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AULA 9 TANATOLOGIA FORENSE 2018 2

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TANATOLOGIA FORENSE
TANATOLOGIA FORENSE
É a parte da Medicina Legal que estuda a morte e as suas repercussões na esfera jurídico-social.
Investiga os mecanismos e aspectos forenses da morte, tais como mudanças corporais que acompanham o período após a morte, bem como os aspectos sociais e legais mais amplos. 
É um estudo interdisciplinar.
CRITÉRIOS ATUAIS PARA UM DIAGNÓSTICO DE MORTE
A morte, na sua acepção mais simples, consiste na cessação total e irreversível das funções vitais
A morte atualmente é definida por critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução 1480/97) que a considera como sendo a parada total e irreversível das atividades encefálicas. É o que se denomina morte encefálica.
MORTE
REAL 
APARENTE 
Entendida como um estado do organismo no qual as funções vitais se reduziram à um mínimo tal que dão a impressão errônea da morte. 
Ocorre nas intoxicações graves produzidas por soníferos, nos congelamentos, em obstetrícia quando se pratica a reanimação dos RN. Também na catalepsia 
Catalepsia- condição, na grande maioria das vezes, transitória, na qual o paciente apresenta uma incapacidade total para mover os membros, a cabeça ou até falar. Em alguns casos, os eventos de catalepsia podem ser confundidos com a morte, pois a respiração também é afetada. Pode durar desde minutos a alguns dias, porém, habitualmente, dura entre 1 a 10 minutos.
TIPOS DE MORTES
 Morte natural – é aquela que resulta de uma patologia, pois é natural que um dia se morra
 Morte violenta – é a que resulta de ato praticado por outra pessoa(homicídio), ou por si mesma (suicídio), ou em razão de acidentes, sempre existindo responsabilidade penal a ser apurada.
 Morte suspeita - é a que após investigação cuidadosa das circunstâncias em que o óbito ocorreu e de seu local, suscita razões para se suspeitar, de modo fundamentado, que sua causa tenha sido violenta, e não natural
Morte fetal – é a morte do produto da concepção antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe independente da duração da gravidez
TIPOS DE MORTES
 Morte materna – é a morte de uma mulher durante uma gestação ou dentro de um período de até 42 dias após o término da gravidez, por causas relacionadas a esse período, independente do tempo de gestação
 Morte catastrófica – é toda morte violenta de causa natural ou de ação dolosa do homem, em que por um mesmo motivo resulta na morte de um grande número de vítimas
Morte presumida - é aquela que se verifica pela ausência ou desaparecimento de uma pessoa, depois de transcorrido um prazo determinado pela Lei 
CAUSAS DE MORTE
Médicas ou clínicas
Relacionadas ao estado mórbido letal
Jurídicas
Naturais ou violentas 
Causas externas
Homicídio
Suicídio
Acidentes: do trabalho, de trânsito, da natureza, casuais
Infanticídio
Lesão corporal seguida de morte
Abortamento provocado
SINAIS DE MORTE
Abióticos, avitais, cadavéricos ou tanatológicos
 
Imediatos 
Mediatos ou consecutivos 
Autólise
Putrefação
Maceração 
Transformativos 
 
Conservativos 
Mumificação
Saponificação 
Perda e cessação de atividades corpóreas
Destruidores
Desidratação cadavérica 
LAR
FENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOS
Perda da consciência
Perda da sensibilidade
Perda da motilidade e do tono muscular
Cessação da respiração
Cessação da circulação
Cessação de atividade cerebral
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Desidratação cadavérica
1. Livor mortis ou manchas de hipóstase ou livor cadavérico
2. Algor mortis ou esfriamento cadavérico
3. Rigor mortis ou rigidez cadavérica
Observação: LAR – livor, algor e rigor
Tríade da Morte
LIVOR MORTIS
HIPÓSTASE
Caracteriza-se pelo acúmulo de sangue nas partes mais declivosas (baixas) do corpo pela ação da gravidade na massa sanguínea que se encontra inerte por ausência de circulação, de acordo com a posição do cadáver.
 
