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HISTÓRIA HISTÓRIA ANTIGA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini http://www.unar.edu.br HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO A PRÉ-HISTÓRIA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Nessa etapa inicial do nosso estudo, vamos procurar entender um pouco a respeito das origens do homem neste planeta. Para essa finalidade, a História é fundamental, bem como ciências auxiliares como a sociologia, antropologia, arqueologia e outras. . ESTUDANDO E REFLETINDO As origens do homem Pesquisas recentes de antropólogos e arqueólogos tendem a indicar que o homem surgiu, provavelmente, na África, em torno de 5 milhões de anos atrás, segundo datações mais atualizadas. Supõe-se que, ali, em terras e ambiente propício tropical, tenham se reunido algumas condições que permitiram um lento processo de evolução da espécie humana. Um ser que basicamente se diferenciou de outro reino, o animal, pela forma de ser e de fazer-se racionalmente no ambiente criado. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO A PRÉ-HISTÓRIA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” A partir do momento da constatação de que os ancestrais humanos deixam o continente africano, muitas dúvidas são lançadas aos antropólogos e arqueólogos. Para responder a essas dúvidas, as ciências humanas formulam várias hipóteses. O assunto possibilita diferentes perspectivas para se encontrar uma explicação cientificamente justificável, para o deslocamento humano pelo planeta. Quando e como o homem deixou a África e dirigiu-se para os demais continentes, continua a ser discutido e muito debatido. Possivelmente, em mais alguns anos, tenhamos uma resposta adequada pela ciência quanto ao surgimento e evolução humana. Alguns pesquisadores já detalharam uma possível “construção” genealógica do homem. Nossa atenção pode se concentrar, segundo estudiosos, no aparecimento do chamado Homo sapiens, cujo aparecimento pode ter ocorrido por volta de 1 milhão e 200.000 anos. Teoria da evolução Como o homem surgiu na terra? Várias respostas já foram dadas a essa pergunta. Todos os povos criaram mitos, narrativas que tratam de temas fundamentais e misteriosos para os homens, como a origem, as finalidades ou o modo de ser de uma realidade, explicando a realidade humana. Em 1650, um pensador religioso inglês, baseado nas crenças judaico-cristãs, chegou à conclusão, sem nenhum critério científico, de que o homem havia sido criado no ano 4004 a.C. No século XIX, as descobertas arqueológicas possibilitaram explicações científicas. Foi nesse mesmo século, rico em pesquisas, que Charles Darwin publicou seu livro A origem das espécies. A partir das observações anotadas em uma viagem pelo mundo (1831-1836), Darwin formulou a teoria da evolução das espécies. Em suma, concluiu que por meio de mutações, as espécies passam por mudanças, adaptam-se ao meio natural e dão origem a novas espécies. Algumas espécies se extinguem dando lugar a outras. Todo esse processo seria realizado por meio da seleção natural. A proposição básica da seleção natural é que as condições ambientais determinam o quanto uma determinada característica de um organismo ajuda na sobrevivência e reprodução desse organismo. Organismos que não possuem essas características podem morrer antes de se reproduzirem ou ser menos prolíficos que os organismos que as apresentam. Ao contrário, uma espécie bem adaptada tende a sobreviver e se reproduzir. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO A PRÉ-HISTÓRIA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Darwin estendeu sua teoria para o surgimento do homem, classificando-o como descendentes dos antropoides. A comunidade científica e outros setores da sociedade, inicialmente, opuseram-se a essa conclusão. Atualmente, a ciência questiona a linearidade evolutiva do homem, concebendo teorias que afirmam a existência simultânea de grupos humanos diferentes, tanto do ponto de vista cultural como biológico. Desde o momento em que o homem passou a confeccionar instrumentos e desenvolver uma linguagem articulada, ele se distinguiu dos outros animais e criou o mundo da cultura. Transformar a natureza e a si próprio por meios do trabalho passou a ser característica essencial da espécie humana. Dessa forma, a evolução biológica, a partir de um determinado ponto, ocorre simultaneamente à evolução cultural, confundindo-se com ela. A fabricação de instrumentos culminou num processo evolutivo de milhões de anos. Durante muito tempo a evolução dos ancestrais do homem obedeceu às leis da natureza, mas a fabricação de instrumentos libertou o homem dessa dependência exclusiva. Assim o homem é o único animal que pode influenciar na sua própria evolução. O fato é que a nossa capacidade de produzir cultura está baseado na herança propriamente cultural que recebemos do passado como nas características físicas que adquirimos com a evolução biológica. A base física da nossa evolução cultural, que nos distingue dos demais animais, pode ser mais bem entendida se for comparada com a dos nossos parentes mais próximos, os macacos. O homem atual é um animal que possui cérebro maior em relação ao tamanho do seu corpo. A média do tamanho do nosso cérebro é de 1.400 cm3, enquanto o de um chimpanzé é cerca de um terço disso. Além do tamanho precisamos atentar também para outros aspectos, entre eles o funcionamento do cérebro humano. Não podemos afirmar se o aumento do cérebro, inicialmente esteve ligado ao desenvolvimento da inteligência ou se, ao contrário, esses cérebros maiores criaram a oportunidade para um desenvolvimento posterior da inteligência. A maneira de o homem se locomover exige um esqueleto adaptado para suportar a tensão e o peso ligado a essa forma de locomoção. Andar apenas sobre dois membros representou uma adaptação à vida nas savanas e não mais nas HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO A PRÉ-HISTÓRIA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” florestas. O bipedismo tem sido apontado como um fator fundamental para a evolução humana porque livrou as mãos para outras tarefas. Isso teria não só desenvolvido uma extrema habilidade manual no homem, mas também condicionado o próprio desenvolvimento da sua inteligência. O andar ereto necessita de um maior gasto de energia em relação a outras formas de locomoção usadas pelos mamíferos, gerando muito calor devido ao esforço muscular. Mas, por outro lado, permite correr ou manter uma marcha constante durante muito tempo, ou seja, podemos percorrer grandes distâncias. Na mão humana o polegar é mais longo e mais afastado dos outros dedos do que na dos chimpanzés e dos gorilas, nossos parentes mais próximos. Isso permite a sua utilização combinada com qualquer outro dedo da mão, possibilitando pegar objetos de vários tamanhos com a mesma eficiência em força e precisão, permitindo a fabricação de uma infinidade de objetos diferentes. Os seres humanos possuem a abertura dos olhos maior do que a íris, deixando ver a parte branca; também temos sobrancelhas, cílios e lábios aumentados. Com essas características o rosto humano tem uma enorme capacidade comunicativa. Todas essas características humanas possibilitou o aumento da sociabilidade e da cooperação nos grupos humanos, o que parece estar ligado às necessidades de sobrevivência do grupo. BUSCANDO CONHECIMENTO INDICAÇÕES Para ler as publicações referentes ao Homem pré-histórico acesse o site: Disponível em: <http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=495> Acesso em: 19 de junho de 2014. História e cinema:A guerra do fogo. Ano, 1981. 97 minutos. Um dos raros filmes sobre a pré-história que permite discutir uma série de temas importantes acerca do período. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 2 - PERIODIZAÇÃO DA PRÉ-HISTÓRIA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer as principais características e periodização da pré-história; identificar as condições de vida do homem pré-histórico no paleolítico e diferenciar as produções humanas como fenômenos anteriores e posteriores ao processo de sedentarização humana. ESTUDANDO E REFLETINDO Os tempos “pré-históricos” A chamada “pré-história” pode ser apresentada como um momento da história da espécie humana em que o homem ainda não possuía a escrita como observamos hoje. Todavia, participavam da forma de ser e fazer de uma “construção” material de seu mundo. É dessa maneira que alguns estudiosos tendem a classificar essa primeira etapa humana como Idade da Pedra, um período de quase 700.000 anos, sobre o qual aprofundaremos nosso estudo. Mas o que seria essa Idade da Pedra? Você já ouviu falar? Tem ideia a respeito? Como o homem vivia nesse momento? Vamos procurar respostas para essas indagações? A idade da Pedra, propriamente dita, segundo especialistas, possui uma divisão: os chamados períodos Paleolítico e Neolítico. O período Paleolítico, cujo termo significa “pedra antiga”, é conhecido, também, como Idade da Pedra Lascada, por se acharem nesse período muitos indícios de artefatos produzidos e talhados rusticamente pelo Homem. O Neolítico já tende a expor outro significado: “pedra nova”, ou também chamado de Idade da Pedra Polida. Trata-se de uma era em que começam a ser evidenciados pela produção humana certos progressos de vivência, graças ao uso de sua razão. