helena Diniz).
1.6.12- Da Corretagem
Pelo contrato de corretagem, uma pessoa se obriga a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as 
instruções recebidas. A atividade do corretor é voltada para o público; não para pessoas determinadas.
Define-se o contrato de corretagem pelo liame obrigacional: não pode haver ligação decorrente de mandato, de 
prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência.
O corretor é obrigado a executar a mediação com a diligência e prudência que o negócio requer, prestando ao 
cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento dos negócios. Deve, também, sob pena de 
responder por perdas e danos, prestar ao cliente todos os esclarecimentos que estiverem ao seu alcance, acerca da 
segurança ou risco do negócio, das alterações de valores e do mais que possa influir nos resultados da incumbência.
A remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei, nem ajustada entre as 
partes, será arbitrada segundo a natureza do negócio e os usos locais.
O contrato de corretagem, tem como objetivo, a disponibilização dos meios necessários para realização do 
negócio. Nesse sentido, a remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha ele conseguido o resultado previsto no 
contrato de mediação; mesmo que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes.
Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as partes, nenhuma remuneração será devida ao corretor. 
Todavia, se for ajustada a corretagem com exclusividade, através de documento escrito, terá o corretor direito à 
remuneração integral, ainda que realizado o negócio sem a sua mediação; salvo se comprovada sua inércia ou 
ociosidade.
Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o corretor, e o negócio se realizar 
posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida. 
Da mesma forma se procederá se o negócio se realizar após a decorrência do prazo contratual, mas por efeito 
dos trabalhos do corretor. Para resguardar seus direitos, é recomendável ao Corretor notificar o dono do negócio, 
discriminado as pessoas com quem tratou com vistas à intermediação.
Se o negócio se concluir com a intermediação de mais de um corretor, a remuneração será paga a todos em 
partes iguais; salvo ajuste em contrário.
1.6.13 - Da Fiança
A fiança é o contrato por meio do qual uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida 
pelo devedor, caso este não a cumpra. 
A fiança é uma modalidade de contrato que só tem validade se escrita. Seu 
estabelecimento independe da vontade do devedor e não vale além da obrigação 
afiançada.
A fiança prestada pelo cônjuge, sem o consentimento do outro, tornará anulável o ato praticado; podendo o outro 
cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal.
O credor não pode ser obrigado a aceitar fiador indicado se este não for pessoa idônea, domiciliada no município 
onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação. Sobrevindo a insolvência ou 
incapacidade do fiador poderá o credor exigir que seja substituído.
O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor, respondendo este também por 
todas as perdas e danos que o fiador pagar, e pelos que sofrer em razão da fiança.
Na fiança, por tempo indeterminado, pode o fiador exonerar-se da fiança que tiver assinado, sempre que lhe 
convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor.
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1.6.14. - Da Transação
É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas. Podem ser objeto 
de transação os direitos patrimoniais de caráter privado.
Quando a lei exigir, ou quando recair sobre direitos contestados em juízo, a transação deverá ser feita por 
escritura pública, permitido o instrumento particular nos demais casos.
A transação deve ser interpretada restritivamente e por ela não se transmitem; apenas se declaram ou 
reconhecem direitos.
Sendo nula qualquer das cláusulas da transação, nula será esta. Só se anula a transação nos casos de dolo, 
coação, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa. 
1.6.15 - Do Compromisso ou Arbitragem
É admitido compromisso, judicial ou extrajudicial, para resolver litígios entre pessoas que podem contratar; 
exceto para solução de questões de estado, de direito pessoal de família e de outras que não tenham caráter 
estritamente patrimonial.
Admite-se nos contratos a cláusula compromissória, para resolver divergências mediante juízo arbitral, na 
forma estabelecida na Lei 9.307/1996, que regula a arbitragem.
1.7- DOS ATOS UNILATERAIS
1.7.1 - Da Promessa de Recompensa
Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa 
condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido. Aquele que fizer o serviço, ou 
satisfizer a condição estabelecida, poderá exigir a recompensa estipulada.
A promessa de recompensa pode ser revogada, utilizando-se da mesma publicidade, desde que seja feita 
antes da prestação do serviço ou preenchida a condição.
1.7.2 - Do Pagamento Indevido
O pagamento indevido é aquele efetuado sem qualquer vínculo obrigacional que o justifique. Aquele que 
recebeu o que lhe não era devido ou recebeu dívida condicional, antes de cumprida a condição, fica obrigado a 
restituir.
Quem voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de tê-lo feito por erro.
1.7.3 - Do Enriquecimento Sem Causa
O enriquecimento sem causa é o acréscimo patrimonial de alguém, em prejuízo de outrem, sem justa razão, 
ou de modo ilícito. É o locupletamento à custa alheia.
Aquele que, sem justa causa, enriquecer-se à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente 
auferido, feita a atualização dos valores monetários.
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 01:
Pesquise na Internet sobre o tema “Contrato”. Redija um texto sobre o assunto e apresente para o 
professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 01
ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 2- Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas), você 
deverá resolver as Atividades da Unidade II deste volume (referentes ao Direito Civil - Do Direito das Obrigações 
Direito das Coisas). Poderá, também, optar pelos exercíciosque estão no Site www.exitumeducacao.com.br, 
imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos 
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
Avaliação Parcial Unidade III - Leis e Resoluções.
 
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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
UNIDADE - II
DIREITO CIVIL - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
DIREITO DAS COISAS
 
O direito das coisas apresenta-se
como um vínculo entre a pessoa e a coisa.
É um direito absoluto e oponível erga omnes (contra todos), 
ou seja, o titular do direito real tem o poder de reivindicar a coisa 
onde quer que se encontre ou 
de quem quer a detenha.
AULA 02
DIREITO DAS COISAS
1. DIREITO DAS COISAS
De acordo com entendimento teórico-doutrinário tradicional, os direitos reais são aqueles estabelecidos em lei, não 
se admitindo interpretação extensiva. Neste sentido, são direitos reais a propriedade, a superfície, as servidões, o 
usufruto, o uso, a habitação, o direito do promitente comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca e a anticrese. Não se deve 
confundir direito real com direito sobre a coisa, pois este é bem mais amplo que o primeiro, pois além de englobar os 
direitos reais, abrange a posse e as obrigações mistas ou propter rem.
Enquanto no direito das coisas existe um vínculo direto entre uma pessoa e uma coisa que deve ser respeitada por 
todos, no direito das obrigações, o vínculo é estabelecido entre pessoas determinadas, excluindo terceiros estranhos à 
relação. 
1.1 - Da posse
Posse é o exercício de fato, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade, em nome próprio e com 
autonomia.
1.1.1 - Da Posse e sua Classificação
Interessa informar a classificação da posse quanto à extensão da garantia possessória, quanto aos vícios 
objetivos, quanto à subjetividade, quanto aos efeitos, ou quanto à idade. 
Quanto à extensão da garantia possessória, a posse pode ser direta ou indireta. Posse Direta quando exercida 
diretamente pelo possuidor sobre a coisa.
Posse indireta quando o proprietário a conserva por ficção legal, mas o exercício da posse direta é conferido a 
outrem, em virtude de contrato ou direito real limitado.
Quanto aos vícios objetivos a posse pode ser justa ou injusta. 
Justa é a posse que não for violenta, clandestina ou precária; injusta a que for violenta, clandestina ou precária.
Posse violenta é aquela adquirida com o uso da força física ou violência moral (ex: as desapropriações). 
Posse clandestina é aquela adquirida às escondidas daquele que tem interesse em conhecê-la. 
Posse precária é aquela cedida em caráter provisório e adquirida com abuso de confiança por parte de quem 
recebeu a coisa com o dever de restituí-la.
Quanto à subjetividade, a posse pode ser de boa-fé ou de má-fé. 
De boa-fé é aquela em que o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. 
De má-fé é aquela em que o possuidor conhece o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. 
Quanto aos efeitos, a posse pode ser ad interdicta ou ad usocapionem. Ad interdicta é aquela que pode ser 
amparada pelos interditos possessória, nos casos de esbulho, turbação ou ameaça; ad usocapionem é aquela capaz de 
dar origem à usucapião da coisa.
Quanto à idade a posse pode ser nova ou velha. 
Nova é aquela que data de menos de ano e dia; velha a que data de mais de ano e dia. 
A posse nova admite a concessão de liminar nas ações possessórias, a velha não.
A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir 
que o possuidor não ignora que possui indevidamente. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo 
caráter com que foi adquirida.
1.1.2 - Da Aquisição da Posse
Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos 
poderes inerentes à propriedade. A posse pode ser adquirida pela própria pessoa que a pretende ou por seu 
representante, por terceiro sem mandato, dependendo neste caso de ratificação. A posse do imóvel faz presumir, até 
prova contrária, a das coisas móveis que nele estiverem.
A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres. O sucessor universal 
continua de direito à posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os 
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efeitos legais.
São atos que não induzem e nem autorizam a aquisição da posse os de mera permissão ou tolerância, os 
violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
1.1.3 - Dos Efeitos da Posse
A posse pode ser perturbada pela turbação, pelo esbulho ou pela ameaça de agressão iminente. 
O esbulho é a perda da posse, injustamente, por emprego de violência, clandestinidade ou abuso de 
confiança. 
A turbação é a tentativa de esbulho, embaraçando ao exercício da posse, sem, contudo, acarretar sua perda.
O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o 
faça logo; os atos de defesa não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. Da mesma 
forma, o turbado pode utilizar-se da ação de manutenção de posse, e o esbulhado a ação de reintegração de posse.
Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á provisoriamente a que tiver a coisa, se não 
estiver manifesto que a obteve de alguma das outras por modo vicioso.
1.1.4 - Da Perda da Posse
Perde-se a posse quando o possuidor deixa, embora contra a própria vontade, de ter de fato o exercício, pleno 
ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. São exemplos o abandono, a tradição, a perda ou destruição 
da coisa etc.
1.2 - DOS DIREITOS REAIS 
São direitos reais à propriedade, a superfície, as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o direito do 
promitente comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca e a anticrese. 
Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem 
com a tradição. 
Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre 
vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos 
referidos títulos.
1.3 - DA PROPRIEDADE
O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que 
injustamente a possua ou detenha. O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas 
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio 
ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
São proibidos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela 
intenção de prejudicar outrem. O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por 
necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público 
iminente.
A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao 
seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou 
profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. As jazidas, minas e demais recursos minerais, 
os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais 
pertencem à União, constituindo propriedade distintada do solo.
A propriedade presume-se plena e exclusiva até prova em contrário. Plena é a propriedade em que todos os 
direitos elementares (usar, gozar, dispor e reaver) estão reunidos no proprietário. Limitada quando um desses 
elementos é entregue a um outro titular. 
Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por 
preceito jurídico especial, couberem a outrem.
1.3.1 - Da Aquisição da Propriedade Imóvel
Adquire-se a propriedade imóvel pelo usucapião, pela transcrição do título de transferência no registro de 
imóvel, pela acessão e pelo direito hereditário. A aquisição pode ser originária ou derivada. Originária quando o 
indivíduo faz seu o bem sem que alguém tenha lhe transmitido; derivada quando houver transmissão de domínio, por 
ato causa mortis ou inter vivos. 
1.3.1.1 - Da Usucapião
Usucapião é de aquisição da propriedade decorrente do exercício da posse mansa e pacífica, com ânimo 
de dono, por determinado tempo fixado pela lei. O usucapião é declarado por sentença, a qual servirá de título para o 
registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Não podem ser usucapidos os bens públicos e as coisas fora do comércio.
São várias as possibilidades de se adquirir o usucapião conforme as características do imóvel e da posse.
Adquire a propriedade, independentemente de título e boa-fé, aquele que, sem oposição ou interrupção, 
possuir como seu um imóvel por quinze anos. Se o morador houver estabelecido no imóvel sua moradia habitual, ou 
nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo, o prazo é reduzido a dez anos.
Adquire a propriedade aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possuir como sua, 
por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-
a produtiva por seu trabalho ou de sua família e fazendo dela sua moradia.
Adquire a propriedade aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possuir como sua, 
por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, 
utilizando-a para sua moradia ou de sua família.
Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e sem contestação, com justo título e boa-
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fé, o possuir por dez anos. Reduz-se o prazo a cinco anos se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no 
registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem 
estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
O possuidor pode, para o fim de contagem de prazo, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores, desde 
que todas sejam contínuas e pacíficas. O justo título e a boa-fé são exigidos nos casos de usucapião após dez anos da 
posse.
1.3.1.2 - Da Aquisição pelo Registro do Título
Somente se transfere a propriedade por ato entre vivos mediante o registro do título translativo no Registro de 
Imóveis; enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
Até a decretação da invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono 
do imóvel.
O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o 
prenotar no protocolo.
1.3.1.3 - Da Aquisição por Acessão
A acessão é o acréscimo a um imóvel, seja decorrente da atividade humana ou por causas naturais. Ocorre de 
forma natural por formação de ilhas, por aluvião, por avulsão ou por abandono de álveo; e por causas artificiais por 
plantações ou construções.
1.3.1.3.1 - Das ilhas
As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos 
fronteiros. A denominação rios particulares significa rios não navegáveis. Sendo o rio navegável as ilhas formadas são 
da pessoa de direto público em que tais correntes pertencem.
1.3.1.3.2 - Da Aluvião
Aluvião é a denominação dos acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros 
naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas. A aluvião pertence aos donos dos 
terrenos marginais, sem indenização.
1.3.1.3.3 - Da Avulsão
Avulsão é a denominação que se dá ao fato de uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a 
outro, por força natural violenta. Nesse caso, o dono do imóvel acrescido adquirirá a propriedade do acréscimo, se 
indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
1.3.1.3.4 - Do Álveo Abandonado
Álveo é o leito do rio. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas 
margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se 
que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
1.3.1.3.5 - Das Construções e Plantações
Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até 
que se prove o contrário. 
Ocorrendo plantação ou construção em terreno próprio, mas com sementes, plantas ou materiais alheios, o 
dono do terreno adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e 
danos, se agiu de má-fé.
Ocorrendo plantação ou construção em terreno alheio, mas com sementes, plantas e construções próprias, 
estas são perdidas em proveito do proprietário do térreo, mas se o plantador ou construtor agiu de boa-fé terá direto à 
indenização. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, 
plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não 
houver acordo.
1.3.2 - DA PERDA DA PROPRIEDADE
Perde-se a propriedade imóvel por alienação, pela renúncia, por abandono, por perecimento da coisa, e pela 
desapropriação. Outras causas também consideradas pela lei causam a perda da propriedade, tais como o usucapião, a 
acessão etc.
1.3.3 - DOS DIREITOS DE VIZINHANÇA
1.3.3.1 - Do Uso Anormal da Propriedade
O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à 
segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha, podendo exigir 
do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução 
pelo dano iminente.
1.3.3.2 - Das Árvores Limítrofes
A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios 
confinantes. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até a divisa, 
pelo proprietário do terreno invadido. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde 
caíram; se este for de propriedade particular.
1.3.3.3 - Da Passagem Forçada
O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de 
indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem.
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1.3.3.4 - Da Passagem de Cabos e Tubulações
O proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos 
subterrâneos de serviços de utilidade pública, desde que receba indenização suficiente para atender, também, à 
desvalorização da área remanescente. 
1.3.3.5 - Das Águas
O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não 
podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo.
O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de seuconsumo, não 
pode impedir, ou desviar o curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores.
1.3.3.6 - Dos Limites entre Prédios e do Direito de Tapagem
O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu 
confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos 
ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente as despesas.
1.3.3.7 - Do Direito de Construir
O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os 
regulamentos civis e administrativos.
O proprietário construirá de maneira que o seu prédio não despeje águas, diretamente, sobre o prédio vizinho e não 
poderá abrir janelas, ou fazer terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.
São proibidas construções capazes de poluir ou inutilizar a água do poço ou nascente alheia. Não é permitido fazer 
escavações ou quaisquer obras que tirem ao poço ou à nascente de outrem a água indispensável às suas necessidades 
normais.
1.4 - DO CONDOMÍNIO GERAL
Há condomínio quando a mesma coisa pertence a mais de uma pessoa, cada 
qual com sua parte ideal. Via de regra, o novo Código Civil revogou as 
disposições da Lei 4.591 em referência ao condomínio.
1.4.1 - Do Condomínio Voluntário
Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a 
indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la, mas nenhum condômino 
pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, 
e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum. Podem os condôminos estipular que fique 
indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior. 
1.4.2 - Do Condomínio Necessário
Ocorre essa modalidade de condomínio quando há meação de paredes, cercas, muros e valas. 
O proprietário que tiver direito a estremar um imóvel com paredes, cercas, muros, valas ou valados, tê-lo-á igualmente a 
adquirir meação na parede, muro, valado ou cerca do vizinho, embolsando-lhe metade do que atualmente valer a obra e o 
terreno por ela ocupado.
1.5 - DO CONDOMÍNIO DO EDILÍCIO
O Condomínio edilício é instituído em edificações e tem como características partes que são propriedade exclusiva, e 
partes que são propriedade comum dos condôminos. 
As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas, sobrelojas ou 
abrigos para veículos, sujeitam-se à propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus 
proprietários.
São de utilização em comum pelos condôminos, e não podem ser alienados separadamente, ou divididos, o solo, a 
estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração 
centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público,
Os condôminos têm o direito de usar, fruir e livremente dispor das suas unidades, usar das partes comuns, conforme a sua 
destinação, sem excluir a utilização pelos demais compossuidores, e votar nas deliberações da assembléia e delas participar, 
estando quite.
São deveres do condômino contribuir para as despesas do condomínio, na 
proporção de suas frações ideais, abster-se de realizar obras que comprometam 
a segurança da edificação ou a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias 
externas, não utilizar a sua parte de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e 
segurança dos possuidores, ou aos bons costumes.
O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, 
os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito.
O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros 
moratórios.
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A administração do condomínio cabe ao síndico, que poderá não ser condômino, eleito em assembléia para mandato 
não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se.
Compete ao síndico, dentre outros, representar, ativa e passivamente, o condomínio, cumprir e fazer cumprir a 
convenção, o regimento interno e as determinações da assembléia, zelar pela conservação e a guarda das partes 
comuns, cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas, prestar contas à 
assembléia, anualmente e quando exigidas, realizar o seguro da edificação etc.
1.6 - DA PROPRIEDADE RESOLÚVEL
Propriedade resolúvel é aquela de caráter transitório, não permanente, que pode ser cancelada sobrevindo 
determinada condição legal ou convencional, à condição resolutiva ou termo final.
Ocorrendo a condição ou advindo o termo diz que a propriedade foi resolvida. Nesse caso, são também resolvidos os 
direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa 
do poder de quem a possua ou detenha. São exemplos o pacto de retrovenda, a venda a contento, a propriedade 
fiduciária etc.
1.7- DIREITOS REAIS DE GOZO OU FRUIÇÃO SOBRE COISAS ALHEIAS
Os direitos reais são previstos e limitados por lei, e não se admitem a criação de novas espécies por ato de vontade 
das partes. Essa modalidade de direito transfere o domínio do imóvel ao adquirente, para que este possa gozar e fruir do 
bem, conforme o tipo de direito real pactuado. Os direitos reais sobre coisas alheias comentados serão os que tratam da 
superfície, das servidões, do usufruto, do uso, da habitação, do direito do promitente comprador, do penhor, da hipoteca 
e da anticrese.
1.8 - DA SUPERFÍCIE
O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado, 
mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis. O direito de superfície não 
autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão.
O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, 
aos seus herdeiros.
Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação, 
independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário.
1.9 - DAS SERVIDÕES
A servidão é o proveito ou facilidade prestada por um prédio - o serviente - em favor de outro o dominante.
A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono. É 
constituída mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório de 
Registro de Imóveis.
O exercício da servidão é restrito às necessidades do prédio dominante, de modo a evitar agravar o encargo ao 
prédio serviente. Constituída para determinada finalidade, a servidão não se pode ampliar a outro.
1.10 - DO USUFRUTO
O usufruto é um direito conferido a uma pessoa que o autoriza a usar coisa alheia, móvel ou imóvel, e auferir para si 
os frutos por ela produzidos. Cabe ao usufrutuário a posse, o uso, a administração e os frutos da coisa; e ao proprietário 
(conhecido como nu-proprietário) o direito abstrato à propriedade.
O usufruto pode recair em um ou mais bens, em um patrimônio inteiro, ou parte 
deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades. O usufruto de 
imóveis será constituído mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Não se pode transferiro usufruto por alienação; mas o seu exercício pode ceder-se por título gratuito ou oneroso.
O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o prédio, mas não lhe mudar a destinação 
econômica, sem expressa autorização do proprietário.
O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber, determinando o estado 
em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservação, e entregá-los 
findo o usufruto. Todavia o usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do exercício regular do 
usufruto.
É atribuição do usufrutuário pagar as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu, 
bem como as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída.
Extingue-se o usufruto pela morte do usufrutuário, pelo termo de sua duração, pela cessação da causa que o 
originou, pela destruição da coisa, pela consolidação (quando a mesma pessoa passa a ser o usufrutuário e o 
proprietário), pelo usucapião, por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, pela 
renúncia, pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai etc. Os demais casos de extinção do usufruto 
estão presentes no art. 1.410 do Código Civil.
1.11- DO USO
O uso é uma espécie de usufruto restrito, que atribui ao seu titular apenas o uso de coisa alheia, sem direito à 
administração e aos frutos; salvo daquilo que seja necessário ao consumo pessoal e da família, compreendidas a de seu 
cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.
São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto.
 
