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Problemas e Dificuldades de Aprendizagem

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Página inicial 
PROBLEMAS E 
DIFICULDADES DE 
APRENDIZAGEM 
Professoras : 
Me. Nathalia Barbosa Limeira 
Me. Fernanda Regina Cinque de Brito 
Objetivos de aprendizagem 
• Refletir sobre os conceitos de aprendizagem e dificuldade de aprendizagem. 
• Diferenciar o termo dificuldade de transtorno de aprendizagem. 
• Conhecer o que são as modalidades de aprendizagem e suas implicações no processo de ensino-aprendizagem. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Para começar: algumas reflexões necessárias 
• Modalidades de aprendizagem 
• Problemas e dificuldades de aprendizagem 
Introdução 
Para tratarmos dos problemas e dificuldades de aprendizagem, torna-se essencial, inicialmente, definir o que seja aprendizagem. 
Nosso estudo está fundamentado, especialmente, nas análises realizadas por Alicia Fernández, psicopedagoga argentina que 
muito contribuiu para o campo da Psicopedagogia. Fernández trabalha com o termo “aprendizagem criativa” e “autoria de 
pensamento” e é sob tais perspectivas que iniciamos nosso estudo, ou seja, apresentando a você, aluno(a), o conceito de 
aprendizagem. 
Em seguida, faz-se necessário compreender as modalidades de aprendizagem, tendo em vista a mesma perspectiva teórica, ou 
seja, os estudos propostos por Alícia Fernández. Conhecer os modos pelos quais aprendemos ou como nossos alunos aprendem 
nos permite um olhar mais preciso sobre a aprendizagem, contribuindo para refazermos, sempre que possível, nossa prática. 
Afinal, se somos seres singulares, o processo de ensino e aprendizagem não pode ser igual para todos! Ou pode? 
Uma vez definido como compreendemos a aprendizagem e as modalidades de aprendizagem, delimitaremos os conceitos de 
problemas e dificuldades, associando-os a não aprendizagem. Veremos que as dificuldades de aprendizagem se diferem dos 
transtornos de aprendizagem. Esta questão é fundamental para que você, enquanto profissional, tenha clareza das causas que 
podem ocasionar as dificuldades de aprendizagem, se são decorrentes, por exemplo, de fatores metodológicos ou, então, de causas 
internas. Dessa forma, caro(a) aluno(a), você terá condições de desenvolver estratégias apropriadas que contribuam no processo 
de aprendizagem do aluno. 
Ao final desta etapa de estudos, você terá a possibilidade de enriquecer seus conhecimentos com as sugestões de materiais. Assim, 
desejamos a você bons estudos e uma ótima leitura! 
Avançar 
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PARA COMEÇAR: ALGUMAS 
REFLEXÕES NECESSÁRIAS 
Quando pensamos em aprendizagem, muitos de nós poderão definir o que ela é sobrepondo este termo ao conceito de ensino: 
somente existe aprendizagem quando existe ensino. De modo superficial, podemos sim dizer que essa afirmativa está correta, 
contudo as nossa discussão pretende ser mais profunda. Se pensarmos no processo de socialização do homem ou mesmo em seu 
processo de humanização, veremos que desde o nosso nascimento a grande maioria de nossas experiências e vivências com e no 
mundo pressupõe aprendizagens. Nesse sentido, é importante considerar a importância da mediação por um lado, e os 
pressupostos históricos e sociais por outro, já que somos sempre produto e produtor de nosso tempo. 
A questão da aprendizagem, portanto, tem sua extensão tanto na constituição daquilo que entendemos como ser humano quanto 
nos processos de ensino e aprendizagem escolares. 
Quando nos reportamos aos ambientes escolares, veremos que a questão da aprendizagem tem uma relação estreita com o modo 
como tanto os professores quanto a equipe diretiva percebem e entendem a aprendizagem. De fato, aquilo que entendemos como 
aprendizagem possui um vínculo com o que entendemos como Educação. Neste sentido, caro(a) aluno(a), é essencial que você 
tenha claro como ocorre o processo de aprendizagem, isto será possível quando você tiver clareza de como entendemos ou 
conceituamos o que seja a Educação. 
Essas reflexões iniciais são importantes, pois a teoria que fundamenta nosso estudo é, apenas, uma dentro de um vasto campo de 
outras teorias. Isso permite a você, aluno(a), comparar suas próprias ideias, contrapô-las e quem sabe perceber que as teias sobre 
as quais tecemos nossas reflexões compõem uma pequena possibilidade dentre as tantas existentes. 
Mas o que é Aprendizagem? 
Alicia Fernández, em sua obra O saber em jogo (2001), discute este conceito, apoiando-se nos escritos tanto de Freud quanto de 
Piaget. A autora utiliza as contribuições de Piaget no que se refere aos conceitos de assimilação e acomodação para exemplificar o 
modo como ocorre a aprendizagem. De Freud ela utiliza os conceitos de consciente, pré-consciente e inconsciente. Na consciência 
está aquilo que se sabe; no pré-consciente, aquilo que está antes de saber e, neste sentido, podemos pensar nos conhecimentos 
prévios que cada um de nós possui, mas que precisam tornar-se conscientes para que façamos assimilações; por fim, no 
inconsciente, fica aquilo que não se sabe, mas que pode sim ser conhecido por meio dos sonhos, medos e traumas. 
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A autora chama atenção para o fato de que, enquanto professores, não utilizamos o pré-consciente de nossos alunos como 
deveríamos. Trazer à tona aquilo que talvez nem mesmo o aluno saiba que sabe é um dos fatores que garantem uma aprendizagem 
significativa. A aprendizagem supõe, neste sentido, a escolha, já que o aprender decorre do desejo, ou seja, da escolha de aprender 
e também de poder fazer uso deste saber. Poder usar meus saberes para aprender novas coisas é ponto-chave quando falamos em 
aprendizagem (FERNÁNDEZ, 2001). 
Um termo importante nesta discussão sobre aprendizagem é a inteligência. Para Fernández (2001), inteligência não é adaptação 
ao meio. Isso significa que, para aprendermos, precisamos de uma aprendizagem que seja criativa, que dê significado às 
informações passadas pelos ensinantes. Uma aprendizagem que se faça de forma passiva, sem questionamentos e sem autorias 
não é, de fato, aprendizagem. 
Esses termos ganham nova roupagem na teoria proposta por Fernández: quando um aluno é motivado pelo desejo de aprender, 
justamente porque o professor conseguiu que a informação – que para o docente é conhecimento – tenha significado para o 
aprendente, a acomodação e a aprendizagem deste conhecimento pressupõem que o aluno ressignifique essa informação. E esta 
ressignificaçãopode ocorrer de formas diversas, haja vista que cada ser humano possui sua singularidade, suas próprias vivências 
e experiências. E é partindo desta singularidade que o aluno cria seus próprios conhecimentos. 
Fernández chama essa criação de autoria de pensamento: “A autoria de pensamento é a condição da autonomia da pessoa e, por 
sua vez, a autonomia favorece a autoria do pensar. À medida que alguém se torna autor, poderá conseguir mínimo de autonomia” 
(FERNÁNDEZ, 2001, p. 91). A autoria pode ser entendida, neste sentido, como processo e ato de produção de sentidos, de 
reconhecimento de si mesmo como protagonista ou participante da aprendizagem, justamente porque a aprendizagem não é mais 
vista de forma passiva, mas supõe ação e criação, o que torna os alunos autores e não somente receptores. A autoria de 
pensamento produz um sujeito inquieto, porque ser autor pressupõe processo criativo. 
Como criar na quietude, quando a atividade cerebral, o tônus muscular e a energia produtiva estão a 
milhões por segundo? 
A inquietação ocorre enquanto se aprende, enquanto se cria. Pensar, neste sentido, a ação do professor em sala de aula, enquanto 
ensina os conteúdos curriculares, deve pressupor uma ação que seja também inquieta, pois enquanto está se conhecendo, está se 
questionando. 
A aprendizagem no ponto de vista que a apresentamos deve partir da inquietação, da atividade criativa tanto do aluno quanto do 
professor. Dar voz e espaço para que cada um de nossos alunos tenham autonomia de pensamento sugere, por um lado, uma nova 
metodologia e postura do professor: não mais a de detentor do saber, mas aquele que possibilita a interação e o espaço necessário 
para que o sujeito aprendente seja um aprendente não somente de conteúdos, mas aprendente e autor de suas próprias ações e, 
portanto, de sua própria vida. 
A definição apresentada por Fonseca, em seu livro Introdução às Dificuldades de Aprendizagem , contribui para 
a reflexão acerca do tema aprendizagem que temos discutido aqui. Para esse autor, a aprendizagem gera 
uma mudança de comportamento, ou seja, somente posso afirmar que aprendi algo se essa aprendizagem 
modificou alguma de minhas estruturas, modificando minhas ações. Por isso a ideia de que pensamento e 
aprendizagem são ações. 
