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Sociedades Empresariais

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FORMAS JURÍDICAS DAS 
ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS
Tomislav R. Femenick 
São Paulo/Natal: Femenick & Associados, 2010 
Independente de seus respectivos setores de atuação, as organizações que se dedicam a produção de bens e serviços se estruturam na forma de sociedades, que podem ou não ter por objetivo a obtenção de lucros, pois há organizações produtivas que não têm fins lucrativos. A formalização legal de uma organização a transforma em uma pessoa jurídica, esta totalmente independente de seus sócios. Em qualquer dos casos, então, a sociedade é uma entidade com vida própria e autônoma, com bens e direitos sem vínculo patrimonial com os bens e direitos dos seus sócios. Assim estabelece o Princípio da Entidade, um dos Principio da Contabilidade, em seu Artigo 4º.
O que identifica uma sociedade como de natureza econômica é o que ela produz e como desenvolve suas atividades de produção. E o que caracteriza uma “atividade econômica” é a ação que o ser humano pratica tendo por objetivo produzir riquezas, riquezas essas que visam suprir suas necessidades físicas, sociais ou intelectuais. É importante notar que os “indivíduos não agem isoladamente e sim dentro de uma ordem social onde o trabalho adquire feição de esforço combinado e interdependente, aliando aos fins” (CAMPIGLIA, 1966) individuais aos objetivos da coletividade. Por isso as pessoas tendem a coletivizar seus esforços, a integrar organizações que têm por fim preservar e reproduzir a riqueza individual e do grupo.
Além dos seres humanos terem a tendência de, espontaneamente, se juntarem em forma associativa, têm ao mesmo tempo a propensão de excluir aqueles agrupamentos que não se adaptam às expectativas gerais do grupo. Daí porque algumas organizações sociais e empresariais são formadas, se adaptam às expectativas e se desenvolvem; enquanto outras não se adaptam, não se desenvolvem e são extintas.
As sociedades são, pois, o resultado da união de duas ou mais pessoas, por simples acertos verbais ou por contratos escritos. Nesses acertos, os sócios se obrigam reciprocamente a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de uma atividade econômica ou social, e se prever a partilha dos resultados obtidos pela atividade da entidade. Vale salientar, mais uma vez, que esses resultados podem ser de natureza financeira (lucro) ou social (obras beneméritas, filantrópicas). 
O interesse aqui é direcionado para as sociedades empresariais, organizações técnico-econômicas que têm por objetivo combinar diversos elementos (recursos da natureza, trabalho, capital e tecnologia) para a produção de bens e serviços destinados ao mercado, visando à realização de lucros. 
Essas organizações voltadas à produção ensejaram o aparecimento de um tipo especial de pessoas que não as naturais, as pessoas físicas. Por intervenção do mundo das leis sugiram as pessoas jurídicas, “aquelas que não se criaram pela natureza, mas sim pelo direito” e que representam a junção de pessoas físicas com objetivo comum: “destinam bens à formação de um patrimônio para exploração de atividade” (FRANCO, 1976).
a) AS ORIGENS
A empresa, a atividade de produção e comercialização de bens, é um procedimento que antecede a era Medieval e que vivenciou todo o seu período. Desde a Idade Antiga Pré-Clássica e mesmo na Antiguidade Clássica – que cobre um período que vai do século VII a.C. até ao ano 476 d.C. –, as sociedades eram consideradas como uma extensão das pessoas físicas dos seus sócios; fato transparente, por exemplo, quer no célebre Código de Hamurábi, quer nos códices do Direito Grego (FERNANDES, www.bcb.gov.br). A empresa como uma entidade com patrimônio, direitos e deveres próprios e personalidade distinta das de seus sócios, administradores e gestores é uma criação do direito romano.
A imagem simplista que se tem da Idade Média européia é de um tempo de reclusão absoluta, de uma economia natural e fechada, quando não se buscava excedentes negociáveis com terceiros, muito menos exportações a longas distâncias. Ledo engano. Na primeira Idade Feudal existiam na Europa várias vias comercias, por onde circulavam as trocas com outros povos. Uma das mais ativas era a da Espanha muçulmana. Uma rota marítima, passado pelo Adriático, ligava Veneza com o mundo bizantino. Havia vias comerciais pelo Danúbio, uma que unia a Baviera a Praga, e daí aos Cárpatos, ao Denieper. Outras que iam até Kiev, ao Báltico e ao Mar Cáspio ou com os oásis do Turquestão.
Na segunda Idade Média, o Mar Mediterrâneo era uma via de intensa afluência de embarcações. A expansão dos negócios fez com que os portos da Costa Amalfitana e de Veneza, na Itália, e de Barcelona, na Espanha, registrassem em crescimento continuado por vários períodos. Antes, eminentemente importador, o Ocidente Europeu tornou-se um grande fornecedor de produtos manufaturados para o Mediterrâneo Oriental e, de lá, para o Sudeste Asiático, centro de grandes trocas de mercadorias entre a Europa Ocidental e o Mundo Oriental (BLOCH, 1982; PIRENNE, 1973 e 1982; DOBcaráter permanente, não podendo, entretanto, empregar-se em atividades estranhas, sob pena de serem privados de seus lucros e excluídos da sociedade, como determina o art. 1.006 do Código Civil.
7.5 Administração das Sociedades Simples
A forma de administrar as Sociedades Simples está explicitada em diversos artigos do Código Civil. Entre as exigências, há as de que seus administradores sejam mencionados no Contrato Social, que somente pessoas naturais sejam incumbidas da administração da sociedade e que seus poderes e atribuições façam parte do contra social, 
Se o contrato social não dispuser em contrário, a administração da sociedade compete separadamente a cada um dos sócios. Os atos de competência conjunta de vários administradores, previsto em contrato ou por ato separado, exigem o concurso de todos. Se não houver objeção contratual, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; exceto onerar ou vender bens imóveis, atos que dependem da decisão da maioria dos sócios.
Aos administradores é vedado fazerem-se substituir no exercício de suas funções, sendo-lhe facultado, nos limites de seus poderes, constituírem mandatários da sociedade, especificando no instrumento de procuração os atos e operações que os mandatários poderão praticar.
São irrevogáveis os poderes dos sócios investidos na administração por cláusula expressa do contrato social. Todavia, são obrigados a prestar contas aos sócios de sua administração, apresentando anualmente o inventário e as demonstrações contábeis do exercício.
7.6 Deliberações dos Sócios das Sociedades Simples
As deliberações dos sócios das Sociedades Simples poderão ser tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das cotas de cada um. Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital. Em caso de empate, prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios. Se o empate persistir, a decisão caberá à Justiça.
Os administradores tomem parte em deliberações ou operações que envolvam interesses individuais opostos aos da sociedade, ficam sujeitos às sanções contratuais ou legais.