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1.12 - DA HABITAÇÃO
O direito real temporário de habitar gratuitamente casa alheia. O titular deste direito não a pode alugar, nem 
emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família.
São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto.
1.13 - DO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR
Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento 
público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à 
aquisição do imóvel. 
O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os 
direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no 
instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer a adjudicação do imóvel.
1.14 - DIREITOS REAIS DE GARANTIA SOBRE COISAS ALHEIAS
“Direito real de garantia é aquele que confere ao seu titular a prerrogativa de 
obter o pagamento de uma dívida com o valor ou a renda de um bem aplicado 
exclusivamente à sua satisfação” (Sílvio Rodrigues). 
São eles o penhor, a hipoteca e a anticrese.
1.14.1 - Disposições gerais sobre o penhor, hipoteca e a anticrese.
Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao 
cumprimento da obrigação. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese. Só os bens 
que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.
A coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser dada em garantia real, na sua totalidade, sem o 
consentimento de todos; mas cada um pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver.
O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa exoneração correspondente da garantia, ainda 
que esta compreenda vários bens; salvo disposição expressa no título ou na quitação.
O credor hipotecário e o pignoratício têm o direito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, e preferir, no 
pagamento, a outros credores, observada, quanto à hipoteca, a prioridade no registro. Excetuam-se dessa regra as 
dívidas trabalhistas, previdenciárias, fiscais, que têm preferência.
O credor anticrético tem direito a reter em seu poder o bem, enquanto a dívida não for paga; extingue-se esse 
direito decorridos quinze anos da data de sua constituição.
A dívida será considerada vencida se o bem dado em garantia se perecer, deteriorar ou depreciar e o devedor, 
intimado, não o reforçar ou substituir, se o devedor cair em insolvência ou falir, se as prestações não forem 
pontualmente pagas e se desapropriar o bem dado em garantia.
É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário 
a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, mas 
vencida a dívida, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
Quando, excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto não bastar para pagamento da dívida e despesas 
judiciais, continuará o devedor obrigado pessoalmente pelo restante.
1.14.2 - Do Penhor
Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o 
represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.
O credor pignoratício tem direito à posse da coisa empenhada; à retenção dela em caso de indenização de 
despesas justificadas; ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa empenhada; a promover a 
execução judicial, ou a venda amigável, se autorizado expressamente pelo contrato ou pelo devedor; a apropriar-se 
dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder; a promover a venda antecipada sempre que haja 
receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, mas o dono da coisa empenhada pode impedir a 
venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo outra garantia real idônea.
O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de ser 
integralmente pago.
O credor pignoratício é obrigado à custódia da coisa, na qualidade de depositário, a ressarcir ao dono a perda ou 
deterioração de que for culpado, à defesa da posse da coisa empenhada e a comunicação ao dono dela, das 
circunstâncias que tornarem necessário o exercício de ação possessória, a restituí-la, com os respectivos frutos e 
acessões, uma vez paga a dívida;
Extingue-se o penhor com a extinção da obrigação; com o perecimento da coisa; renunciando o credor; 
confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa; dando-se a adjudicação judicial, a 
remissão ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.
1.14.3 - Da Hipoteca
“Hipoteca é o direto real que o devedor confere ao credor, sobre um bem 
imóvel de sua propriedade ou a outrem, para que o mesmo responda, 
preferentemente ao credor, pelo resgate da dívida” (Sílvio Rodrigues).
Podem ser objeto de hipoteca os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles, o domínio direto, 
o domínio útil, as estradas de ferro, os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo 
onde se acham, os navios, e as aeronaves. Em nosso caso, discorremos somente sobre a hipoteca que grava bens 
488
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imóveis.
É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado, mas poderá convencionar-se que vencerá o 
crédito hipotecário, se o imóvel for alienado.
O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do mesmo ou 
de outro credor. Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá 
executar o imóvel antes de vencida a primeira.
As hipotecas serão registradas no cartório do lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título se referir a mais de 
um. Compete aos interessados, exibido o título, requerer o registroda hipoteca. Os registros e averbações seguirão a 
ordem em que forem requeridos, sendo que o número de ordem determina a prioridade, e esta a preferência entre as 
hipotecas.
Ambas as partes podem prorrogar a hipoteca, até perfazer vinte anos, da data do contrato. 
A lei confere hipoteca, chamada nesse caso de hipoteca legal, às pessoas de direito público interno sobre os imóveis 
pertencentes aos encarregados da cobrança, sua guarda ou administração; aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da 
mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior; ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre 
os imóveis do delinqüente, para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais; ao co-
herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente; ao credor 
sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preço da arrematação.
A hipoteca extingue-se pela extinção da obrigação principal, pelo perecimento da coisa, pela resolução da 
propriedade, pela renúncia do credor, pela remição, e pela arrematação ou adjudicação. 
1.15 DA ANTICRESE
Na anticrese o devedor entrega ao credor a posse do imóvel, cedendo-lhe o direito de auferir os frutos e rendimentos 
desse imóvel, até o montante da dívida a ser paga.
O imóvel hipotecado pode ser dado em anticrese, sendo a recíproca verdadeira. 
O credor anticrético pode administrar os bens dados em anticrese e fruir seus frutos e utilidades, mas deverá 
apresentar anualmente balanço, exato e fiel, de sua administração.
O adquirente dos bens dados em anticrese poderá remi-los, antes do vencimento da dívida, pagando a sua totalidade 
à data do pedido de remição e imitir-se-á, se for o caso, na sua posse.
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 02:
Pesquise na Internet sobre o tema “Usufruto”. Redija um texto sobre o assunto e apresente para o 
professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 02.
 
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489
490
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ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 2- Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas), você 
deverá resolver as Atividades da Unidade II deste volume (referentes ao Direito Civil - Do Direito das Obrigações 
Direito das Coisas). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão no Site www.exitumeducacao.com.br, 
imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos 
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
Avaliação Parcial Unidade III - Leis e Resoluções.
 
NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________
Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________
ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________
1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) “As obrigações dividem-se em obrigações de ____ ou ________, obrigações de ________, ou de não 
_______”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) comprar ou restituir, vender ou comprar.
b) dar ou restituir, fazer ou não fazer.
c) dar ou restituir, comprar ou vender.
d) n.d.a.
2) Da Transmissão das obrigações, da cessão de crédito, quem é o terceiro?
a) Cessionário;
b) Cedente;
c) Cedido;
d) n.d.a.
3) O ato de cumprir a obrigação é denominado:
a) adimplemento;
b) inadimplente;
c) remissão;
d) n.d.a.
4) “O pagamento é o cumprimento dado a uma ___________, em _________ ou _________”. 
Complete o período com a alternativa correta:
a) obrigação, dinheiro, coisa;
b) pessoa, dinheiro, contrato;
c) obrigação, contrato, coisa;
d) n.d.a.
5) O que significa dívida quérable?
a) Dívida pagável em Instituições financeiras.
b) Dívida pagável no domicílio do devedor.
c) Dívida pagável no domicílio do credor.
d) n.d.a.
6) “Sendo o contrato omisso prevalecerá o domicílio do _______ como lugar do pagamento”. 
Complete o trecho com a alternativa correta:
a) devedor;
b) credor;
c) vendedor;
d) n.d.a. 
NOTA:
Ass. Profº:
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE II
DIREITO CIVIL - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
(DIREITO DAS COISAS)
EXERCÍCIO A
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491
7) Qual o significado de “sub-rogar”?
a) Trocar.
b) Substituir.
c) Colocar uma coisa ou pessoa no lugar de outra.
d) Todas as alternativas estão corretas.
8) O que significa inadimplir?
a) Descumprir uma obrigação assumida.
b) Não cumprir com os prazos.
c) Ter elasticidade em forma de pagamento.
d) n.d.a.
9) O devedor responde pelos prejuízos a que sua mora der causa com:
a) juros;
b) atualização dos valores monetários;
c) honorários de advogados;
d) todas as alternativas estão corretas.
10) O que é juro moratório?
a) Rendimento de 50% do capital .
b) Indenização pelo prejuízo resultante da mora culposa na execução de uma obrigação.
c) Remuneração do capital empregado.
d) n.d.a.
492
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Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________
ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________
1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) “A cláusula penal, ou __________, é uma convenção estipulada pelas partes na qual se obrigam a pagar uma 
determinada multa no caso de violação de algum dispositivo contratual”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) multa obrigatória;
b) multa convencional;
c) multa imposta com juros fora da tabela;
d) n.d.a.
2) “Contrato é o acordo de vontade ajustado para a finalidade de _________, resguardar, __________ ou 
____________”. 
Complete o período com a alternativa correta:
a) adquirir, modificar, extinguir direitos;
b) adquirir, vender, extinguir direitos;
c) vender, locar, modificar;
d) n.d.a.
3) O que é dívida quérable?
a) é pagável no domicílio do credor.
b) á dívida adquirida por notas promissórias.
c) é pagável somente em bancos.
d) é pagável no domicílio do devedor.
4) “O contrato preliminar pode ser garantido pelas ________ ou ________, que toma presumido o acordo final e 
obrigatório do contrato”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) arras, sinal;
b) arras, acordo;
c) vontades, as partes;
d) n.d.a.
5) Quais são os princípios básicos que formam os contratos?
a) Autonomia de vontades.
b) Supremacia da ordem pública.
c) Força vinculante do contrato.
d) Todas as alternativasestão corretas.
6) Em uma proposta de contrato considera-se a pessoa presente somente:
a) por escrito;
b) por telefone;
c) por e-mail;
d) todas as alternativas estão corretas.
NOTA:
Ass. Profº:
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE II
DIREITO CIVIL - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
(DIREITO DAS COISAS)
 
