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SÍNTESE DO ARTIGO: ESTRATÉGIAS DE DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
DISCIPLINA: ESTÁGIO BÁSICO IV (CLÍNICA I- PSICODIAGNÓSTICO)
CURSO: PSICOLOGIA
Prof.ª: ALEXANDRA 
 
 
 
 MARIA DA CRUZ DE SOUSA –RA 8622272304
 PATRICIA AP. S. RAMOS – RA 8217091650
 
 
BAURU
2017
O conceito de diagnóstico tem origem na palavra grega que significa discernimento, faculdade de conhecer, já na atualidade, significa estudo aprofundado realizado com o objetivo de conhecer determinado fenômeno ou realidade, por meio de procedimentos teóricos, técnicos e metodológicos. Na Psicologia, as práticas de diagnóstico e avaliação psicológica tiveram um papel fundamental na formação e constituição da identidade profissional do Psicólogo. A avaliação psicológica é um procedimento clínico que envolve um corpo organizado de princípios teóricos, métodos e técnicas de investigação tanto da personalidade como de outras funções cognitivas, sendo essas: entrevista inicial e observações clínicas, testes psicológicos, técnicas projetivas e outros procedimentos de investigação clínica.
O ensino e a prática da Avaliação Psicológica têm sido objetos de inúmeros estudos. Embora desenvolvidos sob diferentes enfoques, todos eles têm preocupações comuns como a qualidade da formação em avaliação psicológica, o conteúdo das disciplinas, o uso e a validação dos testes psicológicos, e a integração ensino aprendizagem e aplicação destes à prática profissional. O que levou o Conselho Federal de Psicologia (CFP) a criar, em 1997, a Câmara Interinstitucional de Avaliação Psicológica, com o objetivo de fazer um diagnóstico das condições de ensino na área, e, posteriormente, implantar um Sistema de Avaliação dos
Testes Psicológicos usados no Brasil, Entrada em vigor da Resolução no 02/2003, o CFP passou a recomendar somente o uso dos testes avaliados com parecer favorável da
Comissão Consultiva.
Na opinião de alguns autores ocorre um fenômeno contraditório que diz respeito à desvalorização dos testes psicológicos nas práticas de avaliação sendo que após a resolução CRP no 02/2003 e divulgação da lista dos testes com condições de uso, docentes e profissionais tiveram que rever suas estratégias de diagnóstico e avaliação psicológica. Essa desvalorização dos testes psicológicos é consequência de intervenção e atuação da Psicologia, na atualidade, em razão de novos processos de subjetivação e de questões sociais e políticas que por vez prejudica na qualidade de vida e saúde da população e exigem de nossas teorias e práticas constantes revisões e atualizações. Sendo cada vez maior o desinteresse pela área de avaliação psicológica entre os alunos de psicologia. Tendo como críticas mais frequentes dos alunos que os testes “rotulam” e não são confiáveis como instrumentos de diagnóstico e avaliação da personalidade. Surge a importância de envolver docentes e pesquisadores nessa discussão não só para resgatar o valor da área na formação profissional, mas para incorporar as recentes mudanças e oferecer aos alunos uma fundamentação teórica e técnica mais ampla que lhes permita trabalhar com criatividade e flexibilidade, com as inúmeras possibilidades de diagnóstico e avaliação, tendo em vista os diferentes contextos e necessidades.
Este trabalho de revisão teórica tem como objetivos realizar uma sistematização do desenvolvimento das práticas de diagnóstico e avaliação psicológica, destacando suas principais influências e modelos. Focalizando duas estratégias diagnósticas amplamente utilizadas pela Psicologia Clínica: O psicodiagnóstico, procedimento clínico estruturado que utiliza testes psicológicos, e a entrevista clínica diagnóstica, que adota procedimentos menos estruturados de investigação da personalidade, como o jogo, o brincar livre e espontâneo, o desenhar e contar estórias. O recorte prioriza práticas e técnicas fundamentadas nas abordagens psicanalítica e fenomenológica. Tal escolha não significa, de forma alguma, que tais abordagens sejam mais importantes que outras fundamentadas em outros referenciais teóricos. A intenção é mostrar algumas possibilidades de intervenção dentro do vasto campo da avaliação psicológica. Ao final, reafirma-se a importância de contextualizar e atualizar a discussão dessas questões nos cursos de graduação em Psicologia, de forma a incorporar as mudanças que se processaram na área e na Psicologia, nos últimos anos. No momento atual isso é importante, tendo em vista a reforma curricular em curso nas instituições formadoras, para aplicação das Diretrizes Curriculares instituídas pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. Principais influências e modelos a Psicologia no desenvolvimento de suas práticas de avaliação psicológica, foi influenciada por duas correntes filosóficas: o positivismo e o humanismo. O positivismo que tem Augusto Comte (1973) como representante defende o conhecimento objetivo, por neutralidade científica e da experimentação. Essa corrente de pensamento fundamenta o método científico adotado pelas ciências naturais que durante muito tempo, considerado “o modelo de ciência”. Na ótica positivista, o homem é estudado como fenômeno da natureza, ou seja, tomado como um objeto de estudo observável e mensurável.
