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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL IMPETRANTE, nacionalidade, estado civil, identidade nº__________, CPF Nº___________, OAB/RJ sob o nº__________, domiciliado e residente nesta cidade, com escritório à Rua____________, respeitosamente, vem à presença de Vossa Excelência impetrar ordem de HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR Em favor de SERAJANE, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), identidade nº. XXX, CPF Nº. XXX, residente e domiciliada à_____________, contra ato ilegal praticado pelo Delegado de Polícia Titular da Delegacia de Polícia da Capital, com fundamento no art. 5.º, LXVIII, da Constituição República Federativa do Brasil, em combinação com o art. 648, I, e art. 660, § 4º, ambos do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir: 1. O Delegado do Distrito Policial da Capital (Autoridade Coatora) determinou, aos seus agentes, a prisão de todas as garotas de programa que atuam na região, sob o argumento de que pretende restabelecer os bons costumes na cidade, como afirmou em entrevista à rádio local. 2. Algumas horas após a ordem, os agentes de polícia realizaram as primeiras prisões. 3. A paciente, que atua como acompanhante na localidade, passou a temer ser presa no horário em que realiza os seus encontros, razão pela qual deixou de fazê-los. 4. No entanto, a ordem emanada do Delegado de Polícia constitui ato ilegal, pois impõe à paciente restrição indevida em sua liberdade de locomoção, pois a prostituição não constitui fato típico. 5. Portanto, não há justa causa para a efetivação da prisão da paciente, nos termos do art. 648, I, do CPP, devido a atipicidade da conduta motivadora da ordem de prisão da Autoridade Coatora. 6. Doutrina 7. Jurisprudência DA CONCESSÃO DE LIMINAR Requer-se seja concedida a ordem de habeas corpus, liminarmente, em favor de SERAJANE, para o efeito de, reconhecendo-se a ilegalidade praticada, determinar a imediata expedição de salvo-conduto, para que a paciente possa restabelecer a atividade de seu sustento. O cabimento da medida liminar justifica-se por ter ficado evidenciado o fumus boni juris (direito de permanecer, ir e vir para realização de suas tarefas laborais) e o periculum in mora (a ordem de prisão dada pela Autoridade Coatora e as prisões já realizadas). Posto isso, colhidas as informações da Autoridade Coatora e ouvido o Ministério Público, requer-se a definitiva concessão da ordem de habeas corpus, determinando-se a expedição de salvo-conduto em favor da paciente (art. 660, § 4º, do CPP). Termos em que, Pede deferimento. Rio de Janeiro, ____ de __________ de _____ Advogado OAB/RJ Nº. _____
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