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UNIDADE 2 - ORÇAMENTO POR VOLUME DE CONSTRUÇÃO

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ORÇAMENTO POR VOLUME DE CONSTRUÇÃO
 Premissa: os custos são proporcionais aos volumes 
construídos
 Menos usado que a avaliação de custo por área, por 
ser normalmente menos preciso
 Uso mais freqüente em edificações com usos 
específicos como: teatros, cinemas, igrejas, usinas, 
que se caracterizam por ocorrência de grandes e 
variadas alturas, sendo importante, portanto a 
influência do pé direito no projeto
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ORÇAMENTO PELA ESTIMATIVA DE 
REPRESENTATIVIDADE PERCENTUAL DOS SERVIÇOS
 Tem precisão superior aos orçamentos que consideram a área ou 
volume como referência
 Pode-se neste orçamento, usando como parâmetro a 
representatividade nos custos de cada grupo de serviços, definir os 
custos de serviço ainda não detalhados
 É necessário ter o projeto arquitetônico, para assim identificar aqueles 
serviços que serão orçados e aqueles que serão estimados em 
função de percentuais correspondentes aos serviços orçados e não 
orçados
 Nível de agregação dos serviços pode se variar para atender aos 
graus de precisão da estimativa
 Uso generalizado da decomposição do orçamento nos grandes itens 
de um orçamento discriminado
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COMPOSIÇÃO DO CUSTO TOTAL DO EDIFÍCIO, SEGUNDO 
PLANOS HORIZONTAIS, VERTICAIS E INSTALAÇÕES
(HEINECK – UFSC – 1997)
Classificação do elemento Composição % custo Total parcial
Elementos formando planos 
horizontais
Parte horizontal da 
estrutura
20,58 29,79
Contra-pisos 2,22
Acabamentos horizontais 6,99
Elementos formando planos 
verticais
Parte vertical da estrutura 
resistente
4,03 41,38
Alvenaria e isolamento 8,72
Acabamentos verticais 14,49
Esquadria interna e externa 14,14
Instalações (cujos custos são 
semi- independentes das 
dimensões do edifício)
Instalação sanitária e 
contra incêndio
8,22 23,74
Instalações de gás 4,69
Instalação elétrica 5,45
Elevadores 4,79
Compactador de lixo 0,59
Canteiro 5,09 5,09
COMPARATIVO PERCENTUAL DOS 12 GRANDES ITENS:
EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS DE 8-12 PAVTOS, PADRÃO 
NORMAL COM ELEVADOR
SERVIÇOS % DO CUSTO TOTAL
Serviços preliminares e mov. terra 4,0
Estaqueamento 3,6
Estruturas 21,3
Alvenaria 7,5
Cobertura 0,8
Revestimento/pintura 14,5
Pisos e rodapés 6,3
Inst. Hidráulicas 10,7
Inst. Elétricas 5,4
Elevadores (mec.) 7,5
Esquadrias/ferragens 12,6
Serviços complementares e limpeza 4,0
TOTAL 100,00
COMPARATIVO PERCENTUAL DOS CUSTOS DOS SERVIÇOS 
EM CASA DE 1 ou 2 PAVIMENTOS
(TRAJANO – UFF)
SERVIÇOS % DOS 
CUSTOS
A – CUSTO BÁSICO
Estrutura 8,5
Alvenaria 8,5
Revestimento 11,2
Pavimentação 7,7
Esquadrias 7,5
Ferragens 1,0
Vidros 1,2
Pintura 5,0
Inst.elétrica 4,6
Isnt. Hidro-sanitárias 4,9
Equip. sanitários 3,3
Calafetagem e limpeza 1,7
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B – CUSTOS COMPLEMENTARES
Trabalho em terra 4,0
Infra-estrutura 8,6
Cobertura e impermeabilização 5,5
Outros custos 1,3
C- CUSTOS INDIRETOS
Serviços iniciais 11,5
Complementação de obra 4,0
Total 100,00
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REPRESENTATIVIDADE PERCENTUAL DOS CUSTOS DOS 
GRANDES GRUPOS DE SERVIÇOS DE UM EDIFÍCIO
(SCHMITT – UFRGS – 1999)
SERVIÇOS % DOS 