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 2 - PERIODIZAÇÃO DA PRÉ-HISTÓRIA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” fonte: http://blog.educacional.com.br/lianasuzuki/files/2010/03/linha-do-tempo.jpg acessada em 23/05/10. Tais vivências eram construídas pelos desafios do dia a dia. Produzir as condições de vida diária significava enfrentar e superar os desafios impostos pela natureza. Desafios básicos como obter comida, objetos para caça e defesa, do frio. Na superação dessas dificuldades, a humanidade começa a desenvolver comportamentos que são reflexos destes enfrentamentos das adversidades. As pesquisas indicam que, durante esse período, predominou o uso do raciocínio, para formar as condições de sua sobrevivência, razão pela qual foram produzidos certos utensílios e artefatos, utilizando-se de lascas de pedras. Certos machados de pedra e madeira, usados para a caça aos animais, foram utilizados e criados. Podemos dizer que eram homens predispostos à sobrevivência e basicamente caçadores e coletores. Aos poucos, conseguem assimilar e dominar a técnica de fabricação e conservação do fogo, o que lhes possibilitou enfrentar o frio, animais e a cozinhar alimentos obtidos com a caça. Em certos achados arqueológicos, cientistas observaram indícios de vida espiritual e de cultos que se estabeleciam de diversas formas. O homem de Neanderthal, um dos primeiros a ter uma análise mais precisa da ciência, deixou vestígios de sepulturas, onde o tributo aos mortos era essencial. O chamado homo sapiens, que viveu no período denominado Paleolítico Superior tem sua marca deixada em artefatos que construiu, e, basicamente, em pinturas rupestres, de manifestações artísticas. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 2 - PERIODIZAÇÃO DA PRÉ-HISTÓRIA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 7 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Homo sapiens sapiens Fonte: http://tejedasblog.blogspot.com/2010/09/blog-2-allegory-of-cave.html As pinturas encontradas em cavernas, sempre tendem a demonstrar a atuação dos homens, transformando e vivendo em um habitat, onde pudessem se esconder das intempéries e se organizarem em núcleos com configurações primitivas de sociedade. Tudo isso pode ser visualizado nas paredes de algumas grutas e, por muitas vezes, há que se observarem cenas de caçadas, lutas, danças, inclusive com a representação da mentalidade de seres humanos. Muito se tem deduzido a respeito das pinturas encontradas. Uma delas está ligada às práticas rituais de caçada e sobrevivência do grupo. Alguns especialistas tendem a acreditar que foi, também, a partir desses rituais ligados a práticas do cotidiano que se originou a religião. A caça, por exemplo, utilizava-se de lascas de pedra, mas, progressivamente, os artefatos foram aperfeiçoados e outros novos foram criados. Com o tempo, tais homens ditos, das cavernas, começaram a criar processos de luta pela vida, pois vários artefatos foram aprimorados como o arco e a flecha, arpão e outros. Essa produção caracterizou o período denominado Paleolítico Superior. Existia certa divisão do trabalho feita basicamente por sexo e faixa etária. Podemos dizer que de um lado, mulheres, crianças e velhos ficavam a cargo de trabalharem na coleta e o preparo dos alimentos, já os homens dedicavam-se à caça. Cabe-nos indagar como organizavam todo esse processo de caça e coleta dos produtos numa sociedade? Todos os produtos tanto da caça, como da coleta se HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 2 - PERIODIZAÇÃO DA PRÉ-HISTÓRIA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 8 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” faziam repartir entre os membros de determinada comunidade. Para alguns cientistas, ainda nessa época não se pode falar da configuração de uma estrutura familiar. Por serem inicialmente nômades, eram caçadores e coletores, tendo que se deslocar a cada jornada do tempo ou necessidade, sempre à procura de regiões que lhe pudessem fornecer alimentos. Quando descobriram que algumas espécies de vegetais podem ser cultivadas e alguns animais domesticados para o seu sustento, a sedentarização começava a se tornar característica nos agrupamentos. A partir daí, a humanidade principiou a ver e viver de uma nova maneira e reconfigurou a evolução de seus estágios de vida e comportamento. BUSCANDO CONHECIMENTO INDICAÇÕES É interessante a sua leitura em outros sites onde os autores apresentam de forma clara algumas características desse nosso assunto. Veja o site abaixo: Disponível em: <http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=495> Acesso em 30 de maio de 2014. DOCUMENTÁRIO: Homem Pré-Histórico - Vivendo entre as feras, caçar ou ser caçado. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=sCBMPug_fE8> Acesso em 30 de maio de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 3 - SURGIMENTO DE TÉCNICAS AGRÍCOLAS Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 9 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Identificar as condições de vida do homem pré-histórico durante o neolítico, compreender o surgimento de técnica de cultivo e diferenciar as produções humanas como fenômenos anteriores e posteriores ao processo de sedentarização humana. ESTUDANDO E REFLETINDO Da agricultura Pode parecer algo insignificante hoje ao homem ao ir à feira, atacadão de frutas, verduras e legumes ou ainda a uma feira agropecuária e ver animais. São coisas simples para nós, todavia, nesse olhar há uma verdadeira e forte “revolução” na história da humanidade. É que, muitas vezes, não paramos para pensar em várias conquistas já feitas. São em situações como essas que é possível compreender a transição do período Paleolítico e o início do Neolítico (aproximadamente, há 10.000 anos). Surge-nos uma indagação simples: Como o homem “descobriu” a agricultura, ou o manejo dela? Trabalhar a terra e as estações lunares?As diversas formas agriculturáveis, plantios e tudo mais? Pode ser algo simples hoje, mas é instigante, ao se tratar do homem em si. Entre o final do paleolítico e o início do neolítico, houve um período que grosseiramente poderíamos chamar de transição: o período mesolítico. A passagem do mesolítico para o neolítico deu-se entre 15000 e 10000 a.C. Nessa fase a Terra começava a adquirir suas características atuais, com o fim da última era glacial. As regiões temperadas foram ficando mais quentes, e as regiões mediterrâneas, mais secas. Surgiram florestas nas regiões temperadas da Europa, enquanto ao sul formaram-se áreas secas e desérticas. Estavam criadas as condições que geraram a grande revolução da pré-história: a Revolução agrícola ou Neolítica. Revolução agrícola ou Neolítica: a palavra revolução designa um processo de profunda transformação de uma realidade. Chamamos Revolução Agrícola ou Neolítica o processo que transformou radicalmente a vida dos seres humanos que viveram muitos séculos antes de Cristo. A invenção da agricultura, ou a descoberta de que os homens podiam interferir na sobrevivência da espécie, a sedentarização dos grupos (já que não dependiam apenas da caça e da coleta). Trouxe também mudanças nos instrumentos, nas relações entre os seres humanos e entre os homens e mulheres (divisão do trabalho). HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 3 - SURGIMENTO DE TÉCNICAS AGRÍCOLAS Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 10 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Um dado importante a ser considerado em nosso estudo e que merece um olhar atento relaciona-se ao fato de a agricultura ter promovido a sedentarização dos grupos humanos, visto que tudo, até o tempo de preparo do solo, semeadura e a colheita, está restrito a certo lugar da vivência humana. Isso tudo levará a um significativo aumento demográfico. Enquanto eram apenas caçadores e coletores, nômades, os grupos sociais humanos não eram numerosos, mas, devido ao aumento populacional, poderia gerar o esgotamento dos alimentos. Ao viver somente da agricultura e não tendo mais necessidade de ser nômade, a divisão do trabalho se efetuava da melhor maneira possível. Assim, aos homens reservava-se o preparo do terreno. As mulheres dedicavam-se ao trabalho de semear, colher e produzir alimentos. Com o processo da sedentarizarão, a agricultura ganha força, pois, por meio dela, além de produzir se fez necessário guardar os alimentos cultivados. A necessidade de estocar os alimentos para os períodos de escassez de alimentos levou ao desenvolvimento da cerâmica e demais utensílios. Com relação ao trato com animais e sua domesticação, dedicaram-se à criação de ovelhas, acarretando a fabricação de tecidos. Além disso, o processo de sedentarização gera defesa do território dos grupos que ali estavam se organizando na agricultura. Para não serem atacados por outros grupos, construíram casas próximas, dando início à formação de aldeias. Isso, para a ciência, foi interpretado como o início do período neolítico, cuja data aproximada girou em torno de 8000 anos a.C. Nesse período Neolítico, devido à formação de aldeias e comunidades, observou-se a construção de barcos, tornando com isso possível a pesca em lagoas, rios e mares. A cultura do Neolítico: vida e sociedade HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 3 - SURGIMENTO DE TÉCNICAS AGRÍCOLAS Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 11 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Com a agricultura ocorreu uma das mais fundamentais mudanças na vida do homem: a passagem do nomadismo para o sedentarismo. Durante milhares de anos o homem viveu da coleta, da caça e da pesca. As sociedades que vivem dessas atividades são nômades. Deslocam-se de um lugar para outro à medida que os recursos naturais escasseiam. Era preciso acompanhar o deslocamento das manadas de animais, procurar rios mais piscosos e achar áreas novas para coletar alimentos. Foi durante o neolítico que ocorreu a sedentarização de muitos grupos humanos. A coleta constante fez o homem observar algumas características