As hipóstases surgem em torno de 2 a 3 horas após a morte. Passadas 8 a 12 horas, fixam-se para não mais mudar de posição, ainda que o corpo tenha sua colocação alterada. 
ALGOR MORTIS
ESFRIAMENTO DO CORPO
A temperatura cai numa velocidade aproximada de 0,5ºC/h, nas três primeiras horas;
A partir da quarta hora, cai ±1ºC/h;
Temperatura axilar no vivo: ± 36,5ºC;
Temperatura retal no vivo: ± 37,2ºC
RIGOR MORTIS
RIGIDEZ CADAVÉRICA 
Instala-se em razão do aumento do teor de ácido lático nos músculos e consequente coagulação da Miosina:
começa pela nuca e mandíbula (1 a 2 horas);
atinge os membros superiores (3 a 4 horas);
depois tórax e abdômen (5 a 6 horas);
generaliza-se ao atingir também os membros inferiores, entre 7 a 8 horas após a morte;
persiste por muitas horas, por vezes, mais de 24h.
FENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS
Sinais tardios
São divididos em : 
 
Destruidores
Conservadores
FENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS
Destruidores
Autólise: fenômenos fermentativos anaeróbicos da célula
Putrefação: decomposição fermentativa da matéria orgânica por ação de diversos germes
Maceração: processo especial de transformação do cadáver do feto no útero materno. Observa-se o destacamento de amplos retalhos de tegumentos cutâneos que se assemelham a luvas
AUTÓLISE
É o primeiro dos fenômenos cadavéricos. 
Caracteriza-se por uma série de fenômenos fermentativos anaeróbicos que ocorrem no interior das células do individuo após sua morte, independente de qualquer ação de outros microrganismos
Na fase latente as mudanças ocorrem apenas no citoplasma da célula, já na fase necrótica o núcleo celular desaparece. As células deixam de receber nutrientes passando por um processo de acidificação devido a fermentações que ocorrem 
Assim que o aumento do PH das células de um corpo evidenciam a morte do mesmo
Os diferentes tecidos do corpo sofrem a autólise em diferentes momentos, dependendo de suas capacidades enzimáticas. Essa característica diferenciada influencia no tempo entre a morte clínica (encefálica) e o transplante de órgãos
PUTREFAÇÃO
Consiste na decomposição fermentativa dos tecidos pela ação de diversos seres microscópicos, em seguida da autólise. 
O abdômen é onde se inicia este processo, com uma mancha verde característica, fato que só não ocorre nos recém nascidos.
A velocidade da decomposição varia de acordo com diversos fatores particulares bem como a condição do cadáver, uma ferida aberta, por exemplo, pode servir de porta de entrada para larvar, acelerando a decomposição.
MARCHA DA PUTREFAÇÃO
Período Cromático ou de Coloração
Período Enfisematoso ou Gasoso
Período Coliquativo
Período de Esqueletização
MARCHA DA PUTREFAÇÃO
Período cromático (Período de coloração, período das manchas)
Inicio, em geral, de dezoito a vinte e quatro horas após o óbito, com uma duração aproximada de sete a doze dias, dependendo das condições climáticas.
Inicia-se pelo aparecimento de uma mancha esverdeada na pele da fossa ilíaca direita (mancha verde abdominal), cuja cor é devida à presença de sulfometahemoglobina. 
Nos recém-nascidos e nos afogados, a mancha verde é torácica e não abdominal, com cheiro característico (transformação da hemoglobina)
MARCHA DA PUTREFAÇÃO
Período Gasoso
Circulação póstuma de Brouardel - Aparecimento na pele de veias cheias de sangue pela composição visceral causada pelo aumento de volume das cavidades abdominais pelos gazes gerados pela putrefação cadavérica
Inicia-se durante a primeira semana e se estende, aproximadamente, por 30 dias. 
Os gases produzidos pela putrefação (notadamente gás sulfídrico, hidrogênio fosforado e amônia) infiltram o tecido celular subcutâneo modificando, progressivamente, a fisionomia e a forma externa do corpo
Essa distensão gasosa é mais evidente no abdome e nas regiões dotadas de tecidos areolares como face, pescoço, mamas e genitais externos. Os próprios gases destacam a epiderme do córion, formando extensas flictenas (bolhas) putrefativas, cheias de liquido transudado (posição de lutador).
MARCHA DA PUTREFAÇÃOPeríodo Coliquativo - Período de redução dos tecidos