CUSTOS
Serviços iniciais 3,60
Instalações provisórias 2,48
Movimento de terra 0,36
Fundações, elementos de contenção 0,73
Supra estrutura 27,39
Elementos divisórios 4,15
Esquadrias 9,40
Acabamento de peitoris e soleiras 0,15
Acabamento de elementos divisórios 13,97
Acabamento de tetos 3,41
Acabamento de pisos 9,73
Cobertura 1,51
Instalações de esgoto pluvial 0,21
Instalações elétricas 6,83
Instalações telefônicas 0,50
Instalações de pára-raios 0,11
Instalações Antena Externa/TV a 
cabo
0,31
Instalações hidráulicas 4,24
Instalações de esgoto sanitário 0,91
Despesas de consumo 2,01
Administração da obra 5,23
Serviços finais e 
complementares
2,76
SERVIÇOS % DOS 
CUSTOS
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Código Serviço % do custo total
01 Serviços iniciais 4,0
02 Movimentação de terra 2,9
03 Estaqueamento/fundações 4,5
04 Estrutura 6,7
05 Alvenaria 5,1
06 Cobertura 11,5
07 Revestimentos de argamassa 8,8
08 Revestimento cerâmico piso/parede 6,2
09 Pintura 4,6
10 Instalações hidráulicas 3,3
11 Instalações elétricas 4,3
12 Esquadrias, ferragens e vidros 9,8
13 Mão-de-obra empreitada 25,6
14 Administração/custos gerais 2,7
TOTAL 100,0
ORÇAMENTO RESIDÊNCIA EM SC (Arancibia)
Código Serviço % do custo total Custo (R$)
01 Serviços iniciais 1,84 10358,46
02 Infraestrutura 9,49 53.474,00
03 Supraestrutura 14,51 81.769,04
04 Cobertura e impermeabilizações 5,27 29.694,26
05 Divisórias 4,69 26.411,97
06 Esquadrias e vidros 12,28 69.928,43
07 Revestimentos de argamassa 4,65 26.186,46
08 Revestimentos de pisos e paredes 21,04 118.581,29
09 Pintura 7,14 49.219,50
10 Instalações hidráulicas 9,13 51.444,12
12 Louças e metais 4,10 23.099,27
13 Instalações elétricas/dados 4,12 23.238,58
14 Serviços complementares 1,74 9.817,50
TOTAL 100,0 563.523,74
ORÇAMENTO RESIDÊNCIA EM SC (Arancibia, maio 2007)
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DESCRIÇÃO
2 andares, 03 suítes, quarto hóspedes, telha de fibrocimento, piscina de 50 m2, 
tratamento de água pluvial, aquecimento solar, alvenaria e dry-wall, forro de 
gesso, esquadrias em vidro temperado, pisos em porcelanato e madeira, piso 
estruturado no térreo.
Padrão de acabamento - Alto
Não inclui - Projeto, BDI (Gerenciamento), Taxas INSS/ISS 
Área da casa = 575,00 M2
Custo da construção = R$ 563.523,74 (450.000 MAT. – 113,523,74 MO)
Custo do gerenciamento = R$ 60.000,00
Impostos Mão-de-obra empreitada (18%) = R$ 20.434,27
Custo total = R$ 643.958,01
Custo por m2= 643.958,01/575 = R$ 1119,92/m2
Custo em relação ao CUB (maio 2007)
residencial “Alto Padrão” (R$ 1.040,23) = 1119.92/1.040,23 = 1,08 CUBs
OBTENÇÃO DE INDICE
ATUALIZAÇÃO
Custo atualizado para Abril 2013 = 1,08x1572,15 = R$ 1697,72/m2
ORÇAMENTOS DITOS EXATOS
 Orçamento discriminado pode ser considerado a primeira 
tentativa de modelagem dos custos de uma obra
 Apresenta as melhores possibilidades de bons resultados, vista 
a profunda análise do projeto que será executada
 Orçamento discriminado baseia-se na idéia de divisão da obra 
em serviços
 Cada serviço gera um custo
 Cada serviço tem uma quantidade determinada a executar no 
projeto
 Somatório dos custos dos serviços define o custo da obra
 Acrescentando-se o lucro da empresa, temos o preço da obra
 Para definir o custo de um serviço, usa-se o conceito de 
composição unitária de custo
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DOCUMENTAÇÃO DE APOIO
