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A sífilis na Gravidez

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A sífilis é uma doença causada por uma bactéria (Treponema pallidum) e, na maioria das vezes, é transmitida durante o sexo. Mas também pode ser adquirida pelo contato com uma ferida de alguém doente. 
Como vou saber se estou com sífilis?
É importante que a mulher faça o exame para a sífilis assim que engravida, porque a doença pode ser silenciosa, e ela é muito perigosa para o bebê. 
Se não for tratada durante a gravidez, a sífilis tem grande risco de ser transmitida para o bebê, na chamada transmissão vertical. O bebê pode ter malformações e até morrer na barriga. Pode ainda nascer doente e, nesse caso, o nome é sífilis congênita.
Por isso, toda mulher tem de fazer exame para sífilis, independentemente de seu histórico ou de hábitos sexuais.
Sem tratamento, a sífilis pode levar à morte. Os sintomas demoram até anos para se manifestar totalmente. A boa notícia é que, com tratamento, ela pode ser curada. 
Se eu for tratada da sífilis o bebê ficará bem?
É muito provável que o bebê fique bem, especialmente se o tratamento for feito cedo e as recomendações médicas forem seguidas. 
Se o exame der positivo para sífilis, o resultado será confirmado (pois existe falso positivo) e um tratamento com injeções de penicilina será iniciado. A penicilina é tratamento mais seguro para sífilis na gravidez, porque trata tanto a mulher quanto o bebê. A dose será decidida de acordo com o estágio da doença.
Até mulheres alérgicas à penicilina muitas vezes recebem o antibiótico, passando primeiro por um processo de dessensibilização. Quando a dessensibilização não é possível, o médico pode avaliar o uso de outro antibiótico. 
Existe a possibilidade de o tratamento causar uma reação temporária que inclui febre, calafrios, dor de cabeça e dor muscular e nas articulações. 
O tratamento também pode afetar o ritmo cardíaco do bebê ou causar contrações, se a mulher tiver passado da metade da gravidez. Esses sintomas costumam durar apenas um ou dois dias, e não há risco para o bebê.
O parceiro também precisará receber tratamento se a mulher for diagnosticada com sífilis, e os dois não poderão manter relações sexuais enquanto não tomarem os remédios. 
Novos exames de sangue vão confirmar se a infecção foi eliminada, e a gravidez deve ser acompanhada com mais cuidado, com a realização de ultrassons frequentes. 
Não há contraindicação nem para o parto vaginal nem para a amamentação, ou seja, quem teve sífilis na gravidez em princípio pode ter parto normal e dar o peito, a não ser que haja alguma ferida no peito ou na vagina.
Tive sífilis na gravidez. Meu bebê pode nascer com a doença?
O bebê fará exames assim que nascer e terá cuidados especiais para assegurar que receba tratamento se houver risco de desenvolver a doença. No momento de ter o bebê, é sempre bom avisar a equipe médica sobre o tratamento para sífilis.
Caso o exame do bebê seja positivo ou se houver suspeita da doença, ele pode ficar internado por até 10 dias para receber medicamentos. 
Alguns bebês que nascem com sífilis (sífilis congênita) não têm sintomas claros, mas podem apresentar erupções de pele e lesões na boca, nos órgãos genitais e no ânus, além de linfonodos aumentados, anemia, icterícia ou pneumonia grave nos primeiros meses ou anos de vida.
Há bebês que apresentam alguns desses sintomas assim que nascem. E outros têm outros problemas, como fígado e baço aumentados ou microcefalia. 
O risco de transmissão da sífilis de mão para filho depende de uma série de fatores, incluindo a fase da gestação em que o tratamento foi iniciado e o estágio da infecção materna. 
A sífilis congênita acontece na maioria das vezes quando a mãe não recebeu o tratamento adequado. 
Como é o exame para sífilis? Quando deve ser feito?
O Ministério da Saúde determina que grávidas façam três exames para sífilis: um logo no começo da gestação, um no terceiro trimestre e outro logo antes do parto. 
O governo recomenda ainda que o parceiro da gestante também seja testado.
Quem está tentando engravidar também pode já fazer o exame para sífilis. 
O exame pode ser repetido a qualquer momento da gravidez. Após o contágio, pode demorar até um mês e meio para a sífilis começar a aparecer em exames. Por isso, se a mulher achar que teve contato com alguém com a doença ou se tiver uma ferida suspeita, deve procurar o médico, independentemente do momento da gravidez. 
Existem duas versões do exame: um teste rápido, que em alguns casos pode dar falso positivo, e um exame de sangue mais específico, para confirmação do diagnóstico.
O exame para detectar o vírus da Aids também faz parte da rotina do pré-natal. Mas, se a mulher for diagnosticada com sífilis, terá de repetir o teste para a Aids depois de alguns meses, porque a sífilis deixa a pessoa mais suscetível à infecção pelo HIV.
Quais são os sintomas da sífilis?
Os sintomas da sífilis variam conforme o estágio da doença e também de pessoa para pessoa, mas no começo podem ser bem leves e passar despercebidos. Por isso não é raro a pessoa só descobrir que tem a doença quando faz um exame.
No estágio inicial, conhecido como sífilis primária, surge uma (ou mais) ferida indolor e altamente contagiosa, com bordas elevadas, denominada cancro. 
A ferida pode ser arredondada, meio funda com as bordas mais altas. Ela surge no lugar em que houve a infecção (nos órgãos genitais, dentro da boca, na mão), normalmente cerca de três semanas depois do contato com a bactéria, mas às vezes antes ou depois disso -- até três meses após a infecção.