As práticas de avaliação psicológica identificadas com modelos médicos e psicométrico caracterizam a primeira fase de atuação profissional do psicólogo.
O modelo médico influenciou consideravelmente as práticas, principalmente no início da ampliação da psicologia, pois, neste período a atuação dos  psicólogos era basicamente como auxiliares dos médicos no diagnostico diferencial de psicopatologias, e, foi então que o psicólogo teve a preocupação de avaliar a objetividade para indicar o tratamento mais eficaz, agregando as suas práticas de avaliação características do modelo de diagnóstico médico, como: A ênfase nos sintomas ,o uso da classificação noológica e o emprego de exames (testes) para identificar determinadas características patológicas da personalidade do indivíduo.
Modelo Psicométrico preocupou-se em continuar avaliando com objetividade e neutralidade e inaugurou a fase de maior prestigio da psicologia, na qual os testes psicológicos passaram a ser usados na classificação e medida da capacidade intelectual e aptidões individuais. A psicometria ampliou a área de atuação da psicologia da clínica para as áreas escolar e profissional. Os resultados dos testes deixaram de ser obrigatoriamente entregues ao médico os próprios psicólogos começaram a passar esses resultados aos pais, professores e até mesmo aos médicos.
Modelo Humanista enfatiza a essência da subjetividade buscando uma compreensão global do homem, na compreensão do mundo e do seu significado. O Psicodiagnóstico afastou-se da preocupação com a neutralidade e a objetividade e passou a enfatizar a importância da subjetividade e dos aspectos transferenciais e contratransferência presentes na relação.
Segundo Ocampo e Arzeno, o psicodiagnóstico é realizado com propósito de obter uma compreensão profunda e completa da personalidade do paciente, obtendo os aspectos presentes (diagnóstico) e futuros (prognóstico), sendo para o esclarecimento do diagnóstico, encaminhamento e ou tratamento.
Para Ocampo, o psicodiagnóstico é um processo de quatro etapas: a) contato inicial, b) aplicação dos testes e técnicas projetivas, c) encerramento do processo com a devolutiva oral ao paciente ou aos pais ou responsáveis d) elaboração do laudo para o solicitante se houver.O modelo Compreensivo desenvolvido por Walter Trinca no ano de 1984 o modelo de diagnostico compreensivo busca aspectos completos dos processos mentais, dos fatores sociais e familiares ligados á personalidade. Para isso ele intensifica a visão da personalidade com o intuito de expandir seu entendimento sobre. O modelo Compreensivo é utilizado por profissionais que utilizam avaliação psicológica na abordagem psicanalítica, para esse processo não é dispensado o uso de outras teorias além da psicanálise, pois para compreender a personalidade é necessário referenciais como a teoria do desenvolvimento e maturação. Portanto exige‐se que o profissional tenha uma bagagem em experiência clínica assim como também o contexto e a personalidade do cliente e do psicólogo, o que o psicanalista Wilfred Bion explica em uma de suas citações, que uma identificação bem‐sucedida com a pessoa real do psicanalista é importante para o tratamento e para que os resultados sejam suficientes.
O modelo e o psicodiagnóstico fenomelógico é um modelo inovador caracterizado por um ato preventivo onde o psicólogo não mais se coloca como o dono das respostas e do saber. Esta prática estabelece uma relação de parceria entre psicólogo e o cliente, onde o psicólogo com as colocações do cliente utiliza instrumentos seja eles de observação lúdica de crianças, entrevistas ou a aplicação de testes promovendo opções de trabalho, usando de testes para valorizar a análise qualitativa, sem categorizar, classificar ou definir patologias mais com o objetivo de juntar os testes com as experiências de vida do cliente, a qual será construída em parceria psicólogo/cliente. Entrevistas diagnósticas e outros procedimentos clínicos tem grande valia no que se diz respeito ao processo de Avaliação Psicológica e na formação do Psicólogo, esses modelos tem sido alvo de críticas por serem processos que exigem muitos exames e tempo gasto. Porém para um procedimento de avaliação simples faz‐se necessário que o profissional tenha experiência clínica, domínio técnico e teórico, para ver se o profissional não está capacitado para um uso de avaliação simples, consequentemente ele usará esses modelos de processo que exigem um maior estudo para obter assim um resultado satisfatório, tais críticas são nulas pois o uso desses processos avaliativos são totalmente necessários. Embora alguns profissionais de formação psicanalítica rejeitam o uso de técnicas ou testes de investigação de personalidade, utilizando, a prática mais comum principalmente com crianças o “o jogo do rabisco” de Winnicott (2005ª) ou o brincar de forma livre e espontânea, como propõe Aberastury (1992), na “hora do jogo”; ou ainda o desenhar e contar estórias, conforme Trinca (1997) no Procedimento de “Desenhos‐Estórias”.
