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Sistema Locomotor - Aula 2

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Locomotor aula 2
Articulações
Unem dois ou mais ossos, podem ser sinoviais, fibrosas, cartilaginosas e fibrocartilaginosas. Sua principal função é absorção de impacto e locomoção.
Articulações sinoviais
Permitem certo grau de movimento e a maior porta de entrada de microrganismos se encontra na junção da cápsula articular com a epífise do osso, nas laterais proximais e distais da articulação, pois é onde existe irrigação, portanto a maioria dos microrganismos entra na articulação pela circulação. A infecção pode se dar também por injeção direta (no caso de injeção com uma agulha contaminada).
Alterações degenerativas da cartilagem
- Artrose
Artrose é o processo de ruptura ou desgaste da cartilagem onde os ossos da articulação se encontram e se friccionam, causando inchaço, dor e rigidez. 
Pode ser classificada como fisiológica e patológica.
- Fisiológica: Ocorre naturalmente com o avanço da idade. A maioria dos animais, principalmente os animais grandes ou obesos, apresenta artrose. No caso da artrose fisiológica, essa degeneração progride lentamente.
- Patológica: Quando essa artrose é patológica, ela se manifesta já em idade jovem ou progride rapidamente (ao contrario da fisiológica). Essa artrose pode se dar por trauma, instabilidade articular, incongruência articular, falha na lubrificação, falha na reconstituição da cartilagem e estresse mecânico de uso (como no caso de animais obesos ou animais de esporte de quem são exigidos mais do que aguentam).
Alterações degenerativas da articulação
- Exposição do osso subcondral (condromalácia)
Quando ocorre uma injúria da cartilagem (que pode se dar pela artrose citada acima), ocorre uma inflamação, o que atrai citocinas e enzimas digestivas, o que resulta numa diminuição da produção de matriz e num aumento da destruição da matriz. Essa destruição da matriz ocasiona a perda de proteoglicanos e o aumento da água. Como a cartilagem foi destruída e os ossos estão em contato de friccionando, ocasionalmente ocorre uma erosão que pode ulcerar, causando uma doença chamada condromalácia, que se caracteriza pela exposição do osso subcondral. 
- Respostas do organismo às degenerações de articulação
- Capsula articular: Ocorre uma proliferação seguida de fibrose fazendo com que a capsula fique mais espessa.
- Membrana sinovial: Ocorre tanto hipertrofia quanto hiperplasia de vilosidades causando aquela alteração bem característica de múltiplos vilos bem definidos.
- Pode ocorrer a formação de pânus, que são aquelas formações arredondadas de osso. São aquelas bolinhas brancas de osso que se formam ao longo da borda dos ossos da articulação.
- Osso subcondral: O osso subcondral exposto sofre uma osteopetrose, onde os ossos se tornam exageradamente densos.
- Osteófitos: Conhecidos popularmente como bico-de-papagaio são formações ósseas em forma de gancho que se desenvolvem em torno dos discos da coluna vertebral nos animais. Os bicos-de-papagaio são decorrentes da protrusão progressiva do anel fibroso do disco intervertebral, dando origem à formação de formações óssea cujos efeitos são agravados pela desidratação gradual do disco intervertebral, causando a aproximação das vértebras, comprimindo a raiz nervosa e causando dores e fenômenos reflexos.
Degenerações dos discos intervertebrais
Discos Intervertebrais
São anéis fibrocartilaginosos que unem as vértebras e permitem o movimento da coluna vertebral. São compostos pelo anel fibroso (que é o anel exterior mais rígido) e o núcleo pulposo (que é a parte mais mole no centro).
Sua degeneração está associada ao envelhecimento. Observa-se uma perda de água e proteoglicanos do núcleo pulposo, o que leva a uma diminuição da elasticidade e aumento de colágeno. 
