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UNIDADE 1 - CONCEITOS GERAIS

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CONCEITOS GERAIS
CUSTO
“Custo de uma obra ou serviço é o valor, em unidades
monetárias, correspondente à soma de todos os gastos
previstos ou despendido na sua execução”(Faillace, 1988)
FASES DO PROCESSO PRODUTIVO DE 
EDIFICAÇÕES
USUÁRIO
PROPRIETÁRIO
USO
PROMOTOR
PLANEJAMENTO
CONSTRUTOR
EXECUÇÃO
PROJETISTA
PROJETO
FABRICANTE
MATERIAIS E COMPONENTES
Prof. Dr. Marco Arancibia
SERVIÇOS
“Serviços são os itens em que, 
convencionalmente se divide uma obra para 
facilitar a execução de um orçamento”
PREÇO
“Preço de uma obra é o custo mais o lucro (ou 
benefício)”
Prof. Dr. Marco Arancibia
ORÇAMENTO
Orçamento de uma obra obra ou serviço é 
uma previsão do custo (ou preço) desta. O 
Orçamento deve preceder a execução de 
mesma.
Portanto, é necessário prever gastos, 
tomando-se por base dados apurados em 
obras análogas anteriormente executadas.
Assim sendo, o orçamento é o documento 
escrito do projeto que prevê o custo ou 
preço da obra (Faillace, 1988)
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CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Custos diretos
Ligados diretamente a execução dos 
serviços. 
Dividem-se em três categorias
 Custo dos materiais
 Custo da mão de obra
 Custo dos equipamentos
São avaliados com a realização de orçamento 
discriminado ou outros métodos 
aproximados
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Custos indiretos
Referem-se a elementos de apoio 
necessários a realização da obra. Dividem-
se em duas categorias
 Referentes a administração da empresa
 Referentes a obra em particular
É estimado e definido para cada obra por 
meio de uma taxa aplicada sobre o custo 
direto. Quando a taxa inclui o lucro é 
denominado BDI (Benefício e Despesas 
Indiretas)
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CUSTO DOS MATERIAIS
Componentes do
Custo dos materiais
Aspectos do custo
de utilização de
materiais
Variáveis que
Influem
No consumo
Preço de aquisição
Transporte
Estocagem
Manuseio
Perdas
O consumo
O preço
Tipo de material
Condições de canteiro
Técnicas construtivas
Treinamento da mão-de-obra
Em edificações – 50% a 60% do custo da obra
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CONSUMO TOTAL = CONSUMO REAL + PERDAS
PERDAS
DIRETAS: geram entulho
INDIRETAS: ficam agregadas
a construção em quantidades
Maiores que as previstas
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TIPOS DE MATERIAIS EXEMPLOS
Amorfos Materiais para concretos 
e argamassas
Componentes Semi-
Acabados ou Componentes 
Simples
Tijolos, azulejos, telhas, 
elementos para 
instalações
Componentes Acabados 
Compostos
Esquadrias, aparelhos 
sanitários, sistemas de ar 
condicionado, elevadores
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TIPOS DE MATERIAL ÍNDICE DE PERDA
Amorfos Grandes variações, função 
de Condições de 
estocagem, técnica 
construtiva, transporte
Componentes Semi-
Acabados ou Componentes 
simples
Função de dimensões dos 
materiais, condições de 
transporte, qualidade da 
mão-de-obra e projeto
Componentes
Acabados
Completos
Praticamente inexistente
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PERDAS NA OBRA DETECTADAS POR PESQUISA 
FINEP/ITQC/PCC 1998
MATERIAL MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO
Areia 76 7 311
Cimento 95 6 638
Cal 97 6 638
Concreto usinado 9 2 23
Aço 10 4 16
Blocos e Tijolos 17 3 48
Eletrodutos 15 13 18
Fios e cabos 25 14 35
Tubos inst. hidrossanitárias 20 8 56
Placas cerâmicas 16 2 50
Gesso 45 -14 120
Tintas 16 8 24
Fonte: http://perdas.pcc.usp.br/ Prof. Dr. Marco Arancibia
PREÇO DE MATERIAIS
Fatores que influem
no preço
Nível macroeconômico
Nível microeconômico
NÍVEL MACROECONÔMICO
• Funcionamento do mercado como um todo
• Estrutura de mercado específica para cada produtor
• Condições da demanda da construção civil
• Capacidade instalada e utilizada dos fornecedores
NÍVEL MICROECONÔMICO
 Quantidade de material a ser adquirida
 Cadastro da empresa junto aos fornecedores
 Grau de especialização do fornecedor
 Distância que separa a obra do fornecedor
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CUSTO DA MÃO-DE-OBRA
Em edificações – 40% a 50% do custo da obra
Custo da mão-de-obra Produtividade
Produtividade: [produção/fator de produção]
Exemplos: Kg de aço /hh
M2 alvenaria /hh
M3 de concreto de pilar
...m de rodapé /hh
...m montadas de porta/hh
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 As hh podem ser expressadas em função do seu 
custo
 Normalmente é usada a inversa da relação.