Dependendo da posição do cancro, se ficar dentro da vagina ou da boca, ele acaba nem sendo notado. Esse tipo de ferida pode surgir também nos lábios vaginais, no períneo, no ânus e nos lábios. Podem aparecer ínguas (linfonodos aumentados) na área próxima ao cancro.
Sem tratamento, a ferida desaparece sozinha em até um mês e meio. O problema é que as bactérias responsáveis pela doença continuam se multiplicando no organismo, e entram na corrente sanguínea. Quando isso acontece, a doença passa para o próximo estágio, a sífilis secundária.
No estágio secundário, a sífilis pode apresentar vários sintomas, que aparecem semanas ou até meses depois do surgimento da ferida. Assim como os da sífilis primária, porém, eles podem passar despercebidos. 
A maioria das pessoas apresenta uma erupção de pele que não coça, principalmente na sola do pé e na palma da mão, mas às vezes em outros lugares do corpo.
Também podem surgir lesões na boca e na vagina, novas feridas indolores na área genital (que, assim como o cancro inicial, são muito contagiosas), sintomas parecidos com a gripe e queda de cabelo. Nesse estágio, a doença ainda é curável, se tratada.
Sem tratamento, os sintomas costumam ir embora por conta própria em alguns meses, mas a doença permanece ativa. A bactéria continua se multiplicando nessa fase latente e pode causar problemas graves anos depois. 
No chamado estágio terciário, a doença pode provocar anormalidades cardíacas, lesões nos ossos, na pele e em vários órgãos, e a pessoa pode morrer.
Além disso, cerca de 20 por cento das pessoas com sífilis terciária apresentam a neurossífilis, ou seja, o sistema nervoso é afetado pela doença. Nos estágios finais, a neurossífilis pode causar convulsões, cegueira, surdez, demência, problemas na medula espinhal e a morte.
A neurossífilis também pode surgir nos estágios anteriores, causando problemas como a meningite. Felizmente, a maioria das pessoas é diagnosticada antes disso e recebe o tratamento adequado para não chegar à sífilis terciária.
O que faço para não pegar sífilis?
A camisinha só previne a sífilis se a ferida estiver no pênis do homem, mas a doença pode ser transmitida também por cancros que estiverem em outras áreas, como a boca, por isso é difícil evitar completamente a transmissão.
De toda maneira, o uso de preservativo previne o contágio nos locais mais frequentes de ferida. Reduzir o número de parceiros sexuais também diminui o risco de pegarsífilis. 
Se a mulher desconfia que possa ter tido contato com a sífilis ou outra doença sexualmente transmissível, deve conversar com o ginecologista para fazer os exames necessários. 
Sífilis na gravidez - como diagnosticar, tratamento e consequências
Os sintomas da Sífilis variam conforme o estágio da doença. Saiba como diagnosticar a doença em mulheres grávidas, como se procede o tratamento e as consequências da doença no bebê
Doença Sexualmente Transmissível (DST) que pode ser identificada pelo aparecimento de rachaduras e membranas mucosas na região genital, a Sífilis acomete cerca de 1% da população brasileira, conforme estimativas do Ministério da Saúde. Dados também revelam que aproximadamente 50 mil gestantes são portadoras, sendo que 80% delas realizaram o pré-natale 56,6% descobriram a Sífilis durante a gestação.
Na gravidez, o diagnóstico clínico depende da fase evolutiva da doença, como explica o ginecologista responsável pela área de Reprodução Humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira. “Na Sífilis primária, o sintoma mais característico é o surgimento de feridas indolores, que são contagiosas, e nódulos linfáticos inchados. No caso da Sífilis secundária, pode-se apresentar febre, lesões avermelhadas na pele, fadiga, dores e perda de apetite”, alerta.
Ainda, de acordo com o especialista, o diagnóstico requer a solicitação de um exame não específico chamado VDRL (Venereal Disease Research Laboratory), que é realizado por meio da coleta de sangue. “É um exame simples, de baixo custo e rápido. Durante o primeiro e a transição do segundo para o terceiro trimestre da gravidez, todas as gestantes devem realizá-lo. Se a mãe não fez o pré-natal ou não realizou o exame durante o terceiro trimestre, ele deverá ser feito no momento da internação para o parto. Deve-se ressaltar que Sífilis é uma doença de notificação compulsória, ou seja, caso o diagnóstico seja feito, deve-se informar os órgãos de saúde pública responsáveis”, esclarece.
Tratamento
No geral, o tratamento é realizado com antibióticos e deve estender-se aos parceiros sexuais. “Não tratar ou tratar a doença inadequadamente pode causar abortamento, prematuridade, complicações agudas e risco de malformações fetais. Por isso, é de extrema importância que a grávida realize o tratamento adequadamente. A Sífilis adquirida na gestação é um problema de saúde pública, pois a taxa de transmissão para o bebê é muito alta caso não haja o tratamento adequado, que é simples e amplamente disponível”, ressalta Renato.
 Consequências
Quando a doença não é tratada, a mãe pode transmitir a bactéria para o feto através da placenta, caracterizando a Sífilis congênita, que pode provocar problemas de malformações e desenvolvimento na criança. “A Sífilis congênita pode se manifestar durante a gestação, logo após o nascimento ou nos primeiros dois anos da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a Sífilis pode ser fatal”, finaliza Dr. Renato.

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