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5 + – – < | 7 8 9 1. (UEL/2015) Leia o texto a seguir. Foi Renan, acho, quem escreveu um dia (cito de memó- ria; portanto receio, inexatamente): “Em todas as coi- sas humanas, as origens em primeiro lugar são dignas de estudo”. E Saint-Beuve antes dele: “Espio e observo com curiosidade aquilo que começa”. A ideia é bem de sua época. A palavra origens também. Mas a palavra é preocupante, pois equívoca. BLOCH, M. Apologia da História ou O ofício do historiador. Com base no texto, assinale a alternativa que apre- senta, corretamente, a escola historiográfica que se po- siciona sobre esse tema e a tese correspondente. a) Escola Metódica – compreende a origem como o princí- pio dos estudos históricos. b) Escola Marxista – considera os estudos culturais como fundamento da crítica. c) Escola dos Annales – considera mitologia a busca pelas origens. d) Escola Idealista – concebe a história como a realização humana no tempo. e) Escola de Frankfurt – formula a ideia da invenção das tradições históricas. 2. (UDESC/2015) “A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja menos vão esgotar-se em compreender o passado se nada se sabe do presente.” Marc Bloch. Apologia da História ou o ofício do historiador. Assinale a alternativa que contém a definição de histó- ria mais coerente com a citação do historiador Marc Bloch. a) A História é a ciência que resgata o passado para expli- car o presente e fazer previsões sobre o futuro. b) A História é uma ciência que visa promover o entreteni- mento dos expectadores do presente e um conhecimento inútil sobre o passado. c) A História é, tal como a literatura, uma narrativa sobre o passado determinada pela imaginação do historiador. d) A História é a ciência que se refugia no passado para não compreender as questões do presente. e) A História é uma ciência que formula questões sobre o passado a partir de inquietações e experiências vividas no presente. 3. (UEA AM/2014) Acompanhava eu Henri Pirenne [im- portante historiador belga] a Estocolmo; mal chega- mos, diz-me ele: “Que vamos nós ver primeiro? Parece que há uma Câmara nova. Comecemos por lá.” Depois, como se me quisesse evitar um movimento de sur- presa, acrescentou: “Se eu fosse um antiquário, só te- ria olhos para as coisas velhas. Mas sou um historiador. É por isso que amo a vida.” (Marc Bloch. Introdução à história, 1965.) O episódio relatado pelo historiador francês Marc Bloch [1886–1944] é uma ilustração didática do ofício do his- toriador, considerando que ele procura a) alcançar o conhecimento rigoroso do passado, desvincu- lado de sua história presente. b) compreender o passado sem deixar de atentar para o conhecimento do presente. c) esquecer os problemas de sua época, voltando-se para um passado distante. d) demonstrar, por meio de exemplos, a inutilidade do saber histórico. e) imitar os políticos do passado com o objetivo de resolver os problemas contemporâneos. 4. (UPE/2013) A diversidade dos testemunhos históri- cos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou es- creve, tudo o que fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele. BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. p. 79.(Adaptado). Sobre as fontes históricas, com base no texto acima, assinale a alternativa CORRETA. a) O pensamento marxista aboliu a utilização de fontes es- critas nas pesquisas históricas. b) A afirmação do texto sintetiza a nova perspectiva histori- ográfica sobre as fontes históricas. c) Os utensílios produzidos pelo homem se enquadram como registros arqueológicos e não como fontes para o his- toriador. d) Marc Bloch, no texto, defende a primazia das fontes es- critas. e) A escola positivista foi a primeira a fazer uso da chamada história oral. 5. (UNIOESTE PR/2019) Leia e analise o fragmento abaixo. Desde 2013, o autoproclamado Estado Islâmico do Ira- que e do Levante – também conhecido pelas siglas ISIL ou ISIS, na tradução do nome do grupo em inglês – luta pela conquista de territórios na Síria e no Iraque, tra- vando uma guerra que já deixou mais de 230 mil mortos e milhões de desabrigados. [...] Para afirmar a superio- ridade do Islamismo, o Estado Islâmico tem se esfor- çado para destruir sítios arqueológicos e históricos de civilizações e religiões antigas, numa tentativa de apa- gar o passado. [...] Em quase três anos de conflitos, o ISIS destruiu, pelo menos, treze sítios arqueológicos ou ruínas históricas. ALENCAR, Lucas. Treze locais históricos destruídos pelo Estado Is- lâmico. 