DISCRIMINAÇÕES TÉCNICAS
Descrições literais a respeito da qualidade, marcas, 
tipos, cores de materiais, qualidade de mão-de-obra 
e modo de execução dos serviços
ESPECIFICAÇÕES
As vezes confundidas com discriminações técnicas, 
estabelece características, condições ou requisitos 
necessários à boa qualidade de matérias-primas e 
produtos industriais semi-acabados
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MEMORIAL DESCRITIVO
Resumo da parte ou totalidade das discriminações 
técnicas de uma obra, elaborado para um fim 
específico (vendas, orçamentos, financiamento), 
procurando descrever o projeto a ser executado, da 
melhor forma possível, segundo seus objetivos
DISCRIMINAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Relação de todos os serviços a serem orçados para a 
execução de uma obra
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COMPOSIÇÃO UNITÁRIA DE CUSTO
UNIDADE DE MEDIDA DA QUANTIDADE DE 
SERVIÇOS
Depende das características dos serviços, pode ser 
m, m2, m3 ou número de unidades
INSUMOS
Material
Mão-de-obra
Equipamento
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SERVIÇO: Argamassa mista de cimento, cal 
hidratada e areia peneirada no traço 1:2:9 
UNIDADE: m3
Compo-
nentes
Con-
sumo
Unid. Custo 
Insum.
Custo 
parcial
Cimento 162 Kg 0,36 58,32
Cal 
hidratada
162 Kg 0,24 38,88
Areia 
úmida
1,2 m3 35,00 42,00
Betoneira 5,0 h 1,10 5,50
Servente 5,0 h 6,89 34,45
Leis 
sociais*
Custo total 179,15
Leis sociais já inclusas no custo do servente
EXEMPLOS DE COMPOSIÇÕES UNITÁRIAS DE CUSTO
SERVIÇO: Reboco de parede e= 2cm com 
argamassa de cimento, cal e areia 1:2:8 
UNIDADE: m2
Compo-
nentes
Con-
sumo
Unid
.
Custo 
Insum.
Custo 
parcial
Cimento 3,640 Kg 0,36 1,31
Cal 
hidratada
3,640 Kg 0,24 0,87
Areia 
média
0,024 m3 35,00 0,84
Mão Obra
Empreitada
1,000 m2 13,00 13,00
Custo total 16,02
Ainda devem ser acrescentadas
as perdas de material
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CADERNO DE ENCARGOS
 Publicações cuja finalidade é estabelecer princípios para a 
elaboração de projetos e execução dos serviços de obra
 No caso de órgãos públicos o caderno de encargos visa 
padronizar o projeto, o orçamento e a execução das obras 
para as quais fornecem recursos
 A evolução de técnicas e materiais utilizados nos processos 
de edificação requer uma constante atualização dos 
cadernos de encargos, devendo também ser confrontados 
com as práticas regionais
 Principalmente, deve ser um guia para que a discriminação 
técnica atinja o grau de detalhamento que possibilite maior 
precisão na estimativa de custo, evitando o esquecimento de 
serviços relevantes
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Rio Sena
Especificações básicas
Apartamento tipo 1 e 2
Estar Social e Jantar
 Piso: granito capri colonial ou arabesco
 Parede e teto: massa corrida e tinta PVA
 Rodapé: h=7cm – granito capri colonial ou arabesco
Lavabo
 Piso: granito capri colonial ou arabesco
 Parede: massa corrida e tinta PVA
 Teto: massa corrida e tinta acrílica sobre forro de gesso
 Rodapé: h=7cm – granito capri colonial ou arabesco
 Bancada: em granito capri colonial ou arabesco
 Louça: cuba de embutir e vaso sanitário com caixa 
acoplada
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Sacada
 Piso: granito capri colonial ou arabesco