Ao longo desta seção, buscou-se demonstrar como a aprendizagem se liga aos termos autoria e criatividade. Contudo esta é uma 
das definições entre tantas outras existentes. Assim como é possível pensar em diversas definições para compreender, por 
exemplo, o que é a educação, há tantas quantas para compreender o que é aprendizagem. 
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Essa definição dada por Fernández me parece essencial à sua formação enquanto psicopedagogo, porque retira a ideia da 
aprendizagem como algo rígido e exterior ao sujeito que aprende. A aprendizagem, aqui, liga-se ao próprio sujeito aprendente, às 
suas vivências e experiências. Proporcionar autorias de pensamento, ou seja, proporcionar espaços para que cada um de nossos 
alunos sejam autores de suas próprias vivências, é fundamental em um mundo em que a educação busca a autonomia do sujeito. 
MODALIDADES DE APRENDIZAGEM 
Os modos de aprendizagem são fundamentais se quisermos compreender o processo de ensino-aprendizagem. Porque somos 
indivíduos únicos e singulares, aprendemos de forma singular. O modo como aprendo pode ser diferente do modo como você 
aprende, e isso deriva das nossas experiências de aprendizagens familiares, já que família é o primeiro núcleo de aprendizagem. 
Compreender essas questões é de fundamental importância para que você, como futuro psicopedagogo(a), intervenha de modo 
positivo e significativo nos processos de aprendizagens. 
As reflexões trazidas aqui partem das discussões realizadas por Alicia Fernández, no capítulo sete de seu livro O saber em Jogo. 
Fernández relata a experiência de uma criança pequena que tenta alcançar um brinquedo, colocando uma cadeirinha sobre a outra 
e, desequilibrando-se, cai. Então ela se levanta chorando e vai até o adulto que a acompanha. Imaginaram a cena? Qual atitude 
você teria com a criança se fossem o adulto mencionado? Pare um pouco neste momento e realmente tente se colocar na situação 
do adulto e prever quais seriam suas reações antes de prosseguir com a leitura. Talvez você tenha chegado a uma das conclusões a 
seguir: 
Resposta adulto A: - Sempre chorando... Se ficasse quieta não se machucaria. Não incomode mais! Estou cansada! 
Resposta adulto B: Toma a criança nos braços, a consola e a leva para ver outra coisa, fala sobre um objeto novo para fazê-la 
esquecer a frustração. 
Resposta adulto C: Toma a criança nos braços, entrega-lhe o brinquedo que ela queria. 
Resposta adulto D: Toma a criança nos braços e diz o seguinte: “Vamos ver o que aconteceu”? Ah! Queria pegar esse brinquedo? 
Que bom! Pensou que com duas cadeiras podia alcançar. Está certo, porque só com um uma não alcançaria. Vamos ver, podemos 
colocar duas cadeiras de novo, mas esta que é maior fica embaixo e esta outra em cima; eu vou segurar as duas juntas para que 
você possa subir e pegar o brinquedo. Sozinho você não pode pegar (FERNÁNDEZ, 2001). 
Embora pareça um exemplo simples, ele é causador de inúmeras reflexões sobre o processo de aprendizagem e como nossas 
relações cotidianas com a aprendizagem se manifestam. Não aprendemos somente em ambientes escolares e o modo como nossos 
pais se manifestam frente a situações, como a anteriormente mencionada, é significativa para o modo como aprenderemos a 
aprender e, consequentemente, ensinar. Para cada modalidade de aprendizagem, haverá uma modalidade de ensino. 
Retornemos ao exemplo. A resposta do adulto A, de acordo com Fernández (2001), sugere uma modalidade de aprendizagem 
hiperacomodação-hipoassimilação . Se lembramo-nos dos termos acomodação e assimilação propostos por Piaget, 
compreenderemos esse termo. Na situação mencionada, o que restou à criança? A ideia de que não deve inovar, buscar saídas e/ou 
soluções para seus problemas. Fernández (2001) denomina a hipoassimilação como o apagamento da energia transformadora 
criativa. Com isso, a criança tentará compensar essa hipoassimilação com a hiperacomodação. Pensemos: se na situação de busca 
de algo, ela não foi incentivada a continuar, mas foi reprimida e, se este padrão se repetir diversas vezes, a aprendizagem para ela 
se caracterizará por algo sem desejo, sem busca, sem alegria. Já que foi reprimida, por que inovar? Por que buscar novas soluções 
se isso lhe parece causar punição e dor? 
Nesta modalidade de aprendizagem, há uma omissão do autor, na medida em que o aluno somente buscará repetir ou memorizar 
as informações e conhecimentos, mas ele – o conhecimento – não passará pelo crivo de sua autoria. 
Com relação à segunda resposta, a do adulto que acolhe a criança em seus braços, mas a distrai com outro objeto, há um aspecto 
particularmente interessante aqui: o fato de lhe ser tolhido o desejo. Se para aprendermos o desejo se faz essencial, quando tolho 
esse desejo trazendo a atenção da criança para outro objeto é como se tolhêssemos seu desejo. Como aprender se não há desejo? 
“A criança fica prisioneira do tédio, como se tivesse esquecido que tem desejos de conhecer e objetos interessantes a conhecer, 
mesmo que não sejam aqueles que os outros mostram” (FERNÁNDEZ, 2001, p. 118). 
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A consequência deste tipo de aprendizagem a qual Fernández denomina hipoassimilativa-hipoacomodativa , relaciona-se com o fato 
de a criança poder diferenciar aquilo que é desejo dela do que é desejo imposto por outros. Nesse sentido, a criança com essa 
modalidade de aprendizagem pode apresentar dificuldades em distinguir aquilo que é desejo seu e desejo do outro, o que pode 
levá-la a estados depressivose/ou tediosos, já que não consegue promover a autoria da criação que o desejo fornece à 
aprendizagem. 
A resposta do adulto C, o qual, depois de acolher a criança lhe entrega o objeto desejado, pode provocar na criança uma 
modalidade de aprendizagem hiperassimilativa-hipoacomodativa , o que implica na desconfiança de sua capacidade de 
operacionalizar o que deseja (FERNÁNDEZ, 2001, p. 119). A entrega do objeto do desejo à criança tolhe na mesma capacidade de 
autoria na resolução de seus problemas: se os pais agirem desta forma continuada vezes, sempre que a criança estiver frente a 
uma situação difícil ou, ainda, de desejo, ela se sentirá incapaz de lidar com estas situações, haja vista que alguém sempre lhe 
ofereceu aquilo que desejava. Não há necessidade de autoria nesta modalidade, porém, esse cerceamento da autoria não favorece 
a criança e ela se ressente, ainda que inconscientemente disso. Para a criança, esta atitude, que para os pais nada tem de maldade, 
rechaça a possibilidade de ela criar estratégias de obtenção de seu objeto de desejo. 
Por fim, a resposta dada pelo adulto D, que a toma em seus braços e cria com ela novas estratégias de ação, parece-nos a resposta 
mais adequada. Nesta modalidade, o adulto reconhece na criança a existência de um adulto pensante que lhe possibilita rever suas 
estratégias de ação, criando, isto é, experienciando novas situações de aprendizagens. O adulto, neste caso, opera como mediador 
dos conflitos, não negando à criança a possibilidade de pensamento, entendido como ação. 
Hipoassimilação: refere-se à pobreza de contato com o objeto que redunda em esquemas de objeto 
empobrecido, déficit lúdico e criativo. 
Hiperacomodação: pobreza de contato com a subjetividade, superestimação da imitação, falta de iniciativa, 
obediência acrítica às normas, submissão. 
Hipoacomodação: pobreza de contato com objeto, dificuldade na internalização de imagens, a criança 
sofreu a falta de estimulação ou o abandono. 
Hiperassimilação: predomínio da subjetivação, desrealização do pensamento, dificuldade de resignar-se 
(FERNÁNDEZ, 2007, p. 84-85). 
Fonte: FERNÁNDEZ, A. I diomas do Aprendente : análise das modalidades ensinantes com família, escolas e 
meios de comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
A ideia aqui foi discutir, sucintamente, como o aluno aprende, pois o modo como aprende reflete as vivências e a sua relação de 
desejo ou não com a aprendizagem. Para se conhecer a modalidade de aprendizagem do aluno, é necessário, portanto, olhá-lo em 
sua integralidade: o modo como se porta durante os jogos, o modo como vivencia as relações de aprendizagem em família e na 
escola, o modo como seus professores orientam a sua aprendizagem, entre outros aspectos que são fundamentais para que 
possamos conhecer nossos alunos/pacientes. 
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PROBLEMAS E DIFICULDADES DE 
APRENDIZAGEM 
Caro(a) aluno(a), para tratar de problemas e dificuldades de aprendizagem, parece-nos necessário, inicialmente, afirmar que assim 
como não existe uma única definição do que é a aprendizagem, não há também uma única definição para o que é dificuldade ou 
problema de aprendizagem. No entanto apresentaremos, dentre uma série de autores e estudiosos da área, como tais termos são 
compreendidos atualmente. 
De acordo com Sisto (1998), somente a partir de 1963 é que o campo das chamadas dificuldades de aprendizagem se delimitou. 