P.e.: número de hh/m2
DISTRIBUIÇÃO DE
TEMPOS NA
CONSTRUÇÃO
Produtivos 33%
Auxiliares 33%
Improdutivos 33%
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FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRODUTIVIDADE
FATORES ASPECTOS
Econômicos Ciclos econômicos, 
formas de contratação
Naturais Condições climáticas
De projeto Aspectos geométricos, 
técnica construtiva, 
continuidade e 
descontinuidade da obra
Gerenciais Efeito aprendizagem
Treinamento
Rotatividade
Absenteísmo
Incentivos financeiros
Motivação
Segurança no trabalho
CLASSIFICAÇÃO DOS TEMPOS DE PRODUÇÃO
TEMPOS PRODUTIVOS (OPERACIONAL ATIVO)
Tempo efetivamente aplicado na execução de uma 
tarefa, agregando valor ao produto final, tal como 
assentamento de tijolos
TEMPOS AUXILIARES (operacional passivo)
Tempo empregado para executar tarefas que nos 
agregam valor ao produto final, mas são 
necessárias para que este seja executado, tais 
como descarga e manuseio de materiais, limpeza, 
manutenção, recebimento de instruções e 
descanso para recuperar energias
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TEMPOS IMPRODUTIVOS
Evitáveis: ocasionados pela falta do domínio do 
processo, tais como falta de planejamento, de 
material, erros de projeto, reparos, acidentes de 
trabalho, etc.
Adicionais: ocasionados por causas externas 
inevitáveis, tais como intempéries, cortes de 
energia, escassez de material, greves, etc.
Ociosos: correspondem à total inatividade dos 
operários.Podem ser intencionais ou resultantes de 
um estado físico de predisposição
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LEI DE WRIGHT: “Ao dobrar-se a produção o 
consumo de horas - homem é de apenas 80% do 
consumo médio anterior”
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Características
fundamentais para
obter ganhos
Repetitividade de operações
Continuidade do trabalho
Fatores que
potencializam o
efeito aprendizado
Uso de incentivos financeiros
Ritmo de trabalho adequado
Organização do canteiro,
diminuindo tempos para
deslocamentos e transportes
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HORAS EXTRAS
Ocasional
Positiva, pois motiva o pessoal a terminar o trabalho 
que está sendo realizado
Permanente
Prejudicial, pois diminui a produtividade no horário 
normal e anula a produtividade na hora extra
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INCENTIVOS FINANCEIROS
 Compensações oferecidas no término das tarefas
 Sendo os baixos salários uma das causas da 
produtividade, aumenta-se a mesma com qualquer 
ganho extra oferecido
 Quando estabelecido de forma contínua o incentivo 
traz problemas: Qualidade dos serviços 
(“matação”), favorecimento de equipes, 
“exploração” de alguns elementos da equipe.
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ABSENTEÍSMO
 Valor médio de 5%
 Pico na segunda-feira pode chegar a 30%
 Principal efeito: desequilíbrio de equipes 
que causa perda de produtividade
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ROTATIVIDADE
 Valores usuais de 40% a 60% anuais
 Indivíduos que permanecem maior tempo nas 
empresas: entre 25 e 30 anos, residentes próximos 
aos locais de trabalho, executam tarefas não 
repetitivas
INSERIR GRÁFICO
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MOTIVAÇÃO
 Teorias de Maslow e Herzberg
 Escalade necessidades humanas
 Existem características do trabalho que geram 
satisfação, como: realização pessoal, 
reconhecimento, sentimento de responsabilidade, 
etc.