04 jan. 2016. 10 Ao tratarmos de evidências e procedimentos para aná- lise de processos históricos, é CORRETO afirmar que a) a análise histórica não necessita dessas evidências, já que elas eram apenas utilizadas como foco de visitação tu- rística. Pois, o material necessário para a reflexão histórica encontra-se registrado em documentos impressos e arqui- vos públicos. b) a destruição desses registros históricos não faz parte do modo como o Estado Islâmico propõe impor certa leitura da história a partir dos seus interesses e domínio, esses atos foram realizados por erro de alvos durante os ataques rea- lizados. c) a destruição dos sítios arqueológicos e históricos se deve apenas a um conflito no Oriente Médio em função das prá- ticas religiosas e à intolerância pela intervenção estran- geira. d) práticas como as realizadas pelo Estado Islâmico, ao destruírem sítios arqueológicos e históricos, destacam como o debate sobre memória e história faz parte das dis- putas de poder, inclusive, como tentativa de imposição de certo nacionalismo como controle do presente e do passado para intenções futuras. e) as fontes são materiais importantes na investigação his- tórica acadêmica. O historiador se utiliza desses indícios para aprofundar pesquisas; com destaque para períodos, fatos e sujeitos. Porém, o uso de sítios arqueológicos e his- tóricos são desnecessários ao ensino de história, por isso podem ser facilmente descartados. 6. (UDESC/2018) O conhecimento histórico acadêmico ou científico é construído, prioritariamente, por meio de práticas de investigação e análise. Para a construção do conhecimento histórico, as fontes ou vestígios são, portanto, elementos fundamentais. Analise os itens abaixo, e coloque (V) para o que for fonte histórica e (F) para o que não for fonte histórica. ( ) Jornais e Revistas ( ) Fotografias ( ) Documentos oficiais de Estado ( ) Cartas e documentos pessoais Assinale a alternativa correta, de cima para baixo. a) V – V – V – V b) V – F – F – F c) F – V – V – V d) V – V – F – F e) F – V – V – F 7. (UFPE) Leia os trechos a seguir e res- ponda a questão. Texto I – “A história não é mecânica, porque os homens são livres para a transformar.” Ernesto Sábato Texto II – “História é passado e presente, um e outro inseparáveis.” Fernand Braudel Texto III – “O objeto de estudo da História é, por natu- reza, o Homem.” Marc Bloch A partir disso, pode-se compreender a História como sendo a ciência que: a) estuda os acontecimentos presentes para prever o futuro da humanidade. b) estuda os acontecimentos do passado dos homens, utili- zando-se dos vestígios que a humanidade deixou. c) estuda a causalidade dos fenômenos físicos e sociais com base no empirismo. d) se fundamenta unicamente em documentos escritos. e) estuda o passado para compreender o presente e prever o futuro. 8. (UCS/2012) O estudo e a escrita da História são reali- zados com base em pesquisas documentais e interpre- tações de fatos históricos. Como não é possível re- construir o passado tal como aconteceu, os historiado- res utilizam fontes, que podem ser interpretadas de ma- neiras diferentes, e, por isso, existe uma grande diver- sidade de produções historiográficas arespeito de um mesmo tema. No decorrer do tempo, o conceito, o uso e o critério de seleção das fontes históricas mudou. Atualmente, é correto afirmar que: a) toda fonte histórica é necessariamente escrita, as demais são consideradas fontes pré-históricas. b) o historiador deve priorizar as fontes com notória impar- cialidade, tais como jornais e revistas, que retratam o dia a dia de uma cidade, um estado ou mesmo um país, da forma mais fiel possível. c) filmes, obras literárias, histórias em quadrinho e pinturas não podem ser consideradas fontes históricas, pois não têm compromisso com a verdade. d) as diversas manifestações artísticas, como escultura, pintura ou uma canção, podem ser consideradas fontes his- tóricas, na medida em que retratam o espírito de um tempo. e) o documento escrito, de preferência o oficial, imprime um caráter de seriedade ao trabalho do historiador, evitando que ele trabalhe com mentiras e falsificações. 