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Agrário

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Direito Agrário
Profa. M
a. Luciana Jordão
�1
Im
óvel Rural: CTN
•
Art. 29, CTN. O im
posto, de 
com
petência da União, sobre a 
propriedade territorial rural tem
 
com
o fato gerador a 
propriedade, o dom
ínio útil ou 
a posse de im
óvel por 
natureza, com
o definido na 
lei civil, localizado fora da 
zona urbana do M
unicípio.
•
Critério de localização.
�2
Im
óvel rural: critério 
de destinação
•
Art. 4º, 4.504/1964. Para os 
efeitos desta Lei, definem
-
se:
•
I - "Im
óvel Rural", o prédio 
rústico, de área contínua 
qualquer que seja a sua 
localização que se destina 
à exploração extrativa 
agrícola, pecuária ou 
agro-industrial, quer 
através de planos públicos 
de valorização, quer através 
de iniciativa privada.
�3Art. 4o, Lei 8.629/1993. Para os 
efeitos desta lei, conceituam
-se: I – 
Im
óvel rural, o prédio rústico de 
área contínua, qualquer que seja 
a sua localização, que se destine 
ou possa se destinar à exploração 
agrícola, pecuária, extrativa, 
vegetal, florestal ou 
agroindustrial.
�4
Propriedade Fam
iliar
•
Art. 4º, 4.504/1964. II - "Propriedade Fam
iliar", o im
óvel rural que, direta e 
pessoalm
ente explorado pelo agricultor e sua fam
ília, lhes absorva toda 
a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso 
social e econôm
ico, com
 área m
áxim
a fixada para cada região e tipo 
de exploração, e eventualm
ente trabalho com
 a ajuda de terceiros; 
•
Art. 8º, Decreto 59.566, de 1966. Para os fins do disposto no art. 13, 
inciso V, da Lei nº 4.947-66, entende-se por cultivo direto e pessoal, a 
exploração direta na qual o proprietário, ou arrendatário ou o parceiro, 
e seu conjunto fam
iliar, residindo no im
óvel e vivendo em
 m
útua 
dependência, utilizam
 assalariados em
 núm
ero que não 
ultrapassa o núm
ero de m
em
bros ativos daquele conjunto. 
•
Parágrafo único. Denom
ina-se cultivador direto e pessoal aquêle que 
exerce atividade de exploração na form
a dêste artigo.
�5
Propriedade Fam
iliar
•
Art. 3o, Lei 11.326/2006. Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor 
fam
iliar e em
preendedor fam
iliar rural aquele que pratica atividades no 
m
eio rural, atendendo,  sim
ultaneam
ente, aos seguintes requisitos:
•
I - não detenha, a qualquer título, área m
aior do que 4 (quatro) 
m
ódulos fiscais;
•
II - utilize predom
inantem
ente m
ão-de-obra da própria fam
ília nas 
atividades econôm
icas do seu estabelecim
ento ou em
preendim
ento; 
•
III - tenha percentual m
ínim
o da renda fam
iliar originada de atividades 
econôm
icas do seu estabelecim
ento ou em
preendim
ento, na form
a 
definida pelo Poder Executivo;  
•
IV - dirija seu estabelecim
ento ou em
preendim
ento com
 sua fam
ília.  
�6
M
ódulo Fiscal
•
Art. 4º, Decreto 84.685/1980. O 
m
ódulo fiscal de cada M
unicípio, 
expresso em
 hectares, será fixado 
pelo INCRA, através de Instrução 
Especial, levando-se em
 conta os 
seguintes fatores:
•
a) o tipo de exploração 
predom
inante no M
unicípio:
•
I - hortifrutigranjeira;
•
II - cultura perm
anente;
•
III - cultura tem
porária;
•
IV - pecuária;
•
V - florestal;
•
b) a renda obtida no tipo de 
exploração predom
inante;
•
c) outras explorações existentes 
no M
unicípio que, em
bora não 
predom
inantes, sejam
 expressivas em
 
