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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas – IFAL Campus Maceió Coordenação de Química – Tecnologia de Alimentos Professor: Alan John Duarte de Freitas Experimento II: Determinação de densidade de líquidos Leonardo Vitor Cabral de Lima Maria Lúcia da Silva Carlos Mendonça Maria José Patrício Vicente Priscilla Soares Carvalho de Jesus Weverton Martiniano Moreira Maceió – AL, Outubro de 2018 Leonardo Vitor Cabral de Lima Maria Lúcia da Silva Carlos Mendonça Maria José Patrício Vicente Priscilla Soares Carvalho de Jesus Weverton Martiniano Moreira Experimento II: Determinação de densidade de líquidos Relatório requerido pelo Professor Alan John Duarte de Freitas, da disciplina de Química Orgânica Experimental, para obtenção de nota parcial no curso de Tecnologia de Alimentos. Maceió – AL, Outubro de 2018 3 1. Introdução As propriedades dos materiais são agrupadas em químicas e físicas. As propriedades químicas descrevem uma transformação química, tal como a interação de uma substância com outra, ou a transformação de uma substância em outra. As propriedades físicas não envolvem qualquer mudança na composição ou identidade da substância, isto é, são propriedades que podem ser observadas e medidas sem modificação de sua composição. (De Paoli at al, 2004, p. 1) A química está envolvida com as propriedades da matéria, isto é, com suas características distintivas. Algumas propriedades são classificadas segundo sua dependência da massa da amostra. Uma propriedade intensiva independe da massa da amostra, ao contrário da propriedade extensiva que depende da extensão (massa) da amostra. Algumas propriedades intensivas representam uma razão entre duas propriedades extensivas. Assim, a propriedade que chamamos de densidade é uma razão: a densidade (d), de sua amostra é a sua massa (m), dividido pelo seu volume (v) (MAGALÃES, L., & XAVIR, V, 2008), logo, temos a equação: 𝑑 = 𝑚 𝑣 A determinação da densidade é usada em muitas áreas para caracterizar determinadas propriedades de um produto ou material. “A densidade é definida como a massa da unidade de volume de uma substância, ou simplesmente, massa por unidade de volume”. (RUSSEL, 2004, p. 40). A densidade dos líquidos pode ser determinada analogamente à densidade dos sólidos, medindo-se a sua massa e determinando-se o seu volume. Entretanto, no caso dos líquidos, uma alteração relativamente pequena na temperatura pode afetar consideravelmente o valor da densidade, enquanto que a alteração de pressão tem que ser relativamente alta para que o valor da densidade seja afetado. Os aparelhos mais comuns utilizados em medidas de densidade são: picnômetro, balança de densidade e densimetro, conforme a Figura 1. Figura 1. a) Picnômetro; b) balança de densidade; e c) densímetro Fonte:https://www.google.com.br/search?q=picnometro&balançaanalitica&densimetro a) b) c) Picnômetros são frascos de gargalo capilar nos quais um volume de líquido é pesado. A medida da densidade absoluta de um líquido pelo método do picnômetro é de grande precisão, uma vez que o cálculo do volume é feito pela medida da massa. Nesse método é necessário tomar algumas precauções para evitar erros como, por exemplo, os causados por bolhas de ar formadas dentro do líquido. Na balança de densidades a massa volumétrica é obtida pela medida do empuxo que um corpo, de densidade conhecida e suspenso por um fio, sofre quando mergulhado em um líquido. Esse método é baseado no princípio de Arquimedes (Physics at Weber). Os densímetros são aparelhos que permitem a determinação da densidade dos líquidos onde são mergulhados, com a leitura direta numa escala, sem a necessidade de cálculo ou aferição em uma balança. Esses aparelhos apresentam pesos constantes e constituem-se, em geral, de um cilindro fechado contendo, na parte inferior, um lastro de chumbo ou mercúrio. Os densímetros servem para determinar a densidade ou, de modo indireto, as concentrações de soluções. Para a execução desse experimento foi utilizado um picnômetro as suas características já foi citada e um balão volumétrico, com forme a Figura 2. 