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TEORIA DE MASLOW
Realização
Expressão
Reconhecimento
Segurança, abrigo
Necessidades básicas
5
4
3
2
1
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SEGURANÇA NO TRABALHO
 Gera custos diretos: seguro obrigatório, auxílio 
enfermidade, equipamentos de segurança, pessoal de 
apoio obrigatório
 Gera custos indiretos: têm valor correspondente a 4 
vezes os custos diretos. Representam a perda de dias de 
trabalho em conseqüência do acidente
 Número de trabalhos de dias, perdidos por causa de 
acidentes no Brasil está por volta de 70. É alto, pois inclui 
casos de morte e invalidez.
 Os acidentes ocorrem com maior freqüência no início da 
obra, segunda-feira, início e fim da jornada
TREINAMENTO
 Treinamento pode aumentar drasticamente a 
produtividade, diminuindo desperdícios e erros pelo 
maior conhecimento do trabalho
 Dá-se pouca importância ao treinamento de 
trabalhadores na construção civil
 Empresários alegam que estarão investindo em 
operários que poderão permanecer na empresa 
futuramente
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CUSTOS DOS EQUIPAMENTOS
 Em alguns tipos de obra, como estradas barragens 
e obras de infra-estrutura, os equipamentos, 
correspondem a uma considerável parcela do custo 
das mesmas
 Em obras de edificações, tem valor reduzido em 
relação aos custos de materiais e de mão-de-obra
 Representam em média 2% do custo das 
edificações habitacionais
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 Representam em média 17% do custo das 
edificações industriais
 A tendência atual é de aumentar sua importância 
relativa no custo total a medida que a construção 
de edificações vai se industrializando
Componentes
de custo
- Custos de aquisição
- Custos de operação
- Custos de mobilização e desmobi-
lização
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CUSTOS DAS DECISÕES ARQUITETÔNICAS
CUSTO DE
CONSTRUÇÃO
EXISTÊNCIA DE
PROJETO
CADA SOLUÇÃO DE PROJETO
•É uma opção para solucionar um ou vários aspectos da obra
•Condiciona o comportamento e desempenho do edifício, tanto
econômica como funcionalmente
Observar os custos como conseqüência das decisões do profissional
que projeta arquitetonicamente a edificação
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CUSTO POR ÁREA CONSTRUÍDA
Referência de ordem prática, mas sem validade, pois 
o custo das obras não é proporcional as áreas
CUSTO POR PLANOS
Elementos verticais tem custo superior aos elementos 
horizontais
Elementos verticais externos podem custar de 3 a 5 
vezes o custo dos elementos internos
Deve haver preocupação com a proporção de áreas 
externas da parede
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Elemento % custo total
Planos verticais 40
Planos horizontais 30
Instalações 25
Canteiro 05
ESTIMATIVA CUSTOS DE UMA OBRA
(MASCARÓ – UFRGS)
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VARIAÇÃO DA RELAÇÃO PERÍMETRO/ÁREA DE PLANTA BAIXA
Proporção dos lados Áreas (m2)
X:Y 100 400 800
1:1 0,400 0,200 0,141
1:3 0,462 0,231 0,163
1:5 0,537 0,268 0,190
1:9 0,667 0,333 0,236
1:100 2,020 1,010 0,714
Conclusão: a forma ideal é aquela onde com um 
mínimo de metros se envolva uma área mesma 
área de pavimento.
Solução: Plantas baixas quadradas ou circulares
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ÍNDICE DE COMPACIDADE
OBJETIVO:
As fachadas têm um custo elevado em relação aos elementos divisórios 
internos.
Devido às funções desempenhadas, tais como estética, proteção, 
iluminação e ventilação, são incorporados componentes que custam mais 
em relação aos usados internamente, como por exemplo janelas, 
revestimentos especiais, etc.