Nesta época, as dificuldades de aprendizagem eram entendidas como barreiras, neurológicas ou emocionais, que impediam a 
aprendizagem das crianças consideradas normais. Por exemplo, em uma sala de aula, percebemos que a maioria dos alunos 
aprende de determinada maneira, mas há também alguns alunos os quais poderíamos rotular como mais lentos ou mais 
desatentos. Tal desatenção ou lentidão, quando interfere no processo de aprendizagem, pode se caracterizar como uma 
dificuldade de aprendizagem. As discussões atuais entendem que essas dificuldades podem surgir em algum momento da vida 
escolar de um indivíduo ou, mesmo, pode-se estender ao longo de toda a sua vida escolar. 
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De acordo com o National Joint Committee of Learning Disabilities (NJCLD, 1998 apud BERMEJO; LLERA, 
1998, p. 35): 
Dificuldade de Aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de transtornos 
que se manifestam por dificuldades significativas na aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita, 
raciocínio ou habilidades matemáticas. Esses transtornos são intrínsecos ao indivíduo, supondo-se devido à 
disfunção do sistema nervoso central, e podem ocorrer ao longo do ciclo vital. Podem existir, junto com as 
dificuldades de aprendizagem, problemas nas condutas de autorregulação, percepção social e interação 
social, mas não constituem, por si próprios, uma dificuldade de aprendizagem. Ainda que elas possam 
ocorrer concomitantemente com outras condições incapacitantes (por exemplo, deficiência sensorial, 
retardamento mental, transtornos emocionais graves) ou com influências extrínsecas (tais como as 
diferenças culturais, instrução inapropriada ou insuficiente), não são o resultado dessas condições ou 
influências. 
Fonte: BERMEJO, V. S.; LLERA, J. A. B. Dificultades de Aprendizaje . Madrid: Sintesis, 1998. 
O termo problema de aprendizagem, segundo Major (1987), tem sido mal interpretado devido à grande confusão que provoca. 
Não há um consenso no uso da terminologia entre os profissionais: educadores, psicólogos, psicopedagogos, neuropediatras etc. 
Ohlweiler (2016, p. 107) enfatiza que “Os termos utilizados, tais como ‘distúrbios’, ‘dificuldades’, ‘problemas’, ‘discapacidades’, 
‘transtornos’, são encontrados na literatura e, muitas vezes, são empregados de forma inadequada”. Os autores complementam 
que, devido a esta confusão, é preciso que os profissionais que atuam na área de aprendizagem tenham uma comunicação 
adequada e que exista uma terminologia uniforme. Para isso, caro(a) aluno(a), é fundamental que você entenda a diferença entre 
dificuldades e transtornos de aprendizagem. Nesse sentido, utilizaremos aqui a definição proposta por Ohlweiler (2016) da qual 
entendemos ser coerente para nossa discussão. 
As dificuldades de aprendizagem podem ser chamadas de percurso, causadas por problemas da escola e/ou 
da família, que nem sempre oferecem condições adequadas para o sucesso da criança. Nessa categoria, 
também se incluem as dificuldades que a criança pode apresentar em alguma matéria ou em algum 
momento da vida, além de problemas psicológicos, como falta de motivação e baixa autoestima. As 
dificuldades de aprendizagem também podem ser secundárias a outros quadros diagnosticáveis, tais como 
alterações das funções sensoriais, doenças crônicas [...], deficiência mental e doenças neurológicas [...]. Os 
transtornos de aprendizagem compreendem uma inabilidade específica, como de leitura, escrita ou 
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matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para seu 
nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual (OHLWEILER, 2016, p. 107-108). 
Portanto, de acordo com Rotta (2016), quando tratamos das dificuldades de aprendizagem, estamos nos referindo a fatores 
relacionados com a escola (metodologia inadequada, espaço físico etc.), com a família (hábito de leitura, estímulo pedagógico etc.) 
e com a criança (problemas físicos em geral, patologias, problemas psicológicos etc.); já em relação ao transtorno de aprendizagem, 
deve-se considerar os seguintes fatores: 
• O grau de comprometimento deve estar substancialmente abaixo do esperado para uma criança com a mesma idade, nível 
mental e de escolarização. 
• O transtornodeve estar presente desde os primeiros anos de escolaridade. 
• O transtorno persiste, apesar do atendimento específico adequado. 
• A avaliação cognitiva afastou deficiência mental. 
• Foram afastadas causas como dificuldades de percurso e/ou secundárias. 
• Existe história de antecedentes familiares com dificuldade de aprendizagem (OHLWEILER; RIESGO, 2016, p. 98-99-108-109). 
Caro(a) aluno(a), apresentamos a você a diferença entre a terminologia dificuldade e transtorno de aprendizagem para que o 
manejo com a criança seja realizado de forma adequada. Neste sentido, o olhar do psicopedagogo deve considerar a vivência e as 
experiências da criança, boas ou ruins, ocorridas em variadas situações de aprendizagem. Há que se supor também que a escola, 
enquanto reprodutora de uma metodologia inadequada frente ao avanço tecnológico, também pode ser responsabilizada pelas 
dificuldades de aprendizagem ocasionadas nos alunos. Uma escola que tenha uma metodologia rígida e tradicional pode não 
promover a aprendizagem de uma criança que tenha experiências de autoria ao longo de sua vida. 
Para esclarecer o uso das terminologias, enfatizamos que em nossos estudos você deve entender 
transtornos, problemas e distúrbios como sinônimos. 
Por isso, é importante considerarmos os sujeitos envolvidos na relação de ensino e aprendizagem. De acordo com Bassedas et al . 
(1996), deve-se considerar no diagnóstico psicopedagógico quatro vertentes: escola, professor, aluno e família. Cada uma dessas 
instâncias contribui na formação ou na desintegração de uma dificuldade de aprendizagem e, consequentemente, na formação de 
uma dada modalidade de aprendizagem. 
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ATIVIDADES 
1. Para a psicopedagoga Alicia Fernández (2001), a aprendizagem pressupõe a escolha, já que o aprender decorre do desejo, ou 
seja, da escolha de aprender e também de fazer uso deste saber. Nesse sentido, além do desejo de aprender, a pesquisadora 
destaca alguns aspectos fundamentais ao tratar sobre a aprendizagem, quais sejam: autoria de pensamento e inquietação. Sobre 
os três fatores destacados pela autora, leia as assertivas e assinale a correta. 
a) O aluno que é motivado pelo desejo de aprender na medida em que o professor transforma a informação em conhecimento 
científico favorecerá uma aprendizagem passiva e sem autoria. 
b) O desejo de aprender somente é viável ,na teoria proposta por Fernández, quando o professor se utiliza de técnicas de ensino 
avançadas para despertar o interesse do aluno. 
c) A autoria de pensamento produz um indivíduo inquieto e esta inquietação ocorre enquanto se aprende, enquanto se cria. Por 
isso, a postura do professor também deve ser inquieta, pois enquanto está se conhecendo, está se questionando. 
d) A autoria de pensamento pode ser definida como a apropriação do objeto de conhecimento a partir do que ela denominou de 
pensamento pré-convencional, momento em que o indivíduo tem o domínio do conhecimento historicamente acumulado. 
e) Nenhuma das assertivas anteriores está correta. 
2. Modalidade de Aprendizagem pode ser descrita pelas relações que o sujeito estabelece ao longo da vida, em diferentes 
situações, e que contribuem para que ele estabeleça um modelo de aprendizagem. A família e a escola, neste sentido, são 
essenciais nessa construção. A partir do exposto, leia as afirmativas e assinale a correta. 
I) A modalidade de aprendizagem que apresenta maior eficácia para o aluno é a hiperassimilativa-hipoacomodativa, pois a criança 
tem seu desejo de aprender despertado. 
II) O adulto deve ter uma postura de mediador de conflitos, não negando a possibilidade de pensamento, entendido como ação. 
Nesta modalidade, o adulto reconhece na criança a existência de um adulto pensante que lhe possibilita rever suas estratégias de 
ação. 
III) A modalidade hiperacomodativa-hipoassimilativa permite a autonomia da criança, uma vez que o adulto a incentiva a ser 
autora de pensamento e ações. Esta modalidade é positiva na medida em que oferece condições de o professor trabalhar com os 
conteúdos de forma significativa. 
IV) A modalidade hipoassimilativa-hipoacomodativa dificulta a criança distinguir aquilo que é desejo seu e desejo do outro, o que 
pode levá-la a estados depressivos e/ou de tédios, já que não consegue promover a autoria da criação que o desejo fornece à 
aprendizagem. 
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a) Estão corretas apenas I e IV. 
b) Estão corretas apenas II e IV. 
c) Estão corretas apenas I, II e III. 
d) Estão corretas apenas II, III e IV. 
e) Estão corretas I, II, III e IV. 