EXERCÍCIO B 
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493
7) Dentre as alternativas, a seguir, qual é o exemplo clássico referente a “contrato de estipulação de 
terceiros”?
a) Contrato de seguro de vida.
b) Contrato de prestação de serviços.
c) Contrato temporário.
d) n.d.a.
8) O prazo de decadência do direito de obter a redibição ou o abatimento no preço referente a imóveis é de:
a) cinco anos;
b) três anos;
c) um ano;
d) n.d.a.
9) “Contrato oneroso é aquele em que ambas as partes têm obrigações _________, com _____________”. 
Complete o trecho com a alternativa correta:
a) patrimoniais, vantagens recíprocas;
b) únicas, vantagens recíprocas;
c) patrimoniais, responsabilidades únicas;
d) n.d.a.
10) Na venda de um imóvel, se o preço for por medida ou extensão, ou se determinar a respectiva área, 
ocorrerá a venda:
a) ad mensurum;
b) ad corpus;
c) venda enumerada;
d) n.d.a.
490
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1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) Quando o vendedor poderá executar a cláusula de reserva de domínio, após constituir o comparador em 
mora?
a) Somente mediante protesto do título.
b) Somente por interpelação judicial.
c) Somente por carta registrada.
d) Alternativas a e b estão corretas.
2) Quando a posse é considerada direta?
a) Quando exercida pelos arrendatários.
b) Quando exercida diretamente pelo possuidor sobre a coisa.
c) Quando exercida pelo possuidor e conferida a outrem.
d) n.d.a.
3) Qual o exemplo correto de “posse violenta”?
a) Desapropriação.
b) Pela luta armada.
c) Por invasão.
d) n.d.a.
4) Quando uma posse pode ser perturbada por “esbulho”?
a) Injustamente.
b) Por emprego de violência.
c) Clandestinidade ou abuso de confiança.
d) Todas as alternativas estão corretas.
5) São exemplos da perda de posse:
a) abandono;
b) tradição;
c) perda ou destruição da coisa;
d) todas as alternativas estão corretas.
6) Adquire-se uma propriedade imóvel através de:
a) usucapião;
b) transcrição do título de transferência no registro de imóveis;
c) pela acessão e pelo direito hereditário;
d) todas as alternativas estão corretas.
NOTA:
Ass. Profº:
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DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE II
DIREITO CIVIL - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
(DIREITO DAS COISAS)
EXERCÍCIO C
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
495
7) “Cabe ao usufrutuário a posse, o uso, a administração e os frutos da coisa, e ao proprietário o direito 
__________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) abstrato à propriedade.
b) de registro.
c) do uso parcial.
d) n.d.a.
8) Quais são os direitos reais de garantia sobre coisas alheias?
a) O penhor.
b) A hipoteca.
c) A anticrese.
d) Todas as alternativas estão corretas.
9) Podem ser objeto de hipoteca:
a) os imóveis e os acessórios;
b) o domínio direto e o domínio útil;
c) as estradas de ferro, os navios, as aeronaves;
d) todas as alternativas estão corretas.
10) A hipoteca extingue-se por:
a) extinção da obrigação principal; pelo perecimento da coisa;
b) pela resolução da propriedade; pela renúncia do credor;
c) pela remição; pela arrematação ou adjudicação;
d) todas as alternativas estão corretas.
496
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ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________
1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) “As obrigações dividem-se em obrigações de ____ ou ________, obrigações de ________, ou de não 
_______”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) comprar ou restituir, vender ou comprar.
b) dar ou restituir, fazer ou não fazer.
c) dar ou restituir, comprar ou vender.
d) n.d.a.
 
2) O que significa dívida quérable?
a) É a dívida pagável em Instituições financeiras.
b) É a dívida pagável no domicílio do devedor.
c) É a dívida pagável no domicílio do credor.
d) n.d.a.
 
3) O ato de cumprir a obrigação é denominado:
a) adimplemento;
b) inadimplente;
c) remissão;
d) n.d.a.
 
4) Qual o significado de “sub-rogar”?
a) Trocar.
b) Substituir.
c) Colocar uma coisa ou pessoa no lugar de outra.
d) Todas as alternativas estão corretas.
 5) Quais são os direitos reais de garantia sobre coisas alheias?
a) O penhor.
b) A hipoteca.
c) A anticrese.
d) Todas as alternativas estão corretas. 
6) O prazo de decadência do direito de obter a redibição ou o abatimento no preço referente a imóveis é de:
a) cinco anos;
b) três anos;
c) um ano;
d) n.d.a.
 
NOTA:
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DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE II
DIREITO CIVIL - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
(DIREITO DAS COISAS)
 
EXERCÍCIO D 
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497
7) Qual o exemplo correto de “posse violenta”?
a) desapropriação;
b) pela luta armada;
c) por invasão;
d) n.d.a.
 
8) Quando o vendedor poderá executar a cláusula de reserva de domínio, após constituir o comparador em 
mora?
a) Somente mediante protesto do título.
b) Somente por interpelação judicial.
c) Somente por carta registrada.
d) Alternativas a e b estão corretas.
 
9) Quais são os princípios básicos que informam os contratos?
a) autonomia de vontades.
b) supremacia da ordem pública.
c) força vinculante do contrato.
d) todas as alternativas estão corretas. 
10) “A clausula penal, ou __________, é uma convenção estipulada pelas partes na qual se obrigam a pagar 
uma determinada multa no caso de violação de algum dispositivo contratual”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) multa obrigatória.
b) multa convencional.
c) multa imposta com juros fora da tabela.
d) n.d.a.
498
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UNIDADE - III
LEIS E RESOLUÇÕES
 
As disposições relativas ao 
condomínio edilício constante na 
LEI Nº 4.591, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1964, 
foram revogadas pelo novo Código Civil, 
de formaque da Lei n.º 4.591/64 
trataremos somente das incorporações imobiliárias.
Mas estaremos transcrevendo
O Capítulo VII do Novo Código Civil 
(Lei nº 10.406, de 10/01/2002),
que trata do Condomínio Edilício
AULA 01
1. CÓDIGO CIVIL - CAPÍTULO VII - DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO
No Código Civil do Capítulo VII, Seção I, das Disposições Gerais, lê-se: (Lei nº. 10.406, de 10/01/2002).
Art. 1.1331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade 
comum dos condôminos.
§ 1º As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas, sobrelojas ou 
abrigos para veículos, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se à propriedade 
exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários.
§ 2º O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a 
calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados 
em comum pelos condôminos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos.
§ 3º A cada unidade imobiliária caberá, como parte inseparável, uma fração ideal no solo e nas outras partes comuns, 
que será identificada em forma decimal ou ordinária no instrumento de instituição de condomínio.
§ 4º Nenhuma unidade imobiliária pode ser privada do acesso ao logradouro público.
§ 5º O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição contrária da escritura de constituição do condomínio.
Comentário: Este dispositivo e seus parágrafos estão embasados nos arts. 1º e seus parágrafos, 2º e seus 
parágrafos e 3º da Lei n. 4.591, de 16/12/1964, que regulamenta o condomínio em plano horizontal. Trouxe o artigo para 
o bojo do novo Código Civil a regulamentação do tema, já que o Código de 1916 era omisso, pois que no início do século 
XX não havia prédios de apartamentos, de escritórios ou de garagens.
É considerado condomínio edilício (art. 1.331, caput, do NCC), além das edificações, os conjuntos de edificações. 
Não importa o número de pavimentos, ainda que de um só. É indispensável, todavia, que o edifício se componha de 
múltiplas unidades autônomas, isoladas entre si, independentemente do número de peças e da respectiva destinação 
(residencial ou não-residencial).
Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado em Cartório de Registro de 
Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em lei especial:
I - a discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das 
partes comuns;
II - a determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns;
III - o fim a que as unidades se destinam.
Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois 
terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para 
quantos sobre elas tenham posse ou detenção.
Parágrafo único: Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório 
de Registro de Imóveis.
Comentário: este dispositivo e seu parágrafo único estão embasados no art. 9º, §§ 1º e 2º, da Lei n. 4.591, de 
16/12/1964.
Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 1.332 e das que os interessados houveram por bem estipular, a 
convenção determinará:
I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas 
ordinárias e extraordinárias do condomínio;
II - sua forma de administração;
III - a competência das assembléias, forma de sua convocação e quorum exigido para as deliberações;
IV- as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou possuidores;
A
U
L
A
1
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
499
V - o regimento interno.
§ 1º A convenção poderá ser feita por escritura pública ou por instrumento particular.
§ 2º São equiparados aos proprietários, para os fins deste artigo, salvo disposição em contrário, os 
promitentes compradores e os cessionários de direitos relativos às unidades autônomas.
Comentário: Este artigo e seus parágrafos e incisos estão embasados no § 3º do art. 9º da Lei n. 4.591, de 
16/12/1964.
Art. 1.335. São direitos do condômino:
I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades;
II - usar das partes comuns, conforme a sua destinação, e contanto que não exclua a utilização dos demais 
compossuidores;
III - votar nas deliberações da assembléia e delas participar, estando quite.
Comentário: Este artigo e seus incisos estão embasados no art. 19º da Lei nº 4.591, de 16/12/1964.
Art. 1.336. São deveres do condômino:
I - contribuir para as despesas do condomínio, na proporção de suas frações ideais, salvo disposição em 
contrário na convenção;
II - não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;
III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas;
IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao 
sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes;
§ 1º O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, 
não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito.
§ 2º O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagará multa 
prevista no ato constitutivo ou na convenção, não podendo ela ser superior a cinco vezes o valor de suas 
contribuições mensais, independentemente das perdas e danos que se apurarem; não havendo disposição 
expressa, caberá à assembléia geral, por dois terços no mínimo dos condôminos restantes, deliberar sobre a 
cobrança de multa.
Comentário: Este dispositivo é a conjugação dos arts. 10,12 e 21 da Lei nº 4.591, de 16/12/1964. Enumera, 
de modo taxativo (numerus clausus), os deveres dos condôminos.
Art. 1.337. O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o 
condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser constrangido a pagar multa 
correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a 
gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurarem.
Parágrafo único. O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social, gerar 
incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a pagar 
multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, até ulterior 
deliberação da assembléia.
Comentário: Este dispositivo e seu parágrafo único estão embasados no art. 21 da Lei nº 4.591, de 
16/12/1964.
Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em condições iguais, 
qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.
Comentário: Inova este artigo, ao trazer para as normas que regulam o condomínio em plano horizontal, o 
exercício do direito de preferência, que é salutar, evitando atritos no que concerne à locação de garagens. Assim, 
o condômino pode alugar a terceiros, após dar o direito de preferência aos demais condôminos, sua vaga no 
abrigo de garagem; essa faculdade existe em homenagem ao direito de propriedade constitucionalmente 
protegido.
Art. 1.339. Os direitos de cada condômino às partes comuns são inseparáveis de sua propriedade exclusiva; 
são também inseparáveis das frações ideais correspondentes às unidades imobiliárias, com as suas partes 
acessórias.
§ 1º Nos casos desteartigo é proibido alienar ou gravar os bens em separado.
§ 2º É permitido ao condômino alienar parte acessória de sua unidade imobiliária a outro condômino, só 
podendo fazê-lo a terceiro se essa faculdade constar do ato constitutivo do condomínio, e se a ela não se opuser 
a respectiva assembléia geral.
Comentário: Este artigo consagra o velho princípio de que o acessório segue o principal, estatuindo serem 
inseparáveis da propriedade exclusiva as partes comuns, bem como as frações ideais a ela correspondentes. O 
§ 1º traz a proibição da venda ou gravame das partes em separado. O § 2º prevê a venda apenas quando 
autorizada pela convenção ou pela assembléia dos condôminos, tendo sempre preferência o condômino ao 
estranho. Sobreleva notar que só haverá possibilidade de alienar a garagem se houver matrícula em separado 
da unidade autônoma e lançamento fiscal individualizado. A aplicação desse dispositivo será remota, uma vez 
que na maioria dos condomínios no Brasil a garagem integra a matrícula e o lançamento fiscal da unidade 
autônoma (residencial ou comercial) a que está vinculada.
Art. 1.340. As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um condômino, ou de alguns deles, 
incubem a quem delas se serve.
Art. 1.341. A realização de obras no condomínio depende:
I - se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos;
II - se úteis, de voto da maioria dos condôminos.
§ 1º As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo 
500
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino.
§ 2º Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e importarem em despesas excessivas, determinada sua 
realização, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa delas dará ciência à assembléia, que deverá ser convocada 
imediatamente.
§ 3º Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários, que importarem em despesas excessivas, somente 
poderão ser efetuadas após autorização da assembléia, especialmente convocada pelo síndico, ou, em caso de 
omissão ou impedimento deste, por qualquer dos condôminos.
§ 4º O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das despesas que efetuar, não tendo 
direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum.
Comentário: Este dispositivo legal fixa quorum qualificado para a aprovação de realização de obras no condomínio. 
Faz a distinção entre benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias, permitindo que, quando se trata de obra necessária e 
urgente, o síndico, ou qualquer condômino, se o síndico for omisso, poderá fazê-la, independentemente de autorização 
da assembléia, devendo aprová-la posteriormente. Prevê também o reembolso ao condômino que fez obras 
necessárias no condomínio, se comprovadas.
Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou 
aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidas 
construções, nas partes próprias, ou comuns.
Art. 1.343. A construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifício, destinado a conter novas 
unidades imobiliárias, depende da aprovação da unanimidade dos condôminos.
Comentário: Determina o artigo a necessidade da aprovação de todos os condôminos para a realização de obras 
em área comum que importem em modificação das frações ideais de terreno.
Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de cobertura incubem as despesas da sua conservação, de modo que não haja 
danos às unidades imobiliárias inferiores.
Comentário: Este dispositivo estabelece que é dever do proprietário que utiliza a cobertura ou terraço cuidar da sua 
conservação, arcando com as despesas. Incumbe-lhe, mesmo, reparar possíveis infiltrações de água nos pavimentos 
inferiores, sempre a suas expensas, nunca onerando o condomínio.
Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive 
multas e juros moratórios.
Comentário: Trata-se de uma obrigação propter rem (em virtude da coisa). Ao adquirir uma unidade condominial, 
cabe ao comprador a responsabilidade de saldar os débitos da unidade que comprou, se existirem, uma vez que o 
vínculo se estabelece não com uma pessoa determinada, mas com quer que seja o titular daquele direito real.
Art. 1.346. É obrigatório o seguro de toda a edificação contra o risco de incêndio ou destruição, total ou parcial.
Comentário: Este artigo está embasado no art. 13 da Lei nº 4.591, de 16/12/1964.
Seção II
Da administração do condomínio
Art. 1.347. A assembléia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o condomínio, por 
prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se.
Comentário: Este artigo está embasado no caput do art. 22 da Lei nº 4.591, de 16/12/1964.
Art. 1.348. Compete ao síndico:
I - convocar a assembléia dos condôminos;
II - representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa 
dos interesses comuns;
III - dar imediato conhecimento à assembléia da existência de procedimento judicial ou administrativo, de interesse 
do condomínio;
IV - cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembléia;
V - diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessam aos 
possuidores;
VI - elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano;
VII - cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas;
VIII - prestar contas à assembléia, anualmente e quando exigidas;
IX - realizar o seguro da edificação.
§ 1º Poderá a assembléia investir outra pessoa, em lugar do síndico, em poderes de representação.
§ 2º O síndico pode transferir a outrem, total ou parcialmente, os poderes de representação ou as funções 
administrativas, mediante aprovação da assembléia, salvo disposição em contrário da convenção.
Comentário: Este dispositivo e seus incisos fundamentam-se no § 1º, alíneas a a g, do art. 22 da Lei nº. 4.591, de 
16/12/1964.
Art. 1.349. A assembléia, especialmente convocada para o fim estabelecido no § 2º do artigo antecedente, poderá, 
pelo voto da maioria absoluta de seus membros, destituir o síndico que praticar irregularidades, não prestar contas, ou 
não administrar convenientemente o condomínio.
Comentário: Este artigo inova ao estabelecer quorum para a destituição do síndico, que é de maioria absoluta 
(metade mais um), já que, no regime da Lei nº 4.591/64 (art. 22 § 5º), o quorum era de dois terços.
Art. 1.350. Convocará o síndico, anualmente, reunião da assembléia dos condôminos, na forma prevista na 
convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as contribuições dos condôminos e a prestação de contas, e 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
501
eventualmente eleger-lhe o substituto e alterar o regimento interno.
§ 1º Se o síndico não convocar a assembléia, um quarto dos condôminos poderá fazê-lo.
§ 2º Se a assembléia não se reunir, o juiz decidirá, a requerimento de qualquer condômino.
Comentário: Este dispositivo está embasado no art. 24 da Lei nº 4.591, de 16/12/1964.
Art. 1.351. Depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos a alteração da convenção; a 
mudança da destinação do edifício, ou da unidade imobiliária, depende de aprovação pela unanimidade dos 
condôminos. 
Comentário: O dispositivo está embasado no parágrafo único da Lei nº 4.591, de 16/12/1964.
Art. 1.352. Salvo quando exigido quorum especial, as deliberações da assembléia serão tomadas, em primeira 
convocação, por maioria de votos dos condôminos presentes que representempelo menos metade das frações 
ideais.
Parágrafo único. Os votos serão proporcionais às frações ideais no solo e nas outras partes comuns 
pertencentes a cada condômino, salvo disposição diversa da convenção de constituição do condomínio.
Comentário: Este dispositivo inova ao trazer para a lei regra atinente a quorum não qualificado para deliberação 
em assembléia. No regime da Lei nº 4.591/64 não havia qualquer disposição nesse sentido. O quorum qualificado 
era previsto nas convenções.
Art. 1.353. Em segunda convocação, a assembléia poderá deliberar por maioria dos votos dos presentes, salvo 
quando exigido quorum especial.
Art. 1.354. A assembléia não poderá deliberar se todos os condôminos não forem convocados para a reunião.
Comentário: A convocação deve ser pessoal ao condômino e não ao ocupante da unidade. Se aquela não for 
possível, principalmente em se tratando de prédio com grande número de unidade, a convocação deverá ser feita por 
edital publicado em jornal de grande circulação.
Art. 1.355. Assembléias extraordinárias poderão ser convocadas pelo síndico ou um quarto dos condôminos.
Comentário: Este artigo está embasado no caput do art. 25 da Lei nº 4.591, de 16/12/1964.
Art. 1.356. Poderá haver no condomínio um conselho fiscal, composto de três membros, eleitos pela assembléia, 
por prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas do síndico.
Comentário: Este artigo está embasado no art. 23 da Lei nº 4.591, de 16/12/1964.
Seção III
Da extinção do condomínio
Art. 1.357. Se a edificação for total ou consideravelmente destruída, ou ameace ruína, os condôminos 
deliberarão em assembléia sobre a reconstrução, ou venda, por votos que representem metade mais uma das 
frações ideais.
§ 1º Deliberada a reconstrução, poderá o condômino eximir-se do pagamento das despesas respectivas, 
alienando os seus direitos a outros condôminos, mediante avaliação judicial.
§ 2º Realizada a venda, em que se preferirá, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, será 
repartido o apurado entre os condôminos, proporcionalmente ao valor das suas unidades imobiliárias.
Comentário: Este dispositivo e seus parágrafos estão embasados no art. 14 e parágrafos da Lei nº 4.591, de 
16/12/1964.
Art. 1.358. Se ocorrer desapropriação, a indenização será repartida na proporção a que se refere o § 2º do artigo 
antecedente.
Comentário: A citação da ação de desapropriação deverá ser feita pessoalmente para cada condômino; sendo 
ele casado, deverá também ser citado o cônjuge; se morto, o inventariante; se menor ou incapaz, o tutor ou curador; 
se falido, o síndico; e se pessoa jurídica, o seu representante legal. Isto porque se trata de ação que versa sobre 
direito real, e o síndico só representa o condomínio nas ações relativas a sua administração e nunca quando envolve 
o direito de propriedade de cada titular de domínio. 
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ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 01:
Pesquise na Internet sobre o tema “Condomínios Horizontais e Verticais”. Redija um texto sobre o 
assunto e apresente para o professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 01.
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ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 3- Leis e Resoluções , você deverá resolver as Atividades da Unidade III 
deste volume (referentes às Leis e Resoluções). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão no Site 
www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção, 
pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos 
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
Avaliação Parcial Unidade III - Leis e Resoluções.
 