função da renda ou da área utilizada;
•
d) o conceito de "propriedade 
fam
iliar" constante do art. 4º, item
 II, 
da Lei nº 4.504, de 30 de novem
bro 
de 1964. 
•
§ 1º - Na determ
inação do m
ódulo 
fiscal de cada M
unicípio, o INCRA 
aplicará m
etodologia, aprovada pelo 
M
inistro da Agricultura, que considere 
os fatores estabelecidos neste artigo, 
utilizando-se dos dados constantes 
do Sistem
a Nacional de Cadastro 
Rural.
�7
Lei 8.629/1993
•
Art. 4º Para os efeitos desta lei, conceituam
-se:
•
II - Pequena Propriedade - o im
óvel rural: a) de área até quatro 
m
ódulos fiscais, respeitada a fração m
ínim
a de parcelam
ento; 
•
III - M
édia Propriedade - o im
óvel rural: a) de área superior a 4 
(quatro) e até 15 (quinze) m
ódulos fiscais; 
•
§ 1º São insuscetíveis de desapropriação para fins de reform
a 
agrária a pequena e a m
édia propriedade rural, desde que o 
seu proprietário não possua outra propriedade rural. 
•
GRANDE: m
ais de 15 m
ódulos fiscais.
�8
Fração m
ínim
a de parcelam
ento
•
 Art. 8º, Lei 5.868/1972. Para fins de transm
issão, a qualquer título, na form
a do Art. 65 da 
Lei núm
ero 4.504, de 30 de novem
bro de 1964, nenhum
 im
óvel rural poderá ser 
desm
em
brado ou dividido em
 área de tam
anho inferior à do m
ódulo calculado 
para o im
óvel ou da fração m
ínim
a de parcelam
ento fixado no § 1º deste artigo, 
prevalecendo a de m
enor área. 
•
§ 1º - A fração m
ínim
a de parcelam
ento será: 
•
a) o m
ódulo correspondente à exploração hortigranjeira das respectivas zonas típicas, para 
os M
unicípios das capitais dos Estados; 
•
b) o m
ódulo correspondente às culturas perm
anentes para os dem
ais M
unicípios situados 
nas zonas típicas A, B e C; 
•
c) o m
ódulo correspondente à pecuária para os dem
ais M
unicípios situados na zona típica 
D. 
•
§ 3
o São considerados nulos e de nenhum
 efeito quaisquer atos que infrinjam
 o 
disposto neste artigo não podendo os serviços notariais lavrar escrituras dessas 
áreas, nem
 ser tais atos registrados nos Registros de Im
óveis, sob pena de 
responsabilidade adm
inistrativa, civil e crim
inal de seus titulares ou prepostos.
�9
Fração m
ínim
a de parcelam
ento
•
 Art. 8º, Lei 5.868/1972. § 4
o  O disposto neste artigo não se aplica: 
•
I - aos casos em
 que a alienação da área destine-se com
provadam
ente 
a sua anexação ao prédio rústico, confrontante, desde que o im
óvel do 
qual se desm
em
bre perm
aneça com
 área igual ou superior à fração m
ínim
a 
do parcelam
ento; 
•
II - à em
issão de concessão de direito real de uso ou título de dom
ínio 
em
 program
as de regularização fundiária de interesse social em
 
áreas rurais, incluindo-se as situadas na Am
azônia Legal; (Incluído pela Lei 
nº 13.001, de 2014) 
•
III - aos im
óveis rurais cujos proprietários sejam
 enquadrados com
o 
agricultor fam
iliar nos term
os da Lei no 11.326, de 24 de julho de 
2006; ou (Incluído pela Lei nº 13.001, de 2014) 
•
IV - ao im
óvel rural que tenha sido incorporado à zona urbana do M
unicípio.  �10
M
ódulo Rural
•
Art. 4º, 4.504/1964. III - 
"M
ódulo Rural", a área fixada 
nos term
os do inciso anterior;
•
Propriedade fam
iliar
�11M
ódulo rural
•
 Art. 17, Decreto 55891, de 1965. Tendo em
 vista as condições 
básicas definidas no artigo 11, os m
ódulos, em
 cada zona e para 
cada tipo de exploração, corresponderão a área agricultável 
necessária para, nas condições enum
eradas no artigo 12, garantir: 
•
I - a rem
uneração da m
ão-de-obra do grupo fam
iliar e a de 
terceiros eventualm
ente em
pregada; 
•
II - a rem
uneração do capital investido em
 terras, em
 benfeitorias e 
em
 m
aterial perm
anente; 
•
III - a rem
uneração do capital de giro, para a m
anutenção das 
atividades de exploração.
�12
•
 Art. 65, ET. O im
óvel rural não é divisível em
 áreas de dim
ensão inferior à 
constitutiva do m
ódulo de propriedade rural. (Princípio da indivisibilidade) 
•
§ 1° Em
 caso de sucessão causa m
ortis e nas partilhas judiciais ou 
am
igáveis, não se poderão dividirim
óveis em
 áreas inferiores às da 
dim
ensão do m
ódulo de propriedade rural. 
•
§ 2º O
s herdeiros ou os legatários, que adquirirem
 por sucessão o dom
ínio de 
im
óveis rurais, não poderão dividi-los em
 outros de dim
ensão inferior ao 
m
ódulo de propriedade rural. 
•
§ 3º No caso de um
 ou m
ais herdeiros ou legatários desejar explorar as 
terras assim
 havidas, o Instituto Brasileiro de Reform
a Agrária poderá prover no 
sentido de o requerente ou requerentes obterem
 financiam
entos que lhes 
facultem
 o num
erário para indenizar os dem
ais condôm
inos. 
•
§ 4° O
 financiam
ento referido no parágrafo anterior só poderá ser concedido 
m
ediante prova de que o requerente não possui recursos para adquirir o 
respectivo lote. 
•
�13
•
 Art. 65, ET. O im
óvel rural não é divisível em
 áreas de dim
ensão 
inferior à constitutiva do m
ódulo de propriedade rural. (Princípio da 
indivisibilidade) 
•
§ 5o Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos 
parcelam
entos de im
óveis rurais em
 dim
ensão inferior à do m
ódulo, 
fixada pelo órgão fundiário federal, quando prom
ovidos pelo Poder 
Público, em
 program
as oficiais de apoio à atividade agrícola 
fam
iliar, cujos beneficiários sejam
 agricultores que não possuam
 