Estes métodos são os de avaliação não padronizados ou referenciais ás normatizações como categorias pré‐estabelecidas pelos profissionais clínicos. Algumas dessas práticas tão utilizadas pelos profissionais como o jogo do Rabisco criado por Winnicott para entender a comunicação de seus pacientes, os desenhos revelam alguns aspectos da personalidade e habilidades perceptivas do indivíduo, que não se evidenciaram no ambiente familiar. O jogo é utilizado na primeira sessão ou no máximo, em duas ou três vezes. A hora do Jogo apresentado Aberastury (1992) é muito parecida com o de Winnicott consistindo em uma entrevista diagnostica tem o brincar livre e espontâneo da criança, onde ela expressa seus conflitos, desejos, fantasias. O valor o jogo e do brincar como forma de expressão de conflitos é conhecida e valorizada por vários autores como Freud, Klein. O espaço onde será realizada a observação diagnostica deve ser ampla, segura e limpa onde a criança possa brincar expressar‐se livremente. Através de todos esses métodos e modelos apresentados é certo dizer que entre eles a uma característica necessária para que todos esses processos tenham resultado satisfatório, a capacitação do profissional, pois de nada adianta os procedimentos serem de tamanha importância se não há um profissional hábil, está temática já vem desde quando a Avaliação Psicológica Iniciou no Brasil o qual era o maior alvo de críticas por haverem muitos laudos mal elaborados. Portanto faz‐se necessário um profissional com bom domínio técnico e teórico.
O Procedimento de Desenhos‐Estórias o procedimento de desenho livre é um recurso muito utilizado para levantar informações sobre aspectos da personalidade. Quando associado a estórias, torna‐se um método de investigação diagnóstica extremamente útil na prática clínica. O Procedimento de Desenhos‐Estórias (D‐E) é uma técnica não estruturada, baseada no método da associação livre, que dá liberdade a criança criar e associar. É um procedimento clínico de investigação diagnóstica, o qual emprega recursos das técnicas gráficas e temáticas, a fim de construir uma nova abordagem da vida psíquica. O Procedimento Desenhos‐Estórias possibilita investigar aspectos fundamentais do funcionamento mental do paciente, ou seja, suas fantasias e ansiedade básicas, pontos de regressão e fixação, recursos defensivos, capacidade elaborativa do ego, tipo de relações objetais etc. Por ser um procedimento de fácil aplicação, pode ser empregado em condições nas quais o psicólogo dispõe de pouco tempo ou de poucos recursos técnicos para avaliação.
Na análise dos resultados, é relevante ter em mente a integração dos diversos dados em um todo coerente. Quando surgiu, o D‐E era usado com crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos. Com o tempo, mostrou‐se útil também com adultos. Posteriormente, Trinca (198ab) desenvolveu uma versão para investigação diagnóstica das relações familiares (DF‐E).
Considerações finais:
Concluímos que o artigo discuti questões extremamente relevantes para a área de atuação psicológica, além de fazer uma revisão teórica das principais influências, modelos, críticas e mudanças marcando o desenvolvimento das práticas de diagnóstico e avaliação, abordou duas importantes estratégias diagnósticas amplamente utilizadas na Psicologia Clínica: O psicodiagnóstico e a entrevista clinica diagnóstica. Esse campo de atuação engloba hoje várias estratégias e destaca a importância de atualizar essa discussão nos cursos de graduação em Psicologia, dessa forma, envolvendo professores, alunos e supervisores nas discussões de tais questões e não só oferecer aos alunos uma visão crítica e contextualizada do desenvolvimento e utilização dessas práticas, mas, especialmente, para introduzir mudanças nas metodologias de ensino e no conteúdo das disciplinas de testes e técnicas que contemplem os questionamentos e as novas exigências da área da Psicologia.
Referências
Araújo, Maria de Fátima. (2007). Estratégias de diagnóstico e avaliação psicológica. Psicologia: teoria e prática, 9(2), 126-141. Recuperado em 12 de setembro de 2016, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151636872007000200008&lng=pt&tlng=pt.

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