3. Geralmente, os termos dificuldades, problemas, distúrbios e transtornos são interpretados erroneamente, dificultando um 
diagnóstico preciso. Nesse sentido, o olhar do psicopedagogo deve considerar uma variedade de fatores para diferenciar as 
dificuldades de aprendizagem de transtornos de aprendizagem. Sobre o uso destes dois termos, leia as afirmativas e assinale a 
correta. 
a) A escola, enquanto reprodutora de uma metodologia inadequada frente ao avanço tecnológico, também pode promover nos 
alunos dificuldades de aprendizagem. 
b) Os transtornos de aprendizagem têm base nos conflitos familiares, ocasionados pelas mudanças na dinâmica desta instituição 
nas últimas décadas. Dessa forma, para tratar a criança com transtorno, é preciso apenas considerar as situações de conflitos em 
que a criança está inserida. 
c) As dificuldades de aprendizagem geram sequelas permanentes no indivíduo, ou seja, uma vez que a criança é diagnosticada com 
uma dificuldade, apesar de fazer uso de medicação, a dificuldade persiste ao longo de sua vida. 
d) Os transtornos de aprendizagem são causados por fatores extrínsecos. Sendo assim, no processo de diagnóstico, os resultados a 
partir de testes específicos nas áreas de escrita, matemática e leitura devem ser superiores comparado a outras crianças da mesma 
idade. 
e) Nenhuma das assertivas está correta. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Ao longo deste estudo, foram apresentadas algumas considerações sobre o conceito de aprendizagem. Para isso, alicerçamo-nos 
na proposta de Alicia Fernández, que discute a ideia da autoria de pensar. Para complementar a compreensão sobre este assunto, 
que, por sinal, é muito vasto, discutimos a respeito das modalidades de aprendizagem, tendo em vista os estudos da referida 
autora. Esse entendimento se faz necessário para compreender como ocorre a aprendizagem em cada uma das crianças e, 
consequentemente, qual a modalidade de aprendizagem o aluno possui. 
A partir destas reflexões apresentamos a importância de distinguir dificuldades de transtornos de aprendizagem. O conceito de 
cada um é fundamental para que o diagnóstico seja correto e, por conseguinte, o tratamento ou manejo com a criança seja 
adequado e coerente, considerando a multiplicidade de fatores que podem estar envolvidos quando discutimos a respeito das 
dificuldades de aprendizagem. 
Enquanto futuro(a) psicopedagogo(a), é importante que você desenvolva um olhar crítico e minucioso sobre essas questões. Não 
há uma receita-mestre a ser seguida na elaboração de um diagnóstico ou na constatação de uma dificuldade de aprendizagem. O 
que existe são caminhos, trilhas ou roteiros realizados porpessoas comuns, como você e eu, mas que tiveram a coragem de olhar 
para seus alunos/pacientes como sujeitos singulares, reconstituindo suas vidas e suas experiências, buscando nelas mesmas as 
respostas para os sintomas apresentados. 
Não há seres iguais, embora sejamos todos humanos. Não existe uma única forma de entender o que seja a aprendizagem. O 
caminho é amplo e cheio de possibilidades. Foram, portanto, fornecidas aqui algumas pistas para que você construa, ao longo desta 
jornada, o seu próprio arcabouço a partir da história e das vivências de cada um. 
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Material Complementar 
Leitura 
Nome do livro: Diagnóstico e tratamento dos problemas de 
aprendizagem. 
Autor: Sara Paín 
Editora: Artmed 
Sinopse : a psicóloga e psicopedagoga clínica Sara Paín aborda, nesse 
livro, questões essenciais à vivência do psicopedagogo. Como 
diagnosticar os problemas de aprendizagens? Como tratá-los? Quais os 
roteiros que precisamos abordar no processo de diagnóstico e 
intervenção são uns dos temas discutidos nesse livro. 
Acesse 
Filme 
Título: Ao mestre, com carinho 
Ano: 1967 
Sinopse : o filme aborda a iniciativa de um engenheiro desempregado que 
decide dar aulas em um subúrbio de Londres, em condições adversas. 
Outros professores já haviam passado pelo local e desistido do emprego. 
Mas Mark Thackeray (Sidney Poitier) decide tentar. 
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REFERÊNCIAS 
BASSEDAS et al. Intervenção Educativa e Diagnóstico Psicopedagógico . Porto Alegre: Artmed, 1996. 
BERMEJO, V. S; LLERA, J. A. B. Dificultades de Aprendizaje. Madrid: Sintesis, 1998. 
FERNÁNDEZ, A. O Saber em Jogo : A psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto Alegre: Artmed, 2001. 
FERNÁNDEZ, A. Idiomas do Aprendente : análise das modalidades ensinantes com família, escolas e meios de comunicação. Porto 
Alegre: Artmed, 2007. 
FONSECA, V. Introdução às dificuldades de aprendizagem . Porto Alegre: Artmed, 1995. 
MAJOR, S. Crianças com dificuldade de aprendizado : jogos e atividades. São Paulo: Manoele, 1987. 
OHLWEILER, Lygia. Introdução aos transtornos da aprendizagem. In: ROTTA, Newra Tellechea; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, 
Rudimar dos Santos. Transtornos da aprendizagem : abordagem neurobiológica e multidisciplinar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 
2016. 
ROTTA, Newra Tellechea. Dificuldades para aprendizagem. In: ______; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. 
Transtornos da aprendizagem : abordagem neurobiológica e multidisciplinar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. 
SISTO et al. Dificuldades de Aprendizagem no Contexto Psicopedagógico . 3. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1998, p. 99-121. 
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APROFUNDANDO 
Caro(a) aluno(a), vimos em nossos estudos que a aprendizagem, conforme proposto por Fernández (2001), deve ter como ponto de 
partida a inquietação da atividade criativa, e isso não apenas do aluno, mas também da parte do professor. 
Isso significa que, nesta perspectiva de aprendizagem, exige repensar a respeito das metodologias utilizadas e, por consequência, 
repensar a postura dos educadores. Nesse sentido, há que se distinguir, portanto, o trabalho do pedagogo e do psicopedagogo 
neste campo de aprendizagens. É este aspecto que pretendemos discutir nesta seção. Para isso, se faz necessário, inicialmente, 
esclarecer a diferença do trabalho destes dois profissionais. 
A pedagogia trabalha fazendo com que as coisas sejam pensadas; já a psicopedagogia busca fazer com que sejam 
pensáveis. Isso significa que suas intervenções estão direcionadas a abrir espaços subjetivos e objetivos onde a autoria 
de pensamento seja possível (FERNÁNDEZ, 2001, p. 102). 
A fim de compreender a citação, é preciso distinguir três campos do pensamento: aquilo que é pensável, aquilo que é não pensável 
e aquilo que é impensável. 
Em uma roda de conversa, por exemplo, saber o que cada um pensa sobre isso pode ser um desafio, pois pensaremos em algo que 
não havíamos pensado. Nesse sentido, trago para o campo do pensável algo que era até pouco tempo impensável. 
O que é pensável é assunto da pedagogia; aquilo que é impensável ou não pensável é assunto da psicopedagogia. O que é não 
pensável dificulta o pensar. Não é que não possamos pensar sobre, podemos sim, mas temos dificuldades para tanto. É o caso, por 
exemplo, da morte de um ente querido, que ainda esteja vivo. Não pensamos sobre isso, porque não queremos pensar, então, esse 
assunto é não pensável. Pensar sobre isso torna-se um desafio, porque é difícil e até mesmo doloroso. Já o impensável possibilita o 
pensar, uma vez que se trata de fatos que não são pensados, não porque não queremos, mas porque simplesmente não pensamos 
nisso ou não fomos instigados a pensar nisso. Usando o mesmo exemplo da morte, podemos sim pensar na morte: mas o que ela de 
fato é? Esse assunto pode ser impensável para muitas pessoas. 
Quantas e quantas vezes automatizamos ações sem mesmo pensar sobre isso? E quando pensamos, aprendemos que não 
precisamos agir assim? É o impensável tornando-se pensável! 
O papel do psicopedagogo, portanto, é trabalhar não somente com aquilo que o aluno sabe ou pensa, mas seu campo de trabalho 
se estende sobre aquilo que ele cala, ou seja, aquilo que não se materializa na fala. É trazer o impensável ou o não pensável, a fim de 
que essas ações possibilitem uma maior compreensão de si mesmo no processo de criação de cada um. 
É preciso, nesse sentido, refletir sobre algo bastante importante para nossa formação, não somente enquanto psicopedagogos ou 
professores: não podemos fazer pelos outros aquilo que não fazemos por nós mesmos. Autorizarmo-nos a pensar, termos autoria 
de pensamento é fundamental se quisermos possibilitar a autoria aos outros. Isso implica em saber que o pensamento é ação: 
“quando digo que eu penso estou dizendo que estou construindo algo novo ainda em relação ao que pensava antes” (FERNANDEZ, 
2001, p. 106). 
Destarte, caro(a) aluno(a), a aprendizagem não é algo passivo, as diferentes experiências e vivências do sujeito deve permitir 
mudanças de comportamento, objetivando novas aprendizagens. 