 Parede e teto: conforme projeto de fachada
 Rodapé: h=7cm – granito capri colonial ou arabesco
Estar Íntimo
 Piso: granito capri colonial ou arabesco
 Parede e teto: massa corrida e tinta PVA
 Rodapé: h=7cm – granito capri colonial ou arabesco
Terraço com churrasqueira
 Piso: granito capri colonial ou arabesco
 Parede: conforme projeto de fachada
 Teto: conforme projeto de fachada
 Rodapé: h=7 cm – granito capri colonial ou arabesco
 Churrasqueira: em alvenaria com acessórios em aço INOX
 Bancada: granito com cuba INOX
Suítes, Dormitórios e Circulação
 Piso: madeira laminada
 Parede e teto: massa corrida e tinta PVA
 Rodapé: madeira
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ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DISCRIMINADO
Pela equipe de custos da empresa
Resultados de melhor qualidade, pois os 
encarregados de orçar, tem ligação mais próxima 
com os projetistas e/ou executores da obra
Utilizando serviços de consultoria
Não há um conhecimento mais profundo das 
técnicas empregadas e portanto, os resultados 
baseiam-se em dados médios e não específicos de 
uma empresa
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PROCESSO 
ORÇAMENTÁRIO
Recebimento dos 
Projetos
Análise preliminar de Projetos e 
documentação técnica
Definição da discriminação 
orçamentária (Listagem de serviços)
Requerimento de informações 
técnicas adicionais
Definição de 
composições 
unitárias
Análise detalhada de 
projetos documentação 
técnica e identificação de 
processos construtivos
Levantamento de 
quantitativos de 
serviços
Pesquisa de preços de insumos
Fechamento do orçamento (BDI, custos indiretos, memoriais, obtenção de índices)
Verificação dos dados do orçamento
Planejamento da obra Controle de custos 
durante a execução
Atualização do 
orçamento
RECEBIMENTO DO PROJETO
 Deve ser feita apresentação oral do projetista e 
construtor, pois isto substitui horas de análise e 
interpretação de material escrito e gráfico
 Deve ser exigida uma discriminação técnica ou 
mais abrangente possível
 Normalmente, não são elaboradas boas 
discriminações técnicas pelos projetistas, tendo 
assumido o orçamentista esse tipo de tarefa
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ANÁLISE PRELIMINAR DO PROJETO
Análise de plantas
 Verificar existência de projeto arquitetônico, projeto 
estrutural, projeto de fundações, projetos das 
instalações
 Consultar discriminações técnicas para esclarecer 
dúvidas. Não esclarecida a dúvida, deverá ser 
consultado o projetista
 Na falta de plantas, deverão ser dadas definições 
junto ao projetista e construtora
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DISCRIMINAÇÃO ORÇAMENTÁRIA PADRÃO
 Lista exaustiva de itens para facilitar a identificação 
dos itens que ocorrem no projeto
 Quando há discriminação técnica é completa, a 
verificação da ocorrência dos serviços é facilitada
 Quando há discriminações técnicas incompletas, o 
orçamentista pode definir os serviços a partir da 
discriminação orçamentária padrão
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ANÁLISE DISCRIMINAÇÕES TÉCNICAS
 Reconhecer o nível de detalhe das 
descrições
 Esclarecer detalhes omissos junto ao 
projetista e construtor
 Perceber todos os detalhes relacionados 
execução
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DEFINIÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