9. (FESP) A História é marcada por continuidades e des- continuidades que mostram as dificuldades encontra- das pelos homens na sua luta para construir sua cul- tura. Para compreender esses processos, o historiador deve considerar que: a) cada cultura é um reflexo das vontades e das necessida- des individuais dos povos, sendo importante destacar que as conquistas materiais determinam mecanicamente a ma- neira de sentir a pensar; b) os processos históricos são um conjunto de comporta- mentos que se repetem, criando culturas com estruturas se- melhantes; c) a análise dos fatos históricos exige critérios teóricos e metodológicos, para que se possa ter uma melhor compre- ensão do que aconteceu; d) a História é um conjunto de fatos que jamais se repetirão, onde o papel das grandes personalidades merece destaque especial, para que se chegue a uma verdade definitiva; e) os povos produzem suas histórias determinadas pelos seus desejos e pelas suas necessidades, mas não conse- guem se libertar do domínio das forças da natureza. 10. (ENEM/2012) Portadora de memória, a paisagem ajuda a construir os sentimentos de pertencimento; ela cria uma atmosfera que convém aos momentos fortes da vida, às festas, às comemorações. CLAVAL, P. Terra dos homens: a geografia. 11 No texto é apresentada uma forma de integração da pai- sagem geográfica com a vida social. Nesse sentido, a paisagem, além de existir como forma concreta, apre- senta uma dimensão a) política de apropriação efetiva do espaço. b) econômica de uso de recursos do espaço. c) privada de limitação sobre a utilização do espaço. d) natural de composição por elementos físicos do espaço. e) simbólica de relação subjetiva do indivíduo com o es- paço. 11. (ENEM/2013) No final do século XIX, as Grandes So- ciedades carnavalescas alcançaram ampla populari- dade entre os foliões cariocas. Tais sociedades cultiva- vam um pretensioso objetivo em relação à comemora- ção carnavalesca em si mesma: com seus desfiles de carros enfeitados pelas principais ruas da cidade, pre- tendiam abolir o entrudo (brincadeira que consistia em jogar água nos foliões) e outras práticas difundidas en- tre a população desde os tempos coloniais, substi- tuindo-os por formas de diversão que consideravam mais civilizadas, inspiradas nos carnavais de Veneza. Contudo, ninguém parecia disposto a abrir mão de suas diversões para assistir ao carnaval das sociedades. O entrudo, na visão dos seus animados praticantes, po- deria coexistir perfeitamente com os desfiles. Pereira, C. S. Os senhores da alegria: a presença das mulheres nas Grandes Sociedades carnavalescas cariocas em fins do século XIX. Manifestações culturais como o carnaval também têm sua própria história, sendo constantemente reinventa- das ao longo do tempo. A atuação das Grandes Socie- dades, descrita no texto, mostra que o carnaval repre- sentava um momento em que as a) distinções sociais eram deixadas de lado em nome da celebração. b) aspirações cosmopolitas da elite impediam a realização da festa fora dos clubes. c) liberdades individuais eram extintas pelas regras das au- toridades públicas. d) tradições populares se transformavam em matéria de dis- putas sociais. e) perseguições policiais tinham caráter xenófobo por re- pudiarem tradições estrangeiras. 