Embora o pensamento tenha sido associado a não ação e ao não sentimento, não é assim que devemos compreender o 
pensamento e o próprio processo de aprendizagem: pensamento e aprendizagem são ações. Assim, Fonseca (1995, p. 127) 
complementa que: 
[...] a aprendizagem compreende uma mudança de comportamento resultante da experiência. Trata-se de uma mudança de 
comportamento ou de conduta que assume várias características é uma resposta modificada, estável e durável, interiorizadae consolidada no próprio cérebro do indivíduo. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; LIMEIRA , Nathalia Barbosa; BRITO , Fernanda Regina 
Cinque de. 
Problemas e Dificuldades de Aprendizagem . Nathalia 
Barbosa Limeira; Fernanda Regina Cinque de Brito 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
27 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Dificuldades. 2. Aprendizagem. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 371 
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SÍNTESE DAS 
PRINCIPAIS 
DIFICULDADES E 
PROBLEMAS DE 
APRENDIZAGEM 
Professoras : 
Me. Nathalia Barbosa Limeira 
Me. Fernanda Regina Cinque de Brito 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer as principais dificuldades de aprendizagem. 
• Refletir sobre as dificuldades de aprendizagem nas áreas: leitura, escrita e matemática. 
• Entender os principais transtornos de aprendizagem. 
• Refletir sobre as principais características da disgrafia, dislexia e discalculia. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Dificuldades na área da leitura 
• Dificuldades na área da escrita 
• Dificuldades da aprendizagem matemática 
• Transtornos específicos da aprendizagem 
Introdução 
Neste encontro, caro(a) aluno(a), apresentaremos uma síntese das principais dificuldades de aprendizagem. A organização das 
dificuldades de aprendizagem está alicerçada em três áreas importantes, quais sejam: dificuldades na área da leitura, da escrita e 
da aprendizagem matemática. Parece-nos importante registrar aqui que tais dificuldades precisam de um diagnóstico que 
considere tanto a modalidade de aprendizagem do aluno quanto os aspectos sociais, afetivos e psicológicos que o aluno estabelece 
com seus professores, pais e colegas. 
Muitas vezes, o que ocorre é um diagnóstico precipitado, que não considera a criança como um ser histórico. Sim, ela possui uma 
história e por detrás dessa história há muitos fios emaranhados, talvez desconectados, que precisam de um olhar atento para que 
possamos ajudar. Isso significa olhar a criança na sua totalidade e não de forma fragmentada. 
Pense em uma criança diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, quando na verdade o que ocorre é a 
falta de ludicidade e de maior atenção dos pais. Que consequências estaríamos gerando por diagnosticarmos incorretamente? 
Em seguida, trataremos a respeito de alguns transtornos de aprendizagem que também acarretam dificuldades nas três áreas de 
aprendizagem já mencionadas, ou seja, escrita, leitura e matemática. O profissional deve conhecer e compreender as causas das 
dificuldades para que o diagnóstico seja correto e não agrave ainda mais as dificuldades apresentadas pelo aluno. 
Independentemente de a criança apresentar uma dificuldade decorrente de fatores externos ou internos, a postura do profissional 
é fundamental para elaborar estratégias que contribuam para o desenvolvimento do aluno. 
Nesse sentido, aluno(a), vamos iniciar a leitura desta importante temática. 
Bons estudos! 
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DIFICULDADES NA ÁREA DA LEITURA 
Quando pensamos em leitura, dois aspectos são essenciais para compreendermos o que são as dificuldades da área da leitura: o 
visual e o auditivo. Recebemos as informações do ambiente tanto pela via auditiva quanto pela visual. Na leitura silenciosa, por 
exemplo, as informações chegam ao cérebro pelas vias visuais. Na leitura oral, chegam ao cérebro tanto pela via visual quanto 
pelos órgãos da audição. 
Talvez a criança não tenha uma leitura silenciosa e isso acarretará dificuldades de aprendizagens. Para ler sem articular as palavras, 
de “boquinha fechada”, a criança já deve ter passado da fase em que sua oralidade organiza seu pensamento. 
Leitura Oral – dificuldades de discriminação auditiva 
De acordo com Morais (1997), os problemas auditivos que envolvem na perda da audição, implicam em dificuldades de 
discriminação dos sons, mas o contrário não é verdadeiro. Para se pronunciar um determinado fonema, diferentes órgãos de 
articulação são postos em ação. O posicionamento da língua, dos lábios e dentes na articulação correta de um som se chama ponto 
de articulação. Como a linguagem oral é constituída por uma variedade de sons, cada som, ao ser emitido, deve ter um 
determinado ponto de articulação. 
Alguns desses pontos são muito semelhantes, o que pode gerar uma dificuldade de leitura. Pensemos, por exemplo, nas palavras 
vaca e faca: o movimento da língua e o posicionamento da boca parecem iguais. 
Essas trocas podem ser mais perceptíveis na escrita do que na leitura. Isso porque o professor, ao “escutar” a leitura de seu aluno, 
apoia-se no contexto daquilo que está lendo e, portanto, ao ouvir um “bão” em vez de pão , sabe que o aluno quis dizer pão e não 
bão . Ocorre que na escrita, muitas vezes, o professor não saberá o que o aluno realmente desejou expressar, gerando um desgaste 
para ambas as partes. 
Dificuldade de discriminação visual 
Quando tratamos do processo de leitura e escrita, devemos considerar quatro aspectos fundamentais: em cima e embaixo, 
esquerda e direita. A criança que não tem um esquema corporal bem desenvolvido, bem como noções de lateralidade, ela terá 
dificuldades de aprendizagem do processo de leitura e escrita. Investigar esses aspectos são, a princípio, básicos para que não se 
realize um diagnóstico incoerente e equivocado. 
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Mais do que saber que deve começar a escrever do lado esquerdo para o direito e de cima para baixo, saber o que é em cima e 
embaixo a auxilia na discriminação das letras, por exemplo, u e n. As noções de direita e esquerda lhe auxiliamna identificação do p, 
b, d ou do q. Portanto, na aquisição destes conceitos, pode ser que ocorram trocas nas letras. A dificuldade de discriminação da 
escrita terá seu ponto de apoio não no fato de a criança ser incapaz de ler ou escrever, mas no fato de que não discriminou de modo 
adequado esses quatro conceitos. 
Leitura silenciosa 
Na leitura silenciosa, o aluno não deve utilizar a voz, nem os movimentos bucais ou mesmo os dedos para acompanhar o texto. Isso 
sugere, a princípio, que essa leitura seja mais rápida, uma vez que não envolve a articulação das palavras. Ainda que no processo de 
aprendizagem da leitura esses dois tipos de leitura sejam iguais no quesito tempo, ao passo que o aluno vai se familiarizando com a 
linguagem escrita, a leitura silenciosa se torna mais dinâmica do que a leitura oral. 
Ocorre que, em alguns casos, o aluno permanece tendo uma leitura silenciosa lenta, devido à dificuldade em reconhecer 
rapidamente as palavras impressas. Essa lentidão pode ser acompanhada de uma dispersão, o que torna para a criança a leitura 
desmotivadora e extremamente cansativa. 
Há crianças que, ao lerem silenciosamente, utilizam ainda os movimentos da boca, ainda que sem som para 
realizar a leitura. Isso mostra que esta modalidade de leitura silenciosa ainda não foi incorporada pela 
criança. 
Quando a criança acompanha a leitura utilizando os dedos ou mesmo a régua ou algum instrumento que aponte exatamente onde 
ela está lendo, isso implica em convergência binocular. 
Compreensão da leitura 
O maior objetivo de uma leitura, seja ela oral, silenciosa, com auxílio dos dedos ou da movimentação silenciosa da boca, é de fato a 
compreensão daquilo que se lê. Paulatinamente, a criança em processo de aprendizagem, de leitura e de escrita, deixará os 
movimentos da boca, o uso do dedo ou da régua e terá uma leitura mais dinâmica, mais completa e rápida. 
Quando isso não ocorre, vimos algumas das caraterísticas que podem estar por detrás do fato da criança não gostar de ler, por 
exemplo. Talvez ela não goste de ler em voz alta, porque seus amigos rirão de sua leitura, da troca de fonemas ou da lerdeza com 
que lê, o que acaba tornando esse processo doloroso. É preciso considerar, ainda, a metodologia empregada pelos professores e 
pela própria família na estimulação do processo de aprendizagem da leitura. 
O importante é que o diagnóstico realizado por você possa ser o tanto quanto possível capaz de compreender o aluno em suas 
questões afetivas, familiares e pedagógicas. 
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DIFICULDADES NA ÁREA DA ESCRITA 
Para compreendermos as dificuldades na escrita, é preciso compreender, inicialmente, o objetivo dela. Ainda quando não existia 
um alfabeto ou uma linguagem articulada, os homens se comunicavam por meio de grunhidos ou desenhos. A escrita, portanto, 
tem em sua raiz a ideia de comunicar. Ao escrever, comunico-me com o outro. Exteriorizo meu mundo interior e possibilito ao 
outro que penetre em meu mundo. Enquanto a criança não se der conta disso, a escrita para ela poderá parecer sem sentido e 
gerar, com isso, uma dificuldade. 