Dissolução pútrida do cadáver, o esqueleto fica coberto por uma massa de putrilagem, e surge um grande número de larvas e insetos
Inicia-se no fim do primeiro mês e pode se estender por meses ou até dois ou três anos. Caracteriza-se pelo amolecimento e desintegração dos tecidos, que se transformam em uma massa pastosa, semilíquida, escura e de intensa fetidez, que recebe o nome de putrilagem.
A atividade das larvas da fauna cadavérica auxilia grandemente na destruição total dos restos de matéria. Como mencionado, os insetos e suas larvas podem destruir a matéria orgânica do cadáver com extrema rapidez (quatro a oito semanas).
MARCHA DA PUTREFAÇÃO
Período de Esqueletização
No final do período coliquativo, a putrilagem acaba por secar, desfazendo-se em pó. 
Surge o esqueleto ósseo, que fica descoberto e poderá se conservar por muito tempo. 
Pela ação da fauna e do meio ambiente com a destruição dos tecidos, restando apenas o esqueleto, cabelos e dentes (três anos). 
MARCHA DA PUTREFAÇÃO
Período de Esqueletização
Quando o cadáver permanece insepulto e abandonado sobre o solo por razoável tempo, nele se instalam pequenos animais (principalmente insetos) denominados como fauna cadavérica, que seguem certa ordem de instalação: moscas comuns, moscas verdes, coleópteros e lepidópteros.
O estudo da fauna cadavérica pode ser importante para a cronotanatognose, pois o aparecimento de determinados insetos esta relacionado ao tempo de morte. 
Cronotanatognose - estuda os meios de determinação do tempo transcorrido entre a morte e o exame necroscópico, levando em conta o esfriamento, o enrijecimento, a putrefação do cadáver e outros elementos.
MACERAÇÃO
Processo de transformação destrutiva em que ocorre o amolecimento dos tecidos e órgãos quando os mesmos ficam submersos em um meio liquido e nele se embebem. 
O mais frequente é que aconteça com a agua e o liquido amniótico. 
Na maceração, a pele se torna esbranquiçada, friável, corruga-se e faz com que a epiderme se solte da derme e possa até se rasgar em grandes fragmentos.
FENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS
Conservadores
Mumificação 
Por meio natural ou artificial
O cadáver, ficando exposto ao ar, em regiões de clima quente e seco, pode sofrer acentuado dessecamento (secagem devida à evaporação)
FENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS
Conservadores
Saponificação ou adipocera
Consistência untuosa, mole e quebradiça, de tonalidade amarelo-escura, dando uma aparência de cera ou sabão. Solos argilosos, úmidos.
Também conhecida como cera cadavérica, é uma substância similar a uma cera, formada por organismos e bactérias anaeróbicas a partir da hidrólise de gordura encontrada nos tecidos, como o tecido adiposo de cadáveres. 
A putrefação é substituída por uma permanente e firme camada, protegendo e conservando órgãos internos e tecidos da face.
FENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS
Conservadores
Saponificação ou adipocera
Tem relevante importância médico-legal porque permite realizar uma série de exames, algum tempo depois da morte.
Torna possível estudar melhor certas lesões pela conservação maior do tecido celular subcutâneo, como:
Feridas produzidas por ação de projéteis de arma de fogo ou de arma branca
Lesões do pescoço quando produzidas por laços os estrangulamentos e enforcamentos. 
Levando em conta a razoável conservação das vísceras, podem-se ter contribuições valiosas através de exames toxicológicos e histopatológicos.
ENFERMAGEM EM TANATOLOGIA FORENSE
Conservadores
Saponificação ou adipocera
Tem relevante importância médico-legal porque permite realizar uma série de exames, algum tempo depois da morte.
Torna possível estudar melhor certas lesões pela conservação maior do tecido celular subcutâneo, como:
Feridas produzidas por ação de projéteis de arma de fogo ou de arma branca
Lesões do pescoço quando produzidas por laços os estrangulamentos e enforcamentos. 
Levando em conta a razoável conservação das vísceras, podem-se ter contribuições valiosas através de exames toxicológicos e histopatológicos.

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