de determinadas plantas: época de frutificação, germinação, locais onde cresciam com maior facilidade e abundância, duração do ciclo de vida das plantas, etc. Assim, sem abandonar a caça, a pesca e a coleta, alguns grupos humanos passaram a cultivar plantas que estavam acostumados a coletar. Essa ação do homem vai, inclusive, mudar as características dessas plantas. Com isso surgiram espécies mais produtivas e mais adequadas ao uso humano. O mesmo ocorreu com os animais. A domesticação deve estar ligada ao hábito de recolher filhotes e criá-los para matar e comer mais tarde. Algumas espécies se aproximavam do acampamento de caçadores à procura de ossos e restos de comida. Assim, a passagem do nomadismo para o sedentarismo ocorreu gradualmente. Não raro, a agricultura e o pastoreio conviveram com o seminomadismo, configurando uma sedentarização incompleta. A agricultura, fixando os grupos humanos em uma determinada região, faz com que nessas agrícolas surjam novas formas de sociabilidade. Além disso, a agricultura deu mais segurança no que se refere a alimentação. O armazenamento de grãos garantia a sobrevivência alimentar por períodos mais longos. Os rebanhos e os instrumentos de trabalho eram propriedade de toda a comunidade. Não havia distinção social entre os membros do grupo: todos trabalhavam e o produto era consumido igualmente por todos, ocorrendo somente a divisão sexual do trabalho: as mulheres teciam, cuidavam das plantações e faziam cestos, enquanto os homens lidavam com os animais e construíam abrigos. A necessidade de defesa provocou a formação de grupos sociais mais complexos: as tribos. Uma das grandes invenções do período Neolítico foi a cerâmica, que melhorou a qualidade da alimentação do homem primitivo. Também teve início a HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 3 - SURGIMENTO DE TÉCNICAS AGRÍCOLAS Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 12 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” construção de casas de barro, junco ou madeira. Os instrumentos eram ainda feitos de pedra ou osso, mas recebiam um acabamento: eram polidos com areia até adquirir formas mais úteis e adequadas. No final do neolítico (5000-4000 a.C.), o homem passou a utilizar também metais nobres, como o cobre, para fabricar instrumentos. Esse metal podia ser trabalhado frio e facilitava a produção de instrumentos mais duráveis que os de osso ou pedra. Inicia-se aí, a Idade dos Metais. BUSCANDO CONHECIMENTO INDICAÇÕES Para maior aprofundamento, acesse: Disponível em: <http://www.arqueologia.arq.br/page4-8.htm> Acesso em 30 de maio de 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=UKu2VzjsoBE> Acesso em 01 de junho de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 4 - A ERA DO BRONZE Thomaz Garcia Wagner Montanhini 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer as principais características e periodização da pré-história; identificar as condições de vida do homem pré-histórico, a transição do período neolítico, e as principais características do período final da pré-história. ESTUDANDO E REFLETINDO A era do bronze Entre 6000 a 5000 a.C., podemos dizer, com base nas pesquisas sobre esse tema, que, em certas aldeias neolíticas, já se observava o emprego dos metais como ferro e bronze. Por essa razão, alguns autores denominaram de Idade dos Metais. Técnicas de fundição de cobre, ferro e bronze, aperfeiçoamento de utensílios e armas caracteriza para os historiadores a Idade dos Metais. Apesar da impossibilidade de estabelecer uma cronologia exata desses avanços, supõe-se que o bronze tenha sido utilizado em diversas áreas do Oriente já por volta de 4000 a.C., alcançando a Europae o mundo mediterrâneo cerca de 2 mil anos depois. Como vimos em unidades anteriores nesta disciplina, o desenvolvimento técnico aplicado na agricultura possibilitou maior produção e um consequente aumento populacional. Alguns grupos familiares passaram a exercer domínio sobre outros grupos, gerando sociedades ampliadas. A necessidade de garantir a defesa e a produção em áreas relativamente extensas, habitadas por várias aldeias ou grupos familiares (as tribos), levou ao início da organização de Estados. As grandes transformações ocorridas ao longo do período Neolítico mudaram radicalmente as formas de convivência humana em algumas regiões do mundo. A posse coletiva, que até então prevalecia nas comunidades, passou a coexistir com situações de posse privada: os instrumentos e o fruto do trabalho, antes pertencentes a toda comunidade, agora se tornavam exclusivos de cada indivíduo, de famílias ou de grupos de famílias. Surgiram, nesse período, as O conceito de Estado é muito importante para o estudo e o entendimento da História. Em síntese, significa a autoridade própria que organiza uma sociedade, que define regras para a convivência do conjunto das pessoas submetidas a essa autoridade e que faz que as regras sejam cumpridas, valendo-se de um conjunto de instituições. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 4 - A ERA DO BRONZE Thomaz Garcia Wagner Montanhini 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” primeiras organizações sociais, com a criação do Estado e o desenvolvimento da escrita – primeiramente, ao que parece, Oriente Próximo, no Egito e na Mesopotâmia. Fonte: http://www.historia.uff.br/nec/imagem/grandes-cidades-do-oriente-pr%C3%B3ximo Acesso em 23 de maio de 2014. Mas uma questão importante é lançada pelos estudiosos: por que denominar-se “pré-histórico” ao período que se segue? Qual o sentido nesse caso de ser “pré-histórico”? Para uma concepção mais tradicional da linha historiográfica, existem pesquisadores afirmando que, apenas e tão somente com a invenção da escrita, encerra-se a “Pré-História”, pois a partir do momento em que se pode utilizar a escrita para manifestar uma representação, a história humana se inicia. Tal concepção é bastante criticada nos dias atuais por vários historiadores. Mais à frente, vamos refletir a respeito. Oriente Próximo: nome que, antes da Segunda Guerra Mundial, era dado às terras mais próximas da Europa, estendendo‐se do Mediterrâneo ao Golfo Pérsico. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 4 - A ERA DO BRONZE Thomaz Garcia Wagner Montanhini 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Contudo, a análise com critérios mais rigorosos possibilitará perceber que a invenção da escrita coincide com uma série de outras modificações na maneira de viver dos grupos humanos, situações e contextos culturais por eles desenvolvidos, o que nos permite inferir que, em torno de 5000 anos a. C., os homens chegaram a um estágio de Civilização. Ainda com relação à escrita faz-se necessário dizer que ela veio ao encontro de novas necessidades culturais do homem. Com ela houve efeitos e não, propriamente, uma causa das grandes transformações políticas, econômicas e religiosas da época, ainda que, o processo de manifestação de linguagem, tenha significado a possibilidade de avanços em todos esses setores. A chamada máscara de Agamenon Fonte: http://www.sitedecuriosidades.com/im/g/3F531.jpg Acesso em 23 de maio de 2014. BUSCANDO CONHECIMENTO Para recordar: Períodos pré-históricos. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 4 - A ERA DO BRONZE Thomaz Garcia Wagner Montanhini 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” PALEOLÍTICO NEOLÍTICO IDADE DA PEDRA LASCADA Coleta, caça e pesca Nomadismo Abrigos provisórios Instrumentos de pedra, ossos e, possivelmente, madeiras lascados Bandos pouco numerosos IDADE DA PEDRA POLIDA Prática da agricultura e criação de animais Seminomadismo e sedentarismo Moradias fixas Instrumentos de pedra e ossos polidos, cestaria e cerâmica IDADE DOS METAIS Metalurgia Organizações sociais mais numerosas HISTÓRIA ANTIGA – UNIDADE 5 MESOPOTÂMIA Profº Esp. Thiago Thomaz Garcia Profº Dr. Wagner Montanhini 1 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Analisar as condições sociais, econômicas e políticas, na região localizada entre os rios Tigre e Eufrates. Vamos estudar uma região que hoje faz parte de noticiários e dilemas internacionais em termos econômicos, sociais e culturais. Não vamos falar de petróleo, mas de onde grande parte do petróleo consumido nas mais variadas partes do planeta é produzido: Iraque, ou, Mesopotâmia. ESTUDANDO E REFLETINDO Mesopotâmia: esplendor e vida urbana. Observe, no mapa abaixo, a localização dessa região que foi marcada pelo desenvolvimento de vários povos e foi também denominada de “crescente fértil”. Dada a riqueza natural que ali se produz, até hoje, é cenário de grandes conflitos. Rios Tigre e Eufrates Fonte: http://tecendoasabedoria.blogspot.com/2010/05/mesopotamia.html HISTÓRIA ANTIGA – UNIDADE 5 MESOPOTÂMIA Profº Esp. Thiago Thomaz Garcia Profº Dr. Wagner Montanhini 2 A Mesopotâmia era a região situada entre os rios Tigre e Eufrates, por isso denominada de “entre rios” ou “mesopotâmia”. Ali, uma variedade de povos se instalou, destacando-se sumérios, assírios, acádios e babilônicos. Era uma região com farta irregularidade natural, contribuindo, assim, para que uma quantidade grande de obras de irrigação e drenagem fosse realizada ao longo de sua história. A maior parte da população da região vivia em cidades, governadas por um patesi (rei-sacerdote) e inseridas por entre os montes Zagros, atual Irã, a leste, até os desertos da Arábia Saudita, a oeste, com os rios que escorriam das montanhas para o golfo Pérsico. Já a parte mais ao norte, situada na alta mesopotâmia, era a mais montanhosa, de condição desértica e com isso menos fértil. O centro e o sul entre os rios Tigre e Eufrates situavam a baixa mesopotâmia, com planícies muito férteis. Em pesquisas