 É a listagem de todos os serviços a serem orçados
 A definição da discriminação orçamentária consiste na 
identificação dos itens (serviços) que ocorrem na edificação 
projetada
 A definição dos itens não só ocorre pela citação no memorial 
descritivo, mas também pela análise lógica da seqüência de 
serviços para a execução da obra
 Registrar a discriminação orçamentária em planilha, com 
definição das unidades de medida e respectivo quantitativo
 Identificar serviços de referência e serviços básicos
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MACRO – ITENS DA DISCRIMINAÇÃO ORÇAMENTÁRIA PADRÃO
1. Serviços iniciais
2. Instalações provisórias
3. Movimento de terra
4. Fundações e elementos de contenção
5. Estrutura
6. Elementos divisórios
7. Esquadrias
8. Acabamento de peitoris e soleiras
9. Acabamento dos elementos divisórios
10. Acabamento de tetos
11. Acabamento de pisos
12. Coberturas
13. Instalações de esgoto pluvial
14. Isolamento térmico
15. Instalações elétricas
16. Instalações telefônicas
17. Instalações de pára-raios
18. Instalações de antena externa para TV/AM/FM
19. Instalações hidráulicas (consumo/reserva de inc.)
20. Instalações de esgoto primário
21. Cercas e grades
22. Poços
23. Instalações de despejo de lixo
24. Despesas de consumo
25. Administração da obra
26. Serviços finais e complementares
MACRO – ITENS DA DISCRIMINAÇÃO ORÇAMENTÁRIA TCPO - PINI
1. Serviços iniciais
2. Instalações do canteiro
3. Movimento de terra
4. Serviços gerias internos
5. Infra-estrutura
6. Supra-estrutura
7. Paredes e painéis
8. Esquadrias de madeira
9. Esquadrias metálicas
10. Vidros
11. Cobertura
12. Impermeabilização
13. Isolamento térmico
14. Forro
15. Revestimento de paredes internas
16. Revestimento de paredes externas
17. Pisos
18. Instalações hidráulicas
19. Instalações elétricas
20. Pintura
21. Serviços complementares externos
22. Equipamentos
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REQUISITOS PARACRIAR UMA COMPOSIÇÃO
 Materiais detalhados
 Técnica de execução
 Equipe de trabalho e sua produtividade
 Perdas a serem consideradas
 Operações de transporte a serem 
consideradas
 Equipamentos e ferramentas a serem 
consideradas
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Exemplo: CONCRETO PARA PILARES
 Será considerado preparo, lançamento e transporte?
 Resistência característica do concreto?
 Será preparado em obra ou pré misturado?
 Para concreto preparado em obra, qual o traço, 
consumo e perdas de cada material?
 O concreto pré-misturado será bombeado?
 Como será feito o transporte do concreto?
 Serão feitas passarelas para levar o concreto até as 
formas ou se transitará sobre a forma da laje?
 Qual a equipe de lançamento e sua produtividade?
 Qual a equipe de preparo e sua produtividade?
 Como será feita a cura?
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DEFINIÇÃO DE COMPOSIÇÃO
 Para cada serviço identificado deverá existir uma 
composição unitária de custos
 Cada composição deverá abranger as operações 
imaginadas como incluídas em cada serviço. Por 
exemplo, num serviço descrito como piso de 
concreto poderão estar incluídos:
Preparo do concreto
Corte, dobra e montagem do aço
Transporte do concreto
Lançamento do concreto
Cura
Tratamento de juntas
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 Em muitos casos é necessário criar composições 
especiais que atendam as características 
particulares de cada obra. PE:
– Churrasqueira a carvão, incluindo alvenaria, 
base, coifas, revestimento com isolamento e 
acabamento em aço INOX.
– Concreto de alta densidade, para uso em 
laboratórios
– Pontos hidráulicos com uso de sistema PEX, com 
utilização de tubos flexíveis de polietileno 
reticulado e conexões próprias.
 Cuidar de não incluir uma operação em duas 
composições ou não considerar sua existência em 
nenhuma composição
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COMPOSIÇÃO DE ALVENARIA (M2)
Dados
 Medida do tijolo (9x19x19) assentado de pé
 Junta vertical e horizontal e = 1 cm
 Argamassa feita em obra 1:2:11 com consumo (m3)
Cimento – 162 Kg
Cal – 162 Kg
Areia – 1,2 m3
Betoneira – 5 hm
Servente – 5 hh
 Equipe 1 pedreiro + ½ servente assentam 500 blocos por dia
 Índices de desperdício
Cimento – 10%, Bloco – 10%
Cal – 10%
Areia – 10%
 Custo de insumos
Bloco cerâmico – R$ 520/milheiro
Cimento – R$ 18,50/saco de 50 Kg
Cal – R$ 4,8/saco de 20 kg
Areia – R$ 35/m3
Betoneira – R$ 2,0/h
Pedreiro – R$ 11,50/h
Servente – R$ 8,00/h
19
19
9
20
20
MÓDULO
BLOCO
CÁLCULO DE ÍNDICES DE CONSUMO
Número módulos por m2 = 1,0/(0,20x0,20) = 25 un
 Número blocos = 25 x 1,1 (desp.)= 28 un
 Argamassa = (0,19+0,2)x0,09x0,01= 0,00035 m3/módulo
Argamassa por m2 = 25x0,00035 = 0,00875 m3
Cimento = 0,00875 x 162 x1,1 (desp.)= 1,56 kg/m2
Cal = 0,00875 x 162 x1, 1 (desp.) = 1,56 kg/m2
Areia = 0,00875 m3 x 1,2 x 1,1 (desp.) = 0,012 m3/m2
Betoneira = 0,00875 x 5 = 0,044 h/m2
Servente = 0,00875 x 5 = 0,044 h/m2
 Mão-de-obra
8 hp --- 500 un 4 hs --- 500 un
0,45 hp --- 28 un 0,22 hs --- 28 un 
Insumo Unidade Quantidade Custo Unit. Custo Parc.