Alguns cães são conhecidos como condrodistróficos. Isso quer dizer que esses cães (Daschund, Lhasa-apso, Pequinês) têm a tendência de desenvolver a verdadeira hérnia de disco, que consiste na ruptura do disco intervertebral com o extravasamento do núcleo pulposo na medula espinhal, comprimindo-a, seguido da calcificação desse conteúdo do núcleo pulposo. Esse acontecimento se chama extrusão do núcleo pulposo.
Outros cães conhecidos como não-condrodistróficos (pastor alemão e dogue alemão) têm a tendência de desenvolver uma protusão do disco intervertebral, que consiste no deslizamento do disco intervertebral para fora de seu limite com as vértebras, comprimindo a medula espinhal, porém sem extravasamento do núcleo pulposo. 
Tanto a extrusão quanto a protusão podem causar desde dor na coluna até paralisia que pode culminar em morte. 
Espondilose
É uma artrite degenerativa das vértebras da coluna ou dos tecidos próximos. Se severa pode pressionar as raízes nervosas causando dores ou parestesia (sensação de calor, frio ou formigamento).
Presença de Osteófitos (bicos-de-papagaio) nos corpos vertebrais causam inflamação e instabilidade das articulações intervertebrais e são mais observados nas porções ventrais e laterais.
Uma espondilose pode levar a uma anquilose. 
Anquilose
Consiste na união de duas articulações causada por inflamação dos tecidos da articulação ou por doença, impedindo o movimento. 
A anquilose pode ser fibrosa ou óssea.
Fibrosa: causada por retração das partes moles articulares ou periarticulares.
Óssea: anquilose se origina da fusão dos componentes osteocartilaginosos da articulação. 
Espondilite anquilosante
É um tipo de inflamação dos tecidos conectivos, que por vez é responsável por uma inflamação das articulações da coluna e grandes articulações, como os quadris, ombros e outras regiões. A doença não possui cura, mas com tratamento precoce pode ser bem tolerada. 
Observa-se o tecido articular inflamado, com presença de Osteófitos (bicos-de-papagaio) e “desaparecimento” do disco intervertebral, pois a articulação se funde em uma só. 
Artrites
Podem ser infecciosas (causadas em sua maioria por bactérias e mais raramente por vírus) ou não infecciosas (autoimunes como artrite reumatoide, que consiste no organismo atacando as próprias articulações ou deposição de imunocomplexos). 
Podem classificar-se como:
- bacteriana, viral, imunomediada, estéril.
- aguda, subaguda e crônica.
- serosa, fibrinosa, purulenta, linfoplasmocítica.
Artrites Infecciosas
Artrites infecciosas são inflamações causadas por microrganismos que entram na articulação por via hematógena, linfática, por traumas diretos ou por injeções e punções realizadas sem assepsia. Esses microrganismos são em sua grande maioria bactérias. A infecção por vírus é muito rara.
- Artrite Serofibrinosa
Observa-se líquido sinovial turvo (o líquido que normalmente é translúcido fica amarelado e turvo) e em quantidade superior à normal, hiperemia, edema, proeminência das vilosidades da membrana e população celular mononuclear.
O organismo responde por meio de cicatrização formando pânus e realizando a proliferação da cápsula articular, o que pode levar a uma anquilose (junção da articulação imobilizando-a) e à persistência da inflamação. 
- Artrite purulenta
Progride rapidamente e é mais grave. Observa-se exsudato purulento na articulação com grande quantidade de neutrófilos e ocorrem necrose e degradação da cartilagem articular. A infecção se expande para o osso, cápsula articular e tecidos periarticulares. É uma verdadeira infecção articular caracterizada por distensão da cápsula articular, devido a hipersecreção de líquido sinovial e a presença de bactérias. 
Na necropsia observa-se o osso afetado muito fino. Podem-se ver nele inúmeras “bolinhas” vermelhas, que são o tecido debaixo do osso à mostra. 