A aquisição da habilidade escrita não se inicia nos primeiros anos do ensino fundamental, mas deve ser estimulada desde a 
educação infantil. Verificar, portanto, se a criança passou por toda a educação infantil (creche e pré-escola) é um fator importante. 
Além disso, a aquisição da habilidade escrita passa por fases que precisam ser conhecida pelos professores e psicopedagogos. De 
acordo com Ajuriaguerra (1977), podemos identificar três fases do grafismo: pré-calígrafo, calígrafo infantil e o pós-calígrafo. 
A primeira fase se inicia por volta dos 5-6 anos e estende-se até os 8 ou 9 anos de idade. É a fase de descoberta dos modos da 
escrita: posicionamento das mãos, da folha, desenvolvimento da motricidade. Não existe um controle da inclinação e da dimensão 
das letras, assim como a noção de espaçamento entre as palavras, noção de margem e a letra tremida. 
A segunda fase pode ser observada por volta dos 8-10 anos de idade. As dificuldades para pegar e utilizar a ferramenta de escrita 
(lápis, canetas etc.) já não se apresentam mais. A escrita nesta fase se torna mais ligeira e regular, assim como o espaçamento entre 
linhas e entre as palavras. Nesse estágio “A escrita é pouco pessoal e tende mais a imitar o traçado que serve de modelo” (MORAIS, 
1997, p. 124). 
A terceira fase, chamada de pós-caligrafia, inicia-se por volta dos 11 anos de idade. Nessa fase, a escrita se torna mais pessoal, já 
que a criança desenvolve um estilo próprio de escrita, o que confere a ela uma letra que é própria. 
A discussão sucinta dessas fases é importante na medida em que pode orientar tanto o trabalho do psicopedagogo quanto do 
professor nas exigências relacionadas aos seus alunos. 
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A exigência de uma escrita rápida e uma postura correta em uma criança de 9 anos, por exemplo, 
caracterizará um erro, pois nesta fase ela ainda escreve copiando o modelo das letras e não tem velocidade 
na escrita. 
Além disso, é preciso considerar que a escrita exige uma postura adequada. Há crianças que claramente conseguimos identificar 
como destras, pois se utilizam mais do lado direito do corpo para realizar atividades como chutar bola, colorir, observar em uma 
luneta, alimentar-se etc. 
A criança sinistra – ou canhota – deve ser orientada para a postura correta que deve adotar ao escrever. Perceba, caro(a) aluno(a), 
que as posturas corporais do destro e do sinistro são diferentes. Se o aluno escreve, inicialmente, por modelos e cópias, podemos 
pensar que essa incorporação pode lhe gerar dificuldades de aprendizagem na escrita, caso ele seja sinistro e sua professora destra 
ou ao contrário. A ideia que trazemos à discussão é que o professor e/ou psicopedagogo precisa observar e orientar as 
preferências de cada criança com relação à escrita. No caso do sinistro, por exemplo, o papel deve ser colocado no campo esquerdo 
da criança e inclinado para a direita. 
A seguir, listamos quatro fatores apontados por Ajuriaguerra (1977) que interferem no processo gráfico. São eles: o 
desenvolvimento da psicomotricidade, o desenvolvimento mental em seu aspecto global e específico, o desenvolvimento da 
linguagem e o desenvolvimento socioafetivo. 
O primeiro fator, desenvolvimento da motricidade, trata acerca da capacidade de segurar o lápis em movimento de pinça, além da 
possibilidade de coordenar os movimentos. O segundo fator, desenvolvimento mental em seu aspecto global e específico, trata 
acerca das noções de lateralidade e orientação espacial, além da sequência espacial. É preciso que a criança escreva na ordem de 
ocorrência dos sons e, para isso, a palavra deve ser inicialmente desmembrada em sua mente, para que, então, ela compreenda a 
composição e a sequência na ordem correta. 
O terceiro fator, desenvolvimento da linguagem, é um fator também importante ao lado dos demais fatores. Uma criança que 
possui um bom domínio da capacidade oral terá mais rapidez na escrita. Se, ao falar, a criança omite sons e letras, sua escrita 
poderá ser reflexa de sua fala e, então, prejudicá-la na escrita. 
Por fim, o último fator, o desenvolvimento socioafetivo. Último na ordem de apresentação, porém fundamental no diagnóstico, é 
preciso que se tenha sempre um olhar atento para esse fator. Uma criança que não tem um bom relacionamento familiar, pais ou 
mesmo professores que não a incentivem, apresentará dificuldades de aprendizagem. 
Ocorre que, muitas vezes, rotulamos a criança sem sequer compreendê-la como ser singular, que muitas vezes repete a fala do 
outro para se proteger. É preciso, caro(a) aluno(a), treinar sempre o olhar a fim de perceber as entrelinhas, a fim de escutar não 
somente o que foi falado,mas o que foi também negado na própria fala. Uma boa percepção será fundamental ao seu trabalho, pois 
isso lhe propiciará um diagnóstico preciso e pontual. 
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DIFICULDADES DA APRENDIZAGEM 
MATEMÁTICA 
Assim como as dificuldades em leitura e escrita são contingentes e temporárias, as dificuldades matemáticas seguem o mesmo 
percurso. De acordo com Nicásio e Sánchez (2004), podemos classificar em quatro os tipos de padrão de erros nas operações 
matemáticas: erros ocasionados pela realização parcial ou incompleta de um determinado problema, por exemplo, as operações 45 
- 2 = 3, 66 - 4 = 2 ou 86 + 8 = 84. Em todos esses casos, a operação ficou incompleta, já que somente se efetuou as operações de 
unidade e não de dezena (NICÁSIO; SÁNCHEZ, 2004, p. 172). 
O segundo tipo de erro ocorre pelo posicionamento ou alinhamento incorreto. “O aluno não domina quando deve alinhar ou 
reagrupar os dígitos e, em consequência, comete erros” (NICÁSIO; SÁNCHEZ, 2004, p. 172). Por exemplo, na soma 59 + 6 = 515, o 
acréscimo de uma dezena na unidade, resultado da somatória de 9 + 6 = 15 foi adicionado à centena e não somado à dezena. Em 
outro exemplo, na operação 63 - 7 = 64, o aluno realiza a operação de subtração da unidade, mas não realiza a mesma operação 
com as dezenas. 
Em um terceiro caso de erros, o aluno pode ter dificuldade “[...] originados por cálculos incorretos, em que se manifesta uma falta 
de aprendizagem do processo a ser seguido nas operações matemáticas, misturando procedimentos complexos, que às vezes é 
difícil de decifrar” (NICÁSIO; SÁNCHEZ, 2004, p. 172). Um exemplo pode ser a operação 21 + 3 = 6. A solução da operação foi dada 
somando-se aleatoriamente, sem considerar as noções de unidade e dezena, mas somando os números 2 + 1 + 3 = 6. O exemplo 34 
- 3 = 37 também pode demonstrar um erro devido ao cálculo incorreto, em que se pede uma subtração e se opera adição. 
Uma quarta dificuldade ocorre devido à falta de compreensão no conceito de zero. As operações 20 x 4 = 84 ou 400 x 7 = 2877 
demonstram que o aluno não compreendeu o conceito de zero. Na primeira e na segunda operação, o zero tem valor de uma 
unidade. 
“Esses quatro tipos de erros indicam o uso de estratégias equivocadas ou erradas , daí que a avaliação tenha de tentar decifrar se 
existe algum tipo de sistematicidade”, afirma Nicásio e Sánchez (2004, p. 173), ressaltando a importância da avaliação. 
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O Teste de Desempenho Escolar (TDE) específico de Matemática pode ser uma ferramenta interessante no 
trabalho do psicopedagogo no diagnóstico desses tipos de erros. Verificar, questão a questão, quais os erros 
que a criança comete ou tentar compreender que estratégias utilizadas na resolução de operações simples 
(como 28 - 12 ou 19 - 3), auxilia a pensar em estratégias de intervenção para colaborar no processo de 
entendimentos dos conceitos matemáticos. 
De acordo com Piaget e Inhelder (1979, p. 115): 
[...] a construção do número resulta, em primeiro lugar, de uma abstração das qualidades diferenciais, que 
tem como resultado tornar cada elemento individual equivalente a cada um dos outros [...]. Esses elementos 
tornam-se classificáveis segundo as inclusões, mas são, ao mesmo tempo, seriáveis e o único meio de 
distingui-los e de não contar duas vezes o mesmo elemento nessas inclusões é seriá-los. 
Na citação acima, Piaget e Inhelder (1983) discutem acerca de dois conceitos fundamentais à aprendizagem matemática: seriação 
e classificação. De acordo com esses mesmos autores, a seriação é o processo a partir do qual a criança compara e difere objetos 
entre si. Desse processo se originam as noções de quantificação e número. Quanto à classificação, Piaget e Inhelder (1983) 
afirmam que está relaciona ao fato de a criança agrupar objetos semelhantes com relação a um mesmo critério, seja ele a cor, a 
quantidade ou a forma. 