UNIDADE - III
LEIS E RESOLUÇÕES
 
As disposições relativas ao 
condomínio edilício constante na lei
LEI Nº 4.591, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1964 
foram revogadas pelo novo Código Civil (ver aula 01 da 
Unidade III), 
de forma que da Lei n.º 4.591/64 
trataremos e
comentaremos
 somente das incorporações imobiliárias.
AULA 02
1) DAS INCORPORAÇÕES / 2) PARCELAMENTO DO SOLO URBANO
1) DAS INCORPORAÇÕES
1. LEI Nº 4.591, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1964.
Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias.
Incorporação imobiliária é a atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção, para alienação 
total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas de unidades autônomas. 
Incorporador é a pessoa física ou jurídica, que embora não efetuando a construção, compromisse ou efetive a 
venda de frações ideais de terreno objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas, ou que meramente 
aceite propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação.
O incorporador somente poderá negociar sobre unidades autônomas após ter arquivado, no cartório competente de 
Registro de Imóveis, os documentos comprovando a propriedade do terreno; a inexistência de débitos de impostos, 
protesto de títulos; ações cíveis e criminais e de ônus reais relativos ao imóvel, aos alienantes e ao incorporador; os 
projetos de construção devidamente aprovados pelas autoridades competentes.
O número do registro da incorporação, bem como a indicação do cartório competente, constará, obrigatoriamente, 
dos anúncios, impressos, publicações, propostas, contratos, preliminares ou definitivos, referentes à incorporação, 
salvo dos anúncios "classificados".
Quando o incorporador contratar a entrega da unidade a prazo e preços certos, determinados ou determináveis, 
deverá informar obrigatoriamente aos adquirentes, por escrito, no mínimo de seis em seis meses, o estado da obra.
O incorporador responde civilmente pela execução da incorporação, devendo indenizar os adquirentes ou 
compromissários, dos prejuízos que a estes advierem do fato de não se concluir a edificação ou de se retardar 
injustificadamente a conclusão das obras.
É vedado ao incorporador alterar o projeto, especialmente no que se refere à unidade do adquirente e às partes 
comuns, modificar as especificações, ou desviar-se do plano da construção, salvo autorização unânime dos 
interessados ou exigência legal.
Após a concessão do "habite-se", pela autoridade administrativa, o incorporador deverá requerer a averbação da 
construção das edificações, para efeito de individualização e discriminação das unidades, respondendo perante os 
adquirentes pelas perdas e danos que resultem da demora no cumprimento dessa obrigação.
1.2.1 - DA CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÃO EM CONDOMÍNIO
A construção de imóveis, objeto de incorporação, poderá ser contratada sob o regime de empreitada ou de 
administração.
Poderá ser designada, no contrato de construção ou eleita em assembléia, uma Comissão de Representantes, 
composta de no mínimo três membros escolhidos entre os contratantes, para representá-los junto ao construtor ou ao 
incorporador, em tudo que interessar ao bom andamento da obra.
Cada contratante da construção só será imitido na posse de sua unidade se estiver em dia com as obrigações 
assumidas, exercendo o construtor, o incorporador ou o condomínio o direito de retenção sobre a respectiva unidade.
1.2.1.1 - Da Construção por Empreitada
Nas incorporações em que a construção seja feita pelo regime de empreitada, esta poderá ser a preço fixo, ou a 
preço reajustável por índices previamente determinados. Na empreitada a preço fixo, o preço da construção será 
irreajustável, independentemente das variações que sofrer ocusto efetivo das obras e quaisquer que sejam suas 
causas. Na empreitada a preço reajustável, o preço fixado no contrato será reajustado na forma e nas épocas nele 
expressamente previstas, em função da variação dos índices adotados, também previstos obrigatoriamente no contrato.
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505
 
Em toda a publicidade ou propaganda escrita, destinada a promover a venda de incorporação com 
construção pelo regime de empreitada reajustável, em que conste preço, serão discriminados explicitamente o preço 
da fração ideal do terreno e o preço da construção, com indicação expressa da reajustabilidade, dispensada essa 
exigência nos anúncios "classificados" dos jornais.
1.2.1.2 - Da Construção por Administração
Nas incorporações em que a construção for contratada pelo regime de administração, também chamado 
"a preço de custo", será de responsabilidade dos proprietários ou adquirentes o pagamento do custo integral de obra. 
No regime de construção por administração, será obrigatório constar do 
respectivo contrato o montante do orçamento do custo da obra e a data em que se 
iniciará efetivamente a obra.
Em toda publicidade ou propaganda escrita destinada a promover a venda de incorporação com 
construção pelo regime de administração em que conste preço, serão discriminados explicitamente o preço da 
fração ideal de terreno e o montante do orçamento atualizado do custo da construção, com a indicação do mês a que 
se refere o dito orçamento, dispensada essa exigência nos anúncios "classificados" dos jornais.
1.2.2 - Das Infrações
Pode-se estipular no contrato que a falta de pagamento, por parte do adquirente ou contratante, de três 
prestações do preço da construção, depois de prévia notificação com o prazo de dez dias para purgação da mora, 
implique na rescisão do contrato, e que, na falta de pagamento, pelo débito respondem os direitos à respectiva fração 
ideal de terreno e à parte construída adicionada.
Não purgada a mora o prazo de dez dias poderá ser promovida, em leilão público, a venda da quota de 
terreno.
O contrato poderá dispor que o valor das prestações pagas com atraso seja corrigível em função da variação 
do índice geral de preços que reflita as oscilações do poder aquisitivo da moeda nacional.
É crime contra a economia popular promover incorporação, fazendo, em 
proposta, contratos, prospectos ou comunicação ao público, afirmação falsa 
sobre a construção do condomínio, alienação das frações ideais do terreno ou 
sobre a construção das edificações, punível com pena de reclusão de um a quatro 
anos e multa.
Na mesma pena incorre também o corretor de imóveis, o incorporador, o 
construtor, os diretores ou gerentes de empresa incorporadora, corretora ou 
construtora que, em contrato, publicidade ou comunicação ao público fizerem 
afirmação falsa sobre a constituição do condomínio, alienação das frações ideais ou 
sobre a construção das edificações, ou que usar, ainda que a título de empréstimo, 
em proveito próprio ou de terceiros, bens ou haveres destinados à incorporação 
contratada por administração, sem prévia autorização dos interessados.
2) PARCELAMENTO DO SOLO URBANO
o
LEI N 6.766, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979 - Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras 
Providências.
O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento. 
Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias 
de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. 
Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com aproveitamento 
do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no 
prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.
Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos 
definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. 
Consideram-se infra-estrutura básica os equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, 
iluminação pública, redes de esgoto sanitário e abastecimento de água potável, e de energia elétrica pública e 
domiciliar e as vias de circulação pavimentadas ou não. 
Nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS), a 
infra-estrutura básica dos parcelamentos situados consistirá, no mínimo, de vias 
de circulação, escoamento das águas pluviais, rede para o abastecimento de 
água potável, e soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica 
domiciliar. 
Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de 
urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. 
É proibido o parcelamento do solo urbano, enquanto não solucionados os problemas, em terrenos alagadiços e 
sujeitos a inundações, que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, com declividade igual ou 
superior a trinta por cento. Também não será permitido o parcelamento do solo em terrenos onde as condições 
506
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
geológicas não aconselham a edificação ou em áreas de preservação ecológica. 
A lei municipal definirá os prazos para que um projeto de parcelamento apresentado seja aprovado ou rejeitado e 
para que as obras executadas sejam aceitas ou recusadas. Transcorridos os prazos sem a manifestação do Poder 
Público, o projeto será considerado rejeitado ou as obras recusadas, assegurada a indenização por eventuais danos 
derivados da omissão. Nos Municípios cuja legislação for omissa, os prazos serão de noventa dias para a aprovação ou 
rejeição e de sessenta dias para a aceitação ou recusa fundamentada das obras de urbanização.
Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário 
dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação. Juntamente com o pedido deverá 
apresentar os documentos de comprovação da propriedade do terreno; de inexistência de débitos de impostos, protesto 
de títulos, ações cíveis e criminais e de ônus reais relativos ao imóvel e aos alienantes; cópia do ato de aprovação do 
loteamento e comprovante do termo de verificação da execução das obras exigidas; exemplar do contrato-padrão de 
promessa de venda, ou de cessão ou de promessa de cessão.
No Registro de Imóveis, far-se-á o registro do loteamento, com uma indicação para cada lote, a averbação das 
alterações, a abertura de ruas e praças e as áreas destinadas a espaços livres ou a equipamentos urbanos. 
O processo de loteamento e os contratos depositados em cartório poderão ser examinados por qualquer pessoa, a 
qualquer tempo, independentemente do pagamento de custas ou emolumentos, ainda que a título de busca. 
São irretratáveis os compromissos de compra e venda, cessões e promessas de cessão, os que atribuam direito a 
adjudicação compulsória e, estando registrados, confiram direito real oponível a terceiros.
Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão valerão como título para o registro da 
propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da respectiva prova de quitação. 
Se aquele que se obrigou a concluir contrato de promessa de venda ou de cessão não cumprir a obrigação, o credor 
poderá notificar o devedor para outorga do contrato ou oferecimento de impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, sob 
pena de proceder-se ao registro do pré-contrato, passando as relações entre as partes a serem regidas pelo contrato-
padrão. Nesse caso, terão o mesmo valor de pré-contrato a promessa de cessão, a proposta de compra, a reservade 
lote ou qualquer outro instrumento, do qual conste a manifestação da vontade das partes, a indicação do lote, o preço e 
modo de pagamento, e a promessa de contratar. 
Aquele que adquirir a propriedade loteada mediante ato inter vivos, ou por sucessão causa mortis, sucederá o 
transmitente em todos os seus direitos e obrigações, ficando obrigado a respeitar os compromissos de compra e venda 
ou as promessas de cessão, em todas as suas cláusulas, sendo nula qualquer disposição em contrário, ressalvo o direito 
do herdeiro ou legatário de renunciar à herança ou ao legado. 
O contrato particular pode ser transferido por simples trespasse, lançado no verso das vias em poder das partes, ou 
por instrumento em separado, declarando-se o número do registro do loteamento, o valor da cessão e a qualificação do 
cessionário, para o devido registro. A cessão independe da anuência do loteador, mas, em relação a este, seus efeitos só 
se produzem depois de cientificado, por escrito, pelas partes ou quando registrada a cessão. 
Vencida e não paga a prestação, o contrato será considerado rescindido trinta dias depois de constituído em mora o 
devedor. Nesse caso, a requerimento do credor, o devedor-adquirente será intimado a satisfazer as prestações vencidas 
e as que se vencerem até a data do pagamento, os juros convencionados e as custas de intimação. Purgada a mora, 
convalescerá o contrato. 
Permanecendo a inadimplência, de posse da certidão de não haver realizado o pagamento em cartório, o vendedor 
requererá ao oficial do registro o cancelamento da averbação. 
Em qualquer caso de rescisão por inadimplemento do adquirente, as benfeitorias necessárias ou úteis por ele 
levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, sendo de nenhum efeito qualquer disposição contratual em 
contrário. Não serão indenizadas as benfeitorias feitas em desconformidade com o contrato ou com a lei. 
Ocorrendo o cancelamento do registro por inadimplemento do contrato e tendo 
havido o pagamento de mais de um terço do preço ajustado, o oficial do registro de 
imóveis mencionará este fato no ato do cancelamento e a quantia paga; somente 
será efetuado novo, registro relativo ao mesmo lote, se for comprovada a restituição 
do valor pago pelo vendedor ao titular do registro, cancelado, ou mediante depósito 
em dinheiro à sua disposição junto ao Registro de Imóveis. 
É proibido vender ou prometer vender parcela de loteamento ou desmembramento não registrado. Verificado que o 
loteamento ou desmembramento não está registrado, deverá o adquirente do lote notificar o loteador para suprir a falta, 
suspendendo o pagamento, ao loteador, das prestações restantes, mas efetuando o depósito delas junto ao Registro de 
Imóveis competente. Regularizado o loteamento pelo loteador, este poderá levantar as prestações depositadas em 
cartório.
Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o loteamento 
não estiver regularmente inscrito. 
Constitui crime contra a Administração Pública dar início, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo 
para fins urbanos sem autorização do órgão público competente, em desacordo com as disposições legais ou sem a 
observância das determinações constantes do ato administrativo de licença. 
Da mesma forma, constitui crime fazer, ou veicular em proposta, contrato, prospecto ou comunicação ao público 
ou a interessados, afirmação falsa sobre a legalidade de loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, ou 
ocultar fraudulentamente fato a ele relativo. 
 Em ambos os casos, a pena é de reclusão, de um a quatro anos, e multa.
A pena será aumentada de um a cinco anos, e multa, se o crime é cometido por 
meio de venda, promessa de venda ou reserva de lote não registrado no Registro de 
Imóveis competente ou com inexistência de título legítimo de propriedade do 
imóvel loteado ou desmembrado.
Quem, de qualquer modo, concorrer para a prática das condutas acima citadas, incidirá nas penas cominadas, 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
507
considerados em especial os atos praticados na qualidade de mandatário de loteador, diretor ou gerente de 
sociedade. 
Aquele que registrar loteamento ou desmembramento, não aprovado pelos órgãos competentes, registrar o 
compromisso de compra e venda, a cessão ou promessa de cessão de direitos, ou efetuar registro de contrato de 
venda de loteamento ou desmembramento, não registrado, será apenado com detenção de um a dois anos, e multa.
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 02:
Pesquise na Internet sobre o tema “Loteamentos Irregulares nas Grandes Cidades - causas e 
efeitos”. Redija um texto sobre o assunto e apresente para o professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 02.
ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 3 - Leis e Resoluções , você deverá resolver as Atividades da Unidade III 
deste volume (referentes às: Leis e Resoluções). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão no Site 
www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção, 
pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
Avaliação Parcial Unidade III - Leis e Resoluções.
 