8. SOCIEDADES COOPERATIVAS
O cooperativismo prega a ação conjunta como forma de organização e ação econômicas, agrupando pessoas ou grupos que têm o mesmo interesse a fim de obter vantagens comuns em suas atividades econômicas, reduzindo custos de produção, obtendo melhores condições de prazo e preço, edificando instalações de uso comum. Usa os mecanismos do sistema em vigor em busca de alternativas e soluções para os interesses de seus associados.
As Sociedades Cooperativas são um tipo singular de associação que, por isso mesmo, exigem uma visão mais ampla e detalhada de suas característica, ideologia e legislação. 
8.1 Digressão histórica
O primórdio do cooperativismo remonta aos tempos das comunidades primitivas, quando o trabalho de caça, pesca e coleta dos alimentos naturais era realizado em grupo e repartido segundo o esforço decada individuo. Esse tipo de cooperação perpassou por todo o tempo da proto-história, da pré-história, das idades antiga, média e moderna e continua na época atual. 
Como movimento moderno, o cooperativismo apareceu no século XIX tendo como causa a revolução industrial, processo resultante de um conjunto de fatores, tais como o desenvolvimento tecnológico (notadamente o aparecimento dos motores a vapor), a acumulação de capitais obtidos pelo colonialismo e o liberalismo econômico. Além do impacto econômico, obtido pelo ganho da escala produtiva proporcionado pelas máquinas e pelas novas tecnologias de produção, houve o abalo social provocado pela falta de regras que regulassem as relações dos detentores dos meios de produção com as pessoas que formavam a força de trabalho; homens, mulheres e crianças. O liberalismo econômico exacerbado chegou a adotar jornadas de trabalho de até 16 horas, em condições miseráveis de trabalho e salários. O cooperativismo apareceu como contrapondo a esse estado de coisas, como uma unidade de ação mutuaria de colaboração conjunta.
8.1.1 Cooperativismo como Teorias e Tentativas
Talvez o pioneiro entre os pensadores e ativistas do cooperativismo tenha sido o holandês Peter Cornelius Plockboy (1620-?), que em sua terra organizada a formação de associações de agricultores, artesãos marinheiros e professores. Imigrou para a América colonial inglesa em 1663, onde um ano depois, organizou em Manhattan uma colônia de bases pré-cooperativistas, que foi dissolvida logo após de sua fundação por ordenes do Governador inglês. Outro foi Robert Owen (1771-1858), industrial e filosofo socialista do País de Gales, que em 1819 propões a criação de cooperativas, como forma de dar ocupação aos desempregados. Foram criadas duas dessas associações; uma na Inglaterra, em 1839, e outra nos Estados Unidos, em 1825. Criou, ainda, cooperativas em New Harmony, no Estado de Indiana, nos Estados Unidos (que funcionou somente de 1825 a 1827), e em Queenwood, no condado de Hampshire, na Inglaterra (que funcionou de 1839 a 1845). Entre os livros que escreve estão A new view of society (Nova visão da sociedade), de 1813-1914; The book of new moral world (O livro da nova moral do mundo), de 1820, e Relato do Condado de Lanark, de 1821.
Louis Jean Joseph Charles Blanc, ou simplesmente Louis Blanc, (1811-1882) foi um idealista e ativista político francês, com importante participação na Revolução de 1848, revolta que, a partir de Paris, tive rápida propagação nos grandes centros urbanos europeus e marcou o surgimento do movimento proletariado como força política. O governo adotou a sua idéia de associações profissionais de trabalhadores de um mesmo ramo de produção e financiou a criação das Oficinas Nacionais (cujos lucros seriam divididos entre o Estado e os associados), porém a experiência durou pouco tempo. Em 1839 tinha fundado a Revue de Progrès (1839), onde publicou sua famosa obra L'Organisation du travail (A organização do trabalho) e em 1841 publicou o livro Histoire de dix ans, 1830-1840.
Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) foi um filósofo, economista e político francês, eleito deputado para a Assembléia Nacional, em 1848. Defendia as associações dos trabalhadores ou cooperativas, bem como a propriedade coletiva dos trabalhadores da cidade e do campo em relação aos meios de produção, em contraposição à nacionalização da terra e dos espaços de trabalho, e tentou criar um “banco operário”, semelhante em alguns aspectos, às atuais cooperativas de crédito. Anarquista, é um dos mais influentes teóricos desse movimento. Foi alvo de ferrenhas criticas por parte de Marx em Misère de la philosophie: réponse à la philosophie de la misère de Proudhon (Sistema das contradições econômicas ou A miséria da filosofia), de 1847, que o considerava um “socialista utópico”. Em 1840 publicou o livro Qu'est-ce que la propriété? (O Que é a propriedade?), seguido por Avertissement aux propriétaires (Aviso aos proprietários), em 1842; Système des contradictions économiques ou philosophie de la miser (Sistema das contradições econômicas, ou A filosofia da miséria) e, em 1846; Idée générale de la révolution au XIX siècle, em 1851; De la justice dans la révolution et dans l'église, em 1858; Du principe fédératif (Do princípio federativo), em 1863, e De la Capacité Politique des Classes Ouvrières (Sobre a capacidade política das classes trabalhadoras) em 1865.
Outros pensadores e ativistas do cooperativismo devem ser citados. Entre eles estão os ingleses John Bellers (1654-1725) e Willian King (1786-1865). Em 1690 o primeiro idealizou as “colônias cooperativas de trabalho”, para reduzir despesas, eliminar os intermediários e as interferências de terceiros. O outro se dedicou ao “cooperativismo de consumo”. 
Há os irlandeses William Thompson (1775-1833), cujas concepções deram base aos organizadores dos sindicatos de trabalhadores (e, de certa forma, o pensamento de Karl Marx), e Edward T. Graig (1804-1894) que em 1830 participou da organização da Colônia Integral de Ralahine, no Condado de Clare, na Irlanda.
Na França, Charles Fourier (1772-1837), filósofo, economista e político foi o idealizador das cooperativas integrais de produção e consumo, criando comunidades onde a posse dos meios de produção era comum a todos os associados. Essas comunidades eram chamadas de falanstérios. Suas teorias anteciparam, em diversos aspectos, o socialismo marxista e a psicanálise. Por sua vez, o anarquista Michel Derrion (1802-1850) fundou em 1835, em Lyon, a cooperativa Commerce Véridique et Social, para venda de comestíveis e produtos para o lar, de curta duração. Na década seguinte, formou no Brasil a Colônia do Palmital, na Província de Santa Catarina, com idéias de cooperação para a produção agrícola. 
O belga Philipe Buchez (1796-1865), que criou o chamado cooperativismo de autogestão, independente do governo ou de terceiros. Na França, tentou organizar as “associações operárias de produção” e organizou cooperativas de trabalho. Por último, temos o anarquista russo Piotr Alexeyevich Kropotkin (1842-1921), que estudou as cooperativas de exilados na Sibéria, ainda no governo dos Czares (BOMFIM, www.conhecer.org.br). 