Cimento kg 1,56 0,37 0,58
Cal kg 1,56 0,24 0,37
Areia m3 0,012 35,00 0,42
Tijolo milh. 0,028 520,00 14,56
Pedreiro hh 0,45 11,50 5,18
Servente hh 0,26 8,00 2,08
Betoneira hm 0,044 2,00 0,09
RESUMO DA
COMPOSIÇÃO
TOTAL
R$ 23,28/m2
COMPOSIÇÃO DE LAJE NERVURADA (concreto, tijolo, aço)
Dados
 01 pedreiro + 02 serventes fazem o lançamento de 15 m3 por dia
 02 serventes transportam e colocam 1000 blocos cerâmicos em 04 horas
 01 armador + 01 servente cortam, dobram e montam 180 Kg de aço por dia
 Custo de insumos
Concreto usinado – R$ 250/m3
Aço – R$ 3900/ton aço 8 mm – 0,40 kg/m
Bloco cerâmico – R$ 450/milheiro aço 10 mm – 0,63 kg/m
Armador/pedreiro - R$ 11,50/h
Servente – R$ 8,00/h
CORTE
T T
T T
T
T
T
T T
PLANTA
40 12 40 12 
40
4
0
 
1
2
 
 
4
0
 
1
2
 
4
0
1
5
 
 
5
40 12 40 
12 
T T
8mmc/25 cm (dois sentidos)
10mm - 2x
Desperdício a considerar
10% tijolo, 10% aço, 03% no concreto
CÁLCULO DE ÍNDICES DE CONSUMO
 Módulo 0,52x0,52 = 0,27 m2
 Concreto por módulo = 0,52x0,12x0,15+0,4x0,12x0,15+0,52x0,52x0,05= 0,03008 m3
 Concreto por m2 = (1/0,27)x0,03008 = 0,1114 m3 x 1,03 (desperd.) =0,1148 m3
 Tijolo por m2 = (1/0,27) = 3,7 un. X 1,1 (desperd.) = 4,07
 Aço
8 mm por m2 -- (1/0,25) x 2 x 0,4 = 3,2 Kg
10 mm por módulo – 4 x 0,52 x 0,63 = 1,31 Kg
10 mm por m2 = 1,31/0,27 = 4,85 Kg 
 Mão-de-obra
Tijolo - (8hs/1000) x 4,07 = 0,033 hs/m2
Aço - (8ha/180) x 8,86 = 0,39 ha/m2
(8hs/180) x 8,86 = 0,39 hs/m2
Lançamento - (8hp/15)X0,1148 = 0,06 hp/m2 
(16hs/15)X 0,1148 = 0,12 hs/m2
Insumo Unidade Quantidade Custo Unit. Custo Parc.
Concreto m3 0,1148 250,00 28,70
Aço kg 8,86 3,90 34,55
Tijolo milh. 0,0041 450,00 1,85
Pedreiro hh. 0,06 11,50 0,69
Armador hh 0,39 11,50 4,49
Servente hh 0,54 8,00 4,32
TOTAL
R$ 74,6/m2
Total 8,05 Kg/m2x1,1(desp.)= 8,86 Kg/m2
RESUMO DA
COMPOSIÇÃO
8 hs --– 1000 un
0,033 hs -– 4,07 un
8 hs --– 180 kg
0,39 ha -– 8,86 kg

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