Artrites virais
- Artrite-encefalite caprina (CAE)
A artrite-encefalite caprina (CAE) é uma enfermidade multissistêmica crônica provocada pelo Retrovírus tipo C da subfamília Lentivirinae. Os sinais clínicos mais frequentes são artrite, encefalites e mastites, embora muitos animais infectados permaneçam assintomáticos. A forma articular (artrite) geralmente se apresenta em animais adultos e causa artrite degenerativa crônica nas articulações do tarsoe carpo.
Músculo esquelético
Funções
- postura
- locomoção
- função respiratória (diafragma, m. intercostais)
- metabolismo da glicose
Tipos de miofibras
Tipo I: Realizam metabolismo aeróbio da glicose e ácidos graxos. Possuem contração lenta, por isso aguentam longos períodos de atividade. Possuem fibras oxidativas. Como exemplo tem os músculos responsáveis pela postura.
Tipo 2: Realizam o metabolismo anaeróbio de glicose e são de contração rápida. Por ser anaeróbio, seu processo de fermentação produz ácido lático, levando o músculo rapidamente à fadiga. Por exemplo os músculos que realizam a locomoção. 
Respostas dos músculos à injúrias
A fibra muscular consiste de fibras com seus núcleos na periferia, uma camada basal com células da periferia e um endomésio contendo fibroblastos. 
Quando ocorre uma necrose na fibra muscular que não destrua as células da periferia, pode ocorrer a regeneração muscular. 
Ocorre necrose – as células da periferia e os macrófagos migram para o local da necrose – os mesmo limpam o local – as células da periferia se multiplicam durante alguns dias – as células da periferia regeneram o músculo. 
Se a lesão destruir a camada basal, não acontece a regeneração por causa da destruição das células da periferia (também chamadas células satélites), portanto, ocorre uma fibrose.
 Rabdomiólise
É a quebra (lise) rápida de músculo esquelético (rabdomio) devido à lesão no tecido muscular. A lesão muscular pode ser causada por fatores físicos, químicos ou biológicos. A destruição do músculo leva à liberação de produtos das células musculares na corrente sanguínea; alguns dos quais, como a mioglobina(uma proteína), são lesivos para os rins, podendo causar insuficiência renal aguda.
Alterações no tamanho da miofibras
- Atrofia
Consiste na redução do volume muscular. Pode se dar por processos fisiológicos, metabólicos ou denervação. Quando fisiológica, seu progresso se dá lentamente. 
Pode ser causada por desuso (um animal com a perna engessada), caquexia (câncer, doença renal e cardíaca, desnutrição) ou envelhecimento.
Em cães pode ser causada pelo hipotireoidismo, pois se a tireoide não funciona propriamente, os hormônios necessários para o equilíbrio do corpo estão em falta, o que causa uma falha no desenvolvimento da musculatura. Pode ser causada também pelo hiperadrenocorticismo. Em equinos pode se desenvolver por causa de uma disfunção da glândula pituitária ou síndrome de Cushing. 
- Atrofia por denervação
Ocorre perda de fatores tróficos associados ao nervo, o que causa uma atrofia rápida. Por exemplo, a hemiplegia laringeal que ocorre em consequência de um dano ao nervo laringorecorrente. 
Hipertrofia
Consiste no aumento das miofibras. Pode ser fisiológica ou compensatória.
Fisiológica: Aumento do nível de exercício do animal.
Compensatória: Um rim parou de funcionar, portanto o outro sofre uma hipertrofia compensatória para trabalhar por ele e pelo outro. 
- Miopatia nutricional
A Miopatia nutricional ou doença do músculo branco está associada à deficiência de vitamina E e selênio e ocorre principalmente em bovinos, ovinos e suínos. A doença acomete mais frequentemente animais jovens, de crescimento rápido e de ótima condição corporal. 
Resulta em perda de mecanismos antioxidantes e resulta de solo e rações pobres em vitamina E e Selênio.
Como a deficiência de vitamina E e selênio causam a perda de mecanismos antioxidantes, ocorre um aumento de radicais livres, o que se segue por uma lesão na membrana, o que aumenta o influxo de cálcio para dentro do músculo, o que leva a uma hipercontratilidade e a um dano mitocondrial.