8.1.2 Cooperativismo como Prática
O movimento cooperativista considera o dia 21 de dezembro de 1844 como a data em que foi fundada a primeira cooperativa desassociada de utopias, voltada para o mundo econômico real. Nesse dia, um grupo de 28 tecelões (dentre eles uma mulher) se uniu para comprar em conjunto alimentos e outros itens de primeira necessidade. O fato se deu na localidade de Rochdale, nos arredores da cidade de Manchester, na Inglaterra. Chamava-se Rochdale Quitable Pioneers Society Limited (Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale Ltda). Seus princípios eram a formação de poupança para os trabalhadores, a construção ou aquisição de casas para os cooperados, a criação de estabelecimentos industriais e agrícolas para produção de bens a serem vendidos aos trabalhadores, assegurar trabalho aos desempregados ou mal-remunerados, educar e fazer campanha contra o alcoolismo e, ainda, a criação de comunidades piloto de produção e distribuição, visando à fundação de novas cooperativas. 
Em uma década, a cooperativa contava com 1.400 associados. A experiência de Rochdale foi levada para a França, Alemanha, Itália e em outros países europeus, atravessou o Atlântico e chegou à América e depois se espalhou mundo. Em 1881 já existiam 1.000 cooperativas, que reuniam cerca de 550 mil associados. Hoje, há nos Estados Unidos mais 150 milhões de pessoas que participam de sociedades cooperativistas, o que representa perto 60% da população. Na Alemanha 80% dos agricultores e 75% dos comerciantes estão de, alguma forma, ligados a cooperativistas (OLIVEIRA, www.franca.unesp.br). No final do século XX, as sociedades cooperativas estavam presentes em 101 países, congregadas em 230 organizações – confederações e/ou federações – e representavam 715 milhões de pessoas (DALPASQUALE, 1997).
8.1.3 Cooperativismo noBrasil
Durante todo o período colonial do Brasil houve movimentos, que podem ser classificados como manifestações pré-cooperativistas. O caso mais notório foi o das Missões Jesuítas no Sul do país, desenvolvidas a partir do século XVII até o inicio do século XIX, quando foram definitivamente extintas pelos governos de Portugal e Espanha (LUGON, 1977). No mesmo período, em alguns quilombos se desenvolveu uma espécie de associativismo pleno, voltado à produção, consumo e comercialização de bens de origem agropecuária (GUIMARÃES, 2000; ANJOS, www.programabolsa.org.br). 
Entretanto, tem-se 1847 como o marco para o início do movimento cooperativista no Brasil. Nesse ano o francês Jean Maurice Faivre, junto com outros colonos europeus no Paraná, organizou a “Colônia Teresa Cristina”, tendo por base as idéias de associações colaborativas, predominantes naquele momento. O movimento serviu de referência para as experiências futuras, dando origem a outras organizações, destacadamente a Cooperativa de Consumo dos Empregados da Companhia Paulista, fundada em Campinas-SP, em 1887; a Cooperativa de Consumo dos Funcionários da Prefeitura de Ouro Preto-MG, em 1889; a Cooperativa Militar de Consumo do Rio de Janeiro, em 1894, na Cidade do Rio de Janeiro-RJ; a Cooperativa dos Empregados da Companhia Telefônica, em 1891, na cidade de Limeira-SP; a Cooperativa de Consumo de Camaragipe-Pe em 1895; a Caixa de Economia e Empréstimos, (também conhecida como Caixa Rural), fundada em Nova Petrópolis-RS, em 1902 – atualmente funcionando sob a denominação de “Sicredi Pioneira RS”; a Cooperativa dos Empregados e Operários da Fábrica de Tecidos da Gávea, no Rio de Janeiro-RJ, em 1913; a Coopfer - Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea, na cidade de Santa Maria-RS, também em 1913.
Essa descrição mostra como foi lento o crescimento do cooperativismo no país. Entretanto, dois fatores deram-lhe impulso a partir da década de 30 do século passado: a crise econômica, provocada pelo colapso da Bolsa de New York, de 1929 (GALBRAITH, 1972) e o governo instalado pela revolução de 1930 (FAUSTO, 1977). 
Segundo Lima (2001), “até 1930 o cooperativismo no Brasil caminhava muito lentamente. A crise econômica mundial estimulou a emergência de cooperativas, especialmente no Sul do país”. Por sua vez, Bulgarelli (2000) estabelece uma escala para o desenvolvimento e estruturação das cooperativas, em nosso país: implantação, consolidação parcial, centralismo estatal, renovação de estruturas e liberalização. Até o princípio do século XX, a legislação brasileira – e o próprio Código de Comércio de 1850 – era omissa quanto às sociedades cooperativas. A primeira regulação legal deu-se pelo Decreto nº 1637, de 05.01.1907, que disciplinou a criação de sindicatos profissionais e sociedades cooperativas. Todavia, foi com o Decreto nº 22.239, de 19.12.1932, que o cooperativismo se consolidando no Brasil.
Em dezembro de 2009 havia em nosso país 7.261 cooperativas, as quais tinham 8.252.410 associados e 274.190 empregados, atuando nos ramos de agropecuário, consumo, crédito, educacional, habitacional, infra-estrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte e turismo e lazer e fazendo uma movimentação econômica anual estimada em 88,50 bilhões de reais e exportando quase 2 bilhões de dólares em 1996 (www.ocb.org.br).
8.2 As Sociedades Cooperativas, segundo a Legislação Brasileira
As Sociedades Cooperativas são “Sociedades Personificadas Não Empresárias” e “Sociedades Mistas (de Pessoas e de Capital)”. Seu capital social é dividido em cotas-partes, que não podem ser transferidas a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança. As transferências entre associados devem ser averbadas no Livro de Matrícula, mediante termo que conterá as assinaturas do cedente, do cessionário e do diretor que o estatuto designar. Segundo Bulgarelli (1999), “A sociedade cooperativa é hoje mais que um tipo de sociedade, com forma jurídica própria, pois tantas foram às modificações, adaptações e limitações que sofreram as regras oriundas dos outros tipos societários que se torna impossível confundir a atual sociedade cooperativa com os demais tipos societários”.
As Cooperativas são regidas pelos artigos 1.093 a 1.096 do Código Civil, Lei nº 10.406, de 10.01.2002, e pela Lei nº 5.764, de 16.12.1971 (naquilo em que ela não colide com a Constituição Federal e o Código Civil) – (CASTRO, 2007). São identificadas pela expressão “Cooperativa” antecedendo a sua denominação. 
8.3 Autorização de Funcionamento
Há um conflito de legislação quando a liberdade de organização das instituições desse tipo. Enquanto o artigo 17 da Lei nº 5.764, de 16.12.1971 – tecnicamente ainda em vigor –, diz que “a cooperativa constituída na forma da legislação vigente apresentará ao respectivo órgão executivo federal de controle, [...] para fins de autorização, requerimento” e documentação para registro, o inciso XVIII, do art. 5o, da Constituição Federal determina que “a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”. Como a Constituição se sobrepõe a qualquer Lei, entende-se como se revogado estivesse o artigo 17 da Lei nº 5.764.
