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18/12/2017 1 De onde vem a energia que precisamos para sobreviver? De onde vem a energia que precisamos para sobreviver? - Moléculas combustíveis mais importantes: açúcares - Plantas produzem seus açúcares a partir de CO2 - Animais obtém açúcar a partir de alimentos -Células obtém energia através da QUEBRA DESSES AÇÚCARES ENERGIA VEM DA QUEBRA DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS Mitocôndria � Organela envolvida por duas membranas; � FUNÇÃO: transformar energia química dos metabólitos em energia facilmente acessível à célula (ATP). � É o ATP que fornece energia necessária para as reações químicas celulares. - Gerar calor (recém-nascido e animais que hibernam) - termogenina - Apoptose (morte celular programada) � Forma: arredondada ou alongada � Posição: variável – geralmente próxima aos locais onde há necessidade de energia � Epitélio ciliado: próximas aos cílios � Espermatozóides: ao redor do flagelo � Músculo estriado: entre os feixes de miofibrilas � Células dos túbulos contorcidos Quanto maior atividade metabólica da célula, maior será quantidade de mitocôndrias em seu interior. Mitocôndria Mitocôndrais arredondadas Mitocôndrais alongadas 18/12/2017 2 Ex.: Nos espermatozoides elas se acumulam ao redor da posição inicial do flagelo � Em determinadas células, as mitocôndrias situam-se em locais próximos aos que necessitam de mais energia (ATP); Ex.: Nas células musculares – localiza entre os feixes de miofibrilas. Nos epitélios ciliados elas se acumulam perto dos cílios. Nas células dos túbulos contorcidos renais ficam próximas às membranas para fornecer ATP para o transporte ativo de íons A organização de uma mitocôndria Cristas Membrana interna Membrana externa Espaço intermembranas Matriz 0,5 – 1 um As mitocôndrias estão compostas por duas membranas celulares. Dobras da membrana interna formam as cristas mitocondriais 18/12/2017 3 � Espaço intermembranas • Composição química semelhante a do citoplasma; • Várias enzimas; • Acumula prótons vindos da matriz. Espaço intermembranoso A organização de uma mitocôndria � Membrana interna - Proteínas que constituem a cadeia transportadora de elétrons - Proteína ATP-sintase - Proteínas para o transporte ativo de várias moléculas (ex.: piruvato e ácidos graxos) � CRISTAS: aumentam a superfície da membrana; A organização de uma mitocôndria � Matriz mitocondrial • Centenas de enzimas: - oxidação do piruvato - oxidação de ácidos graxos - ciclo do ácido cítrico - requeridas para expressão dos genes mitocondriais A organização de uma mitocôndria � Na matriz mitocondrial encontra-se: • Aparato genético - DNA circular - RNAm - RNAt - RNAr * Replicação * Transcrição * Tradução - 13 proteínas • Ribossomos: síntese proteica. A organização de uma mitocôndria � Cromossomomitocondrial – circular � De origem materna (óvulo) � Codifica 37 genes - 2 RNAr - 22 RNAt - 13 enzimas envolvidas na fosforilação oxidativa para produção de ATP. • DNA mitocondrial A maioria das proteínas mitocondriais é produzida a partir de genes nucleares. Assim essas proteínas devem ser importadas pelas mitocôndrias a partir do citosol, local de sua produção. 18/12/2017 4 Mitocôndrias As mitocôndrias importam do citosol a maioria de suas proteínas ~95% das proteínas das mitocôndrias são codificadas por genes nucleares, sintetizadas no citosol associadas a ribossomos livres e importadas para as mitocôndrias Translocadores protéicos Transporte de proteínas para as mitocôndrias – É DEPENDENTE DE PEPTÍDEO-SINAL Proteínas importadas para a mitocôndria A sequência sinal mitocondrial é reconhecida por um receptor da membrana mitocondrial externa. Proteína translocada, sequência sinal clivada. Complexo TOM Complexo TIM23 18/12/2017 5 A origem das mitocôndrias Hoje é amplamente aceito que as mitocôndrias tenham evoluído de bactérias que foram engolfadas por células eucarióticas ancestrais há mais de um bilhão de anos. Sobreviveram dentro das células eucarióticas ancestrais vivendo em simbiose O modo como mitocôndrias se reproduzem fornece evidência adicional de sua descendência bacteriana As mitocôndrias se dividem em duas, duplicando primeiro o seu DNA. O papel das mitocôndria na transformação e no armazenamento de energia �A energia utilizada pelo ser humano para realizar