508
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
UNIDADE - III
LEIS E RESOLUÇÕES
 
É de vital importância o conhecimento 
de alguns conceitos e regras 
que regem o direito consumeirista, 
pois o Corretor de Imóveis é
 um fornecedor de serviços com 
características bem particulares,
 haja vista que fornece seus serviços 
profissionais tanto ao vendedor 
quanto ao comprador
AULA 03
1)PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR
2) LOCAÇÕES DOS IMÓVEIS URBANOS E OS PROCEDIMENTOS A ELAS PERTINENTES
1) PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR 
1 - LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 - Dispõe sobre a proteção do consumidor
1.1 - DEFINIÇÕES E CONCEITOS
O Código do Consumidor estabelece normas visando a proteção e defesa do consumidor, da ordem pública e do 
interesse social.
Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário 
final. 
Destinatário final é aquele que adquire um produto ou serviço para utilizar em uso próprio, que não revende o 
produto para outrem, nem o aplica na produção de outros produtos. Equipara-se a consumidor a coletividade de 
pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Esta última definição é uma exação 
jurídica denominada consumidor por equiparação.
Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica que desenvolve atividade de 
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de 
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
1.2 - Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço
Não raro ocorre de o produto ou serviço causar danos às pessoas. Neste caso, o fabricante, o produtor, o 
construtor, e o importador respondem de modo objetivo. A responsabilidade objetiva independe da averiguação da culpa 
e só é excluída se provada a inexistência do defeito, que não foi colocado o produto no mercado ou que a culpa é 
exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Considera-se o produto defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera. Não éconsiderado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos 
causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou 
inadequadas sobre sua fruição e riscos. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele 
pode esperar. O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar que, tendo prestado o serviço, o defeito 
inexiste ou que o defeito decorre de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Os profissionais liberais são exceção à regra da responsabilidade objetiva, vez que sua responsabilidade pessoal 
deve ser apurada mediante à verificação de culpa.
1.3 - Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de 
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o 
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valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem 
publicitária.
Ocorrendo o vício e não sendo ele sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha, a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de 
uso; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
ou o abatimento proporcional do preço. O prazo de trinta dias pode ser reduzido a sete dias ou dilatado até 180 dias, 
desde que as partes assim estipulem.
O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes 
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou 
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha a reexecução dos serviços, 
sem custo adicional e quando cabível; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem 
prejuízo de eventuais perdas e danos, ou o abatimento proporcional do preço. A reexecução dos serviços poderá ser 
confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços, não o 
exime de responsabilidade.
1.4 - Da Decadência e da Prescrição
O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em trinta dias, tratando-se de 
fornecimento de serviço e de produtos não duráveis, noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de 
produtos duráveis. 
A reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até 
a resposta negativa correspondente, transmitida de forma inequívoca, obsta a decadência do direto de reclamar dos 
vícios aparentes.
No caso de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço, 
iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
1.5 - DAS PRÁTICAS COMERCIAIS
1.5.1- Da Oferta
Toda informação ou publicidade oferecendo ou apresentando produtos ou serviços obriga o fornecedor 
que a fizer ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. A oferta e apresentação de produtos ou 
serviços devem assegurar informações corretas, claras, sobre as características, qualidades, quantidade, 
composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e 
segurança dos consumidores.
1.5.2 - Da Publicidade
A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como 
tal, sendo proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação, de caráter publicitário, capaz de 
induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, 
preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
É abusiva a publicidade discriminatória, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, 
aproveite-se da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite valores ambientais, ou que seja 
capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
A publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do 
produto ou serviço.
O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as 
patrocina.
1.5.3 - Das Práticas Abusivas
É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas consideradas abusivas, praticar a 
venda casada, ou seja, condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou 
serviço. Da mesma forma, não pode limitar quantitativamente sem justa causa, ou recusar atendimento às 
demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com 
os usos e costumes.
Não poderá enviar ou entregar ao consumidor qualquer produto serviço sem solicitação prévia nem se 
prevalecer da fraqueza ou ignorância do consumidor para impingir-lhe seus produtos ou serviços. Os serviços 
prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, sem a sua solicitação, equiparam-se às amostras 
grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
Não pode repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de 
seus direitos; colocar no mercado de consumo qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas técnicas 
convencionadas; recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los 
mediante pronto pagamento; elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços; deixar de estipular prazo para 
o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério; aplicar fórmula ou 
índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. 
O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o valor 
da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as 
datas de início e término dos serviços. Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez 
dias, contado de seu recebimento pelo consumidor. Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os 
contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociação das partes. O consumidor não responde por 
quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento 
prévio.
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1.5.4 - Da Cobrança de Dívidas
Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a 
qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do 
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo 
hipótese de engano justificável.
1.6 - DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
O CDC protege o consumidor antes, quando e após à elaboração do contrato.
Os contratos não obrigarão o consumidor, se não lhe foi dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de 
seu conteúdo, ou se forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentidoe alcance. As cláusulas 
contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
As declarações de vontade constantes de escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de 
consumo vinculam o fornecedor.
O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de 
recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do 
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. Se o consumidor exercitar o direito de 
arrependimento, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de 
imediato, monetariamente atualizados.
A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito. 
1.6.1 - Das Cláusulas Abusivas
São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e 
serviços que impossibilitem, exonerem, atenuem ou transfiram a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer 
natureza dos produtos e serviços; subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga; estabeleçam 
inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor; determinem a utilização compulsória de arbitragem; deixem ao 
fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor; autorizem o fornecedor a modificar 
unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração; possibilitem a renúncia do direito de 
indenização por benfeitorias necessárias.
A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, 
apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão ser superiores a 
dois por cento do valor da prestação. É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou 
parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimos.
Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis, mediante pagamento em prestações, bem como nas 
alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito às cláusulas que estabeleçam a perda total das 
prestações pagas em benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a 
retomada do produto alienado.
1.6.2 - Dos Contratos de Adesão
Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas foram unilateralmente colocadas pelo fornecedor de produtos 
ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. As cláusulas que 
implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil 
compreensão.
2) LOCAÇÕES DOS IMÓVEIS URBANOS E OS PROCEDIMENTOS A ELAS PERTINENTES.
o
10 - LEI N 8.245, DE 18 DE OUTUBRO DE 1991 - Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os 
procedimentos a elas pertinentes.
2.1- DA LOCAÇÃO EM GERAL
A locação de imóvel urbano regula - se pelo disposto nesta lei. A locação pode ser residencial e não residencial. 
São reguladas pelo Código Civil ou leis especiais os imóveis públicos, as garagens autônomas, os espaços destinados à 
publicidade, os apart- hotéis, hotéis.
As partes podem ajustar um contrato de locação por qualquer prazo, dependendo de autorização conjugal, se 
igual ou superior a dez anos. Ausente a vênia conjugal, o cônjuge não estará obrigado a observar o prazo excedente. 
Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não poderá o locador reaver o imóvel alugado, mas o 
locatário poderá devolvê-lo, pagando a multa pactuada ou judicialmente estipulada. 
A ação do locador para reaver o imóvel é a de despejo. 
O locatário poderá denunciar a locação por prazo indeterminado, mediante aviso por escrito ao locador, com 
antecedência mínima de trinta dias. 
Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar o contrato, com o prazo de noventa 
dias para a desocupação, salvo se a locação for por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em 
caso de alienação e estiver averbado junto à matrícula do imóvel. Idêntico direito terá o promissário comprador e o 
promissário cessionário, em caráter irrevogável, com imissão na posse do imóvel e título registrado junto à matrícula do 
mesmo. A denúncia deverá ser exercitada no prazo de noventa dias contados do registro da venda ou do compromisso, 
presumindo - se, após esse prazo, a concordância na manutenção da locação. 
A locação também poderá ser desfeita por mútuo acordo; em decorrência da prática de infração legal ou 
contratual; em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos; ou para a realização de reparações 
urgentes determinadas pelo Poder Público.
É livre a convenção do aluguel, mas não pode ser estipulado em moeda 
estrangeira, nem vinculado à variação cambial ou ao salário mínimo. Só pode ser 
cobrado adiantadamente em caso de locação por temporada, ou se não foi dada 
garantia.
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O aluguel está sujeito aos reajustes por vontade das partes, mas não havendo acordo pode ocorrer reajuste 
judicial, a cada três anos.
O locador é obrigado a entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina, a 
garantir o uso pacífico do imóvel locado, responder pelos vícios ou defeitos anteriores à locação, fornecer ao 
locatário descrição minuciosa do estado do imóvel, quando de sua entrega, fornecer ao locatário recibo discriminado 
dos pagamentos, pagar as taxas de administração imobiliária e de intermediações, inclusive as despesas 
necessárias à aferição da idoneidade do pretendente ou de seu fiador, pagar os impostos, taxas e o de seguro, salvo 
disposição expressa em contrário no contrato, e pagar as despesas extraordinárias de condomínio, sendo estas as 
despesas que não se refiram aos gastos rotineiros de manutenção do edifício.
O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel e os encargos da locação, servir - se do imóvel para o 
uso convencionado ou presumido e tratá-lo com o mesmo cuidado como se fosse seu, restituir o imóvel no estado em 
que o recebeu, salvo as deteriorações decorrentes do seu uso normal, não modificar a forma interna ou externa do 
imóvel sem o consentimento prévio e por escrito do locador, pagar as despesas de telefone e de consumo de força, 
luz e gás, água e esgoto, permitir a vistoria do imóvel pelo locador, cumprir integralmente a convenção de condomínio 
e os regulamentos internos, pagar o prêmio do seguro de fiança, e pagar as despesas ordinárias de condomínio, 
sendo estas as despesas necessárias à sua administração.
Convencionado que cabe ao locatário a responsabilidade pelo pagamento dos tributos, encargos e despesas 
ordinárias de condomínio, o locador poderá cobrar tais verbas juntamente com o aluguel do mês a que se refiram. 
No caso de venda, promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de direitos ou dação em pagamento, 
o locatário tem preferência para adquirir o imóvel locado, em igualdade de condições com terceiros. Nesse caso, 
deve o locador cientificar o locatário, através de notificação judicial, extrajudicial ou outro meio de ciência inequívoca. 
O direito de preferência do locatário deverá ser exercido de maneira inequívoca no prazo de trinta dias. Não se aplica 
o direito de preferência nos casos de perda da propriedade ou venda por decisão judicial, permuta, doação, 
integralização de capital, cisão, fusão e incorporação. 
O locatário preterido no seu direito de preferência poderá reclamar do alienante as perdas e danos ou, 
depositando o preço e demais despesas do ato de transferência, haver para si o imóvel locado. O prazo paratal é de 
seis meses, a contar do registro do ato no cartório de imóveis, desde que o contrato de locação esteja averbado pelo 
menos trinta dias antes da alienação junto à matrícula do imóvel. 
Havendo condomínio no imóvel, a preferência do condômino terá prioridade sobre a do locatário. 
O locador pode exigir do locatário, como garantia, a prestação de caução, fiança, ou seguro de fiança 
locatícia, sendo vedada mais de uma modalidade de garantia num mesmo contrato de locação. Salvo disposição 
contratual em contrário, qualquer das garantias da locação se estende até a efetiva devolução do imóvel. 
Não estando a locação garantida por qualquer das modalidades, o locador poderá exigir do locatário o 
pagamento do aluguel e encargos até o sexto dia útil do mês vincendo. 
Constitui contravenção penal exigir o pagamento de quantia ou valor além do aluguel e encargos permitidos, 
exigir mais de uma modalidade de garantia num mesmo contrato de locação, e cobrar antecipadamente o aluguel, 
salvo os casos de locação para temporada ou locação sem garantia.
2.2 - DA LOCAÇÃO RESIDENCIAL
Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, a resolução do contrato 
ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso. Findo o prazo ajustado, se o locatário 
continuar na posse do imóvel alugado por mais de trinta dias; sem oposição do locador, presumir - se - á prorrogada a 
locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato. Ocorrendo a prorrogação, 
o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias; para desocupação. 
Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, 
a locação prorroga - se automaticamente, por prazo indeterminado. Nesse caso, somente pode ser retomado o 
imóvel nos casos de mútuo acordo das partes; decorrentes da prática de infração legal ou contratual, decorrentes da 
falta de pagamento do aluguel e demais encargos; para a realização de reparações urgentes determinadas pelo 
Poder Público; decorrentes de extinção do contrato de trabalho, se a ocupação do imóvel pelo locatário relacionada 
com o seu emprego; se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro, ou para uso residencial de 
ascendente ou descendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou companheiro, de imóvel residencial 
próprio; ou se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos. 
2.3 - DA LOCAÇÃO PARA TEMPORADA
Locação para temporada é aquela contratada por prazo não superior a noventa dias destinada à residência 
temporária do locatário, para prática de lazer, realização de cursos, tratamento de saúde, etc.
O locador poderá receber de uma só vez e antecipadamente os aluguéis e encargos, bem como exigir do locatário, 
como garantia, a prestação de caução, fiança, ou seguro de fiança locatícia, sendo vedada mais de uma modalidade 
de garantia num mesmo contrato de locação. 
Findo o prazo ajustado, se o locatário permanecer no imóvel sem oposição do locador por mais de 
trinta dias, presumir - se - á prorrogada a locação por tempo indeterminado, não mais sendo exigível o 
pagamento antecipado do aluguel e dos encargos. 
2.4 - DA LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL
Na locação comercial o locatário terá direito à renovação do contrato, caso tenha sido ele celebrado por 
escrito e com prazo determinado. Nesse caso, o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos 
ininterruptos dos contratos escritos deve ser de cinco anos, e esteja o locatário explorando seu comércio, no mesmo 
ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. 
Ação renovatória é a modalidade da ação destinada a fazer valer o direito de renovação do contrato locatício, 
e deve ser proposta no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização 
do prazo do contrato em vigor. 
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O locador não estará obrigado a renovar o contrato se, por determinação do 
Poder Público, tiver que realizar no imóvel, obras que importarem na sua radical 
transformação; o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de 
fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital 
o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente. Nesse caso, o imóvel não 
poderá ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário, salvo se a locação 
também envolvia o fundo de comércio, com as instalações e pertences. 
Nas locações de imóveis utilizados por hospitais, unidades sanitárias oficiais, asilos, bem como de 
estabelecimento de saúde e de ensino autorizados, o contrato somente poderá ser rescindido nos casos de mútuo 
acordo; em decorrência da prática de infração legal ou contratual; em decorrência da falta de pagamento do aluguel e 
demais encargos; para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público; o proprietário pedir o 
imóvel para demolição, edificação, licenciada ou reforma que venha a resultar em aumento mínimo de cinqüenta por 
cento da área útil. 
Quando o locatário for pessoa jurídica e o imóvel se destinar ao uso de seus titulares, diretores, sócios, 
gerentes, executivos ou empregados; considerar-se-á a locação como sendo não residencial, de forma que as 
disposições que serão aplicadas são da locação comercial.
Nos demais casos de locação não residencial, o contrato por prazo determinado cessa, de pleno direito, findo o 
prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso. Findo o prazo estipulado, se o locatário permanecer no 
imóvel por mais de trinta dias, sem oposição do locador, presumir - se - á prorrogada a locação nas condições ajustadas, 
mas sem prazo determinado. 
O contrato de locação por prazo indeterminado pode ser denunciado por escrito, 
pelo locador, concedidos ao locatário trinta dias para a desocupação. 
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 03:
Pesquise na Internet sobre o tema “Contrato de Locação Temporário - Flat, Apart Hotel, etc..” Redija um 
texto sobre o assunto e apresente para o professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 03.
 