Todavia, para seu pleno funcionamento as Cooperativas devem providenciar registro junto à OCB-Organização das Cooperativas Brasileiras e às Juntas Comerciais dos Estados tiverem sede. Arquivados os documentos na Junta Comercial e procedida a respectiva publicação, a cooperativa adquire personalidade jurídica. O funcionamento das cooperativas de habitação, de crédito e de saúde subordina-se, ainda, à política dos respectivos órgãos normativos. Por se revestem da natureza de instituição financeira, as cooperativas de créditos (que visam fazer captação de recursos, investimentos e concessão de empréstimos) são controladas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil, o qual é também responsável pela autorização e aprovação necessária ao seu funcionamento. 
8.4 Capital Social das Sociedades Cooperativas
O capital social das Sociedades Cooperativas é dividido em cotas-partes, cujo valor unitário não pode ser superior ao maior salário mínimo vigente no País. Nenhum associado pode subscrever mais de um terço do total das cotas-partes – salvo nas sociedades em que a subscrição deva ser diretamente proporcional ao movimento financeiro do cooperado ou ao quantitativo dos produtos a serem comercializados, beneficiados ou transformados, ou ainda, em relação à área cultivada ou ao número de plantas e animais em exploração. Não estão sujeitas a esse limite as pessoas jurídicas de direito público que participem de cooperativas de eletrificação, irrigação e telecomunicações.
Para a formação do capital social é facultativo o pagamento das cotas-partes mediante prestações periódicas, por meio de contribuições ou outra forma estabelecida no ato de constituição da sociedade. A integralização das cotas-partes e poderá ser realizada com bens transferidos pelos sócios à entidade (avaliados previamente, cujos laudos devem ser homologados por Assembléia Geral) ou mediante retenção de determinada porcentagem do valor do movimento financeiro de cada associado, observadas as restrições para as cooperativas de crédito e às habitacionais.
É vedado às cooperativas distribuírem qualquer espécie de benefício às cotas-partes do capital ou estabelecer outras vantagens ou privilégios, financeiros ou não, em favor de quaisquer associados ou terceiros excetuando-se os juros até o máximo de doze por cento ao ano, incidentes sobre a parte integralizada do capital social.
8.5 Administração das Sociedades Cooperativas
As Sociedades Cooperativas podem ser administradas por uma Diretoria ou por um Conselho de Administração, compostos exclusivamente de associados eleitos pela Assembléia Geral, com mandato nunca superior a quatro anos, sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, um terço do Conselho de Administração. Se previsto nos estatutos, poderão ser criados outrosórgãos de administração da entidade. A posse dos administradores das cooperativas de crédito é sujeita à prévia homologação do Banco Central. Os órgãos de administração podem contratar gerentes técnicos ou comerciais, que não pertençam ao quadro de associados.
Os diretores ou associados que, em qualquer operação, tenha interesse oposto ao da sociedade, não pode participar das deliberações referentes a essa operação, cumprindo-lhe acusar o seu impedimento.
Os empregados de empresas associadas às cooperativas e que sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas, gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais. 
8.6 Conselho Fiscal das Sociedades Cooperativas
A administração das Cooperativas deve ser fiscalizada por um Conselho Fiscal, constituído de três membros efetivos e três suplentes, todos associados eleitos anualmente pela Assembléia Geral, sendo permitida apenas a reeleição de um terço dos seus componentes. Não podem fazer parte do Conselho Fiscal os parentes dos diretores até o segundo grau (em linha reta ou colateral, bem como os parentes entre si até esse grau) e os associados que exerçam cargos de administração da entidade. A posse dos conselheiros fiscais das cooperativas de crédito é sujeita à prévia homologação dos respectivos órgãos normativos.
8.7 Assembléias Gerais das Sociedades Cooperativas
A Assembléia Geral dos associados é o órgão supremo das Sociedades Cooperativas, com poderes para decidir sobre os negócios e a administração da sociedade. Suas deliberações são tomadas em nome de todos os sócios, ainda que ausentes ou discordantes.
As Assembléias podem ser convocadas pelo diretor presidente, pelo Conselho Fiscal ou (após solicitação não atendida) por um quinto dos associados em pleno gozo dos seus direitos. O quorum exigido para a sua instalação é de dois terços de associados, em primeira convocação; metade mais um, em segunda convocação; e um mínimo de dez associados na terceira convocação – ressalvado o caso de cooperativas centrais e federações e confederações de cooperativas, que se instalarão com qualquer número. Nas cooperativas singulares, cada associado tem direito a somente um voto, qualquer que seja o número de suas cotas-partes, não sendo permitida a representação por meio de mandatário, exceto quando o número de associados exceder a três mil e os estatutos prevejam votos por procuração – em todo caso, os procuradores não podem está no exercício de cargos eletivos na sociedade. Em cooperativas cujo número de associados seja inferior a três mil, admitir-se o voto por procuração, desde que o outorgante resida a mais de cinqüenta quilômetros da sede.
Nas Assembléias Gerais das cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, a representação será feita por delegados indicados na forma prevista pelos seus respectivos estatutos, cujo credenciamento deve ser emitido pelas diretorias das filiadas. Os grupos de associados individuais das cooperativas centrais e federações de cooperativas podem ser representados por um delegado, escolhido entre seus membros e credenciado pela administração.
As deliberações nas Assembléias Gerais são tomadas por maioria de votos dos associados presentes. 
8.7.1 Assembléias Gerais Ordinárias
As Assembléias Gerais Ordinárias devem ser realizadas anualmente, nos três primeiros meses após o término do exercício social, e deve deliberar sobre a prestação de contas dos órgãos de administração acompanhada de Parecer do Conselho Fiscal, compreendendo o relatório da gestão e as demonstrações contábeis, a destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas decorrentes da insuficiência das contribuições para cobertura das despesas da sociedade, a eleição dos componentes dos órgãos de administração e do Conselho Fiscal (e de outros órgãos da administração, quando houver) e outros assuntos de interesse social. 
Os membros dos órgãos de administração e fiscalização não poderão participar da votação das matérias retro citadas. Exceto as cooperativas de crédito, a aprovação do relatório, balanço e contas dos órgãos de administração, desonera seus componentes de responsabilidade, ressalvados os casos de erro, dolo, fraude ou simulação, bem como a infração da lei ou do estatuto.
8.7.2 Assembléias Gerais Extraordinárias
As Assembléias Gerais Extraordinárias podem ser realizadas sempre que necessário e podem deliberar sobre qualquer assunto de interesse da sociedade, desde que mencionado no edital de convocação. Ressalte-se que é de sua competência exclusiva deliberar sobre a reforma do estatuto, mudança do objeto da sociedade, fusão, incorporação, cisão ou dissolução voluntária da sociedade e nomeação de liquidantes.
As deliberações das AGE exigem um número de votos que represente um mínimo de dois terços dos associados presentes.
9. SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
As Sociedades em Conta de Participação são de um tipo bastante peculiar. Por serem apenas um processo usado para facilitar as relações entre os sócios, elas não se constituem como pessoas jurídicas; são tão somente entidades formadas sem as formalidades jurídicas das outras instituições. São sociedades formadas para explorar um ou mais empreendimentos específicos, que tem dois tipos de sócios: os “sócios ostensivos”, estes geralmente pessoas jurídicas, detentores do conhecimento e/ou possuem os meios de produção exigidos para a operação dos empreendimentos da sociedade; e os “sócios participantes”, anteriormente chamados de “sócios ocultos”, aqueles que fazem investimento no empreendimento, com recursos financeiros e capital produtivo. Todos os negócios das Sociedades em Conta de Participação são efetuados em nome dos “sócios ostensivos”. 
Falando sobre o sócio ostensivo, Mamede (1978) afirma que:
O sócio que ocupa a posição ostensiva passa a ser o limite entre dois planos contratuais distintos. Nas relações havidas com terceiros, apenas ele se obrigará – desde que sejam concretizadas apenas em seu nome, sem a participação dos demais. Por outro lado, os sócios participantes (ocultos) mantêm relação que se limita ao sócio ostensivo, não podendo transcendê-lo para buscar agir (extrajudicial ou judicialmente) contra o terceiro com o qual aquele negociou.
Daí conclui-se que o contrato constitutivo desse tido de entidade produz efeito somente entre os sócios, e que todas as negociações mercantis, e outras de qualquer tipo, somente devem ser executadas pelos sócios ostensivos.
9.1 Digressão histórica
As Sociedades em Conta de participação tiveram origem em uma série de praticas comercial, começadas na Idade Antigas. Alguns encontram sua origem na Grécia clássica (SANTOS, 1991), outros apontam para os contratos de pacotilhas, celebrados pelos patrícios romanos avessos a pratica do comercio (COSTA, 2006).
Todavia, o certo é que as atuais Sociedades em Conta e Participação derivam dos “Contratos de Comenda” que, segundo Lara (2010), eram uma espécie de acordo celebrado entre os investidores do nascente mundo capitalista, na época do Mercantilismo, entre o final da Idade Média e início da Idade Moderna:
Para recaudar los fondos requeridos y diversificar los riesgos propios del comercio de ultramar, los mercaderes se sirvieron de préstamos marítimos y contratos de comenda. El préstamo marítimo, también conocido como contrato a la gruesa, era un contrato de deuda con la peculiaridad que el inversor corría con el riesgo de las pérdidas del mar y las gentes y, por tanto, obtenía un alto tipo de interés. La comenda (collegantia) era un tipo de contrato con reparto de ganancias y, por tanto, con reparto del riego entre el mercader y el inversor, quien además asumía cualquier pérdida en proporción al capital invertido .
Esses contratos estabeleciam que o patrimônio da sociedade era propriedade comum entre o sócio comanditário, o commentato (o sócio apenas capitalista), e o sócio comanditado, 0 tractador (sócio solidário, a quem competia a direção e a administração dos negócios da sociedade). Inicialmente os documentos queformalizavam essa espécie de negociação, eram registrados nas sedes dos governos locais (cidades, condados etc.) ou nas corporações de oficio dos mercadores e náuticos. Com o passar do tempo, o registro tornando-se desnecessário. Segundo Kuperman (2005):
Daí surgiram os sócios ocultos. Somente o tractador, isto é, aquele que realizava a negociação, que era responsável pelo negócio, respondia pelos atos advindos das negociações, emergindo então a figura do sócio ostensivo. Surgem então as Associações em Conta de Participação, vindo legislações posteriores a denominá-las Sociedades em Conta de Participação. 
Uma lei promulgada na cidade de Florença, em 30.11.1408, regulou detalhadamente as Sociedades em Conta de Participação, esclarecendo a constituição de seu vínculo societário, diferenciando-as das antigas Sociedades em Comandita, porém ainda exigindo que os seus contratos fossem levados a registro, na Corporação de Mercadores.
A evolução jurídica desse tipo de sociedade – ainda segundo Kuperman – ocorreu em diversas fases e aperfeiçoamento. A Ordenança Francesa do Comércio Terrestre de 1673 equiparou as Sociedades em Conta de Participação com as Sociedades Anônimas. Em 1808, o Código do Comércio da França deu-lhes a denominação de Associação em Conta de Participação. Na Espanha e em Portugal, a Inquisição perseguiu as “pessoas físicas que praticavam atos de empréstimos, cobravam juros e que, a fim de se esconderem, usavam de art1fícios, seja através de Contratos de Comenda ou, em seguida, através da criação das Sociedades em Conta de Participação”. Na Espanha as Sociedades em Conta de Participação foram legalmente reconhecidas somente em 1829. O Código Português de 1833 também reconheceu a legalidade das Associações em Conta de Participação. A partir do código português, esse tipo de sociedade foi transposto para o Código Comercial brasileiro de 1850, nos seus artigos nºs 325 a 328. 
9.2 As Sociedades em Conta de Participação, segundo a Legislação Brasileira
As Sociedades em Conta de Participação são “Sociedades Não Personificadas Empresária” e “de Capital”, isto é, cujo capital social é atribuído aos sócios na qualidade de investidores de capital. Como não são pessoas jurídicas, não possuem capital social e seus lucros são distribuídos conforme seja acordado entre os sócios. São regidas pelo Código Civil, Lei 10.406, de 10.01.2002, em seus artigos nºs 991 a 996. 
O seu caráter específico exige, também, formalidades e regras próprias. Por isso a constituição da sociedade não está sujeita às formalidades legais prescritas para as demais sociedades, é desnecessário o registro de seu contrato social na Junta Comercial ou qualquer outro registro, a sociedade não tem personalidade jurídica, sua existência não é reconhecida perante terceiros (o sócio ostensivo é o único que pode assumir obrigações para com terceiro), os “sócios participantes” somente assumem compromissos para com o sócio ostensivo (relacionados aos resultados das transações e obrigações determinadas no contrato) e têm o direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, os sócios participantes não podem tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responderem solidariamente com este pelas obrigações em que intervier, só se estipulação em contrário é que é possível a admissão de novos sócios participantes, são constituídas por prazo limitado, seu objeto social é limitado aos empreendimentos devidamente esclarecidos no contrato firmado entre os sócios e, por último, as contribuições dos sócios participantes e ostensivos constituem o patrimônio objeto do empreendimento. 
10. SOCIEDADES EM NOME COLETIVO
O Direito Empresarial brasileiro dita que as Sociedades em Nome Coletivo são entidades constituídas de maneira que todos os sócios respondem pelas dívidas da sociedade de forma individual, solidária e ilimitadamente. São também conhecidas como “sociedades solidárias”, “sociedades gerais” ou “sociedades de responsabilidade ilimitada”. 
