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Centro Universitário Izabela Hendrix Atlas de Sedimento Urinário Ana Claudia Viana 5º período-Biomedicina Belo Horizonte 9 de novembro de 2018 SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO ........................................................................................ 1 2-SEDIMENTOSCOPIA .............................................................................2 3-HEMÁCIAS .............................................................................................3 4-BACTÉRIAS E FUNGOS.........................................................................3 5-LEUCÓCITOS.........................................................................................4 6-CÉLULAS EPITELIAIS...........................................................................5 7-CILINDROS.......................................................................................6,7,8 8-CRISTAIS...............................................................9,10,11,12,13,14 9-ARTEFATOS...............................................................................16 10-REFRÊNCIAS...........................................................................17 1-INTRODUÇÃO A urina é uma grande ferramenta de estudo. A partir de sua análise, nos permiti avaliar a função renal além de fornecer indícios sobre a etiologia da disfunção. Sendo um fluído de fácil obtenção ela contém diversas informações sobre as funções do metabolismo. Para sua análise se conta com um método de baixo custo que permite o alcance de um grande número de pessoas. Pela simplicidade, um custo baixo e a amostra de fácil acesso para a análise, é considerado um exame de rotina (KIEL, 1987). Um dos exames mais solicitados na rotina, de um laboratório clínico, é o exame de urina. O mesmo inclui as análises físicas, químicas e microscópicas. Cada um tem a sua importância, sendo os dois primeiros de rápida execução e o último é considerado como um pouco complexo (JEFF & GRAFF, 1983). A observação física da urina é mantida até hoje, mas com uma análise bem mais precisa, o uso da tecnologia pelos laboratórios permiti que sejam bem equipados, complementando esse exame tanto pela análise bioquímica quanto pela microscopia do sedimento urinário (STRASINGER, 2000). 2-SEDIMENTOSCOPIA A análise microscópica do sedimento urinário consiste na busca de células e partículas presentes na urina (eritrócitos, leucócitos, bactérias, cilindros, entre outros). Embora a análise do sedimento forneça informações essenciais sobre o estado funcional dos rins, o exame de urina é um procedimento de alta demanda que requer trabalho laboratorial manual intenso, é pouco padronizado e gera um custo elevado aos laboratórios, pois para se que obtenha resultados de qualidade há a necessidade de mão de obra qualificada (GRAFF, 1983). Em vários países, há muito se procurou simplificar o exame de urina, abolindo- se a análise do sedimento sempre que o exame físico apresenta aspecto límpido, coloração normal e o exame químico, realizado com tira reagente, não revela anormalidade. Contudo, no Brasil, tal procedimento, normalmente, não é adotado. A maioria dos laboratórios clínicos ainda preconiza a realização do exame de urina completo (COSTAVAL, 2001). 3-HEMÁCIAS Hematúria microscópica costuma ser um achado incidental de exame de urina realizado por motivos diversos, sendo um desafio clínico devido à grande variedade de possibilidades diagnósticas, compreendendo desde a ocorrência após esforço físico, até doenças graves, que necessitam de intervenção imediata, como as neoplasias do trato urinário (COHEN,2003). Fonte: Educalingo Morfologia: Se apresenta em forma de disco bicôncavo e indicam a presença de sangue na urina pode ser tanto macroscópica quanto microscópica Significado Clínico: Cálculos renais, infeções do trato urinário, glomerulonefrites. 