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ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 3- Leis e Resoluções , você deverá resolver as Atividades da Unidade III 
deste volume (referentes às: Leis e Resoluções). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão no Site 
www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção, 
pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
Avaliação Parcial Unidade III - Leis e Resoluções.
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UNIDADE - III
LEIS E RESOLUÇÕES
 
O exercício da profissão de Corretor de Imóveis
será permitido ao possuidor
de título de Técnico em Transações Imobiliárias ou 
àquele inscrito nos termos da Lei nº 4.116/62, desde que requeira a
revalidação da sua inscrição.
Ao Corretor de Imóveis compete exclusivamente exercer
a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis.
 Pode, ainda, mas não de modo exclusivo, opinar 
quanto à comercialização imobiliária.
AULA 04
1) LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973.
2) LEI Nº 6.530, DE 12 DE MAIO DE 1978 E SEU INSTRUMENTO REGULAMENTADOR, O DECRETO 
Nº 81.871, DE 29 DE JUNHO DE 1978.
3) RESOLUÇÃO-COFECI Nº 146/82.
4) RESOLUÇAÕ -COFECI n.º 326/92.
1. LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973.
 Dispõe sobre os registros públicos, e dá outrasprovidências.
Das atribuições
Os registros públicos objetivam conferir autenticidade, segurança, publicidade e eficácia aos atos jurídicos. São 
modalidades o registro civil de pessoas naturais, o registro civil de pessoas jurídicas, o registro de títulos e documentos, e 
o registro de imóveis. 
Com esse intuito, existem os cartórios de registro de nascimentos, casamentos e óbitos, a quem cabe registrar os 
atos relacionados às pessoas naturais; os cartórios de registro de títulos e documentos, a quem cabe registrar os atos 
relacionados às pessoas jurídicas e ao registro de títulos e documentos; os cartórios de registro de imóveis, a quem cabe 
registrar os atos relacionados aos imóveis. 
O serviço cartorial começará e terminará às mesmas horas em todos os dias úteis, mas, o de registro civil de pessoas 
naturais, funcionará todos os dias, sem exceção. 
É nulo o registro lavrado fora das horas regulamentares ou em dias em que não houver expediente, sendo civil e 
criminalmente responsável o oficial que der causa à nulidade. 
Os Oficiais do Registro terão direito, a título de remuneração, aos emolumentos fixados nos Regimentos de Custas, 
os quais serão pagos, pelo interessado que os requerer, no ato de requerimento ou no da apresentação do título. 
Os oficiais são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que, pessoalmente, ou pelos prepostos ou substitutos 
que indicarem, causarem, por culpa ou dolo, aos interessados no registro. 
Da Publicidade
Os oficiais e os encarregados das repartições em que se façam os registros são obrigados a lavrar certidão do que 
lhes for requerido e a fornecer às partes as informações solicitadas. Qualquer pessoa pode requerer certidão do registro 
sem informar ao oficial ou ao funcionário o motivo ou interesse do pedido. No caso de recusa ou retardamento na 
expedição da certidão, o interessado poderá reclamar à autoridade competente, que aplicará, se for o caso, a pena 
disciplinar cabível. 
Do Registro Civil das Pessoas Naturais
Serão registrados no registro civil de pessoas naturais, os nascimentos, os casamentos, os óbitos, as emancipações, 
as interdições, as sentenças declaratórias de ausência, as opções de nacionalidade, e as sentenças que deferirem a 
legitimação adotiva. 
Serão averbados, à margem do registro, as sentenças que decidirem a nulidade ou anulação do casamento, a 
separação, divórcio ou o restabelecimento da sociedade conjugal, os atos judiciais ou extrajudiciais de reconhecimento 
de filhos ilegítimos, as escrituras de adoção e os atos que a dissolverem, e as alterações ou abreviaturas de nomes. 
Não serão cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento e pelo assento de óbito, bem como pela primeira 
certidão respectiva. Os reconhecidamente pobres estão isentos de pagamento de emolumentos pelas demais certidões 
extraídas pelo cartório de registro civil.
Do Registro Civil de Pessoas Jurídicas
No registro civil de pessoas jurídicas, serão inscritos os contratos, os atos constitutivos, os estatutos ou 
compromissos das sociedades civis, religiosas, morais, científicas ou literárias, bem como o das fundações e das 
associações de utilidade pública, as sociedades civis que revestirem as formas estabelecidas nas leis comerciais, salvo 
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as anônimas, e os atos constitutivos e os estatutos dos partidos políticos. 
A existência legal das pessoas jurídicas só começa com o registro de seus atos constitutivos. 
Do Registro de Títulos e Documentos
No Registro de Títulos e Documentos, será realizada a transcrição dos instrumentos particulares, para a prova 
das obrigações convencionais de qualquer valor ou, facultativamente, de quaisquer documentos para sua 
conservação. 
Para surtir efeitos em relação a terceiros, estão sujeitos a registro no Registro de Títulos e Documentos, entre 
outros, os contratos de locação de prédios os contratos de compra e venda em prestações, com reserva de domínio 
ou não, os de alienação ou de promessas de venda referentes a bens móveis e os de alienação fiduciária, as 
quitações, recibos e contratos de compra e venda de automóveis, bem como o penhor destes, os instrumentos de 
cessão de direitos e de créditos, de sub-rogação e de dação em pagamento. 
O registro integral dos documentos consistirá na trasladação dos mesmos, com a mesma ortografia e pontuação, 
com referência às entrelinhas ou quaisquer acréscimos, alterações, defeitos ou vícios que tiver o original 
apresentado, e, bem assim, com menção precisa aos seus característicos exteriores e às formalidades legais. 
O oficial deverá recusar registro a título e a documento que não se revistam das formalidades legais. 
O oficial, salvo quando agir de má-fé, devidamente comprovada, não será responsável pelos danos decorrentes 
da anulação do registro, ou da averbação, por vício intrínseco ou extrínseco do documento, título ou papel, mas, tão-
somente, pelos erros ou vícios no processo de registro. 
O oficial será obrigado, quando o apresentante o requerer, a notificar do registro ou da averbação os demais 
interessados que figurarem no título, documento, o papel apresentado, e a quaisquer terceiros que lhes sejam 
indicados, podendo requisitar dos oficiais de registro, em outros Municípios, as notificações necessárias. Por esse 
processo, também, poderão ser feitos avisos, denúncias e notificações, quando não for exigida a intervenção judicial. 
O serviço das notificações e demais diligências poderá ser realizado por escreventes designados pelo oficial e 
autorizados pelo Juiz competente. 
Do Registro de Imóveis
No Registro de Imóveis, serão realizados os registros e a averbação dos títulos ou atos constitutivos, 
declaratórios, translativos e extintos de direitos reais sobre imóveis reconhecidos em lei, inter vivos ou causa mortis, 
quer para sua constituição, transferência e extinção, quer para sua validade em relação a terceiros, quer para a sua 
disponibilidade. 
Nesse sentido, serão realizados os registros da instituição de bem de família, das hipotecas, dos contratos de 
locação de prédios, das penhoras, arrestos e seqüestros de imóveis, dos contratos de compromisso de compra e 
venda de cessão, das incorporações, instituições e convenções de condomínio; dos contratos de promessa de 
venda, cessão ou promessa de cessão de unidades autônomas condominiais, dos loteamentos urbanos e rurais, da 
compra e venda pura e da condicional, da alienação fiduciária em garantia de coisa imóvel etc. Da mesma forma, 
serão realizadas as averbações de extinção dos ônus e direitos reais, das cláusulas de inalienabilidade, 
impenhorabilidade e incomunicabilidade impostas a imóveis, do contrato de locação, para os fins de exercício de 
direito de preferência, da notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios de imóvel urbano etc.
Via de regra, todos os atos de registro ou averbação, previstos no art. 167 da Lei de Registros Públicos, são 
obrigatórios e deverão ser efetuados no território da situação do imóvel.
O registro e a averbação poderão ser provocados por qualquer pessoa, incumbindo-lhe as despesas respectivas. 
Em todas as escrituras e em todos os atos relativos a imóveis, bem como nas cartas de sentença e formais de 
partilha, o tabelião ou escrivão deve fazer referência à matrícula ou ao registro anterior, seu número e cartório. 
Deverá constar obrigatoriamente nas escrituras e nos autos judiciais a indicação com precisão, os 
característicos, as confrontações e as localizações dos imóveis, mencionando os nomes dos confrontantes e, ainda, 
quando se tratar só de terreno, se esse fica do lado par ou do lado ímpar do logradouro, em que quadra e a que 
distância métrica da edificação ou da esquina mais próxima, exigindo dos interessadosa certidão do registro 
imobiliário. 
Nenhum registro poderá ser feito sem que o imóvel a que se referir esteja matriculado. 
O registro, enquanto não cancelado, produz todos os efeitos legais ainda que, por outra maneira, prove-se que o 
título está desfeito, anulado, extinto ou rescindido. 
A instituição do bem de família far-se-á por escritura pública, declarando o instituidor que determinado prédio se 
destina a domicílio de sua família e ficará isento de execução por dívida. 
2) LEI Nº 6.530, DE 12 DE MAIO DE 1978 E SEU INSTRUMENTO REGULAMENTADOR, O DECRETO Nº 
81.871, DE 29 DE JUNHO DE 1978.
A Lei n.° 6530/78 e o seu instrumento regulamentador, o Decreto nº 81.871/78, regulamentam a profissão de 
Corretor de Imóveis e disciplinam o funcionamento de seus órgãos de fiscalização.
O exercício da profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor de título de Técnico em Transações 
Imobiliárias ou àquele inscrito nos termos da Lei nº 4.116/62, desde que requeira a revalidação da sua inscrição.
Ao Corretor de Imóveis compete exclusivamente exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação 
de imóveis. Pode, ainda, mas não de modo exclusivo, opinar quanto à comercialização imobiliária. 
As pessoas jurídicas também poderão exercer o que compete ao Corretor de Imóveis, mas o atendimento ao 
público interessado na compra, venda, permuta ou locação de imóvel, somente poderá ser feito por Corretor de 
Imóveis inscrito no Conselho Regional da jurisdição. As pessoas jurídicas deverão ter como sócio gerente ou diretor 
um Corretor de Imóveis individualmente inscrito
O exercício simultâneo, temporário ou definitivo da profissão, em área de jurisdição diversa da do Conselho 
Regional onde foi efetuada a inscrição originária do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica, fica condicionado à 
inscrição e averbação profissional nos Conselhos Regionais que jurisdicionam as áreas em que exercerem as 
atividades.
Ao Corretor de Imóveis inscrito será fornecida Carteira de Identidade Profissional, à pessoa jurídica será 
fornecido Certificado de Inscrição.
516
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
O pagamento da anuidade ao Conselho Regional constitui condição para o exercício da profissão de Corretor de 
Imóveis e da pessoa jurídica. Deverá a anuidade ser paga até o último dia útil do primeiro trimestre de cada ano, salvo a 
primeira, que será devida no ato da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica.
O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica constará obrigatoriamente de toda propaganda, 
bem como de qualquer impresso relativo à atividade profissional. Somente poderá anunciar publicamente o Corretor de 
Imóveis, pessoa física ou jurídica, que tiver contrato escrito de mediação ou autorização escrita para alienação do imóvel 
anunciado.
O Conselho Federal (COFECI) e os Conselhos Regionais (CRECI) são autarquias, dotadas de personalidade 
jurídica de direito público, com autonomia administrativa, operacional e financeira. Têm por objetivo a disciplina e a 
fiscalização do exercício da profissão de Corretor de Imóveis, bem como representarem, em juízo ou fora dele, os 
legítimos interesses da categoria profissional. O COFECI tem como sede e foro a Capital da República e jurisdição em 
todo o território nacional, e cada CRECI tem sede e foro na Capital do Estado da sua jurisdição.
O COFECI é composto por dois representantes, efetivos e suplentes, de cada Conselho Regional, eleitos dentre os 
seus membros. O CRECI é composto por vinte e sete membros efetivos e igual número de suplentes. O mandato dos 
membros do COFECI e do CRECI é de 3 (três) anos, permitida a recondução. Somente poderão ser membros do 
Conselho Regional os Corretores de Imóveis com inscrição principal na jurisdição há mais de dois anos e que não 
tenham sido condenados por infração disciplinar.
Os Conselhos Federal e Regionais serão administrados por uma diretoria, eleita dentre os seus membros, composta 
de um presidente, dois vice-presidentes, dois secretários e dois tesoureiros. Junto aos Conselhos Federal e Regionais, 
funcionará um Conselho Fiscal, composto de três membros, efetivos e suplentes, eleitos dentre os seus membros.
A extinção ou perda de mandato de membro do COFECI e dos CRECI ocorrerá por renúncia, por superveniência de 
causa de que resulte o cancelamento da inscrição, por condenação a pena superior a dois anos, em virtude de sentença 
transitada em julgado, por destituição de cargo, função ou emprego, mencionada à prática de ato de improbidade na 
administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado, e por ausência, sem motivo justificado, 
a três sessões consecutivas ou seis intercaladas em cada ano.
Compete ao Conselho Federal eleger sua diretoria; elaborar e alterar seu regimento; elaborar o regimento padrão 
dos Conselhos Regionais e homologá-lo; aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a 
previsão orçamentária para o exercício seguinte; criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-regiões; baixar normas de 
ética profissional; elaborar contrato padrão para os serviços de corretagem de imóveis; fixar as multas, anuidades e 
emolumentos devidos aos Conselhos Regionais; decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais; julgar os 
recursos das decisões dos Conselhos; aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais; 
fiscalizar irregularidades e intervir temporariamente nos Conselhos Regionais; destituir diretor de Conselho Regional, 
por ato de improbidade no exercício de suas funções; e baixar resoluções e deliberar sobre os casos omissos.
Compete aos Conselhos Regionais eleger sua diretoria; aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua 
diretoria, bem como a previsão orçamentária para o exercício seguinte; propor a criação de sub-regiões; homologar 
tabelas de preços de serviços de corretagem; decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretor de Imóveis e de pessoas 
jurídicas; organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurídicas inscritas; expedir carteiras 
profissionais e certificados de inscrição; impor as sanções às infrações ético-disciplinares previstas em lei; baixar 
resoluções, no âmbito de sua competência.
São receitas de cada CRECI as anuidades, emolumentos e multas, a renda patrimonial, as contribuições voluntárias, 
e as subvenções e dotações orçamentárias. São receitas do COFECI 25% das anuidades e emolumentos arrecadados 
pelos Conselhos Regionais, além da a renda patrimonial, as contribuições voluntárias, e as subvenções e dotações 
orçamentárias.
Ao Corretor de Imóveis e à pessoa jurídica é vedado transgredir normas de ética profissional fixadas no Código de 
Ética; prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados; exercer a profissão quando impedido de fazê-
lo ou por qualquer meio auxiliar ou facilitar o exercício da profissão aos não inscritos ou impedidos; anunciar 
publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado através de documento escrito; fazer anúncio ou 
impresso relativo à atividade de profissional sem mencionar o número de inscrição; anunciar imóvel loteado ou em 
condomínio sem mencionar o número de registro do loteamento ou da incorporação no Registro de Imóveis; violar o 
sigilo profissional; negar aos interessados a prestação de contas ou recibo de quantias ou documentos; violar obrigação 
legal concernente ao exercício da profissão; praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como 
crime ou contravenção; deixar de pagar contribuição ao CRECI; promover, ou facilitar a terceiros, transações ilícitas ou 
que por qualquer forma prejudiquem interesses de terceiros; recusar a apresentação de Carteira de Identidade 
Profissional,quando couber.
As sanções disciplinares aplicáveis aos Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas são advertências verbais: 
censura, multa, suspensão da inscrição, até noventa dias e cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira 
profissional.
Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada caso, de modo a 
considerar leve ou grave a falta. A reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade. 
A multa poderá ser acumulada com outra penalidade e, na hipótese de reincidência, aplicar-se-á em dobro. A pena de 
suspensão será anotada na Carteira de Identidade Profissional do Corretor de Imóveis ou responsável pela pessoa 
jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho Regional poderá convertê-la em 
cancelamento da inscrição.
As penas de advertência, censura ou multa serão comunicadas pelo Conselho Regional em ofício reservado, não se 