Sua razão social deve conter o nome de um ou de mais de um dos sócios, acompanhado das expressões “e Companhia” ou “& Companhia”, que podem ser abreviada na forma de “e Cia” ou “& Cia”. Esse tipo de sociedade somente pode ter como sócias pessoas naturais, pessoas físicas, sendo vedada a participação de pessoas jurídicas em seu capital social.
A exigência de que os sócios respondam limitadamente pelas dívidas da entidade tem provocado a diminuição gradativa desse tipo societário.
10.1 Digressão histórica
As Sociedades em Nome Coletivo surgiram nas cidades italianas e são incluídas entre as mais antigas manifestações empresariais da Idade Média. Desde seu início, em sua formação predominam componentes com ligação familiar entre si. Na Itália medieval quando os membros de uma família realizavam negócios mercantis regiam-se pelo ius mercatorum que, segundo Galgano (1990), eram:
Estatutos das corporações mercantis, o costume mercantil e a jurisprudência da cúria dos mercadores. [...] O costume nascia da constante prática contratual dos comerciantes: as modalidades consideravam vantajosas convertiam-se em direito; as cláusulas contratuais transformavam-se, uma vez generalizadas, no conteúdo legal dos contratos. Por último, os comerciantes designados pela corporação compunham os tribunais que decidiam as controvérsias comerciais.
A dinâmica e o crescimento dos negócios geram a necessidade de transformação dessas sociedades de cunho eminentemente familiar, vez que a forma familiar tradicional já não mais se adaptava às condições das transações mercantis. Foi preciso fazer a interação dos recursos da famiglia com recursos de outras fontes. Assim, as a “comunhão de sangue” se transformou em “comunhão de contratual”; as sociedades de família passaram a ser sociedades de múltiplas origens.
Quando o patrimônio da sociedade mercantil passou a não mais constituído por uma mesma família, tornou-se necessário que se evidenciasse a signum societatis (razão social), formado pelo nome civil de um ou mais de um dos sócios, acrescido da expressão "e companhia", de forma que traduzisse o vínculo social e sua responsabilidade para com terceiros.
Na França as Sociedades em Nome Coletivo foram regulamentadas pela Ordennance sur le Commerce de Terre (Ordenação sobre o Comercio de Terra), editado por Luis XIV em 1673 e que legislava sobre o direito comercial no país. Depois foram também contempladas na Ordennance sur le commerce de mer (Ordenação sobre o Comercio do Mar), datado de 1.681, também promulgado por Luis XIV, que tratava do direito marítimo francês.
No Brasil essa categoria de sociedade foi reconhecida pelo Código Comercial Brasileiro, Lei nº 556, de 25.06.1850, em seus artigo 315 e 316.
10.2 As Sociedades em Nome Coletivo, segundo a Legislação Brasileira
As Sociedades em Nome Coletivo, também conhecidas como sociedades solidárias, são “Sociedades Personificadas Empresária” e “de Pessoas”, cujo capital social é atribuído individualmente aos sócios como pessoas naturais. Seus lucros são distribuídos entre os sócios, como seja prevista no acordo de sociedade e são regidas pelo Código Civil, Lei 10.406, de 10.01.2002, em seus artigos nºs 1.039 a 1.044. 
Essas sociedades podem ser exercer qualquer atividade econômica, comercial e civil, não preservando nenhum dos sócios dos riscos inerentes ao investimento empresarial. Todos os sócios devem ser pessoas físicas, que assumem responsabilidade solidária pelas obrigações da entidade para com terceiros (quando o passivo da sociedade for maior que seu ativo os sócios respondem pelo pagamento das dívidas não pagas). Todavia, os bens particulares dos sócios só podem ser executados por dívidas da sociedade depois de executados os bens sociais. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, os sócios podem, no ato constitutivo ou por convenção posterior em que houver unânime de opinião, determinar entre si a responsabilidade de cada um deles.
O artigo nº 1.040 do Novo Código Civil determina que as Sociedades emNome Coletivo se rejam pelos artigos nºs 1.039 a 1.044 e, no que esses sejam omissos, pelos do Capítulo que trata das Sociedades Simples.
10.3 O Capital Social das Sociedades em Nome Coletivo
Nas Sociedades em Nome Coletivo o Capital Social é dividido em cotas, com a titulação dos sócios, em quantidade certa e determinada. 
A participação de cada sócio no capital social deve ser expressa na moeda corrente no país, podendo, entretanto, representar bens cuja propriedade tenha sido transferida à entidade pelos sócios, desde que esses bens tenham sido avaliados conforme a legislação e as normas estabelecidas para esse procedimento e seus valores possam ter expressão monetária. 
10.4 Administração das Sociedades em Nome Coletivo
A indicação dos administradores da sociedade teve ser mencionada no Contrato Social, observando-se que somente pessoas naturais poder ser incumbidas dessa função. Da mesma forma, o contrato social deve detalhar os poderes e atribuições dos administradores. 
Se o contrato social não dispuser em contrário, a administração da sociedade compete separadamente a cada um dos sócios. Os atos de competência conjunta de vários administradores, previsto em contrato ou por ato separado, exigem o concurso de todos, salvo nos casos urgentes, em que a omissão ou retardo das providências possa ocasionar dano irreparável ou grave. Também se não houver objeção contratual, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; exceto onerar ou vender bens imóveis, atos que dependem da aquiescência da maioria dos sócios.
São irrevogáveis os poderes dos sócios investidos na administração por cláusula expressa do contrato social. Os atos dos administradores são revogáveis somente em casos de justa causa, reconhecidos judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios. Todavia, podem ser extintos, a qualquer tempo, os poderes conferidos aos sócios por ato separado. Aos administradores é vedado fazerem-se substituir no exercício de suas funções, sendo-lhe facultado, nos limites de seus poderes, constituírem mandatários da sociedade, especificando no instrumento de procuração os atos e operações que os mandatários poderão praticar.
Os administradores são obrigados a prestar contas aos sócios de sua administração, apresentando-lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e os outros demonstrativos contábeis.
10.5 Deliberação dos Sócios das Sociedades em Nome Coletivo
As deliberações dos sócios das Sociedades em Nome Coletivo poderão ser tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das cotas de cada um. Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital. Em caso de empate, prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios. Se o empate persistir, a decisão caberá a justiça.
Os administradores que, tendo em qualquer operação tiverem interesses contrários ao da sociedade, não devem tomar parte das deliberações dos respectivos casos.
11. SOCIEDADES EM COMANDITA SIMPLES
No Direito Empresarial brasileiro as Sociedades em Comandita Simples têm por característica a existência de dois tipos de sócios: os sócios comanditários (sócios capitalistas, cuja responsabilidade se restringe ao capital subscrito) e os comanditados (sócio a quem compete a direção e a administração dos negócios da entidade e que responde solidária e ilimitadamente perante terceiros). 