5 Figura 2. Balão volumétrico Fonte:https://www.google.com.br/search? Existem algumas vantagens e outras desvantagens na utilização desses instrumentos. A vantagem de utilizar o densímetro com relação ao picnômetro e o balão volumétrico é que o mesmo é um aparelho calibrado, de tal forma a se conseguir uma leitura direta, já o picnômetro e o balão volumétrico necessitam da utilização da balança. O densímetro é mais utilizado embora seja menos preciso do que o picnômetro. (HARRIS,2005) A densidade é uma propriedade física muito importante, é ela que determina a quantidade de matéria a que está presente em uma unidade de volume e pode ser utilizada para distinguir um material desconhecido com a comparação de resultados prévios e sendo útil também na indústria onde é usada para verificar a concentração de soluções. 2. Objetivo Determinar a densidade de líquidos orgânicos utilizando balão volumétrico e picnômetro. 3. Material e reagentes: a) Funil de vidro; b) Balão Volumétrico de 100 mL (4); c) Picnômetro (1); d) Pipeta graduada (1); e) Balança Analítica (1); f) Papel absorvente; g) Substâncias denominadas: A, B, C, D e E. 4. Metodologia 4.1. Procedimento com o balão volumétrico Pesou-se quatro Balões Volumétricos de 100mL em uma balança analítica (Shimadzu). Os modelos AUY são as mais recentes balanças analíticas de escala única projetadas com a tecnologia UniBloc, que proporcionam respostas rápidas e excelente estabilidade, para saber as massas dos balões vazios (mb) em gramas (g). Em seguida, os balões foram identificados respectivamente com as letras: A, B, C, D e E. Também, quatro recipientes de vidro, foram identificados com as letras A, B, C, D e E, contendo as amostras problemas. Com o auxilio de um funil de vidro, as soluções problemas denominadas foram vertidas uma a uma, nos respectivos balões volumétricos marcados, sendo assim, o balão volumétrico identificado com a letra A, recebeu a solução problema denominados de A. Foi utilizado uma pipeta graduada de 10mL para completar o volume até a marca, sempre observando o menisco. Assim ocorreu com o restante das amostras problemas. Vale ressaltar que o recipiente marcado com a letra B, foi desconsiderado do experimento, pois não havia conteúdo no mesmo. Logo, o balão volumétrico marcado com a letra B também foi eliminado. Os balões volumétricos preenchidos com as amostras problemas foram pesados individualmente em uma balança analítica, obtendo-se variações em suas massas. Para determinação das massas obtidas (mobtida) em gramas (g): mb – mp = mobtida mb= massa do balão volumétrico limpo e seco; mp= massa do balão volumétrico cheio com amostra problema; mobtida= massa da amostras problemas obtidas. Obtido a massa da amostra problema, foi calculada a densidade da amostra para posterior pesquisa na literatura e identificação, onde a massa obtida da amostra foi divida pelo volume do balão volumétrico, pela seguinte formula: 𝒅 = 𝒎 𝒗 d= densidade a ser encontrada; m= massa da amostra problema obtida v= volume do balão volumétrico 7 4.2. Procedimento com o picnômetro: Em uma balançaanalítica, pesou-se um Picnômetro vazio, limpo e seco de 150mL, onde sua massa foi anotada e cinco frascos contendo amostras problemas foram identificados com as respectivas letras: A, B, C, D e E. As amostras problemas foram vertidas uma a uma no picnômetro e com a ajuda de uma pipeta graduada foi completado o seu volume, sempre observando o menisco. Com o picnômetro cheio foi pesado em uma balança analítica cada amostra problema e anotada sua massa. A cada amostra vertida no picnômetro e pesada sua massa, líquido era devolvido ao frasco referente a amostra pesada e o instrumento era lavado e seco, para o recebimento das outras amostras. O frasco marcado com a letra B, não foi submetido ao experimento, pois não havia amostra problema. Foi determinada a massa obtida do líquido, sendo usada a fórmula: mb – mp = mobtida Obtido a massa das amostras problemas, foi realizado outro cálculo para determinação da densidade (d), utilizando a seguinte fórmula: 𝒅 = 𝒎 𝒗 As fórmulas expressas foram usadas nos respectivos experimentos, pois os dois métodos têm como objetivo a identificação das densidades das amostras problemas. 