4-BACTÉRIAS e FUNGOS Leveduras Células de leveduras podem estar presentes no sedimento de urina. Elas são menores que as hemácias, mas são muito similares a estas. Para distinguir entre leveduras e hemácias uma gota de ácido acético diluído é adicionada ao sedimento de urina; células vermelhas alisam enquanto as leveduras não se destroem. Fonte: Biomedicina Padrão Morfologia: As leveduras são ovoides e podem ser observadas em brotação ou cadeias. Significado Clínico: Podem significar presença de Cândida albicans. Bactérias Fonte:dreamtime Morfologia: cocos e bastonetes,podem ser Gram negativas e positivas Significado Clínico : Infecção por bactérias 5-LEUCÓCITOS A leucocitúria é caracterizada pelo aumentado de leucócitos na urina. Na maioria das vezes, refere-se ao aumento da quantidade de neutrófilos e indica inflamação no trato urogenital (RINGSRUD,1995). Fonte: Laces Morfologia: São maiores que as hemácias e geralmente não são observados em urinas normais Significado Clínico: São indicadores de inflamações e infecções no trato urinário ou doenças renais como a glomerulonefrite. 6-CÉLULAS EPITELIAIS Não é incomum encontrar células epiteliais na urina, já que elas provêm do tecido de revestimento do sistema urogenital. Na urina, encontram-se três tipos de células epiteliais, que são classificadas de acordo com seu local de origem. Células epiteliais escamosas: são as mais freqüentes e menos significativas. Provêm do revestimento da vagina e das porções inferiores da uretra masculina e feminina. Fonte: Laces Morfologia:Citoplasma abundante e irregular, não possuem significado clínico. Células epiteliais transicionais: São de origem do epitélio do cálice e pelve renal. Fonte:ControLab Morfologia: Formato esférico, núcleo central Significado Clínico: descamação normal do epitélio ou quando em grande quantidade indica algum processo invasivo. Células Epiteliais Tubulares Renais: são de origem do epitélio dos túbulos Fonte: Slideshare Morfologia: Geralmente arredondadas, apresentam núcleo Significado Clínico: Quantidades grandes indicam necrose tubular, quando não são raras de encontrar. 7-CILINDROS Os cilindros são os únicos elementos exclusivamente renais encontrados no sedimento urinário. Formam-se principalmente no interior da luz do túbulo contorcido distal e do ducto coletor, possibilitando a visão microscópica das condições existentes no interior dos néfrons. A aparência dos cilindros também é influenciada pelos materiais presentes no filtrado no momento da sua formação e pelo período de tempo em que eles permanecem no túbulo. Cilindro Hialino: São os mais frequentes. Fonte: ControLab Morfologia: Estruturas cilíndricas incolores, precisam ser examinados em luz baixa e possuem refringência. Significado Clínico: Assumem significado clínico em caso de glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica. Cilindro Hemático: São cilindros celulares que contém hemácias, leucócitos ou células epiteliais. Fonte : ControLab Cilindro de células epiteliais Morfologia : Podem ter origem em sagramentos no néfron e inflamações Significado Clínico: A presença de cilindros celulares geralmente indica grave doença renal. Cilindro Leucocitário: o aparecimento de cilindros leucocitários na urina significa infecção ou inflamação no interior dos néfrons. Fonte : ControLab Morfologia: São refringentes, têm grânulos e os seus núcleos são visíveis. Significado Clínico: Cilindro de Células Epiteliais: Fonte: ControLab Morfologia: Sua matriz contém uma grande quantidade de células Significado Clínico: está associada com proteinúria e com a presença cilindros granulosos. Cilindro Granuloso: Os cilindros granulosos podem apresentar granulações que constituem parte do cilindro esses podemser restos de vários tipos de células. Podem ser observados após períodos de estresse ou a prática de exercícios extenuantes. Fonte: Laces Morfologia: São grosseiros e apresentam grânulos em seu interior. Significado Clínico: podem ser resultantes da desintegração de cilindros celulares e de células tubulares renais, ou ainda agregados proteicos. Cilindro Céreo: Os cilindros céreos representam a fase final da dissolução dos grânulos observados nos cilindros granulosos. Fonte: Flirck Morfologia: São refringentes e possuem uma textura rígida. Significado Clínico: Pode estar relacionado com atrofia, dilatação tubular, inflamação e degeneração tubular, falência renal crônica e rejeição a transplante. 