outro im
óvel rural ou urbano. (Incluído pela Lei nº 11.446, de 2007). 
•
§ 6o Nenhum
 im
óvel rural adquirido na form
a do § 5o deste artigo poderá 
ser desm
em
brado ou dividido. (Incluído pela Lei nº 11.446, de 2007). 
•
 Outras exceções: art. 2o, Decreto 62.504, de 1968 (atividades de 
outras naturezas: posto, barragem
, silo, escola) e desm
em
bram
ento com
 
rem
em
bram
ento posterior.
�14
M
ódulo de Exploração 
Indefinida (M
EI)
•
O M
EI é um
a unidade de 
m
edida, expressa em
 hectares, 
a partir do conceito de m
ódulo 
rural, para o im
óvel com
 
exploração não definida. 
•
A dim
ensão do M
EI varia entre 
5 e 100 hectares, de acordo 
com
 a Zona Típica de M
ódulo 
(ZTM
) do m
unicípio de 
localização do im
óvel rural. 
(INCRA).
�15Art. 4
o, Estatuto da 
Terra.
•IV - "M
inifúndio", o 
im
óvel rural de área e 
possibilidades 
inferiores às da 
propriedade fam
iliar.
�16
Art. 4
o, Estatuto da Terra.
•
V - "Latifúndio", o im
óvel rural que: 
•
a) exceda a dim
ensão m
áxim
a fixada na form
a do artigo 46, § 1°, alínea b, 
desta Lei, tendo-se em
 vista as condições ecológicas, sistem
as agrícolas 
regionais e o fim
 a que se destine; 
•
Artigo 46, § 1°, alínea b. dos lim
ites m
áxim
os perm
itidos de áreas dos 
im
óveis rurais, os quais não excederão a seiscentas vezes o m
ódulo 
m
édio da propriedade rural nem
 a seiscentas vezes a área m
édia 
dos im
óveis rurais, na respectiva zona. 
•
b) não excedendo o lim
ite referido na alínea anterior, e tendo área igual ou 
superior à dim
ensão do m
ódulo de propriedade rural, seja m
antido 
inexplorado em
 relação às possibilidades físicas, econôm
icas e sociais 
do m
eio, com
 fins especulativos, ou seja deficiente ou inadequadam
ente 
explorado, de m
odo a vedar-lhe a inclusão no conceito de em
presa rural;
�17
Art. 4
o, Parágrafo único, Estatuto da Terra. Não se 
considera latifúndio:
•
a) o im
óvel rural, qualquer que seja a sua dim
ensão, 
cujas características recom
endem
, sob o ponto de vista 
técnico e econôm
ico, a exploração florestal 
racionalm
ente realizada, m
ediante planejam
ento 
adequado; 
•
b) o im
óvel rural, ainda que de dom
ínio particular, 
cujo objeto de preservação florestal ou de outros 
recursos naturais haja sido reconhecido para fins 
de tom
bam
ento, pelo órgão com
petente da 
adm
inistração pública.
�18
Art. 4
o, Estatuto da Terra.
•
VI - "Em
presa Rural" é o em
preendim
ento de pessoa 
física ou jurídica, pública ou privada, que explore 
econôm
ica e racionalm
ente im
óvel rural, dentro de 
condição de rendim
ento econôm
ico ...Vetado... da 
região em
 que se situe e que explore área m
ínim
a 
agricultável do im
óvel segundo padrões fixados, 
pública e previam
ente, pelo Poder Executivo. Para esse 
fim
, equiparam
-se às áreas cultivadas, as pastagens, as 
m
atas naturais e artificiais e as áreas ocupadas com
 
benfeitorias. 
•
LUCRO.
�19
Pequena G
leba Rural (art. 153, §4
o, II, CF). 
•
Art. 2º, Lei 9.393, de 1996. Nos term
os do art. 153, § 4º, in fine, da 
Constituição, o im
posto (ITR) não incide sobre pequenas glebas rurais, 
quando as explore, só ou com
 sua fam
ília, o proprietário que não possua 
outro im
óvel. 
•
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são 
os im
óveis com
 área igual ou inferior a: 
•
I - 100 ha, se localizado em
 m
unicípio com
preendido na Am
azônia 
Ocidental ou no Pantanal m
ato-grossense e sul-m
ato-grossense; 
•
II - 50 ha, se localizado em
 m
unicípio com
preendido no Polígono 
das Secas ou na Am
azônia Oriental; 
•
III - 30 ha, se localizado em
 qualquer outro m
unicípio.
�20
�21
Até a próxim
a!!

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