5.1.Resultados e Discussão 5.1. Experimento 1 Após a pesagem de cada amostra em uma balança e obtidos os valores de mb (balão volumétrico seco), mp (balão volumétrico com amostra problema) através da formula mb – mp = mobtida, foi obtido a massa de cada amostra problema pesada (mobtida em gramas) e através da formula 𝒅 = 𝒎 𝒗 obteve-se a densidade (dobtida) das amostras, conforme a Tabela 1: Tabela 1 - Resultados das massas obtidas e densidades obtidas das amostras problemas líquidas. Substâncias mb (g) mp (g) mobtida (g) v (mL) dobtida (g/L) A 22.9354 88,1235 65,1881 100 651, 881 B ---- --- --- --- --- C 23.6811 125,8799 102, 1988 100 1, 022 D 23.7175 122,9029 99, 1854 100 991, 854 E 238644 114, 0808 90, 2164 100 902, 164 Apesar das interferências humanas na realização do experimento, as medições encontradas de acordo com as densidades de cada amostra foram muito próximas às encontradas na literatura, que serviu como referência para identificação das substâncias (Tabela 2), com margens de erro para mais ou para menos. Tabela 2 – Identificação e comparação das densidades obtidas com as densidades de referências de acordo com a literatura pesquisada. Substâncias Substâncias encontradas Densidade de referência Densidade obtida no experimento (g/L) A Exano 655 kg/m³ 651, 881 B --- --- --- C Leite Líquido 1,032 g/mL 1, 022 D Água 997 kg/m³ 991, 854 E Acetato de Etila 902 kg/m³ 902, 164 5.2. Experimento 2 A mesma técnica utilizada para a execução do experimento 1 com o balão volumétrico, foi posta no experimento 2 com o picnômetro, tendo alguns cuidados como eliminação de bolhas, enxugar a vidraria com papel toalha, ambientalizar a vidraria para melhor resultado. Utilizou as mesmas fórmulas para obtenção das massas dos líquidos e densidades, obtendo os seguintes resultado conforme a tabela 3. Tabela 3 - Resultados de massa obtidas dos líquidos (mobtida em gramas) e densidade obtida (dobtida em gramas). SUBSTÂNCIA mb (g) mp (g) mobtida (g) v (mL) dobtida (g/L) A 51,9420 150,1138 98,1718 150 654,48 B --- --- --- --- --- C 51,9420 206,1088 154,1668 150 1.027,78 D 51,9420 201,5722 149,6302 150 997,534 E 51,9420 188,3544 136,4124 150 909,416 Para comparação das densidades obtidas com o picnômetro, utilizou-se da mesma tabela de referência de densidade buscada na literatura em que se obteve os seguintes resultados de acordo com a Tabela 4: Tabela 4 - Comparação das densidades obtidas no picnômetro e pesquisada na literatura. Substâncias Substâncias encontradas Densidade de referência Densidade obtida no experimento (g/L) A Exano 655 kg/m³ 654,48 B --- --- --- 9 C Leite Líquido 1,032 g/mL 1.027,78 D Água 997 kg/m³ 997,534 E Acetato de Etila 902 kg/m³ 909,416 As densidades obtidas utilizando o picnômetro, quando comparadas às da literatura, os números chegam próximo ou igual ao da literatura pesquisada, em que os valores das substâncias D (Água) e E (Acetato de Etila), coincidiram com os valores encontrados na literatura. As substâncias A (Exano) e C (Leite líquido) tiveram margens de erro de 4 ou 5 dígitos para a densidade da literatura. 6. Conclusão O experimento realizado teve como objetivo analisar as propriedades físicas de algumas substâncias, as quais eram abstratas e identificadas por letras, mas posteriormente após aplicação dos procedimentos e materiais corretos com medições e cálculos, foi identificada a densidade de cada amostra e ao comparar este resultado com a literatura pesquisada, as amostras foram identificadas como substâncias conhecidas (Exano, Leite Líquido, Água e Acetato de Etila), através da proximidade ou precisão dos valores de densidade das amostras com estas substâncias. 