O músculo fica esbranquiçado com múltiplas áreas de necrose. 
- Miopatias tóxicas
 Ocorrem em animais de produção (pelo fato de sua alimentação se dar a pasto), por ingestão de plantas ou rações contendo miotoxinas. A Cenna Occidentalis (Cassia) é a mais comum e afeta equinos, bovinos e suínos. 
O Gossipol é um composto altamente tóxico para monogástricos presente no caroço do algodão. Precisa-se prestar muita atenção na preparação desse farelo para que todo o Gossipol seja eliminado, pois o organismo de monogástricos não consegue metaboliza-lo. 
- Intoxicação por ionóforos
O uso terapêutico de antibióticos ionóforos em medicina veterinária difundiu-se muito nos últimos anos, com consequente aumento no risco de intoxicação em animais. Antibióticos ionóforos são usados como coccidiostáticos e como aditivo em alimentos para animais, com o propósito de estimular o desenvolvimento e o ganho de peso. Os ionóforos mais utilizados na alimentação de animais são a monensina, lasalocida, nasarina e salinomicina. Há uma grande variação na susceptibilidade dos efeitos tóxicos dos ionóforos de acordo com a espécie animal. A intoxicação pode ocorrer quando dosagens elevadas de ionóforos são adicionadas aos alimentos, ou quando ionóforos são incluídos inadvertidamente ou acidentalmente em dosagens não corretas para determinada espécie animal. Casos de intoxicação têm sido descritos em bovinos, ovinos, suínos, equinos, cães e aves. Para os equinos os ionóforos são extremamente tóxicos. São considerados seguros quando usados nas espécies-alvo, dentro das dosagens recomendadas pelo fabricante.
- Miopatias induzidas por exercício
Em animais de esporte ou companhia: lesão muscular aguda após exercício
Em animais silvestres: miopatia de captura
Lesão muscular aguda após exercício em equinos: doença da manhã de segunda-feira (também conhecida como rabdomiólise, azotúria ou mioglobinúria paralítica). O cavalo apresenta dificuldade de se locomover de 15 a 60 minutos depois de realizado um trabalho muscular, além de dificuldade para respirar. Ocorre uma paralisia dos membros pélvicos. Na necropsia observam-se músculos claros, parecendo carne de peixe. Atribui-se essa doença a dois fatores: manejo inadequado (dieta rica em grão e baixa quantidade de atividade física) e predisposição genética. Os animais que possuem a doença da manhã de segunda-feira, não metabolizam a glicose de maneira adequada, havendo um acúmulo excessivo de ácido lático na sua musculatura. 
Miopatia de captura: é uma lesão muscular associada a uma atividade muscular intensa. Um animal silvestre capturado luta pela sua vida com todas as suas forças, muitas vezes fazendo-o até a exaustão. Ao mesmo tempo ocorre liberação de catecolaminas (adrenalina, noradrenalina, etc.) por causa do estresse causado pelo medo do animal. Como o animal realiza uma atividade de frequência e força incomuns no seu dia-a-dia, seus músculos acabam se lesionando por causa do esforço. 
Miosites
Dano na musculatura causado diretamente por células inflamatórias. Suas portas de entrada são por penetração, por via hematógena ou extensão de inflamação em tecidos adjacentes. 
Pode ser bacteriana, viral, parasitária ou imunomediada. 
Podem ser classificadas como supurativas, hemorrágicas, granulomatosas e fibrosantes.
Os microrganismos que mais afetam os músculos são os Clostridium spp. que são bactérias Gram-positivas, anaeróbias que habitam o solo. Os mais encontrados são C. septicum, C. nouyi, C. sordelli, C.chauvoei, C. perfringes. E são mais comuns em equinos e bovinos. 
- Edema maligno e gangrena gasosa
Mais comum em equinos, mas acomete todas as espécies. Ocorre da seguinte forma:
O animal sofre uma ferida penetrante (edema) – isso cria um ambiente perfeito para o Clostridium, pois é quente, úmido e sem presença de grandes quantidades de oxigênio (hemorragia) – o Clostridium se prolifera, gerando esporos – ocorre produção de toxinas que prejudica o músculo (gangrena gasosa).