Tratamos, aqui, acerca das principais ideias da construção do pensamento matemático. Esses conceitos nos parecem essenciais 
para compreendermos como ocorrem ou por que ocorrem as dificuldades de aprendizagem em matemática. 
As dificuldades em matemática, contudo, não se relacionam somente a estes aspectos. Podemos destacar a relação entre 
professor e aluno bem como o vínculo que a criança estabelece com a aprendizagem como um dos elementos fundamentais a esse 
processo. Muitas vezes, a aula de matemática não é o momento de desenvolvimento de raciocínio, mas somente a aprendizagem 
de técnicas de resolução de problemas. 
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TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DA 
APRENDIZAGEM 
Caro(a) aluno(a), para discutir acerca dos transtornos de aprendizagem, é importante deixar claro que não se trata de fatores 
extrínsecos e sim intrínsecos ao indivíduo. Os transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares “[...] 
compreendem grupos de transtornos manifestados por comprometimentos específicos e significativos no aprendizado de 
habilidades escolares” (OHLWEILER, 2016, p. 108). Neste caso, apesar de um tratamento específico, o transtorno persiste por 
toda a vida, portanto, é permanente e não temporário. Isso não significa que não deva ocorrer um acompanhamento apropriado 
por parte dos profissionais. A seguir, elencamos alguns transtornos específicos de diferentes áreas: escrita, leitura e matemática. 
Disgrafia 
Talvez, caro(a) aluno(a), você não conheça essa dificuldade pelo seu nome correto: disgrafia. Contudo se lhe perguntar se conhece 
alguém que possui uma letra ilegível ou ainda o que poderíamos chamar de “letra feia”, você facilmente diria que sim, sabendo 
então do que estamos a tratar aqui. 
Morais (1997, p. 156) define a disgrafia como a “[...] deficiência na qualidade do traçado gráfico, sendo que, essa deficiência, não 
deve ter como causa um déficit intelectual e/ou neurológico”. Já Sampaio e Freitas (2014, p. 105) definem disgrafia como “[...] a 
perturbação da escrita no que diz respeito ao traçado das letras e à disposição dos conjuntos gráficos no espaço utilizado”. 
A criança que tem uma letra ilegível não tem uma letra ilegível somente para os outros, mas para ela ler suas produções escritas, ou 
mesmo pequenas frases, é uma dificuldade, pois ela também não entende o que escreveu. É preciso ressaltar que a disgrafia nem 
sempre aparece acompanhada da ilegibilidade das palavras, mas pode aparecer, o que acarreta maiores dificuldades. 
Se a queixa, seja da escola, seja dos pais, é de que o aluno apresenta uma escrita lenta, sendo que ele está 
nos anos iniciais do ensino fundamental, tratar-se-ia mesmo de disgrafia? Não parece um diagnóstico 
precipitado? 
Ajuriaguerra (1977), na tentativa de caracterizar a disgrafia, elaborou uma lista com 25 itens divididos em três grupos. Esses itens 
são as características mais comuns das crianças com disgrafias. 
O primeiro grupo, que engloba 7 itens, refere-se à má organização da página: a criança apresenta dificuldade em organizar 
adequadamente sua escrita na folha ou no caderno. Apresenta um distúrbio de orientação espacial. Sua escrita é desordenada, 
seja no que tange aos espaçamentos entre as palavras, seja na falta de margem ou pelas linhas irregulares, espaços entre palavras e 
entrelinhas irregulares, e escrita ascendente ou descendente. 
O segundo grupo engloba 13 itens e se refere à má organização das letras: a característica principal é perceber a incapacidade da 
criança se submeter às regras de caligrafia. O traçado das letras e, consequentemente, a escrita da palavra ficam prejudicadas 
devido a isso. O traçado é de má qualidade, as hastes das letras são deformadas, os anéis empelotados, letras são retocadas, 
irregulares em suas dimensões e atrofiadas.Por fim, o terceiro grupo, composto por 5 itens, chamado por Ajuriaguerra (1977) de erros de formas e proporções se refere ao 
tamanho e formato das letras, sua dimensão (grandes demais ou pequeninas); ao grau de limpeza do traçado das letras e escrita 
alongada ou comprida. 
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Portanto, caro(a) aluno(a), lembre-se sempre: um psicopedagogo é como um detetive. Quanto mais pista tiver para conseguir 
desvendar o mistério (queixa inicial), melhor será. Por isso, agir com coerência e cautela nunca é demais. 
Dislexia 
A definição da dislexia é complexa, visto a falta de uniformidade entre os profissionais de diferentes áreas. Apresentamos aqui 
alguns conceitos com o objetivo de auxiliá-lo na compreensão deste assunto. De acordo com Morais (1997, p. 94), a dislexia “[...] é 
um termo que se refere às crianças que apresentam sérias dificuldades de leitura e, consequentemente, de escrita, apesar de seu 
nível de inteligência ser normal ou estar acima da média". Moojen e França (2016, p. 150) expõe que dislexia: 
É um transtorno específico das operações implicadas no reconhecimento das palavras (precisão e rapidez) 
que compromete, em maior ou menor grau, a compreensão da leitura. As habilidades de escrita ortográfica 
e de produção textual também estão gravemente comprometidas. 
Algumas crianças disléxicas, com problemas severos na leitura, são incapazes de ler. Como o processo de escrita é posterior ao da 
leitura, se a criança não sabe ler adequadamente, consequentemente, não conseguirá escrever de modo adequado. 
Shaywitz (2006) afirma que um dos sinais indicativos para diagnosticar se há dislexia é o atraso na fala. Ao longo do primeiro ano, 
pode apresentar dificuldade para entender palavras que podem ser divididas em partes e grande dificuldade e negação quanto ao 
processo de aprendizagem. Esse é um sinal bastante importante. 
Com o passar dos anos, a dificuldade de manter um discurso fluente ou de lembrar-se de partes isoladas de informação verbal, que 
se refere à memória imediata, fica mais perceptível. A interpretação de um texto lido, por exemplo, é de grande dificuldade para a 
criança disléxica. 
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Como diagnosticar, porém, uma criança disléxica? O diagnóstico precisa se fundamentar tanto nos aspectos mencionados 
anteriormente quanto em relatórios dados não somente por psicopedagogos, mas uma equipe multidisciplinar, composta por 
neurologista, psicólogo e fonoaudiólogo. Assim, tanto o diagnóstico como o tratamento da dislexia deve ser multidisciplinar. 
Portanto, caro(a) aluno(a), é imprescindível que você conheça as causas e características da dislexia para que seja organizada uma 
estrutura de apoio, objetivando o desenvolvimento de estratégias que contribuam para reforçar as potencialidades, e não as 
limitações dos alunos. 
Discalculia 
A discalculia é um transtorno com alteração específica na aritmética. Este transtorno não deve ser atribuído "[...] exclusivamente a 
um retardo mental global ou à escolarização inadequada. O déficit concerne ao domínio de habilidades computacionais básicas de 
adição, subtração, multiplicação e divisão mais do que as habilidades matemáticas abstratas envolvidas em álgebra, trigonometria 
ou cálculo” (CID 10, 1993 apud ROTTA; OHLWEILER; RIESGO, 2016, p. 176). 
É importante o professor conhecer os tipos de discalculia, no contexto de sala de aula, para que tenha condições de fazer 
intervenções adequadas à dificuldade apresentada pelo aluno. Diante disso, consideramos necessário apresentar os tipos de 
discalculia que, conforme Kocs ( apud GARCIA, 1998), classificam-se em seis tipos: 
• Discalculia verbal: dificuldade em nomear quantidades matemáticas. 
• Discalculia practognóstica : dificuldade para enumerar, comparar, manipular objetos reais ou em imagens matematicamente. 
• Discalculia léxica : dificuldade na leitura de símbolos matemáticos. 
• Discalculia gráfica : dificuldade na escrita de símbolos matemáticos. 
• Discalculia ideognóstica : dificuldade em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos. 
• Discalculia operacional : dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos. 
Caro(a) aluno(a), a discalculia, independentemente do tipo apresentado, exige dos profissionais da área educacional “[...] uma 
aprendizagem singular, uma vez, que no momento em que se promove aprendizagem, compreende-se que as redes neurais 
também evoluíram, dando a esse sujeito a possibilidade de conhecer outras instâncias do aprender, muito mais seletivas e 
diferenciadas” (SAMPAIO; FREITAS, 2014, p. 79). Dessa forma, faz-se necessário considerar as particularidades de cada aluno bem 
como seu ritmo para que ele tenha sucesso nessa área. 