12. (UFU/2012) A estética nas diferentes sociedades vem geralmente acompanhada de marcas corporais que individualizam seus sujeitos e sua coletividade. Discos labiais, piercings, tatuagens, mutilações, pintu- ras, vestimentas, penteados e cortes de cabelo são al- gumas marcas reconhecíveis de um inventário possível das técnicas corporais em toda sua riqueza e diversi- dade. Embora universal, as formas das quais se valem os grupos e indivíduos para se marcarem corporal- mente são vistas, às vezes, como estranhas a indiví- duos que pertencem a outros grupos. Essa atitude de estranhamento em relação ao diferente é considerada conceitualmente como a) preconceito: reconhece no valor das raças o que é cor- reto ou não na estética corporal. b) relativização: o outro é entendido nos seus próprios ter- mos. c) etnocentrismo: só reconhece valor nos seus próprios ele- mentos culturais. d) etnocídio: afasta o diferente e procura transformá-lo num igual. 13. (ENEM) A Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desen- volveu o projeto “Comunidades Negras de Santa Cata- rina”, que tem como objetivo preservar a memória do povo afrodescendente no sul do País. A ancestralidade negra é abordada em suas diversas dimensões: arque- ológica, arquitetônica, paisagística e imaterial. Em regi- ões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros habitantes ocorreu imedi- atamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou nessa região um total de 19 referên- cias culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas de chá, o plantio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/ O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que a) as referências culturais da população afrodescendente estiveram ausentes no sul do País, cuja composição étnica se restringe aos brancos. b) a preservação dos saberes das comunidades afrodes- cendentes constitui importante elemento na construção da identidade e da diversidade cultural do País. c) a sobrevivência da cultura negra está baseada no isola- mento das comunidades tradicionais, com proibição de al- terações em seus costumes. d) os contatos com a sociedade nacional têm impedido a conservação da memória e dos costumes dos quilombolas em regiões como a do Sertão de Valongo. e) a permanência de referenciais culturais que expressam a ancestralidade negra compromete o desenvolvimento econômico da região. 14. (ENEM/2010) A hibridez descreve a cultura de pes- soas que mantêm suas conexões com a terra de seus antepassados, relacionando-se com a cultura do local que habitam. Eles não anseiam retornar à sua “pátria” ou recuperar qualquer identidade étnica “pura” ou ab- soluta; ainda assim, preservam traços de outras cultu- ras, tradições e histórias e resistem à assimilação. CASHMORE, E. Dicionário de relações étnicas e raciais. Contrapondo o fenômeno da hibridez à ideia de “pu- reza” cultural, observa-se que ele se manifesta quando: a) criações originais deixam de existir entre os grupos de artistas, que passam a copiar as essências das obras uns dos outros. b) civilizações se fecham a ponto de retomarem os seus próprios modelos culturais do passado, antes abandona- dos. c) populações demonstram menosprezo por seu patrimônio artístico, apropriando-se de produtos culturais estrangeiros. d) elementos culturais autênticos são descaracterizados e reintroduzidos com valores mais altos em seus lugares de origem. e) intercâmbios entre diferentes povos e campos de produ- ção culturalpassam a gerar novos produtos e manifesta- ções. 12 15. (ENEM/2013) O antropólogo americano Marius Bar- beau escreveu o seguinte: sempre que se cante a uma criança uma cantiga de ninar; sempre que se use uma canção, uma adivinha, uma parlenda, uma rima de con- tar, no quarto das crianças ou na escola; sempre que ditos e provérbios, fábulas, histórias bobas e contos populares sejam representados; aí veremos o folclore em seu próprio domínio, sempre em ação, vivo e mutá- vel, sempre pronto a agarrar e assimilar novos elemen- tos em seu caminho. UTLEY, F. L. Uma definição de folclore. In: BRANDÃO, C. R. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1984 (adaptado). O texto tem como objeto a construção da identidade cultural, reconhecendo que o folclore, mesmo sendo uma manifestação associada à preservação das raízes e da memória dos grupos sociais, a) deve ser apresentado de forma escrita. b) segue os padrões de produção da moderna indústria cul- tural. c) tende a ser materializado em peças e obras de arte eru- ditas. d) expressa as vivências contemporâneas e os anseios fu- turos desses grupos. e) está sujeito a mudanças e reinterpretações. 