Assim, a responsabilidade dos primeiros em relação às obrigações contraídas pela sociedade empresária é limitada à integralização das cotas por eles subscritas. Contribuem apenas com o capital subscrito, não participando de nenhuma outra forma para o funcionamento da sociedade, ficando alheio, inclusive, à sua administração. Por sua vez, os sócios comanditados contribuem com capital e trabalho e são os responsável pela gestão da sociedade. Sua responsabilidade perante terceiros é ilimitada, alcançando os seus bens pessoais 
A razão social, a firma, da sociedade deve ser formada com os nomes de sócios comanditados. Os sócios comanditários cujo nome esteja presente na razão social, fazendo presumir a condição de sócios solidários, respondem de forma ilimitada pelas obrigações da entidade.
A exigência de que os alguns sócios respondam limitadamente pelas dívidas da sociedade tem causado o desuso desse tipo societário na prática empresarial.
11.1 Digressão histórica
As Sociedades em Comandita Simples – tal quais as sociedades em conta de participação e as sociedades de capital e indústria – tiveram origem nos “contratos de comanda”, praticados nas cidades italianas na Idade Média. Por esses contratos, as pessoas que disponham de capitais os compartilhavam com os recursos de pessoas que praticavam o comércio marítimo, primeiro mediterrâneo e depois ultramarino. Estes últimos faziam negócios em seu próprio nome e risco e repartiam os lucros das expedições, com os sócios investidores de capital. Posteriormente, os “contratos de comanda” passaram a ser empregado também no comércio terrestre.
Segundo Pirenne (1982):
A sociedade em comandita aparece desde o século X e é, com toda a evidência, uma imitação das práticas do direito consuetudinário do mundo bizantino. O progresso econômico manifesta-se de forma indiscutível pelo emprego da escrituração, que é indispensável a qualquer movimentação de negócio de certa importância. [...] A sociedade em comandita, tão florescente no século XII, permite compreender o papel que nela desempenhou o crédito comercial. O comanditário antecipar ao comanditado, em troca de uma participação nos lucros eventuais, um capital que fará frutificar.
Falando sobre a presença das sociedades em comandita no período de formação do capitalismo moderno, Henri Sée (1954) afirma que: 
Sin embargo, e gran comercio marítimo – una de las fuentes principales del capitalismo – aparece en realidad sólo en las regiones que todavía no formaban parte de Francia, como Provenza [Provença], por ejemplo. Así, después de las Cruzadas, en los siglos XII y XIII, Provenza mantuvo un activo comercio con algunos puertos de. Levante. Burdeos tuvo estrechas• relaciones comerciales con Inglaterra, a la cual la Guiena estuvo sometida hasta el siglo XV. Ya en 1213 los armadores de Bayona formaron una sociedad mutualista y de repartición de beneficios. Marsella presenta desde el siglo XIII numerosos ejemplos de sociedades en comandita.[…] Es cierto que en Italia existieron desde la Edad Media las societates, que afectaban dos formas: la sociedad en que todos los asociados participaban en la dirección, y a otra, denominada commenda . 
Ao analisar a importância dessas sociedades, Sée cita alguns exemplos, sobretudo na França: 
Estas compañías y sociedades por acciones (sobre todo “en nombre colectivo” o “en comandita”) tenían el aspecto de grandes empresas capitalistas. Tales eran las de Alais [atualmente denominada de Alès], de Carmaux y de Anzin. Ya en 1756 la sociedad de Anzin, que operaba en el norte de Francia, empleaba 1.000 mineros y en sus talleres 500 operarios; en 1789 ocupaba 4.000 obreros, había abierto de 550 a 750 metros de galerías subterráneas, y empleaba doce máquinas de vapor. En el mismo ano extrajeron 3.750.000 quintales de carbón, y las utilidades comerciales fueron de 1.200.000 libras francesas, que sobrepasaban en un 100 % a los gastos. En las otras explotaciones mineras el carácter capitalista era menos acentuado; pero se trataba de todos modos de sociedades por acciones formadas generalmente por ricos financieros o negociantes y por armadores y entre cuyos accionistas figuraban, igual que en las compañías carboníferas, nobles y magistrados . 
Tem-se como uma das primeiras regulações das Sociedades em Comandita Simples uma lei promulgada na cidade de Florença, em 30.11.1408, que exigia sua inscrição no registro das Corporações, com a identificação dos sócios comanditários e comanditados e o montante das quotas de cada um deles. A partir de então, esse tipo societário passou a ser reconhecidocomo pessoa jurídica, desassociada das pessoas dos seus sócios. Na França, a comandita simples foi disciplinada pela Ordenança Francesa do Comércio Terrestre de 1673; posteriormente pelo Código Comercial francês em 1808.
No Brasil essa categoria de sociedade foi reconhecida pelo Código Comercial Brasileiro, Lei nº 556, de 25.06.1850, em seus artigo nºs. 311 a 314.
11.2 As Sociedades em Comandita Simples, segundo a Legislação Brasileira
As Sociedades em Comandita Simples são “Sociedades Personificadas Empresária” e “de Pessoas”, cujo capital social é atribuído individualmente aos sócios como pessoas naturais. Seus lucros são distribuídos entre os sócios, como seja prevista no acordo de sociedade e são regidas pelo Código Civil, Lei 10.406, de 10.01.2002, em seus artigos 1.045 a 1.051. 
Essas entidades podem exercitar atividades econômicas, comerciais e civis, com os sócios comanditados respondendo solidária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade, enquanto que os sócios os comanditários são obrigados somente pelo valor de sua quota. Assim, quando o passivo da sociedade for maior que seu ativo, os sócios comanditados respondem pelo pagamento da parte da dívida que permanecer não paga, enquanto que os comanditários somente sofrem a perda de sua participação na entidade. Se os sócios comanditários intervierem na administração ou se seus nomes constarem na firma social, eles também responderão solidariamente com os sócios comanditados
A firma, a razão social deve conter apenas os nomes dos sócios comanditados, sendo a sua administração prerrogativa dessa categoria de sócios. Todavia, os comanditários têm o direito de fiscalizar as operações e serem nomeados procuradores da sociedade, desde que para fim específico. 
As Sociedades em Comandita Simples são regidas pelos artigos nºs 1.045 a 1.051 do Novo Código Civil, porém o artigo nº 1.046 diz que “aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da sociedade em nome coletivo, no que forem compatíveis”.
Embora o texto da Lei diga, explicitamente, que os sócios comanditados sejam pessoas físicas e nada diga com relação a esse respeito sobre os sócios comanditários, a prática e o entendimento aconselham que esses também sejam pessoas naturais.
11.3 O Capital Social das Sociedades em Comandita Simples
Nas Sociedades em Comandita Simples o Capital Social é dividido em cotas, nominadas aos sócios, em quantidade certa e determinada.
A participação de cada sócio no capital social deve ser expressa na moeda corrente no país, podendo, entretanto, representar bens cuja propriedade tenha sido (ou venha a ser) transferida à entidade pelos sócios, desde que esses bens tenham sido avaliados conforme a legislação e as normas estabelecidas para esse procedimento e seus valores possam ter expressão monetária. 