O índice de compacidade indica quanto este projeto fica longe da forma 
mais econômica (um cilindro), no que diz respeito a paredes externas.
DEFINIÇÃO: Índice de compacidade (Ic) é a relação em percentagem que
existe entre o perímetro de um círculo de igual área à da projeção do
pavimento tipo e o perímetro de suas paredes externas.
2 3.14xApavt
Ic = ---------------------- X 100 Apavt - área do pavimento tipo
Ppt Ppt - perímetro das paredes externas
CRITERIOS PARA CÁLCULO
A área do pavimento tipo deve ser medida pela fase externa das paredes
PERIODICIDADE
Por edificação construída
ÍNDICE DE COMPACIDADE
DURAÇÃO DO LEVANTAMENTO
Obras começadas até a data de referência (preferencialmente as mais recentes)
VALOR DE REFERENCIA
Faixas de área pri-
vativa (m2)
Ic
Ruim
Ic
Bom
Ic
Ótimo
70 a 100 hasta 65 65 a 75 encima de 75
100 a 140 hasta 60 60 a 75 encima de 75
140 a 180 hasta 60 60 a 75 encima de 75
180 a 250 hasta 60 60 a 75 encima de 75
250 a 400 hasta 60 60 a 75 encima de 70
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B
A
B
A
C
C
Edifício com
planta circular
Edifício com baixo índice
de compacidade
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200 m² redução 10% de área
redução 5% perímetro
180 m² 
14,14m 13,42m
REDUÇÃO DE CUSTO
Planos verticais 0,05X40 = 2%
Planos horizontais 0,10X30 = 3%
Instalações = 0%
Canteiro = 0%
Total = 5% 
A ALTERAÇÃO NA ÁREA CONSTRUÍDA NÃO
PROVOCA ALTERAÇÕES NA MESMA PROPORÇÃO
INFLUÊNCIA DO CUSTO DOS SERVIÇOS PARA A 
EXECUÇÃO DOS COMPARTIMENTOS
Serviços considerados
Portas: ferragem, folha da porta, pintura
Piso: soleira e acabamento do piso
Parede: rodapé, acabamento e revestimento da 
parede
Janela: caixilho completo, peitoril, vidro e pintura
Teto: acabamento e revestimento do teto
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CUSTOS DE ACABAMENTO PARA CADA TIPO DE 
COMPARTIMENTO NUMA UNIDADE RESIDENCIAL (EM %)
Compartimento Representatividade percentual do acabamento de 
cada elemento por compartimento
Parede Piso Teto Porta janela
Sala apto. 2 dormitórios
16,70 m2
25,86 18,18 11,54 18,97 25,43
Dormitório principal
12,15 m2
37,81 19,77 12,40 9,77 20,32
Segundo dormitório
9,99 m2
36,86 18,30 11,47 11,02 22,35
Cozinha apto. 2 dorm.
6,58 m2
49,63 10,82 8,66 18,27 12,62
Dormitório empregada
5,23 m2
42,17 14,77 9,15 15,93 17,97
Banheiro
3,59 m2
56,26 7,63 6,86 17,63 11,62
Lavanderia apto. 2 dorm.
3,02 m2
37,86 5,93 5,33 15,56 35,31
Banheiro empregada
1,81 m2
31,46 8,93 7,40 35,18 17,01
Obs.: não estão incluídos elementos de fundação, estrutura, alvenaria e instalações
VARIAÇÃO DO CUSTO TOTAL DE ACABAMENTO QUANDO O CUSTO 
DOS SERVIÇOS DE ACABAMENTO DE PISO SE REDUZEM 10%
Compartimento Custo
Discriminado 1
Custo
Discriminado 2
Variação 
percentual 
do custo
Piso Outros Piso Outros
Sala apto. 2 dormitórios
16,70 m2
2258,34 10164,56 2032,51 10164,56 1,82
Dormitório principal
12,15 m2
1659,27 6761,51 1493,34 6761,51 1,97
Segundo dormitório
9,99 m2
1367,18 6105,25 1230,46 6105,25 1,83
Cozinha apto. 2 dorm.