8-CRISTAIS Uma variedade de cristais pode ser encontrada na urina normal. A formação de cristais é influenciada pelo pH, densidade de temperatura da urina. Os cristais mais comumente encontrados na urina ácida são os urato amorfo, ácido úrico e oxalato de cálcio. Cristais de Urina Ácida Urato Amorfo: Como o nome indica, os uratos amorfos são constituídos por grânulos castanho-amarelados organizados em grumos. Fonte: Portalfisiobiomed Morfologia: São organizados em grumos e constituídos por grânulos castanho-amarelados. Significado Clínico: não possuem um significado clínico Ácido Úrico: Fonte: ControLab Morfologia: Podem ser amarelados e de formato irregular. Significado Clínico: Pessoas que sofrem de gota. Oxalato de Cálcio: Fonte: Ufrgs Morfologia: Possuem forma cristais octaédricos incolores e altamente refrigerante, parecem como envelopes e podem variar de tamanho. Significado Clínico: cálculos renais CRISTAIS DE URINA ALCALINA Fosfato Amorfo Fonte: Adamogama Morfologia: Possuem partículas granulares, não tem forma definida. Não apresentam significado clínico. Fosfato Triplo Fonte: Adamogama Morfologia: São prismas incolores e possuem extremidades oblíquas.S ignificado Clínico: Estão relacionados a Pielonefrite crônica, cistite crônica e quando a urina fica retida na bexiga. Fosfato de Cálcio Fonte: Adamogama Morfologia: São longos e finos, incolores e possuem uma extremidade pontiaguda Não possuem significado clínico. Biurato de Amônio Fonte : Adamogama Morfologia: São amarelo amarronzados e apresentam corpos esféricos com longas espiculas. Significado Clínico: São relacionados a bactérias que metabolizam a uréia CRISTAIS ANORMAIS Cistina: Fonte : ControLab Morfologia: Cristais Incolores e Hexagonais Significado Clínico: Distúrbios metabólicos, cálculos renais. Hemossiderina Fonte: ControLab Morfologia:Parece com urato amorfo,mas sua coloração é marrom-avermelhada. Significado Clínico: Grande hémolise de hemácias. CRISTAIS PROVENIENTE DE DOENÇAS HEPÁTICAS Cristais de Bilirrubina: Fonte: ControLab Morfologia: cor amarelada, podem ter formato de losango ou de agulhas. Significado Clínico: Doenças hepáticas com grande eliminação de bilirrubina pelo organismo. Tirosina: Fonte: ControLab Morfologia: Coloração escura, são pontiagudos e podem aparecer em forma de roseta. Significado Clínico: Doenças hepáticas graves. Cristais iatrogênicos: Fonte: ControLab Morfologia: Cristais formados por medicamentos como sulfametoxazo. Significado Clínico: Altas doses de medicamentos. 9-ARTEFATOS São achados que não fazem parte da sedimentoscopia Fonte: ControLab Fonte: Asa de inseto Bolha de ar Fonte: ControLab Espermatozoides 10-REFERÊNCIAS RINGSRUD KM, LINNÉ JJ. Atlas of urine sediment constituents. In: ringsrud km, linné jj. Urinalisis and body fluids: a color text and atlas. St. Louis (usa): mosby; 1995. P.93-178. COHEN.R.A, brow rs. Microscopic hematuria. N engl j med 2003; 348:2330-8. Disponível em: <<https://educalingo.com/pt/dic-pt/hematuria-1>> acesso em 8 de novembro de 2018 Disponível em: <https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/08/como-identificar-hemacias-no-sedimento.html>> acesso em 8 de novembro de 2018 Disponível em :<< https://laces.icb.ufg.br/p/20662-atlas-virtual-de-uroanalise>> acesso em 8 de novembro de 2018 Disponível em: << https://controllab.com/pdf/atlas_de_sedimento_urinario_com_fotos.pdf>> acesso em 8 de novembro de 2018 Disponível me: << https://www.ebah.com.br/content/ABAAABSJYAJ/urinalise-livro?part=8>> Acesso em 8 de novembro de 2018 Disponível em: <<https://portalfisiobiomed.wordpress.com/urinalise/urinalises-02-laminas/>> Acesso em 9 de novembro de 2018 Disponível em: <https://pt.slideshare.net/TAMARACOUT/atlas-de-uroanlise>> Acesso em 9 de novembro de 2018 Disponível em :<< https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-bact%C3%A9rias-na-urina-image49923328 >> acesso em 9 de novembro de 2018 KIEL, D.P.; MOSKOWITZ, M. A. The urinalysis: A critical appraisal. Medical Clinics of North America, v 71, n 4, p. 607-624, 1987. JEFF, A.; SIMERVILLE, W. C; MAXTED, J.; PAHIRA, J. Urinalysis: A Comprehensive Review. American Family Physician, 2005. Disponível em: <http://www.aafp.org/afp/2005/0315/p1153.html>. Acesso em: 25 de mai. de 2014. STRASINGER, S.K. Uroanálise e Fluidos Biológicos, 3. ed, Editoria Premier, São Paulo, 2000. COSTAVAL, J. A.; MASSOTE, A. P.; CERQUEIRA, C. M. M.; COSTAVAL A. P.; AULER A.; MARTINS G.J. Qual o valor da sedimentoscopia em urinas com características físico-químicas normais? Jornal Brasileiro de Patologia, Rio de Janeiro, v. 37, n. 4, p. 261-265, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v37n4/a07v37n4>. Acesso em 20 de mai. de 2014. GRAFF L. A hanbook of routine urianalysis. Philadelphia: Lippincott; 1983.
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