11.4 Administração das Sociedades em Comandita Simples
Se o contrato social não dispuser em contrário, a administração da sociedade compete separadamente a cada um dos sócios comanditados. Os atos de competência conjunta de vários administradores, previsto em contrato ou por ato separado, exigem a participação de todos. Se não houver objeção contratual, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; inclusive a onerar ou a vender bens imóveis. Aos administradores é vedado fazerem-se substituir no exercício de suas funções, sendo-lhe facultado, nos limites de seus poderes, constituírem mandatários da sociedade, especificando no instrumento de procuração os atos e operações que os mandatários poderão praticar. Os gestores são obrigados a prestar contas aos sócios de sua administração, apresentando inventário anualmente, bem como os demonstrativos contábeis do exercício.
Embora sejam irrevogáveis os poderes dos sócios comanditados investidos na administração, por cláusula expressa do contrato social, esses podem ser extintos a qualquer tempo, por ato separado. 
11.5 Deliberação dos Sócios das Sociedades em Comandita Simples
As deliberações dos sócios das Sociedades em Comandita Simples poderão ser tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das cotas de cada um. Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital. Em caso de empate, prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios. Se o empate persistir, a decisão caberá à justiça.
Os administradores que, tendo em qualquer operação interesse contrário ao da sociedade, tomem parte na correspondente deliberação, ficam sujeitos às sanções contratuais ou legais.
12. SOCIEDADES EM COMANDITA POR AÇÕES
As Sociedades em Comanditas por Ações são de um tipo peculiar de entidade mercantil; estão em um espaço entre as Sociedades Anônimas e as Sociedades em Comandita Simples. Serve-se de ambos os outros tipos, deles usados modelos de forma societária, estrutura e administração. 
Tal quais as Sociedades em Comandita Simples, as Sociedades em Comanditas por Ações têm por característica a existência de dois tipos de sócios: os sócios comanditários (sócios capitalistas, cuja responsabilidade se restringe ao capital subscrito) e os comanditados (sócio a quem compete a direção e a administração dos negócios da entidade e que responde solidária e ilimitadamente perante terceiros). Assim, a responsabilidade dos primeiros em relação às obrigações contraídas pela sociedade empresária é limitada à integralização de suas respectivas ações. Contribuem apenas com o capital subscrito, não devendo participar do funcionamento da empresa, ficando alheio, inclusive, da administração da mesma. Por sua vez, os sócios comanditados contribuem com capital e trabalho, e são responsáveis pela gestão da sociedade. Sua responsabilidade perante terceiros é ilimitada, alcançando os seus bens pessoais. 
A razão social, a firma, da sociedade deve ser formada com os nomes os nomes dos sócios-diretores ou gerentes.
Da mesma maneira que nas Sociedades Anônimas, há nas Comanditas por Ações Assembléias Gerais de Sócios, cujas decisões são tomadas por maioria do capital social,
A exigência de que os sócios-diretores ou gerentes respondam ilimitadamente pelas dívidas da sociedade tem causado o desuso desse tipo societário na prática empresarial.
12.1 Digressão histórica
As Sociedades em Comanditas por Ações tiveram a mesma origem das Sociedades em Comanditas Simples, ou seja, nos “contratos de comanda”, pratica nas cidades italianas na Idade Média. Por esses contratos, as pessoas que disponham de capitais os compartilhavam com os recursos de pessoas que praticavam o comércio marítimo, primeiro mediterrâneo e depois ultramarino.
12.2 As Sociedades em Comanditas por Ações, segundo a Legislação Brasileira
As Sociedades em Comanditas por Ações são “Sociedades Personificadas Empresária” e “de Capital”, cujo capital social é dividido em ações. São regidas pelos artigos nºs 280 a 284 da Lei 6.404, de 15.12.1976, e pelos artigos nºs 1.090 a 1.092, Código Civil, Lei 10.406, de 10.01.2002. O artigo nº 1.090 do Código Civil diz que as Sociedades em Comandita por Ações são regidas pelas normas relativas às sociedades anônimas, sem prejuízo das modificações introduzidas pelo mesmo Código. 
Essas organizações podem exercer atividades econômicas, comerciais e civis, pelas quais os sócios comanditados são responsáveis solidária e ilimitadamente (se houver mais de um diretor, todos eles são solidariamente responsáveis), enquanto que comanditários são obrigados somente pelo valor de sua quota. Apenas sócios ou acionistas têm qualidade para administrar a sociedade, sendo que a nomeação dos diretores ou gerentes deve constar dos estatutos da sociedade, sem limitação de tempo – eles somente poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que representem dois terços do capital. 
A sociedade poderá comerciar sob firma ou razão social, da qual só farão parte os nomes sócios comanditados diretores ou gerentes. Qualquer sócio, cujo nome figure na firma ou razão social, fica ilimitada e solidariamente responsáveis pelasobrigações sociais, 
A denominação ou a firma dessas sociedades deve ser seguida das palavras "Comandita por Ações", por extenso ou abreviadamente. 
12.3 O Capital Social das Sociedades em Comanditas por Ações
Nas Sociedades em Comanditas por Ações, o Capital Social é dividido em ações nominais, na quantidade certa e no tipo determinado.
A participação de cada sócio no capital social deve ser expressa na moeda corrente no país, podendo, entretanto, representar bens cuja propriedade tenha sido (ou venha a ser) transferida à entidade pelos sócios, desde que esses bens tenham sido avaliados conforme a legislação e as normas estabelecidas para esse procedimento e seus valores possam ter expressão monetária.
O Capital Social deve representar o valor subscrito pelos sócios ou acionistas, somado aos valores gerados pela sociedade que, por decisão dos acionistas, se incorporaram ao capital originário de investimento. A rubrica contábil deve representar o valor total das ações, de acordo com o documento de sua constituição e os respectivos adendos posteriores. Nas Comanditas por Ação, o Capital Social pode ser constituído por diferentes tipos e categorias de ações.
12.4 Administração das Sociedades em Comanditas por Ações
A direção ou gerência das Comanditas por Ações compete exclusivamente a sócios ou acionistas. A designação dos gestores deve constar no ato constitutivo da e nos estatutos da sociedade, não podendo haver limitação de caráter temporal para o seu mandato. Esses diretores ou gerentes somente poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social. Uma vez destituídos (ou que se exonerem por iniciativa própria), os diretores e gerente continuam, durante dois anos, responsáveis pelas obrigações sociais contraídas sob sua administração.
12.5 Deliberação dos Sócios das Sociedades em Comanditas por Ações
Tais quais as sociedades anônimas, as deliberações dos acionistas das Sociedades em Comanditas por Ações são tomadas em Assembléias Gerais. Entretanto essas assembléias não podem, sem o consentimento dos diretores ou gerentes, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, emitir debêntures ou criar partes beneficiárias nem aprovar a participação em grupo de sociedade. 
Não são aplicáveis às sociedades em comandita por ações os dispostos da Lei das Sociedades Anônimas sobre Conselho de Administração, autorização do capital social e emissão de bônus de subscrição.
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