fazendo constar dos assentamentos do profissional punido, senão em caso de reincidência.
Da imposição de qualquer penalidade, caberá recurso, com efeito suspensivo, ao COFECI. O recurso apresentado 
pelo apenado é denominado voluntário e deverá ser interposto no prazo de trinta dias a contar da ciência da decisão. Ex 
officio é o recurso interposto obrigatoriamente, pelo Presidente do CRECI, nos casos de penalidade de suspensão da 
inscrição, até 90 (noventa) dias, ou cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional.
As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões, mas será o COFECI a última e definitiva 
instância nos assuntos relacionados com a profissão e seu exercício.
A suspensão, por falta de pagamento de anuidades, emolumentos ou multas, só cessará com a satisfação da dívida, 
podendo ser cancelada a inscrição.
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
517
3) RESOLUÇÃO-COFECI Nº 146/82 - Aprova o Código de Processo Disciplinar.
Da jurisdição
Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (CRECI), nos limites territoriais da respectiva região, têm 
jurisdição administrativa, visando a apuração e punição de infração às leis, regulamentos e normas disciplinadoras 
do exercício da profissão de Corretores de Imóveis. Se em primeira instância a jurisdição é exercida pelo CRECI, em 
grau de recurso o é pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI).
Do Processo Disciplinar
O processo disciplinar decorrente da prática de infração à Lei n° 6.530/78, ao Decreto n° 81.871/78 e às 
Resoluções baixadas pelo COFECI, pode ser originado pela lavratura do Auto de Infração ou pelo recebimento do 
Termo de Representação. Na persecução administrativo disciplinar, deve-se assegurar as garantias constitucionais 
da ampla defesa e do contraditório, levando em conta, os princípios da reconsideração de decisões e da dualidade 
de instâncias.
A punibilidade decorrente de ilícito apurado em processo disciplinar prescreve em cinco anos, contados da data 
de verificação de sua ocorrência. A lavratura do auto de infração ou do termo de representação interrompe o prazo 
prescricional.
Será arquivado, ex officio ou a requerimento do autuado ou do representado, todo processo disciplinar paralisado 
há mais de 03 (três) anos, pendente de despacho ou julgamento, com responsabilização do membro ou servidor do 
CRECI que der causa ao arquivamento.
Os prazos previstos no Código de Processo Disciplinar serão computados excluindo-se o dia do começo e 
incluindo-se o do vencimento, serão contínuos e não se interromperão em domingos, sábados, feriados e dias de 
ponto facultativo, mas não começarão nem terminarão nesses dias e, nesta última hipótese, serão prorrogados até o 
primeiro dia útil subseqüente. Excetua-se dessa regra o prazo para apresentação do instrumento de intermediação 
imobiliária, que é imediato.
Do Auto de Infração
O auto de infração será lavrado pelo CRECI contra pessoas físicas ou jurídicas que transgridam normas 
disciplinares. O agente de fiscalização lavrará o auto de infração contendo a qualificação completa do autuado, a 
data, hora e local da lavratura, o local da ocorrência da infração, dispositivo legal infringido e a descrição 
circunstanciada dos fatos e elementos caracterizadores da infração.
O Auto de Infração será lavrado sempre no estabelecimento do infrator, ainda que a infração tenha sido cometida 
em outro local. Estabelecimento do infrator é o escritório do Corretor de Imóveis ou a sede da matriz ou da filial da 
pessoa jurídica. Excluem-se do conceito de estabelecimento o stand ou posto de venda em locais de construção, de 
incorporação ou de loteamento.
A apresentação do contrato de intermediação imobiliária deve ser imediata à solicitação pelo agente fiscal, mas 
qualquer outro documento pode ser apresentado obrigatoriamente, no prazo de cinco dias na sede do CRECI. Os 
instrumentos de contrato de intermediação imobiliária deverão ser arquivados no escritório do Corretor de Imóveis 
contratado, durante um ano, contado do vencimento do prazo de vigência, à disposição da Fiscalização.
Lavrado o auto de infração e cientificado o infrator, terá este o prazo improrrogável de 15 dias para a 
apresentação de defesa escrita, acompanhada ou não de documentos. 
Esgotado o prazo de quinze dias e sendo considerado procedente o auto de infração será o processo 
administrativo à Comissão de Ética e Fiscalização Profissional (CEFISP) que o instruirá e o julgará aplicando, 
conforme as circunstâncias particulares do caso, uma penalidade.
Da Representação
O processo administrativo de representação iniciar-se-á pelo recebimento de denúncia, comunicação de 
membro ou servidor do COFECI ou do CRECI, ou ofício de autoridade pública, da ocorrência de infrações ético-
disciplinares perpetrada por Corretor de Imóveis.
A peça preliminar poderá ser apresentada por qualquer pessoa e deverá conter a qualificação e assinatura do 
denunciante, além de narrar, fundamentadamente, os fatos e circunstâncias tidos como caracterizadores da 
infração. Nesse caso, será transformada em representação, a qual se iniciará mediante a lavratura de termo próprio. 
Se a peça preliminar descrever fato caracterizador de infração, cometida por pessoa não inscrita no CRECI, não será 
instaurada a representação, mas a referida peça preliminar será remetida à autoridade policial.
Lavrado o termo de representação e cientificado o representado, terá este o prazo improrrogável de 15 dias para 
a apresentação de defesa escrita, acompanhada ou não de documentos, requerimentos de diligência e quaisquer 
provas admitidas em direito.
Esgotado o prazo de quinze dias, será o processo administrativo remetido à Comissão de Ética e Fiscalização 
Profissional (CEFISP), que o instruirá e o julgará indicando, conforme as circunstâncias particulares do caso, uma 
penalidade.
Após o processo administrativo, será relatado e proferido voto em Sessão Plenária. 
A sistemática da apuração de infração, em caso de representação, difere do auto de infração. Neste a CEFISP 
instrui e julga o processo administrativo, naquele a Comissão instrui e indica a penalidade, que pode ser aceita ou 
não pelos Conselheiros reunidos em Sessão Plenária. 
Dos Recursos
Independente de a penalidade ter sido decorrente de auto de infração ou de representação, os recursos 
disponíveis, seus prazos e a forma de seu processamento são idênticos.
O autuado poderá, no prazo de trinta dias, contados da data de cientificação da decisão tomada pela CEFISP ou 
pela Sessão Plenária, interpor recurso cujo efeito será suspensivo. Interposto o recurso, poderá ser-lhe atribuído 
efeito de pedido de reconsideração ou encaminhado ao COFECI. No primeiro caso, o processo administrativo será 
submetido à revisão da Sessão Plenária do CRECI e, se julgado improcedente,deverá ser encaminhado ao COFECI 
para apreciação do recurso.
Interposto ou não o recurso voluntário, o Presidente do CRECI recorrerá ex officio ao COFECI, no caso de 
518
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
imposição das penalidades de suspensão ou cancelamento da inscrição.
4) Resolução - COFECI n.º 326/92 
Institui o Código de Ética Profissional
Caro estudante, você encontrará o Código de Ética Profissional na íntegra editado no módulo da 
Disciplina de Relações Humanas e Ética.
O Código de Ética Profissional contém regras que obrigam a todos os Corretores de Imóveis e tem por objetivo fixar a 
forma pela qual devem eles se conduzir quando no exercício profissional. Nesse sentido, o Código anuncia que os 
deveres do Corretor de Imóveis compreendem, além da defesa do interesse que lhe é confiado, o zelo do prestígio de 
sua classe e o aperfeiçoamento da técnica das transações imobiliárias.
Em relação ao exercício da profissão, à classe profissional, cabe ao Corretor de Imóveis não praticar nem permitir a 
prática de atos que comprometam a dignidade profissional; defender os direitos e prerrogativas profissionais e a 
reputação da classe; zelar pela existência, fins e prestígio dos Conselhos Federal e Regionais, contribuindo sempre que 
solicitado; auxiliar a fiscalização do exercício profissional, comunicando, com discrição e fundamentadamente, aos 
órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência; relacionar-se com os colegas dentro dos princípios de 
consideração, respeito e solidariedade, visando a harmonia da classe; colocar-se a par da legislação vigente e procurar 
difundi-la.
Em relação aos clientes, cabe ao Corretor de Imóveis inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de 
oferecê-lo e, ao fazê-lo, apresentar dados rigorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o depreciem, informando 
ao cliente dos riscos e demais circunstâncias que possam comprometer o negócio. Cabe também, recusar transação 
que saiba ilegal, injusta ou imoral; comunicar, imediatamente, ao cliente o recebimento de valores ou documentos a ele 
destinado; prestar contas pormenorizadas ao cliente, quando este as solicite ou logo que concluído o negócio; orientar 
tecnicamente o negócio, reservando ao cliente a decisão do que lhe interessar pessoalmente. Deve o Corretor de 
Imóveis restituir ao cliente os papéis de que não mais necessite; dar recibo das quantias que o cliente lhe pague ou 
entregue a qualquer título; contratar, por escrito e previamente, a prestação dos serviços profissionais; receber 
comissões ou compensações pelo mesmo serviço prestado somente de uma única parte, exceto se houver 
consentimento de todos os interessados, ou for praxe usual na jurisdição.
Ao Corretor de Imóveis é terminantemente proibido aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se 
ajustem às disposições legais; manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos em lei; 
promover a intermediação com cobrança de “over-price” (sobrepreço); e locupletar-se à custa do cliente. Também é 
vedado receber comissões em desacordo com a Tabela de honorários vigente; angariar serviços com prejuízo moral ou 
material, ou desprestígio para outro profissional ou para a classe; desviar cliente de outro Corretor de Imóveis, deixar de 
atender ou cumprir às notificações ou determinações regulares emanadas do Conselho Profissional; acumpliciar-se 
com os que exercem ilegalmente atividades de transações imobiliárias. Da mesma forma, é defesa a promoção de 
transações imobiliárias contra disposição literal da lei; o abandono dos negócios confiados a seus cuidados, sem motivo 
justo e prévia ciência do cliente; aceitar incumbência de transação que esteja entregue a outro Corretor de Imóveis, sem 
dar-lhe prévio conhecimento, por escrito ou, ainda, sem com ele contratar; anunciar capciosamente; reter negócio 
quando não tiver probabilidade de realizá-lo; utilizar sua posição para obtenção de vantagens pessoais; e receber sinal 
nos negócios que lhe forem confiados, caso não esteja expressamente autorizado para tanto.
O Corretor de Imóveis responde civil e penalmente por atos profissionais danosos ao cliente, a que tenha dado causa 
por imperícia, imprudência, negligência ou infrações éticas.
A apuração das faltas cometidas contra o Código de Ética, bem como a aplicação da correspondente penalidade é de 
competência do CRECI, em cuja jurisdição se encontrar inscrito o Corretor de Imóveis.
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 04:
Pesquise na Internet, jornais, etc., sobre o tema “A Ética Profissional no Mundo Globalizado do Século 
XXI”. Elabore um texto sobre o assunto e apresente para o professor/tutor da disciplina.
PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 04.
 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
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ATENÇÃO!
Caro Estudante, após a Unidade 3- Leis e Resoluções , você deverá resolver as Atividades da Unidade III 
deste volume (referentes às: Leis e Resoluções). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão no Site 
www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção, 
pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução ao Direito - Direito Civil (Direito das pessoas, dos bens, dos fatos
jurídicos).
Avaliação Parcial Unidade II - Direito Civil - Do Direito das Obrigações (Direito das Coisas).
Avaliação Parcial Unidade III - Leis e Resoluções.
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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________
Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________
ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________
1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) No Código Civil, Capítulo VII, art. 1.1331 § 2º diz: “O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de 
distribuição, água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, 
inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos condôminos, não podendo.....”.
Complete corretamente:
a) o proprietário utilizá-los para fins comerciais.
b) o locatário subalugá-los.
c) ser alienados separadamente, ou divididos.
d) n.d.a. 
2) O art. 1.332 do N.C.C. regula como se institui um condomínio edilício e o que deve constar. Nas alternativas 
abaixo, indique a correta, no tocante ao que deve constar além do disposto em lei especial:
a) discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, entremeadas uma das outras e das partes 
comuns.
b) a determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns.
c) o fim a que as unidades se destinam.
d) todas as alternativas estão corretas.
3) Dentre as alternativas abaixo, quais são os deveres do condômino?
a) Contribuir para as despesas do condomínio.
b) Não realizar obras que comprometam a segurança da edificação.
c) Não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
4) O Art. 1.346 do N.C.C. trata do seguro obrigatório de toda a edificação contra:
a) incêndio ou destruição, total ou parcial.
b) incêndio parcial.
c) incêndio e roubo.
d) roubo e destruição.
5) A assembléiade um condomínio escolhe o síndico, e este terá que prazo para findar o seu mandato?
a) Prazo não superior a dois anos, podendo renovar-se.
b) Prazo de três anos não renovável.
c) Prazo superior a cinco anos, podendo renovar-se.
d) Prazo indeterminado até convocação de outra assembléia específica.
6) “Incorporação imobiliária é a atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção, para 
alienação total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas de _________________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) unidades conjuntas e inseparáveis.
b) unidades autônomas.
c) unidades autônomas, mas conjuntas e inseparáveis.
d) n.d.a.
NOTA:
Ass. Profº:
Data:
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE III
LEIS E RESOLUÇÕES
EXERCÍCIO A
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
521
7) O incorporador somente poderá negociar as unidades autônomas após:
a) arquivado no cartório de Registro de Imóveis os documentos comprobatórios à propriedade do terreno.
b) comprovado inexistência de débitos de impostos e protestos de títulos.
c) os projetos de construção devidamente aprovados pelas autoridades competentes.
d) todas as alternativas estão corretas.
8) Quem responde civilmente pela execução da incorporação?
a) O incorporador.
b) O comprador.
c) A empresa responsável pelas vendas.
d) n.d.a.
9) É considerado crime contra a economia popular aquele que fizer afirmação falsa sobre a promoção de 
incorporação, construção do condomínio, alienação das frações ideais do terreno, etc. Qual é a pena 
imposta para isto?
a) Não há pena; somente indenização para o logro.
b) Pena de reclusão de a quatro anos e multa.
c) Somente uma multa de 5% do valor da incorporação.
d) n.d.a.
10) Como poderá ser realizado o parcelamento do solo urbano?
a) Mediante projeto aprovado e registrado.
b) Mediante loteamento ou desmembramento.
c) Mediante autorização do proprietário da área.
d) n.d.a.
522
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________
Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________
ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________
1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) O que dispõe a Lei 6.766, de 19 de dezembro de 1979?
a) Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano.
b) Dispõe sobre o Patrimônio Público.
c) Dispõe sobre o Levantamento do Solo.
d) n.d.a. 
2) Qual é a infra-estrutura básica de um loteamento?
a) Escoamento de águas pluviais, iluminação pública.
b) Redes de esgoto e água potável.
c) Vias de circulação.
d) Todas as alternativas estão corretas.
3) Qual o prazo máximo, após a aprovação de um projeto de loteamento ou desmembramento que o loteador 
deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário para que o projeto não sofra caducidade da aprovação?
a) 180 dias.
b) 190 dias.
c) 150 dias.
d) 170 dias.
4) “Consumidor é toda pessoa ___________ ou ___________ que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
_________________.” 
Complete o período com a alternativa correta:
a) física, jurídica, destinatário final;
b) maior de idade, consumidor;
c) física, maior, destinatário final;
d) n.d.a.
5) O que se considera como produto?
a) Qualquer bem móvel ou imóvel.
b) Qualquer bem material ou imaterial.
c) Qualquer bem material e imóvel.
d) Alternativas a e b estão corretas.
6) “Contrato de Adesão é aquele cujas cláusulas foram unilateralmente colocadas pelo fornecedor de produtos 
ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo”. Como 
deverão ser redigidas essas cláusulas?
a) Separadamente.
b) Separadamente e com destaque.
c) Com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
d) Com destaque, separadamente e com linguagem acessível.
NOTA:
Ass. Profº:
Data:
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE III
LEIS E RESOLUÇÕES
 