recentes, arqueólogos revelam descobertas, indicando que a sedentarização da região Mesopotâmia ocorreu durante a transição do Paleolítico para o Neolítico, o que gerou para muitos deles o indício de organizações civilizadas antes de qualquer outra do mundo. Com a formação de núcleos urbanos, a região teve, ao longo dos tempos, um completo desenvolvimento de seu sistema hidráulico, o que tendia a favorecer a utilização para a agricultura dos pântanos e evitava as inundações em época de chuvas e cheias, garantindo, com isso, o armazenamento de água para os grandes períodos de estiagem local. O desenvolvimento dos aglomerados urbanos e das atividades agrícolas fez com que algumas cidades, como Uruk, se tornassem prósperas na região. Com isso, além de se fixar, a população local se efetivou em termos de defesa militar, bastando que com isso houvesse uma centralização política para melhor governar, obtendo um controle maior da população. Na mesopotâmia, guerras eram constantes, pois invasões de tribos sobre tribos ocorriam de modo rotineiro. Os povos mesopotâmicos formavam uma sociedade muito organizada e que ficaram conhecidas pelas dezenas de cidades-estados (muito parecidas com as cidades HISTÓRIA ANTIGA – UNIDADE 5 MESOPOTÂMIA Profº Esp. Thiago Thomaz Garcia Profº Dr. Wagner Montanhini 3 gregas, por serem independentes) e que ocupavam a região dos rios Tigres e Eufrates. Em cada uma dessas cidades havia a presença de uma autoridade que era responsável por tomar as decisões de cunho político e religioso nessas tribos. Os reis tinham sua imagem vinculada aos deuses, porém não eram vistos como divindades(teocracia). Habitavam suntuosos palácios e tinham um amplo corpo de funcionários a sua disposição. Logo após o rei e seus familiares, a pirâmide social dos povos mesopotâmicos contava com uma classe intermediária que era integrada por nobres, guerreiros, funcionários públicos e sacerdotes que desempenhavam algumas importantes funções que ajudavam a manter a dinâmica do estado. A grande maioria da população era pertencente a uma classe mais baixa que estavam incluídos os camponeses e trabalhadores que prestavam serviço à comunidade. No campo científico, os mesopotâmicos tiveram destaque no desenvolvimento da escrita com a criação de um sistema de caracteres cuneiformes, criando assim a escrita cuneiforme. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TEJFKCO3wAI/AAAAAAAAFok/FpKXf5sEFAQ/s400/untitled.bmp Fonte: http://operamundi.uol.com.br/arquivos/upload/800px-Cuneiform_writing_Ur.jpg Teocracia - forma de governo em que o governante exerce o poder como o representante de um deus ou se apresenta como a própria divindade. http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TEJFKCO3wAI/AAAAAAAAFok/FpKXf5sEFAQ/s400/untitled.bmp http://operamundi.uol.com.br/arquivos/upload/800px-Cuneiform_writing_Ur.jpg HISTÓRIA ANTIGA – UNIDADE 5 MESOPOTÂMIA Profº Esp. Thiago Thomaz Garcia Profº Dr. Wagner Montanhini 4 Com o grande processo das atividades comerciais, a álgebra teve também um grande desenvolvimento com as operações matemáticas e o sistema de pesos e medidas. Na arquitetura, onde os mesopotâmicos destacam-se através da construção de grandes de enormes palácios e templos que ficaram conhecidos como zigurates. BUSCANDO CONHECIMENTO INDICAÇÕES Para aprofundamento dos conceitos aqui estudados pesquise nos sites abaixo: Disponível em: <http://www.uned.es/geo-1-historia-antigua- universal/MESOPOTAMIA/Textos/Textos_1.htm> Acesso em 22 de junho de 2014. Disponível em: <http://www.mesopotamia.co.uk/menu.html#> Acesso em 23 de junho de 2014. Documentário: Civilizações perdidas - Mesopotâmia. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=uF_-_OWexPA> Acesso em 23 de junho de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 6 - SUMÉRIOS E ACADIANOS Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 21 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Analisar as condições sociais, econômicas e políticas, na região localizada entre os rios Tigre e Eufrates em especial, os sumérios e acadianos. ESTUDANDO E REFLETINDO Sumerianos e acadianos (antes de 2000 a.C.) No final do período Neolítico, os povos sumerianos, vindos do planalto do Irã, fixaram-se na Caldeia (Média e Baixa Mesopotâmia) e fundaram diversas cidades autônomas, verdadeiros Estados independentes, como Ur, Uruk, Nipur e Lagash. Cada uma delas era governada por um patesi, supremo-sacerdote e chefe militar absoluto. Fonte: http://www.tudook.com/guiadoensino/images/474px-dinastico_arcaico_svg.png HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 6 - SUMÉRIOS E ACADIANOS Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 22 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Os deuses eram considerados os proprietários de todas as terras, a quem os homens sempre deviam servir, sendo as cidades suas moradas terrenas. Junto aos templos das cidades, homenageando o seu deus patrono, eram erigidos zigurates, pirâmides de tijolos maciços, que serviam de santuários e acesso dos deuses, quando desciam até seu povo. Empreendedores e criativos, os sumérios estabeleceram relações comerciais com vários povos da costa do Mediterrâneo e do vale do Indo. Inventaram a escrita cuneiforme (caracteres em forma de cunha) que foi utilizada por todas as civilizações da Mesopotâmia e povos vizinhos. Enquanto as cidades-estados sumerianas viviam constantemente em guerra pela supremacia na região, produzindo hegemonias sucessivas, os acadianos, povos de origem semita, ocupavam a região central da Mesopotâmia. Por volta de 2300 a.C., o rei acadiano Sargão I, unificou politicamente o centro e o sul da Mesopotâmia, dominando os sumerianos. Esse rei torna-se conhecido como o “soberano dos quatro cantos da terra”. Ao mesmo tempo, o Império acadiano incorporou a cultura sumeriana, com destaque para os registros da nova língua semítica. Devido às diversas revoltas internas e a continuação de invasões estrangeiras, o Império acadiano acabou se enfraquecendo e desapareceu – ao redor de 2100 a.C. -, permitindo o breve reerguimento de algumas das cidades- estados sumerianas, como Ur. TEXTO O mito sumério do dilúvio. O mito do dilúvio, posteriormente espalhados por todo o Antigo Testamento (Gênesis 6-8), é na verdade um antigo mito sumério, conhecido em sua primeira versão de uma tábua encontrada em Nippur. Nele, os deuses punir os "cabeças negras" o envio de uma catástrofe natural de um homem que é salvo, Ziusudra, um construtor de barcos que se refugiaram em diferentes espécies animais. O tema também está presente na literatura assíria, onde o herói é Atrahasis. O processo de reformulação, depois de sofrer alguns mitos sumério faz a história do dilúvio é incorporado ao poema de Gilgamesh, fazendo com que a entrevista supreviviente do desastre. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 6 - SUMÉRIOS E ACADIANOS Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 23 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Os restos de um desastre natural ter sido procurado na Baixa Mesopotâmia, para provar a historicidade do episódio, mas sem resultados aparentes. A verdade é que a enchente serviu como uma relação temporal entre as comunidades sumério, o mais antigo, cuja história é laço dinástica com ele. Por exemplo, "... depois do dilúvio, royalty descer do céu uma segunda vez para a cidade de Kish ...». O mito transmite a existência da cidade e da monarquia como um processo anterior ao período em que os sumérios colocar o dilúvio. (Pilar González-Conde). (...) Eu quero a minha destruição da raça humana Nintu quer parar a destruição das minhas criaturas. Eu retornarei as pessoas para os seus estabelecimentos. Cidades Criada em toda parte e eu serei o tom suave. Substitua os tijolos em nossos templos nos lugares sagrados, (e) os locais das nossas decisões nos lugares consagrados. Vou preparar a água corretamente há santo que extingue o fogo, completará as regras divinas sublime e decretos, a terra será irrigada e eu estabelecerei a paz lá. Depois de An, Enlil, Enki e Ninhursag trem criado (pessoas) de cabeça preta desenvolvido vegetação luxuriante, na terra, animais de todos os tamanhos, quadrúpedes, foram classificadas como planícies e ornamento adequado [---] Eu vou considerar (seus esforços ansiosos). (Depois), a construtora do país, havia estabelecido os fundamentos, (quando o cetro) da realeza tinha descido do céu, tiara após o sublime (e) o trono da realeza tinha descido do céu, ele completou (as regras divinas e o destino sublime). Fundou (cinco) cidades (lugares puros); deram seus nomes e designadas como centros de culto. A primeira dessas cidades, Eridu, ele deu a Nudimmud chefe, O Baltibira segundo, deu a nugig, A terceira, LARAK, deu a Pabilsag, o quarto, Sippar, foi entregue ao herói Utu, o quinto, Shuruppak, deu-Sud Ele anunciou os nomes das cidades designadas e centros de culto; não impediu que a terra (anual) de inundação, (mas) escavados e trouxe a água, e estabeleceu a limpeza de pequenos canais e valas de irrigação. [---] (...) a inundação (...) e estava convencido de (...). Então Nintu chorou (para as Suas criaturas) como um (...); Divino Inana cantou um lamento pelo seu povo; Enki tomou conselho de si mesmo. An, Enlil, Enki (e) Ninhursag, os deuses do universo foram empossados pelos nomes de An e Enlil. Então, o rei Ziusudra, o pashishu de (...) construída (...). HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE6 - SUMÉRIOS E ACADIANOS Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 24 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Humildemente obediente, ele reverentemente (...); ocupados todos os dias, ele constantemente (...). Este não foi um