6,58 m2
628,46 5897,71 565,61 5897,71 0,96
Dormitório empregada
5,23 m2
707,25 4198,07 636,53 4198,07 1,44
Banheiro
3,59 m2
342,88 4148,87 308,59 4148,87 0,76
Lavanderia apto. 2 dorm.
3,02 m2
288,44 4579,51 259,60 4579,51 0,59
Banheiro empregada
1,81 m2
172,87 1927,35 155,58 1927,35 0,82
Custo total 51207,51 50465,04 1,45
Custo da parcela
Vertical da estrutura resistente
Até 3 pavimentos
Alvenaria nos planos verticais com função portante e
concreto nos planos horizontais
Acima de 3 pavimentos
Uso de concreto na estrutura vertical e horizontal e
alvenaria com função de vedação
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Variação Do Custo Por Unidade De Área Em 
RelaçãoAo Número De Pavimentos
Crescentes
Decrescentes
Variáveis
Custos em relação
a altura do prédio
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C/ AUMENTO DO NÚMERO DE PAVIMENTOS
 Custo cresce em função da estrutura resistente, 
elevadores, fachadas, instalações, sistemas de 
prevenção de incêndio, duração da obra
 Custo decresce em função dos serviços fixos para 
o prédio como um todo: movimento de terra, 
subsolos, cobertura, espaços comuns de entrada 
de circulação, terreno
 Custo com comportamento variável em função das 
fundações, por exemplo
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CUSTO DA GARAGEM
// = // = // = // = // = // = //
Garagem coberta fora corpo do prédio
20% custo p/m² do tipo
Subsolo 1º - 60%
2º - 80% do custo p/m² do tipo
3º - 120%
1º
2º
3º
// = // = = // = //
//
=
// = // = // = // = // =
//
=
//
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// = // = // = // = // = // = // = // =
Garagem sob pilotis aberta
60% do custo p/m² do tipo
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ORÇAMENTOS NA CONSTRUÇÃO
 Servem para ter uma primeira idéia da ordem de 
grandeza do custo da obra
 Podem ser executados durante estágios de estudo 
preliminar ou anteprojeto
 São de rápida execução e não representam grande 
bônus financeiro para a empresa
ESTIMATIVAS
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Modalidades
Por área de construção
Por volume de construção
Pela estimativa da representatividade 
percentual dos serviços
Pelo método da NBR 12.721 (antiga NB14065)
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Orçamentos ditos exatos
 Verdadeiros orçamentos, também denominados 
orçamentos discriminados
 Só podem ser elaborados após a conclusão do 
projeto básico, pois necessitam do conhecimento 
detalhado da obra
 Procedimento dispendioso, que exige tempo e mão-
de-obra especializada
 Orçamento não é rigorosamente exato, pois sempre 
estão baseados numa forma de modelar a 
realidade para calcular os valores
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ORÇAMENTO POR ÁREA DE CONSTRUÇÃO
 Premissa: os custos são proporcionais as áreas
 Metodologia consagrada no meio técnico
 Pode ser obtido em obras recém executadas ou com 
uso de valores publicados por serviços especializados
 Tomar cuidado com os procedimentos de 
levantamento de áreas. Adotar critérios semelhantes 
para minimizar erros
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Fatores que influenciam a estimativa de custo 
por área
- Época em que foi executada a obra de referência e 
quando será executada a obra projetada
- Velocidade de execução da obra
- Disponibilidade financeira do cliente
- Experiência, idoneidade e organização da empresa 
construtora
- Métodos construtivos adotados
- Dimensão, forma e topografia do terreno
- Natureza do solo
- Qualidade de execução
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Quando é usada obra de referência
Verificar semelhança entre os empreendimentos, por exemplo:
- Número de pavimentos
- Existência de subsolos