EXERCÍCIO B 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
523
7) Qual é a Lei que dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes?
a) Lei 9.394/96.
b) Lei 8.245/91.
c) Lei 8.078/90.
d) n.d.a.
8) Indique a ação que o locador deverá entrar para reaver seu imóvel:
a) ação de despejo.
b) ação de reintegração de posse.
c) ação contra perdas e danos.
d) n.d.a.
9) Só pode ser cobrado adiantadamente o aluguel de/ou em locação:
a) por temporada.
b) se não foi dada garantia.
c) quando o locador necessitar de uma reserva para uso próprio.
d) as alternativas a e b estão corretas.
10) “O contrato de locação por prazo indeterminado pode ser denunciado por escrito, pelo locador, 
concedidos ao locatário ________ dias para a desocupação”.
Complete a frase com a alternativa correta:
a) 120
b) 90
c) 30
d) 45
524
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________
Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________
ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________
1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) “Os registros públicos objetivam conferir _______, _________, _______ e ________ aos atos jurídicos”. 
Complete o período com a alternativa correta:
a) autenticidade, segurança, fundamento e firmeza.
b) autenticidade, segurança, publicidade e eficácia.
c) autenticidade, segurança, fundamento e legalidade.
d) n.d.a.
2) Um registro lavrado é nulo _______________________________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) quando não houve testemunhas.
b) quando não houve acordo mútuo.
c) quando lavrado fora das horas regulamentares ou em dias em que não houver expediente.
d) n.d.a.
3) “Via de regra, todos os atos de registro ou averbação previstos no art. 167 da Lei de Registros Públicos são 
obrigatórios e deverão ser efetuados no __________________”. 
Complete o período com a alternativa correta:
a) em território da situação do imóvel;
b) em domicílio do comprador;
c) em domicílio do vendedor;
d) n.d.a.
4) Qual é a Lei e seu instrumento regulamentador, que regulamentam a profissão de Corretor de Imóveis e 
disciplinam o funcionamento de seus órgãos de fiscalização?
a) Lei nº. 6.350, de 13 de maio de 1977 e Decreto nº 81.781, de 19 de junho de 1978.
b) Lei nº. 6.530, de 12 de maio de 1978 e Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978. 
c) Lei nº. 6.350, de 13 de maio de 1978 e Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978.
d) n.d.a.
5) “O COFECI tem como sede e foro ____________ e jurisdição em _______________”.
Complete o trecho com a alternativa correta:
a) a capital de cada Estado / todo o territórionacional. 
b) a Capital da República / todo o território nacional.
c) a Capital da República / somente no Distrito Federal.
d) n.d.a.
6) A duração do mandato dos membros do COFECI e do CRECI é de:
a) três anos permitida a recondução.
b) quatro anos permitida a recondução.
c) três anos sem a recondução.
d) n.d.a.
NOTA:
Ass. Profº:
Data:
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE III
LEIS E RESOLUÇÕES
 
EXERCÍCIO C
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
525
7) As sanções disciplinares aplicáveis aos Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas são:
a) advertência verbal, censura.
b) multa, suspensão.
c) apreensão da carteira profissional.
d) todas as alternativas estão corretas.
8) Ao Corretor de Imóveis é terminantemente proibido:
a) manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos em lei.
b) promover a intermediação com cobrança de “over-price” (sobre preço).
c) desviar cliente de outro Corretor de Imóveis.
d) todas as alternativas estão corretas.
9) A quem compete apurar faltas cometidas contra o Código de Ética Profissional, bem como a aplicação da 
correspondente penalidade?
a) COFECI.
b) CRECI, em cuja jurisdição se encontrar inscrito o Corretor de Imóveis.
c) Justiça Federal.
d) n.d.a.
10) Qual a Resolução que institui o Código de Ética Profissional do Corretor de Imóveis?
a) Resolução COFECI nº 326/92.
b) Resolução CRECI nº 326/92.
c) Resolução COFECI nº 336/92.
d) n.d.a.
526
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NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________
Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________
ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________
1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0 
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) . 
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o 
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum. 
BOA SORTE E SUCESSO!
1) No Código Civil, Capítulo VII, art. 1.1331 § 2º diz: “O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de 
distribuição, água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, 
inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos condôminos, não podendo.....”.
Complete corretamente:
a) o proprietário usá-los para fins comerciais.
b) o locatário subjugá-los.
c) ser alienados separadamente, ou divididos.
d) n.d.a.
 
2) Dentre as alternativas abaixo, quais são os deveres do condômino?
a) Contribuir para as despesas do condomínio.
b) Não realizar obras que comprometam a segurança da edificação.
c) Não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
 
 3) O Art. 1.346 do N.C.C. trata do seguro obrigatório de toda a edificação contra:
a) incêndio ou destruição, total ou parcial.
b) incêndio parcial.
c) incêndio e roubo.
d) roubo e destruição. 
 
4) O que dispõe a Lei 6.766, de 19 de dezembro de 1979?
a) Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano.
b) Dispõe sobre o Patrimônio Público.
c) Dispõe sobre o Levantamento do Solo.
d) n.d.a.
5) Qual o prazo máximo, após a aprovação de um projeto de loteamento ou desmembramento que o loteador 
deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário para que o projeto não sofra caducidade da aprovação?
a) 180 dias.
b) 190 dias.
c) 150 dias.
d) 170 dias. 
6) “Os registros públicos objetivam conferir _______, _________, _______ e ________ aos atos jurídicos”. 
Complete o período com a alternativa correta:
a) autenticidade, segurança, fundamento e firmeza.
b) autenticidade, segurança, publicidade e eficácia.
c) autenticidade, segurança, fundamento e legalidade.
d) n.d.a.
 
NOTA:
Ass. Profº:
Data:
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DIREITO E LEGISLAÇÃO
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE III
LEIS E RESOLUÇÕES
EXERCÍCIO D
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
527
7) “Contrato de Adesão é aquele cujas cláusulas foram unilateralmente colocadas pelo fornecedor de 
produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo”. 
Como deverão ser redigidas essas cláusulas?
a) Separadamente.
b) Separadamente e com destaque.
c) Com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
d) Com destaque, separadamente e com linguagem acessível.
 
8) “Via de regra todos os atos de registro ou averbação previstos no art. 167 da Lei de Registros Públicos são 
obrigatórios e deverão ser efetuados no __________________”. 
Complete o trecho com a alternativa correta:
a) em território da situação do imóvel.
b) em domicílio do comprador.
c) em domicílio do vendedor.
d) n.d.a.
 
9) Qual a ação que o locador deverá entrar para reaver seu imóvel?
a) Ação de despejo.
b) Ação de reintegração de posse.
c) Ação contra perdas e danos.
d) n.d.a.
10) Só pode ser cobrado adiantadamente o aluguel de/ou em locação:
a) por temporada.
b) se não foi dada garantia.
c) quando o locador necessitar de uma reserva para uso próprio.
d) as alternativas a e b estão corretas. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGIARIAN, Hércules. Curso de direito imobiliário. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000.
ALVIM, Arruda, ALVIM, Thereza. Código do Consumidor Comentado. 2 ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 1993.
BERSONI, Darcy. Direitos reais. São Paulo: Saraiva, 1999.
BEVILÁQUA, Clóvis. Código Civil Comentado. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
CARVALHO. Afrânio. Registro de imóveis. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
CENEVIVA, Walter. Lei de registros públicos. 13. ed. São Paulo: Saraiva:1999
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro.São Paulo: Saraiva.v. 2: Teoria geral das 
obrigações,1984. v.3: Teoria das obrigações contratuais e extracontratuais, 1995.
DINIZ, Maria Helena. Lei de introdução ao código civil brasileiro interpretada.São Paulo: Saraiva, 1994.
FIUZA. Ricardo. Coordenação de. Novo Código Civil comentado. 4 ed. Atual. São Paulo: Saraiva, 2005. 
PEREIRA. Caio Mario da Silva. Condomínios e incorporações. Rio de Janeiro: Forense, 1996.
PEREIRA. Lafayete Rodrigues. Direito das coisas. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1995.
RODRIGUES, Sílvio. Direito civil. 11. Ed. São Paulo: Saraiva, 1981c v. 3: Dos contratos e das declarações de 
vontade.
RODRIGUES, Sílvio. Direito civil. 12. Ed. São Paulo: Saraiva, 1981a v. 1: Parte geral.
RODRIGUES, Sílvio. Direito civil. 12. Ed. São Paulo: Saraiva, 1981b v. 2: Parte geral das obrigações.
TEPEDINO. Gustavo. Multipropriedade imobiliária. São Paulo: Saraiva, 200
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