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ATIVIDADES 
1. Vimos que as dificuldades na área da leitura devem ser compreendidas a partir da análise de alguns critérios para que o 
diagnóstico não seja incorreto. Dessa forma, o psicopedagogo deve considerar, por exemplo, as dificuldades de discriminação 
auditiva, visual, na leitura silenciosa e na compreensão da leitura. Leia as assertivas, a seguir, e assinale a correta. 
a) Para verificar a compreensão de leitura do aluno, o professor deve pedir para que a criança se posicione em pé e na frente dos 
demais colegas e ler um texto consideravelmente longo. Ao ler em público, a criança ganhará confiança e deixará de cometer erros. 
b) A discriminação visual se refere ao modo como a criança faz a leitura do texto e se consegue discriminar os conceitos bem como 
os sons. Para isso, uma estratégia é o ditado. 
c) Na leitura silenciosa pode ocorrer de a criança, por não reconhecer rapidamente as palavras impressas, acarretar uma dispersão, 
tornando a leitura desmotivadora e extremamente cansativa. 
d) A dificuldade de discriminação auditiva é decorrente da dificuldade de discriminação dos sons. Neste caso, o professor deve 
observar a escrita da criança, pois esta fará tricas, exigindo um olhar minucioso do professor. 
2. A aquisição da habilidade escrita passa por algumas fases que o professor e o psicopedagogo devem conhecer para identificar se 
uma criança apresenta dificuldade nesta área. Sobre estas fases, respaldamo-nos nos escritos de Ajuriaguerra (1977), que indica 
três fases do ______________. A escrita da criança de forma mais ligeira e regular bem como o espaçamento entre linhas e entre as 
palavras corresponde à fase _______________. Por volta dos 5-6 anos até 8 ou 9 anos é o período em que a criança descobre os modos 
da escrita, sendo caracterizada pela fase ______________. Quando a criança desenvolve uma escrita mais pessoal, significa que está na 
fase _____________. Nesta fase, a criança desenvolve um estilo próprio de escrita. 
Em sequência, as palavras que completam corretamente essas lacunas são: 
a) Alfabeto / grafismo / pré-calígrafo / pós-calígrafo / calígrafo. 
b) Grafismo / calígrafo infantil / pré-calígrafo / pós-calígrafo. 
c) Grafismo / calígrafo / pré-operatória / pós-calígrafo. 
d) Desenvolvimento motor / sensório-motora / calígrafo / pré-calígrafo. 
e) Nenhuma das alternativas está correta. 
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3. Vimos que as dificuldades de aprendizagem causadas por fatores extrínsecos são temporárias, isso em todas as áreas – leitura, 
escrita e matemática. No que tange às dificuldades de matemática, é precisocompreender os tipos de padrão de erros nas 
operações matemáticas. Observe as seguintes operações: 
25 – 4 = 1 
67 – 3 = 4 
32 x 6 = 32 
49 + 5 = 44 
Estes erros são caracterizados por qual tipo: 
a) Erros ocasionados pela realização parcial ou incompleta. 
b) Erros ocasionados por cálculos incorretos, manifestando falta de aprendizagem do processo a ser seguido. 
c) Erros decorrentes pelo posicionamento ou alinhamento incorreto. 
d) Erros decorrentes da falta de compreensão do conceito de zero. 
e) Nenhuma das alternativas está correta. 
4. Os transtornos de aprendizagem se diferem, dentre outros fatores, por serem causados por fatores intrínsecos e pode perdurar 
por toda a vida, apesar de um tratamento específico e adequado. Sobre os transtornos de aprendizagem, leia as afirmativas e 
assinale a correta. 
a) A Discalculia acomete o indivíduo na área da matemática, especificamente na contagem dos números, sendo que o sujeito não 
terá dificuldades, por exemplo, na contagem de dinheiro. 
b) Todas as crianças com dislexia apresentam problemas severos na leitura e na escrita, são incapazes de ler, até mesmo um texto 
curto. 
c) A criança disgráfica não apresenta a inteligência normal e, por isso, é incapaz de escrever e fazer a leitura do que escreveu. 
Apesar de tratamento, não consegue apresentar avanços, assim, não há o que fazer em termos de intervenção pedagógica para 
minimizar o problema. 
d) Para uma criança disléxica, a interpretação de um texto lido é de grande dificuldade. 
e) Nenhuma das assertivas está correta. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Ao final deste estudo, gostaríamos de tecer algumas reflexões com você, caro(a) aluno(a). Vimos, ao longo deste estudo, as 
dificuldades de aprendizagem relativas à leitura, escrita e aprendizagem matemática de modo que sugerimos as principais pistas e 
indicações que possam lhe ajudar no diagnóstico preciso destas. 
A dificuldade de aprendizagem não acomete pessoas com deficiências ou inteligência abaixo da média. As DA acometem pessoas 
comuns que, em algum momento da vida, por algum motivo específico, não conseguem avançar com sua aprendizagem, e os 
motivos podem ser variados: pais, professores, escola, entre tantos outros aspectos que podem ser listados aqui, portanto, 
considerados fatores extrínsecos ao indivíduo. 
O que interessa a nós, enquanto psicopedagogos, é olhar a cada uma dessas crianças, buscando em suas vivências os motivos pelos 
quais as dificuldades as acometem e, antes de medicar ou rotulá-las, percorrer com elas suas próprias trilhas para, então, perceber 
nos entraves dos caminhos as deficiências e dificuldades que ficaram ao longo dele e que geraram essas dificuldades. 
Finalizamos este estudo apresentado alguns transtorno que podem provocar dificuldades específicas nas diferentes áreas da 
aprendizagem e, portanto, devem ser compreendidas para que o trabalho do profissional seja de auxiliar a criança no seu 
desenvolvimento e não reforçar a dificuldade, rotulando-a. 
Portanto, caro(a) aluno(a), esta discussão é apenas uma base sobre a qual espero que você possa construir sua vida profissional e 
pessoal. Tratar de DA supõe, muitas e muitas vezes, que nossa sensibilidade e intuição perpassem a vida do outro na elaboração de 
hipóteses, as quais podem ou não ser comprovadas pelos conhecimentos científicos que temos acerca das hipóteses levantadas. 
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Material Complementar 
Leitura 
Nome do livro: Dificuldade de Aprendizagem - A Psicopedagogia na 
Relação Sujeito, Família e Escola. 
Autor: Simaia Sampaio 
Editora: Wak 
Sinopse : neste livro, Sampaio analisará a dificuldade de aprendizagem, a 
partir da psicopedagogia, analisando as relações entre o aluno/paciente, 
sua família e escola. Essas relações são fundamentais para 
compreendermos como se instala ou se diagnostica as dificuldades de 
aprendizagem. 
Filme 
Título : Como as estrelas no céu: toda criança é especial 
Ano : 2007 
Sinopse : o filme retrata a vida de um aluno que, inicialmente, é tido como 
portador de dificuldades e problemas de aprendizagem. Transferido para 
uma escola interna por conta de sua indisciplina e de seu comportamento 
arredio, um professor descobre que a criança é na verdade, disléxica. O 
fato de não conseguir ler e escrever torna a criança indisciplinada e 
insegura. A partir disso, o filme apresenta um desfecho propiciador de 
muitas análises e reflexões sobre o papel do professor. 
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REFERÊNCIAS 
AJURIAGUERRA, J. La escritura del niño : la evolución de la escritura y sus dificultades. Barcelona: Laia, 1977. 
GARCIA, J. N. Manual de dificuldades de aprendizagens : linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 
1998. 
MOOJEN, Sônia; FRANÇA, Marcio Pezzini. Dislexia: visão fonoaudiológica e psicopedagógica. In: ROTTA, Newra Tellechea; 
OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtornos da aprendizagem : abordagem neurobiológica e multidisciplinar. 2 
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. 
MORAIS, A. M. P. Distúrbio de Aprendizagem . São Paulo: Edicon, 1997. 
NICÁSIO, J; SÁNCHEZ, G. Dificuldades de Aprendizagem e intervenção Psicopedagógica . Porto Alegre: Artmed, 2004. 
PIAGET, J.; INHELDER, B. A psicologia da criança : do nascimento à adolescência. Lisboa: Moraes Editores, 1979. 
PIAGET, J.; INHELDER, B. Gênese das Estruturas Lógicas Elementares . Rio de Janeiro: Zahar, 1983. 
SAMPAIO, S.; FREITAS, I.B Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem : entendendo melhor os alunos com necessidades 
educativas especiais. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014. 
SHAYWITZ, S. Entendendo a dislexia : um novo e completo programa para todos os níveis de problemas de leitura. Porto Alegre: 
Artmed, 2006. 
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APROFUNDANDO 
Discutimos, em nosso estudo, a respeito de algumas dificuldades nas áreas da leitura, matemática e escrita. 
Pretendemos apresentar a você outra dificuldade, a disortografia, que pode ser compreendida como a dificuldade de escrever 
corretamente a linguagem falada, o que implica em trocas ortográficas. “A principal característica de um sujeito com disortografia 
é a confusão entre letras, sílabas e palavras na escrita. Essa dificuldade pode ou não estar associada a trocas na fala desses mesmos 
fonemas” (SAMPAIO; FREITAS, 2014, p. 84). 
De acordo com Kiquel (1985), para se falar em disortografia, é preciso considerar três fatores: o nível de escolaridade, a frequência 
e os tipos de erros. Pensemos, por exemplo, em uma criança que cursa o segundo ano da educação básica. Como

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