sonho, sair e falar (...), invocando o céu (e) o submundo, ele (...). No Ki-Ur, os deuses, um muro (...). Ziusudra ouviu seu lado, de pé no lado esquerdo da parede (...): "Ao longo da parede, eu vou lhe dizer uma palavra (ouvir) a minha palavra, ouvidos às minhas instruções: A enchente vai inundar todas as residências, todos os locais de culto, para destruir a semente da humanidade (...). (Isso) é a decisão do decreto da Assembleia (os deuses). (Isso) é a palavra de An, Enlil (e Ninhursag). (...) A destruição da realeza. Agora (...)» [---] (...) Todas as tempestades e ventos quebrou; (no momento) a inundação invadiu as casas de culto. Depois do dilúvio varreu a terra por sete dias e sete noites, E o barco enorme tinha sido abalada por sobre as águas vasta por tempestades Utu saiu, iluminando o céu e a terra. Ziusudra depois abriu uma janela de seu barco grande Utu e fez seus raios penetram no barco gigante. Rei Ziusudra prostrou-se (então), antes de Utu; o rei sacrificado um grande número de bois e ovelhas. "Invocareis pelo céu e da terra (...)» Um (e) Enlil invocada pelo céu e da terra (...), e fez os animais parecem emergir da terra. Rei Ziusudra prostrou-se diante de uma (e) Enlil. Um (e) Enlil Ziusudra cuidada, deu a vida como ela (a de) um deus, fez cair por ele como um suspiro eterno (a de) um deus. Então o rei Ziusudra, que salvou as sementes da destruição da humanidade, nesse momento, no exterior, no Oriente, Dilmun, (nós) não vivem. Fonte http://pt.wikilingue.com/es/Gilgamesh. Acesso em 22 de maio de 2010. BUSCANDO CONHECIMENTO Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/historiageral/sumerios- acadios.htm> Acesso em 23 de junho de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 6 - SUMÉRIOS E ACADIANOS Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 25 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Documentário: Civilizações perdidas - Mesopotâmia. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=uF_-_OWexPA> Acesso em 23 de junho de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 7 - O IMPÉRIO BABILÔNICO Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 26 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Analisar as condições sociais, econômicas e políticas, na região localizada entre os rios Tigre e Eufrates em especial, o Primeiro Império Babilônico entre 200 a.C à 1750 a.C., o Código de Hamurabi e o Segundo Império Babilônico (612 a.C. – 539 a. C.). ESTUDANDO E REFLETINDO O Primeiro Império Babilônico (2000 a.C. – 1750 a. C) Entre os invasores que destruíram o Império acadiano destacam-se os amoritas. Vindos do deserto da Arábia, impuseram seu domínio na Mesopotâmia, partindo de sua cidade principal chamada Babilônia. As disputas entre ela e as demais cidades-estados mesopotâmicas, além de outras ondas invasoras, resultaram uma luta quase ininterrupta até o início do século XVIII a.C., quando Hamurabi, rei da Babilônia, realizou a completa unificação, conseguindo dominar toda a região, desde a Assíria, na Alta Mesopotâmia, até a Caldeia, no sul, fundando o Primeiro Império Babilônico. Rapidamente, a capital babilônica transformou-se num dos principais centros urbanos da antiguidade, sediando um poderoso império e convertendo-se no eixo cultural e econômico da região do Crescente Fértil. Hamurabi também elaborou o primeiro código de leis completo de que se tem notícia, baseado nas antigas tradições sumerianas e contextos próprios de uma época vivida. O código de Hamurabi apresenta uma diversidade de procedimentos jurídicos e determinação de penas para uma vasta gama de crimes, partindo, da maior parte delas, do princípio do “olho por olho, dente por dente”. O código de Hamurabi decorria da Lei de Talião que preconizava que as punições fossem idênticas aos delitos cometidos. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 7 - O IMPÉRIO BABILÔNICO Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 27 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Código de Hamurabi em tamanho natural Fonte: http://parceiropensador.net/?q=system/files&file=hammurabi.jpg. Acesso em 21de junho de 2014. Código instituído pelo Rei Hamurabi 1700 anos antes de Cristo. fonte: http://gdpfazendohistoria.blogspot.com/2010/07/codigo-de-hamurabi.html O código abarca praticamente todos os aspectos da vida babilônica, passando pelo comércio, propriedade, herança, direitos da mulher, família, adultério, falsas acusações e escravidão. As punições variavam de acordo com a posição social da vítima e do infrator. Hamurabi também empreendeu uma ampla reforma HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 7 - O IMPÉRIO BABILÔNICO Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 28 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” religiosa, transformando o deus Marduk, da Babilônia, no principal deus da Mesopotâmia, mesmo mantendo as antigas divindades. A Marduk foi erguido um templo junto ao qual foi erigido o Zigurate de Babel, citado pelo Livro do Gênesis (Bíblia) como uma torre para se chegar ao céu. Após a morte de Hamurabi, o império entrou em decadência principalmente por causa das rebeliões internas e novas ondas de invasões, como a dos hititas e a dos cassitas. A desorganização do Império Babilônico promoveu o surgimento de vários reinos menores rivais, propiciando a ascensão dos assírios, a partir de 1300 a. C. Como introdução o Código possuía o seguinte texto: Quando o alto Anu, Rei de Anunaki e Bel, Senhor da Terra e dos céus, determinador dos destinos do mundo, entregou o governo de toda a humanidade a Marduc; quando foi pronunciado o alto nome da Babilônia; quando ele a fez famosa no mundo e nela estabeleceu um duradouro reino cujos alicerces tinham a firmeza do céu e da terra, por esse tempo Anu e Bel me chamaram, a mim Hamurabi, o excelso príncipe, o adorador dos deuses, para implantar justiça na terra, para destruir os maus e o mal, para prevenir a opressão do fraco pelo forte, para iluminar o mundo e propiciar o bem estar do povo. Hamurabi, governador escolhido por Bel, sou eu; eu o que trouxe a abundância à terra; o que fez obra completa para Nippur e Dirilu; o que deu vida à cidade de Uruk; supriu água com abundância aos seus habitantes; o que tornou bela a nossa cidade de Brasíppa; o que encelerou grãos para a poderosa Urash; o que ajudou o povo em tempo de necessidade; o que estabeleceu a segurança na Babilônia; o governador do povo, o servo cujos feitos são agradáveis a Anuit. Alguns artigos do Código: Art. 1º - Se alguém acusa outro, lhe imputa um sortilégio, mas não pode dar prova disso, aquele que acusou deverá ser morto. Art. 3º - Se alguém em um processo se apresenta como testemunha de acusação e não prova o que disse, se o processo importa perda de vida, ele deverá ser morto. Art. 4º - Se alguém se apresenta como testemunha por grão e dinheiro, deverá suportar a pena cominada no processo. Art. 5º - O juiz prolator de uma sentença errada será punido com o pagamento das custas multiplicadas por 12, e ainda será expulso publicamente de sua cadeira Art. 15 - Se alguém furta pela porta da cidade um escravo ou uma escrava da Corte, ou escravo ou escrava de um liberto, deverá ser morto. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 7 - O IMPÉRIO BABILÔNICO Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 29 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Art. 16 - Se alguém acolhe em sua casa um escravo ou escrava fugidos da Corte ou de um liberto e depois da proclamação pública do mordomo, não apresenta, o dono da casa deverá ser morto. Art. 127 - Se alguém difama uma mulher consagradaou a mulher de um homem livre e não pode provar, se deverá arrastar esse homem perante o Juiz e tosquiar-lhe a fronte. Art. 128 - Se alguém toma uma mulher, mas não conclui contrato com ela, essa mulher não é esposa. Art. 129 – Se a esposa de alguém é encontrada em contato sexual com um outro, deve-se amarrá-los e lançá-los n'água, salvo se o marido perdoar à sua mulher e o rei a seu escravo. Art. 130 – Se alguém viola a mulher que ainda não conheceu homem e vive na casa paterna e tem contato com ela e é surpreendido, este homem deverá ser morto e a mulher irá livre. Art. 131 – Se a mulher de um homem livre é acusada pelo próprio marido, mas não surpreendida em contato com outro, ela deverá jurar em nome de Deus e voltar à sua casa. Art. 195 - Se um filho espanca seu pai, dever-se-lhe-á decepar as mãos. O Segundo Império Babilônico (612 a.C. – 539 a. C.) Os caldeus, povo de origem semita, derrotaram os assírios e fizeram da Babilônia novamente a capital da Mesopotâmia. Assim, nasceu o Império Neobabilônico, mais grandioso que o de Hamurabi e mais de mil anos depois. Durante o reinado de Nabucodonosor (604 a.C. – 561 a.C.), o Segundo Império Babilônico viveu o seu apogeu. Foi a época das grandes construções públicas, como os templos para vários deuses, especialmente o de Marduk, as grandes muralhas da cidade e os palácios. Nabucodonosor também expandiu seu Império, dominando boa parte da Fenícia, Síria e Palestina, escravizando os habitantes do reino de Judá, que foram transferidos como escravos para a capital (“Cativeiro da Babilônia”) O Segundo Império Babilônico não sobreviveu por muito tempo após morte de Nabucodonosor, sendo conquistado em 539 a.C. pelo rei persa Ciro I. A partir de então, a Mesopotâmia e seus domínios passaram a pertencer ao Império Persa. BUSCANDO CONHECIMENTO HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 7 - O IMPÉRIO BABILÔNICO Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 30 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Disponível em:<http://www.historiadomundo.com.br/babilonia/> Acesso em 26 de junho de 2014. Documentário: Nabucodonosor ll e o Império Babilônico. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=V3dRFi3gzJg> Acesso em 26 de junho de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 8 - MESOPOTÂMIA: ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 31 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Analisar as condições sociais, econômicas e culturais, nas quais se produziram as sociedades que viveram na região localizada entre os rios Tigre e Eufrates. ESTUDANDO E REFLETINDO Economia, sociedade e cultura Mesopotâmica A estrutura produtiva mesopotâmica, tal como a do Egito, inseria-se no modo de produção asiático, tendo a agricultura como atividade principal e a população submetida ao sistema de servidão coletiva. A unidade econômica da cidade-estado ou do império dependia do templo, eixo da religião, e dos sacerdotes, que atuavam como elo de ligação entre a população e a autoridade política: o patesi, ou o imperador. As terras pertenciam aos deuses, os seus representantes (políticos e religiosos) administravam essas terras e dominavam camponeses, artesãos (padeiros, oleiros, tecelões, ferreiros, etc.), soldados e serviçais menores, obrigados a produzir, a defender e a trabalhar nas obras públicas. Uma aristocracia de governantes, sacerdotes e funcionários públicos, através do Estado, controlavam a construção de reservatórios de água, diques, canais de irrigação, estradas e depósitos de alimentos, além de impor tributos sobre quase tudo o que era produzido. Também contava com a mão de obra escrava, constituída dos vencidos nas guerras. O artesanato e o comércio mesopotâmico atingiram um alto grau de desenvolvimento, com seus negociantes, organizando caravanas que iam da Arábia à Índia, buscando ou levando produtos, como lã, tecidos, cevada e minerais, entre outras mercadorias. A cultura mesopotâmica descendia, em grande parte, dos sumérios, destacando-se especialmente a escrita cuneiforme. A religião mesopotâmica, de herança sumeriana e ampliada por seus sucessores, tinha inúmeros deuses que representavam fenômenos da natureza (atualmente são conhecidos cerca de três mil) e era vista como meio de obter recompensas nas terras imediatas, pois, ao contrário dos egípcios, os mesopotâmicos não acreditavam na vida após a morte. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 8 - MESOPOTÂMIA: ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 32 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” TEXTO O mito sumério do dilúvio. O mito do dilúvio, posteriormente espalhados por todo o Antigo Testamento (Gênesis 6-8), é na verdade um antigo mito sumério, conhecido em sua primeira versão de uma tábua encontrada em Nippur. Nele, os deuses punir os "cabeças negras" o envio de uma catástrofe natural de um homem que é salvo, Ziusudra, um construtor de barcos que se refugiaram em diferentes espécies animais. O tema também está presente na literatura assíria, onde o herói é Atrahasis. O processo de reformulação, depois de sofrer alguns mitos sumério faz a história do dilúvio é incorporado ao poema de Gilgamesh, fazendo com que a entrevista supreviviente do desastre. Os restos de um desastre natural ter sido procurado na Baixa Mesopotâmia, para provar a historicidade do episódio, mas sem resultados aparentes. A verdade é que a enchente serviu como uma relação temporal entre as comunidades sumério, o mais antigo, cuja história é laço dinástica com ele. Por exemplo, "... depois do dilúvio, royalty descer do céu uma segunda vez para a cidade de Kish ...». O mito transmite a existência da cidade e da monarquia como um processo anterior ao período em que os sumérios colocar o dilúvio. (Pilar González-Conde). (...) Eu quero a minha destruição da raça humana Nintu quer parar a destruição das minhas criaturas. Eu retornarei as pessoas para os seus estabelecimentos. Cidades Criada em toda parte e eu serei o tom suave. Substitua os tijolos em nossos templos nos lugares sagrados, (e) os locais das nossas decisões nos lugares consagrados. Vou preparar a água corretamente há santo que extingue o fogo, completará as regras divinas sublime e decretos, a terra será irrigada e eu estabelecerei a paz lá. Depois de An, Enlil, Enki e Ninhursag trem criado (pessoas) de cabeça preta desenvolvido vegetação luxuriante, na terra, animais de todos os tamanhos, quadrúpedes, foram classificadas como planícies e ornamento adequado [---] Eu vou considerar (seus esforços ansiosos). (Depois), a construtora do país, havia estabelecido os fundamentos, (quando o cetro) da realeza tinha descido do céu, tiara após o sublime (e) o trono da realeza tinha descido do céu, ele completou (as regras divinas e o destino sublime). Fundou (cinco) cidades (lugares puros); deram seus nomes e designadas como centros de culto. A primeira dessas cidades, Eridu, ele deu a Nudimmud chefe, O Baltibira segundo, deu a nugig, A terceira, LARAK, deu a Pabilsag, o quarto, Sippar, foi entregue ao herói Utu, HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 8 - MESOPOTÂMIA: ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 33 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” o quinto, Shuruppak, deu-Sud Ele anunciou os nomes das cidades designadas e centros de culto; não impediu que a terra (anual) de inundação, (mas) escavados e trouxe a água, e estabeleceu a limpeza de pequenos canais e valas de irrigação. [---] (...) a inundação (...) e estava convencido de (...). Então Nintu chorou (para as Suas criaturas) como um (...); Divino Inana cantou um lamento pelo seu povo; Enki tomou conselho de si mesmo. An, Enlil, Enki (e) Ninhursag, os deuses do universo foram empossados pelos nomes de An eEnlil. Então, o rei Ziusudra, o pashishu de (...) construída (...). Humildemente obediente, ele reverentemente (...); ocupados todos os dias, ele constantemente (...). Este não foi um sonho, sair e falar (...), invocando o céu (e) o submundo, ele (...). No Ki-Ur, os deuses, um muro (...). Ziusudra ouviu seu lado, de pé no lado esquerdo da parede (...): "Ao longo da parede, eu vou lhe dizer uma palavra (ouvir) a minha palavra, ouvidos às minhas instruções: A enchente vai inundar todas as residências, todos os locais de culto, para destruir a semente da humanidade (...). (Isso) é a decisão do decreto da Assembleia (os deuses). (Isso) é a palavra de An, Enlil (e Ninhursag). (...) A destruição da realeza. Agora (...)» [---] (...) Todas as tempestades e ventos quebrou; (no momento) a inundação invadiu as casas de culto. Depois do dilúvio varreu a terra por sete dias e sete noites, E o barco enorme tinha sido abalada por sobre as águas vasta por tempestades Utu saiu, iluminando o céu e a terra. Ziusudra depois abriu uma janela de seu barco grande Utu e fez seus raios penetram no barco gigante. Rei Ziusudra prostrou-se (então), antes de Utu; o rei sacrificado um grande número de bois e ovelhas. "Invocareis pelo céu e da terra (...)» Um (e) Enlil invocada pelo céu e da terra (...), e fez os animais parecem emergir da terra. Rei Ziusudra prostrou-se diante de uma (e) Enlil. Um (e) Enlil Ziusudra cuidada, deu a vida como ela (a de) um deus, HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 8 - MESOPOTÂMIA: ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 34 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” fez cair por ele como um suspiro eterno (a de) um deus. Então o rei Ziusudra, que salvou as sementes da destruição da humanidade, nesse momento, no exterior, no Oriente, Dilmun, (nós) não vivem. Fonte: http://pt.wikilingue.com/es/Gilgamesh. Acesso em 22 de maio de 2012. BUSCANDO CONHECIMENTO Disponível em: <http://descobrindohistoria.com.br/2012/06/resumo-mesopotamia/> Acesso em 26 de junho de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 9 - EGITO: formação política I Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 35 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Reconhecer o Egito como grande potência da antiguidade, identificando suas principais características administrativas e políticas. Destacar os principais períodos da história política egípcia, bem como seus principais líderes. ESTUDANDO E REFLETINDO O nascer de um Império. O Egito está entre as principais e primeiras grandes civilizações orientais, baseadas na servidão coletiva. Um dos pontos de sua notoriedade foi possuir grandes obras públicas como palácios, templos, pirâmides, além de canais de irrigação, diques, de extrema importância para a agricultura. O Estado egípcio contava com um poder despótico, que controlava toda a estrutura econômica, social e cultural. O meio administrativo pautava-se por possuir uma instituição burocrática forte. O mundo cultural, militar e religioso controlava e deixava a sociedade, sob a sua subjugação. Estando situado ao nordeste da África, numa localização em que o meio se faz desértico, o Nilo, seu principal rio, que o corta, foi a riqueza maior do Egito. As chuvas em demasia, durante o mês das águas na nascente, no vale sul de seu território, provocam transbordamento de suas águas. O mais interessante é que com essas cheias, ao invadirem as margens do rio, depositam o húmus fertilizante. Isso ajudava muito a terra a ser adubada para que quando terminasse o período das cheias e o rio voltasse ao seu leito normal, as margens estivessem já preparadas para uma agricultura farta e grandiosas colheitas. Tal quadro só favoreceu o aparecimento das primeiras aldeias em estado neolítico na região no vale do Nilo, constituindo-se na forma de nomos, que eram comunidades independentes a desenvolver uma agricultura ainda rudimentar. Com o sedentarismo na região, pôde a comunidade crescer e se aprimorar aos poucos nas técnicas agrícolas, ocasionando uma produção de excedentes que, gradualmente, veio possibilitar o crescimento das comunidades e o surgimento das cidades. Com esse fenômeno, diferenciaram-se socialmente. Um dos aspectos que a região do Nilo desenvolveu foram as técnicas de irrigação e drenagem, além de formar culturas, como a escrita no desenvolvimento da linguagem e comunicação. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 9 - EGITO: formação política I Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 36 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” O rio Nilo visto de uma projeção aérea. Fonte: http://www.ebdweb.com.br/imagens/nilo.jpg. Acesso em 23 de maio de 2010. A história política do Egito: O antigo Império (3200 a.C. – 2000 a.C.) O cenário de estruturação das aldeias agrícolas e, com elas, uma reconfiguração social, possibilitaram o surgimento de certos nomos e as diferentes ações das elites que vão postular a formação do Estado, unindo os territórios, possibilitando a formação de dois reinos por volta de 3500 a.C: o alto Egito, bem ao sul do rio Nilo, e o baixo Egito, localizado ao norte. Somente perto de 3200 a.C., que Menes, governante do alto Egito, firma a unidade, fazendo-se faraó de todo o Egito, tornando-se o primeiro governante de um Estado unificado e subordinado aos vários nomos. Com relação aos nomos, os monarcas convertidos de tais localidades, representavam o poder maior de tais sociedades, onde administravam aldeias, cidades, fazendo coleta de impostos e todas as formas de determinação emitidas pelo faraó. A unificação representa o início do chamado período dinástico. Com ele, o faraó passa a ter um papel central na história do povo egípcio, sendo o supremo poder, concentrando tudo em suas mãos e apropriando-se das terras. Cabia à população, em seu contexto geral, pagar tributos e servi-lo fielmente. Fora a sua dimensão de poder e papel dinástico maior, o imperador encarnava o religioso, o que passava a ser também considerado um deus vivo e assim ser honrado pela terra e céus. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 9 - EGITO: formação política I Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 37 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Uma grande parte da população trabalhava na agricultura e, na maioria das vezes, o faraó convocava-os para trabalhar em grandes obras para o Estado, como as pirâmides. Após 2780 a.C., foram erguidas as históricas pirâmides de Gize, que guarda os túmulos dos faraós da quarta dinastia, além das pirâmides de Quefren e Miquerinos. Pirâmides de Quéops, Quefren e Miquerinos. Fonte: http://www.infoescola.com/files/2009/08/1-a7fb3c9941.jpg Acesso em 23/05/10. Uma longa estabilidade política e social se fez no Egito e, a partir do ano de 2200 a.C., conheceu-se um dos mais graves períodos de desordens e falta de comando do poder central. Tudo estava ligado aos custos do grande aparelho estatal faraônico, mas a diminuição das grandes cheias, frutos do rio Nilo; crises de abastecimento e fome geraram revoltas populares. Tudo isso ocasionou uma grande desorganização no processo de produção, o que irá, obviamente, enfraquecer o poder central. Visto dessa forma, os poderes locais que ali se alicerçavam, irão ganhar uma nova importância e dinâmica. A caracterização dessa época é conhecida como idade feudal egípcia, devido às intermitentes lutas entre os monarcas e sociedade, o que caracteriza tal período como das primeiras revoltas da história, ou que se tem notícia delas. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 9 - EGITO: formação política I Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 38 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” BUSCANDO CONHECIMENTO Disponível em: <http://antigoegito.tripod.com/index2.htm> Acessoem 21de junho de 2014. Documentário: Construindo um Império - Egito Antigo (History Channel). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=6qaWDqg7kvw> Acesso em 22 de junho de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 10 - EGITO: formação política II Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 39 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Reconhecer o Egito como grande potência da antiguidade, identificando suas principais características administrativas e políticas. Destacar os principais períodos da história política egípcia, bem como seus principais líderes. ESTUDANDO E REFLETINDO O primeiro período intermediário (2134 a 2065 a.C.) No final da Sexta Dinastia, os nomos começaram a recobrar sua autonomia, revelando um enfraquecimento no poder central dos faraós e uma tendência à fragmentação política. Isso certamente esteve relacionado a uma queda nas colheitas devido à diminuição das cheias do Nilo, o que aumentou o descontentamento social e as revoltas contra o Estado. O Egito voltou a ser dividido em dois reinos: o do Alto e o do Baixo Egito. A reunificação ocorreu por volta de 2060 a.C. O Médio Império (2065 a 1785 a.C.) A partir da 12ª Dinastia, o Egito alcançou o período mais glorioso de sua história. A estabilidade interna coincidiu com o aumento de sua influência no exterior, e as fronteiras do país se ampliaram. No nível político, surgiu uma nova modalidade sucessória: o faraó dividia o trono com seu filho, para garantir a sucessão ainda em vida. O cargo de nomarca (autoridade provincial dos nomos) foi suprimido. O poder central controlava rigorosamente o país. Faziam-se recenseamentos para aferir o número de homens, cabeças de gado e terras aráveis. Com base nesses dados eram fixados impostos. A invasão de povos asiáticos pelo delta do Nilo, entretanto, corroeu a autoridade central, iniciando nova fragmentação política. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 10 - EGITO: formação política II Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 40 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” http://patigaier.blogspot.com.br/2011/04/normal-0-21-false-false-false_05.html O segundo período intermediário (1785 a 1580 a.C.) Povos asiáticos, chamados pelos egípcios de hicsos, estabeleceram-se no delta do Nilo, fixaram-se na cidade de Ávaris e, a partir dali, foram conquistando todo o país. Seguiu-se um período de dominação estrangeira, com os hicsos no poder. A luta contra os invasores se deu a partir da cidade de Tebas, e acabou sendo vitoriosa. Ávaris foi tomada e os hicsos expulsos. Os hicsos deixaram para os egípcios importantes conhecimentos. Entre eles o uso do cavalo, do carro de guerra e do tear vertical. Foram eles também que introduziram no Egito o gado Zebu e a fundição do bronze. O Novo Império (1580 a 1200 a.C.) O Novo Império teve início com a expulsão dos hicsos. Foi um período de grande influência dos sacerdotes do templo do deus Amon, ameaçando o próprio poder real. Amenófis IV (1372 a 1354 a.C.) reagiu a essa ameaça suprimindo o culto a Amon, instituindo uma nova capital e uma nova religião: a adoração ao disco solar, HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 10 - EGITO: formação política II Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 41 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Aton; o faraó mudou seu nome para Akhenaton, filho do sol. Foi uma tentativa de estabelecer uma religião monoteísta, diretamente controlada pelo faraó, e enfraquecer o poder e a influência dos sacerdotes. Com a morte de Akhenaton, os sacerdotes recuperaram o poder e restauraram o culto ao deus Amon. O sucessor de Akhenaton, Tutankamon, governou por pouco tempo. Após sua morte, o poder foi tomado por Horemheb, general que vinha se destacando na luta contra os hititas, um povo que tentava invadir o país. Os sacerdotes de Amon legitimaram o poder do novo Faraó. O Novo Império foi marcado também pelo militarismo, com a formação de um exército permanente e com a preocupação de estender o poder do Estado para outras regiões, como o norte da Mesopotâmia. Com isso, alguns faraós se destacaram como chefes militares, como Ramsés I, que se destacou na luta contra os hititas. O faraó Akhenaton e sua esposa Nefertiti deleitam-se com a atenção suas filhas e os raios de seu deus-sol, Aton. http://viajeaqui.abril.com.br/materias/faraos-egito Após o reinado de Ramsés ll, o Egito entrou em franca decadência. A frequente ocorrência de revoltas de camponeses, bem como as constantes invasões e o aumento da fome e da miséria levaram o país à dominação assíria. Em 653 a.C., os assírios foram expulsos e iniciou-se o chamado Renascimento Saíta, uma efêmera restauração do poder central. Mas a formação e HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 10 - EGITO: formação política II Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhini 42 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” o crescimento de uma nova força ameaçavam o Egito: o Império Persa, que avançava em várias direções. Em 332 a.C., tanto a Pérsia como o Egito passaram a ser um importante domínio do imperador Alexandre Magno em uma rápida conquista militar. BUSCANDO CONHECIMENTO Documentário : Planeta Egito Episódio 1 - O Nascimento de Um Império. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=aGDgl1XxtPA> Acesso em 20 de junho de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 11 - Sociedade e cultura egípcia Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhi 43 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Reconhecer o Egito como grande potência da antiguidade, identificando suas características socioculturais. ESTUDANDO E REFLETINDO Economia e sociedade. No antigo Egito, a organização das atividades produtivas era uma atribuição do Estado, detentor da maioria das terras férteis. Cabia a população camponesa, subjugada ao poder do faraó, pagar impostos, sob a forma de produtos ou trabalho, constituindo o que se denominava servidão coletiva. Na época das cheias do Nilo, quando a atividade agrícola era suspensa, os trabalhadores eram geralmente requisitados pelo Estado para trabalhar nas obras de construção de diques, canais de irrigação, templos, palácios e outros. A astronomia era usada para a previsão de cheias e vazantes do rio Nilo, necessárias para as práticas agrícolas, permitindo calcular com precisão a época do plantio e da colheita. Destacavam-se, entre outros produtos, o trigo, a cevada, o algodão, o papiro, o linho e, na criação de animais, cabras, carneiros e gansos, além da intensa pesca no rio Nilo. A partir dessa base econômica, a sociedade egípcia estruturava-se da seguinte forma: acima de todos achava-se o faraó e sua ampla família; logo abaixo na escala hierárquica, vinha a aristocracia privilegiada constituída por sacerdotes, funcionários do Estado (burocratas e militares) e nobres, descendentes das grandes famílias dirigentes dos nomos. Entre os burocratas destacavam-se os escribas, funcionários responsáveis pela contabilidade e supervisão da organização administrativa. Na base da sociedade egípcia, estava a ampla massa camponesa e o grupo não muito numeroso dos escravos, os quais, quase sempre, eram prisioneiros de guerra. A sujeição dos camponeses era conseguida graças à repressão e as características da cultura egípcia, na qual a religião, largamente difundida, promovia a preservação da ordem existente. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 11 - Sociedade e cultura egípcia Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhi 44 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Cultura e religião A religião politeísta foi o elemento cultural mais atuante no Egito antigo, constituída por uma centena de deuses, alguns em forma de animais. A diversidade de divindades remontavaas origens das aldeias e dos nomos do período pré- dinástico, com seus cultos locais, depois agrupados e remodelados numa religião nacional de todas as divindades egípcias, sobressaia-se Amon-ra (sol), especialmente fortalecido no império, após a tentativa frustrada de reforma religiosa de Amenofis IV. Outras divindades importantes era Osíris, Isis, Set, Horus, Anúbis e Apis. Osíris: um dos deuses da civilização do antigo Egito. Fonte imagem: http://seshdotcom.files.wordpress.com/2009/01/osiris.jpg. Acesso em 23/05/10. Havia vários deuses em cada localidade, ligados a animais ou antepassados tribais. Com a evolução da cultura egípcia, esses deuses foram tomando forma mista, de homens e animais, ou a forma humana (antropomorfismo). Todos os deuses eram cultuados simultaneamente, mas alguns – Rá, Ptah, Amon – acabaram HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 11 - Sociedade e cultura egípcia Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhi 45 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” por se impor sucessivamente, em todo o império, demonstrando o poder dos sacerdotes de cada região e a importância do poder central. Para o egípcio antigo, a morte tinha um especial interesse. Havia uma crença absoluta no renascer, daí a necessidade de preservação do cadáver e o desenvolvimento da técnica da mumificação. A crença dos egípcios na vida após a morte criou uma sofisticada arte funerária, incluindo pirâmides, hinos religiosos, fórmulas mágicas para serem usadas pelos mortos diante do tribunal dos deuses, objetos rituais, sarcófagos e esculturas. Grande parte do conhecimento que hoje temos sobre a civilização egípcia deve-se ao estudioso francês Champollion, que no século XIX decifrou a escrita hieroglífica. Essa forma de escrita desenvolveu-se no período Pré-Dinástico e foi sendo aperfeiçoada paulatinamente. Nela encontramos sinais que representam a fauna e a flora do Nilo, bem como instrumentos utilizados pelos egípcios, o que nos leva a crer que era uma escrita autóctone, isto é, nascida no próprio país. Havia também, dois outros tipos de escrita: a hierática (escrita mais simples), derivada da hieroglífica, para textos mais correntes, e a demótica, ainda mais simpes, de uso mais geral. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 11 - Sociedade e cultura egípcia Thiago Thomaz Garcia Wagner Montanhi 46 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” BUSCANDO CONHECIMENTO INDICAÇÕES Para ler algo a respeito do Antigo Egito, acesse os sites: Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/egito/> Acesso em 20 de maio de 2014. Disponível em: <http://antigoegito.tripod.com/index2.htm> Acesso em 30 de maio de 2014. Disponível em: <http://www.egipto.com.br/> Acesso em 07 de junho de 2014. Disponível em: <http://www.klepsidra.net/klepsidra16/egito-1.htm> Acesso em 07 de junho de 2014. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 12 - Fenícia, Pérsia e Judéia Thiago Thomaz Garcia 47 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer as principais características sociais, econômicas e políticas dos povos Persas, Fenícios e Hebreus. ESTUDANDO E REFLETINDO Persas e Medas Mas quem eram esses povos? Eram povos indo-germânicos que ali chegaram por volta do ano 1000 a.C. A princípio podemos dizer que foram dominados por outros povos da Mesopotâmia, contudo, os medas conseguiram vencer os assírios e chegar até a Ásia menor. A influência desse povo durou breve tempo. No decorrer dos anos subsequentes, os persas os dominaram levando com isso à uma unificação do Irã. Os persas prosseguiram suas conquistas dominando a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina e o Egito. O exército persa comandado por Dario. Fonte: http://laescueladeateanas.files.wordpress.com/2007/10/medicas-01.jpg. Acesso em 24/05/10 É exatamente no governo de Dario, que esse imenso Império foi habilmente dividido em regiões denominadas satrápias e visitadas periodicamente por emissários reais, o que fortalecia e garantia o poder central. Era uma estratégia moldada para estabelecer e fundamentar um Estado. Ao contrário dos Assírios, os persas se caracterizavam pelo respeito as culturas dominadas. O fim do império persa se deu, quando ocorreu o choque com os gregos, que os venceram nas guerras médicas. Posteriormente, tanto a Grécia quanto a Pérsia, foram dominados pelos macedônios. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 12 - Fenícia, Pérsia e Judéia Thiago Thomaz Garcia 48 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Império Persa Fonte: http://www.portalplanetasedna.com.ar/figura_persas00.jpg. Acesso em 24/05/10. OS FENÍCIOS Os fenícios eram um povo de origem semita, que habitavam uma estreita faixa litorânea (Líbano atual). Vivendo em território exíguo, sem boas condições para a agricultura e tendo um litoral disponível, desde cedo os fenícios foram impulsionados a navegar e a fazer comércio. Seus navios, partindo das cidades de Tiro, Sidon e Biblos, principalmente, percorriam o mediterrâneo, realizando uma autêntica expansão colonial. Várias colônias foram fundadas na orla do mediterrâneo. Particularmente uma delas estaria destinada, no futuro, a se tornar uma grande metrópole comercial: Cartago, no norte da África. Moeda fenícia Fonte: http://globulo.files.wordpress.com/2009/08/moeda_fen_cia.jpg. Acesso em 23/05/10. A Fenícia não constituía uma nação ou um império: ela se organizava em cidades-estado autônomas. Sua atividade comercial baseava-se não apenas na HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 12 - Fenícia, Pérsia e Judéia Thiago Thomaz Garcia 49 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” exportação de seus produtos, mas, na atuação com intermediário entre outros povos. Mapa da fenícia e toda a rota de navegação e comercio. Fonte: http://www.portalplanetasedna.com.ar/figura_fenicia00.jpg. Acesso em 24de maio de 2010. OS HEBREUS Quando se fala em povo hebreu, logo vem a nossa mente alguns personagens bíblicos como Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, além de outros. Mas vamos deter-nos em conhecer mais em específico o povo hebreu em si. Uma sociedade de origem semita, cujos descendentes advinham de Abraão, que era natural da cidade de Ur, localizada na Caldeia, região mesopotâmica. Viveram provavelmente, na mesma época de Hamurabi. Estabeleceram-se em Canaã (Palestina) onde Abraão e seus descendentes iniciaram a história desse povo que, em pouco tempo e pela localização geográfica, tornaram-se vítimas de ataques vizinhos. Pressionados pelos hicsos, os hebreus chegaram até ao Egito, onde, depois de um período de tranquila convivência foram escravizados por longos anos. Graças a Moisés e seu poder de liderança, conseguiram sair do Egito e retornar a região da Palestina. Tiveram que lutar ainda contra vários povos para conseguirem se fixar. HISTÓRIA ANTIGA UNIDADE 12 - Fenícia, Pérsia e Judéia Thiago Thomaz Garcia 50 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Em função das dificuldades encontradas ao longo das jornadas estabelecidas, os hebreus decidiram-se pela unificação política, tendo Saul se tornado o primeiro rei, sucedido por seu filho David e Salomão, responsáveis pela afirmação do poder militar e expansionista. Após a morte de Salomão, filho de David, a coesão interna do povo hebreu foi quebrada, tendo a região se dividido em dois reinos (Israel e Judá), que se tornaram presas para os assírios, babilônicos, persas, macedônios, e, finalmente, os romanos. BUSCANDO CONHECIMENTO TEXTO “Ocupação da Cananeia pelos hebreus” E aconteceu que, depois da morte de Moises, servo do Senhor, este falou a Josué, filho de Num, ministro de Moises, e lhe disse: Meu servo Moises, morreu; levanta-te, e passa esse Jordão, tu e todo o povo contigo. Entra na
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