- Tipo de estrutura empregada
- Número de aptos. por andar
- Densidade de paredes
- Acabamentos internos
- Acabamentos externos
- Grau de tecnologia empregada
- Densidade de paredes e instalações
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Quando são usados custos publicados por serviços 
especializados
Verificar semelhança entre a obra a executar e as 
descrita nas publicações
Verificar serviços incluídos nos valores de custo 
unitário por área. Normalmente não são incluídos
- Movimentos de terra
- Fundações especiais
- Projetos
- Elevadores
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CUB Médio Residencial (R) R$: XXX,XX Variação %: 0,XX
Projetos padrão Tipo Pavimen-
tos
Padrão de acabamento
Baixo Normal Alto
Residencial (R) Unifamiliar 1 1098,56 1295,48 1577,55
Prédio popular 
(PP)
Multifamiliar 4 1037,87 1227,38 ------
Projeto Interes-
se Social (PIS)
Multifamiliar 4 784,54 ----- -----
Residencial (R) Multifamiliar 8 990,00 1087,32 1285,87
Residencial (R) Multifamiliar 16 ------- 1052,10 1378,28
RESIDENCIAL (MAIO 2013 – SC)
CUB – Custo Unitário Básico de Edificações
Conforme NBR 12721/2006 Prof. Dr. Marco Arancibia
Projetos padrão Pavimentos Padrão de acabamento
Normal Alto
Comercial, Salas e Lojas (CSL) 8 1093,08 1196,20
Comercial, Salas e Lojas (CSL) 16 1465,82 1594,44
Comercial andar livre (CAL) 8 1256,90 1335,86
COMERCIAL (MAIO 2013 – SC)
CUB – Custo Unitário Básico de Edificações
Conforme NBR 12721/2006
Prof. Dr. Marco Arancibia
Projetos padrão Valor m2 Variação
Galpão Industrial (GI) 616,95 xxx%
Residência Popular 
(RP1Q)
1163,60 xxx%
GALPÃO (GI) E RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q) – MAIO 2013 – SC
CUB – Custo Unitário Básico de Edificações
Conforme NBR 12721/2006
O CUB NÃO INCLUI:
- Elevadores
- Fundações especiais
- Instalações ar-condicionado
- Calefação, aquecedores
- Obras complementares de terraplanagem
- Projetos
- BDI Prof. Dr. Marco Arancibia
SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices na 
Construção Civil) – CEF e IBGE – ABRIL 2013
Área 
geográfica
Custo médio * 
(R$/m2)
N. Índice Jun. 
94=100
Variação % Mês
Brasil 870,97 435,85 0,69
Região norte 882,52 439,57 0,14
Região nordeste 819,04 442,48 1,05
Região sudeste 908,70 434,91 0,83
Região sul 878,76 420,24 0,01
Região centro 
oeste
870,96 444,57 0,38
RS 826,56 375,21 0,03
SC 886,47 480,14 0,02
PR 905,44 432,91 0,01
ES 772,67 428,64 0,13
* Obtido em projetos residenciais – padrão normal
SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices na 
Construção Civil) – CEF e IBGE – JANEIRO 2009
Área 
geográfica
Custo médio * 
(R$/m2)
N. Índice Dez 
98=100
Variação % Mês
Brasil 679,41 240,20 0,39
Região norte 676,89 235,37 0,29
Região nordeste 636,25 248,57 0,52
Região sudeste 718,80 239,72 0,28
Região sul 670,61 227,30 0,53
Região oeste 649,31 246,92 0,39
RS 662,27 224,37 0,35
SC 667,75 226,43 0,32
PR 680,82 230,81 0,84
* Obtido em projetos residenciais – padrão normal
Prof. Dr. Marco Arancibia
Janeiro 2013
Prof. Dr. Marco Arancibia
Uso da edificação Global
R$/m2
Material
R$/m2
Mão-de-obra
R$/m2
Habitacional
Residencial fino (1) 1316,15 822,18 493,97
Residencial médio (2) 949,21 530,05 419,16
Residencial popular (3) 766,00 454,40 311,60
Sobrado popular (11) 883,44 515,53 367,91
Prédio com elevador fino (4) 1068,98 666,85 402,12
Prédio com elevador médio (10) 1007,88 651,75 356,13
Prédio com elevador padrão 
médio alto (12)
1058,33 748,38 309,95
Prédio sem elevador médio (5) 1050,51 569,02 481,48
Prédio sem elevador popular (6) 783,62 426,80 356,82
CUSTO PINI EDIFICAÇÕES - PORTO ALEGRE – JAN. 2013
Obs: ainda há índices para obras comerciais e industriais

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