as suas atividades provém da quebra de compostos orgânicos ricos em energia: - Glicogênio (carboidrato – polissacarídeo constituído por glicose) - Gorduras (triglicerídeos – ácidos graxos) O papel das mitocôndria na transformação e no armazenamento de energia � A energia contida nas moléculas de glicose (glicogênio) e de ácidos graxos (gordura) é utilizada para produzir a adenosina-trifosfato (ATP) � ATP: é o principal combustível das células – energia facilmente utilizada pelas células. Mitocôndria - transformação e armazenamento de energia � Quando o organismo está em repouso as células usam mais a glicose; � Durante o exercício físico há mobilização dos ácidos graxos. 18/12/2017 6 �Os triglicerídeos e o glicogênio acúmulo de energia sob forma estável e concentrada porém dificilmente acessível; �ATP energia menos concentrada, porém facilmente utilizável. As moléculas de alimentos são quebradas em 3 estágios Proteínas, lipídeos e polissacarídeos devem ser quebrados Processo que quebra as moléculas complexas em moléculas mais simples = CATABOLISMO Estágio 1: digestão; no exterior celular (em nosso intestino) ou no lisossomo Estágios 2 e 3: interior celular Estágio 2: no interior celular ocorre a “glicólise” - converte cada molécula de glicose em duas moléculas de PIRUVATO Durante a formação do piruvato, duas moléculas são produzidas: NADH e ATP Transporte do piruvato para o interior da mitocôndria Transformação do piruvato em acetil CoA Ocorre no citoplasma (fora da mitocôndria). � Consiste na degradação da glicose até a formação de duas moléculas de piruvato; � Não consome oxigênio. � A célula utiliza 2 mecanismos para retirar toda a energia dos nutrientes Glicólise Anaeróbia Ocorre nas mitocôndrias. � Utiliza piruvato e ácidos graxos e libera água, gás carbônico e energia (ATP); � É aeróbia - consome oxigênio. Metabolismo oxidativo O papel das mitocôndrias na transformação e no armazenamento de energia GLICOSE C 6 H 12 O 6 PIRUVATO 2 C3H4O3 2ATP � A glicose sofre transformações graduais (11 enzimas presentes no citoplasma) produzindo 2 moléculas de piruvato e 2 mols de ATP. � Sem consumo de O2. Glicólise Anaeróbia 18/12/2017 7 Quando a glicose é convertida em piruvato na glicólise, somente 2 moléculas de ATP são produzidas por molécula de glicose quebrada (menos de 10% da energia total disponível). Então... De onde vem de fato o restante da energia? Metabolismo dos açúcares completado na MITOCÔNDRIA � A glicólise é um processo pouco eficiente para a extração de energia. Glicólise Anaeróbia Grande importância e eficiência das mitocôndrias Nas mitocôndrias: 1 mol glicose ���� + de 36 mol ATP Na glicólise: 1 mol glicose ���� 2 mol ATP � As células desenvolveram mecanismos mais eficazes para a extração de energia dos nutrientes; Dependentes das mitocôndrias e de oxigênio! � É uma via metabólica de maior rendimento energético que a glicólise. � Com gasto de oxigênio / ocorre nas mitocôndrias / libera gás carbônico e água. Metabolismo oxidativo Glicólise Metabolismo oxidativo � Metabolismo oxidativo: utiliza o piruvato oriundo da glicóliseou ácidos graxos dos triglicerídeos para uma maior produção de ATP. Metabolismo oxidativo Metabolismo oxidativo – 3 ETAPAS 1) Produção de acetil-CoA: Piruvato ou ácidos graxos são convertidos em acetil- CoA; 2) Ciclo do ácido cítrico: metabolismo do acetil-CoA libera CO2 e elétrons com alta energia; 3) Cadeia transportadora de elétrons: a energia liberada pelo transporte de elétrons é utilizada para transformar o ADP em ATP. Piruvato e ácidos graxos são importados do citosol e convertidos em Acetil CoA na matriz. Piruvato Acetil CoA Ácidos graxos Ciclo do ácido cítrico Metabolismo na matriz mitocondrial Desidrogenase do piruvato ß-oxidação dos ácidos graxos 18/12/2017 8 A Acetil CoA é depois oxidada para CO2 e ocorre a formação de NADH e FADH2 no ciclo do ácido cítrico NAD nicotinamida adenina dinucleotídeo FAD dinucleotídeo de flavina e adenina O ciclo converte os átomos de carbono da acetil-CoA em CO2 Gera elétrons de alta energia – transportados por moléculas carreadoras As moléculas carreadoras (NADH) doam seus elétrons de alta energia para a cadeia transportadora de elétrons na membrana mitocondrial interna e são oxidados a NAD+ Energia liberada pela passagem dos e- é utilizada para bombear prótons H+ através da membrana mitocondrial interna Este gradiente de prótons é importante para gerar ATP Reação de oxi-redução Cadeia transportadora de elétrons (cadeia respiratória) Presente em muitas cópias na membrana mitocondrial interna Consiste de mais de 40 proteínas, envolvidas no transporte de elétrons pela membrana. Divididas em 3 grandes grupos enzimáticos: 1- complexo NADH-desidrogenase 2- complexo do citocromo b-c 3- complexo citocromo-oxidase Esses complexos respiratórios são locais de bombeamento de prótons; são máquinas protéicas que bombeiam prótons através da membrana à medida que elétrons são transferidos Cadeia de moléculas aceptoras e doadoras de elétrons Os elétrons iniciam a passagem com uma energia muito alta, e vão perdendo-a a cada passo ao longo da cadeia. No último passo os elétrons entram na citocromo oxidase e são passados para moléculas de oxigênio. As moléculas de oxigênio reduzido se associam a dois prótons (H+) e formam água. Essa é a etapa onde há o consumo de quase todo oxigênio que respiramos A energia liberada pela transferência dos elétrons é usada para bombear prótons para o espaço intermembranas O transporte de elétrons causa mudanças conformacionais nas proteínas – permite o bombeamento dos prótons. 1- Transporte de elétrons usado para bombeamento de prótons 2- Gradiente de prótons aproveitado para síntese do ATP O íons H+ fluem de volta, a favor do gradiente eletroquímico, através da ATPsintase 18/12/2017 9 O gradiente de prótons permite a síntese de ATP pela ATP-sintase Embebida na membrana mitocondrial interna Cria uma via através da membrana mitocondrial interna que permite que os prótons fluam de volta para o interior da mitocôndria a partir de seu gradiente Prótons dirigem a reação fosforilação do ADP e Pi para formar ATP A ENZIMA ATP-SINTASE - Motor molecular gerador de energia - A porção transmembrana funciona como um carreador de H+ - Porção voltada para a matriz (ATP sintetase) sintetiza ATP quando íons H+ passam por ela a favor de seu gradiente. - A passagem de 3 prótons é necessária para gerar cada molécula de ATP.F1: realiza reação de fosforilação A ATP-sintase Ocorre apenas em tecido adiposo multilocular – células especializadas na produção de calor em defesa contra o frio – animais hibernantes. • Fosforilação de outras moléculas; • Transporte de substâncias para dentro e para fora das células; • Energia para moléculas motoras; • Transporte de materiais nos neurônios. O ATP é utilizado para as mais variadas atividades da célula: Energia presente nos elétrons é convertida em ligações de fosfato do ATP – fosforilação oxidativa � É necessária a entrada constante de moléculas provenientes do citoplasma; � Piruvato e ácidos graxos; � O2; � ADP e Pi � Moléculas que saem da mitocôndria para o citoplasma: � CO2; � ATP 18/12/2017 10 Peroxissomos Morfologia Fígado - Uma membrana - Não tem DNA - Não tem ribossomos - Suas proteínas são importadas do citoplasma - Catalase Transporte de proteínas para as mitocôndrias e peroxissomos Transporte de proteínas para as mitocôndrias e peroxissomos – É DEPENDENTE DE PEPTÍDEO- SINAL Os lipídeos de membrana das mitocôndrias e peroxissomos são sintetizados no REL e direcionados por proteínas trocadoras Funções Peroxissomos Oxidar substratos orgânicos e outros substratos tóxicos produzindo H2O2 - peróxido de hidrogênio 1- Desintoxicação – Fígado e Rim RH2 + O2 R + H2O2 Ex: Etanol, fenóis, formaldeído 2- Remover o excesso de H2O2 (tóxico para as células) Catalases 2H2O2 2H2O + O2 Não sintetizam ATP Utilizam oxigênio para remover átomos de hidrogênio de substratos orgânicos – produzindo peróxido de hidrogênio A água oxigenada se forma normalmente durante a degradação de gorduras e de aminoácidos (em grande quantidade pode causar lesões à célula). 3- B-oxidação Ácidos graxos Acetil-CoA (citoplasma) Bibliografia indicada - Alberts B, Bray D, Johnson A, Lewis S, Raff M, Roberts K. Fundamentos da Biologia Molecular da Célula, 2. ed., Artmed, 1999. - Capítulo: 13 e 14 - Alberts B, Johnson A, Lewis S, Raff M, Roberts K. Biologia Molecular da Célula, 5. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010. - Capítulo: 14 - Cooper, G.M.; Hausman, R.E. A célula. Uma abordagem molecular. 3. ed. Artmed, 2007. - Capítulo: 10
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