O tratamento se dá por tosquia, caudectomia, castrações, injeções. Em sua forma aguda a morte ocorre em até 48h.
Os sinais clínicos são anorexia, hiperemia e claudicação (manqueira por dor). 
- Carbúnculo sintomático
Afeta bovinos e é causada pelo Clostridium chauvoei. O animal ingere o esporo da bactéria no solo. Esse esporo atravessa a mucosa intestinal e se instala na musculatura estriada esquelética.Quando o animal sofre um trauma naquele músculo, aquele esporo se manifesta causando a doença. O animal apresenta hiperemia, edema, febre, crepitações resultantes da produção de gás e hemorragia. Morre de morte súbita. 
Na necropsia observam-se inúmeras “câmaras” no músculo onde o gás se formou, além de manchas enegrecidas e áreas de necrose por todo o músculo. 
- Miosite fibrosantes (actinobacilose) 
Causada pelo Actinobacillus lignieresii. Afeta a língua e consiste na substituição das fibras musculares da língua por tecido conjuntivo fibroso denso. A doença é popularmente chamada de língua de pau. 
- Púrpura hemorrágica
Pode ocorrer como complicação do Garrotilho. O organismo cria anticorpos contra o Streptococcus equi, o que gera uma resposta de hipersensibilidade tipo III criando a deposição de imunocomplexos. Mas como essa reação ocorre por causa do tempo excessivo de exposição ao antígeno, essa reação é exarcebada, e acaba prejudicando o corpo. Pode ocorrer também como uma resposta indesejada contra a vacina do Garrotilho. As áreas mais afetadas são a cabeça, o abdômen, as extremidades dos membros, mucosas e vísceras.
Ocorre o infarto e hemorragia das miofibras. 
- Polimiosite (cães)
É uma doença autoimune onde o corpo cria anticorpos contra as miofibras musculares. Pode dar-se como uma manifestação de lúpus eritematoso sistêmico. Causa atrofia muscular generalizada e fraqueza.
Ocorre uma atrofia da têmpora e do masseter – deve-se diferenciar essa doença da Miosite mastigatória. 
Observa-se megaesôfago. Animais com Polimiosite podem apresentar timoma (tumor no Timo). 
- Rabdomioma
É uma neoplasia benigna de células musculares estriadas. É raro e o Rabdomioma laríngeo faz com que o animal apresente dispneia e esterores.
- Rabdomiossarcoma
É uma neoplasia maligna de células musculares estriadas. É tão raro quanto o Rabdomioma, mas já foi localizado na língua. Esse tumor apresenta-se localmente invasivo mas com lenta metastatização. 
- Lipoma infiltrativo
O lipoma infiltrativo é uma neoplasia bem diferenciada, com origem no panículo adiposo. Caracteriza-se pela infiltração nos tecidos normais adjacentes, com agressividade local, mas sem potencial metastático. Revela-se incomum no cão, sendo considerada uma variante do lipoma tradicional. 
- Linfoma
Linfoma é um termo genérico utilizado para designar um grupo de diversas doenças neoplásicas do sistema linfático que se originam da proliferação clonal de linfócitos B ou T em qualquer um de seus estágios de maturação. 
- Mastocitoma
Mastocitoma é a neoplasia cutânea mais comum nos cães e a segunda mais comum nos gatos. Geralmente é encontrada em animais idosos, mas já foi reportada em animais bem jovens. Um Mastocitoma deve sempre ser considerado maligno por seu caráter e comportamento invasivos, o que pode afetar a musculatura do animal.
- Hemangiossarcoma
Hemangiossarcomas são neoplasmas malignas de células endoteliais que ocorrem frequentemente em cães. Por seu comportamento altamente metastático pode afetar a musculatura comprometendo a qualidade de vida do animal.

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