7. Referências BRITO, M. A., BRITO, J. R., ARCURI, E., CARLA, L., SILVA, M., & SOUZA, G. (s.d.). Densidade Relativa. Acesso em 5 de 10 de 2018, disponível em Agência de Informações EMBRAPA: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_196_21720039246.htm l DE PAOLI, M.A.; CÉSAR, Janaína; ANDRADE, João Carlos; OLIVEIRA; A Determinação da Densidade de Sólidos e Líquidos. Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/11544/articleI.pdf> Acessado em 3 de out de 2018. p. 1. MAGALÃES, L., & XAVIR, V. (2008). Densidade relativa de líquidos . Acesso em 6 de 10 de 2018, disponível em Trabalhos Gratuitos : https://guiadamonografia.com.br/citacao-de- site-e-artigo-da-internet/ HARRIS, D.C., Análise química quantitativa, sexta edição, LTC – livros técnicos e científicos, Editora S.A.,RJ, 2005. RUSSEL, John B. Noções preliminares. In:___. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2004. cap. 1, p. 40-41. 8. Exercícios 1. O que se entende por densidade? A densidade é uma medida de quanto material se encontra comprimido num espaço determinado; em termos mais técnicos; densidade é a quantidade de massa por unidade de volume. 2. Através deste experimento, qual a metodologia mais exata, a do balão volumétrico ou a do picnômetro? Por quê? A metodologia utilizada para os resultados mais exatos, foi com a do picnometro. Vários fatores contribuíram para que esse método fosse o mais eficiente: utilização de uma única vidraria com massa única, os cuidados que se devem manusear essa vidraria, a precisão da quantidade de liquido vertido, dentre outros. 3. Pesquise a densidade dos líquidos a seguir: Substâncias Densidade Pesquisada Acetato de Etila 902 kg/m3 Água 997 k/m3 Clorofórmio 1, 49g / cm3 Hexano 665 kg/ m3 Leite Líquido 1, 023 a 1, 0408 g /mL Etanol 789 kg/ m3 Óleo Comestível 0, 891 g/ cm3 4. Através da comparação entre as densidades pesquisadas e calculadas neste experimento podemos propor que: a) A substância A é o: Hexano b) A substância B é o: Não houve identificação por falta de material. c) A substância C é o: Leite liquido d) A substância D é o: Água e) A substância E é o: Acetato de etila 11 Sumário 1. Introdução ......................................................................................................................... 3 2. Objetivo .............................................................................................................................. 5 3. Material e reagentes: ......................................................................................................... 5 4. Metodologia........................................................................................................................5 4.1. Procedimento com o balão volumétrico ...................................................................... 6 4.2. Procedimento com o picnômetro: ................................................................................ 7 5.1. Resultados e Discussão .................................................................................................. 7 5.1. Experimento 1 ................................................................................................................ 7 5.2. Experimento 2 ................................................................................................................ 8 6. Conclusão ........................................................................................................................... 9 7. Referências ......................................................................................................................... 9 8. Exercício.............................................................................................................................10
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