16. (ENEM/2016) A história não corresponde exata- mente ao que foi realmente conservado na memória po- pular, mas àquilo que foi selecionado, escrito, descrito, popularizado e institucionalizado por quem estava en- carregado de fazê-lo. Os historiadores, sejam quais fo- rem seus objetivos, estão envolvidos nesse processo, uma vez que eles contribuem, conscientemente ou não, para a criação, demolição e reestruturação de imagens do passado que pertencem não só ao mundo da inves- tigação especializada, mas também à esfera pública na qual o homem atua como ser político. HOBSBAWN, E.; RANGER, T. A Invenção das tradições. Rio de Ja- neiro: Paz e Terra, 1984 (adaptado). Uma vez que a neutralidade é inalcançável na atividade mencionada, é tarefa do profissional envolvido a) criticar as ideias dominantes. b) respeitar os interesses sociais. c) defender os direitos das minorias. d) explicitar as escolhas realizadas. e) satisfazer os financiadores de pesquisas. 17. (ENEM/2016) Hoje, a indústria cultural assumiu a he- rança civilizatória da democracia de pioneiros e empre- sários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sen- tido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para en- trar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liber- dade de escolha da ideologia, que reflete sempre a co- erção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmen- tos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a) a) legado social. b) patrimônio político. c) produto da moralidade. d) conquista da humanidade. e) ilusão da contemporaneidade. 18. (ENEM/2015) Na sociedade contemporânea, onde as relações sociais tendem a reger-se por imagens midiá- ticas, a imagem de um indivíduo, principalmente na in- dústria do espetáculo, pode agregar valor econômico na medida de seu incremento técnico: amplitude do es- pelhamento e da atenção pública. Aparecer é então mais do que ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que acena democraticamente para as massas com os supostos “ganhos distributivos” (a in- formação ilimitada, a quebra das supostas hierarquias culturais), afeta a velha cultura disseminada na esfera pública. A participação nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e ser falado quanto ser visto são índices do desejo de “espelhamento”. SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado). A crítica contida no texto sobre a sociedade contempo- rânea enfatiza a) a prática identitária autorreferente. b) a dinâmica política democratizante. c) a produção instantânea de notícias. d) os processos difusores de informações. e) os mecanismos de convergência tecnológica. 19. (ENEM/2013) A África também já serviu como ponto de partida para comédias bem vulgares, mas de muito sucesso, como Um príncipe em Nova York e Ace Ven- tura: um maluco na África; em ambas, a África parece um lugar cheio de tribos doidas e rituais de desenho animado. A animação O rei Leão, da Disney, o mais bem-sucedido filme americano ambientado na África, não chegava a contar com elenco de seres humanos. LEIBOWITZ, E. Filmes de Hollywood sobre África ficam no clichê. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010. A produção cinematográfica referida no texto contribui para a constituição de uma memória sobre a África e seus habitantes. Essa memória enfatiza e negligencia, respectivamente, os seguintes aspectos do continente africano: a) A história e a natureza. b) O exotismo e as culturas. c) A sociedade e a economia. d) O comércio e o ambiente. e) A diversidade e a política. 20. (ENEM/2012) Nossa cultura lipofóbica muito contri- bui para a distorção da imagem corporal, gerando gor- dos que se veem magros e magros que se veem gordos, numa quase unanimidade de que todos se sentem ou se veem “distorcidos”. Engordamos quando somos gu- losos. É pecado da gula que controla a relação do ho- mem com a balança. Todo obeso declarou, um dia, guerra à balança. Para emagrecer é preciso fazer as pa- zes com a dita cuja, visando adequar-se às necessida- des para as quais ela aponta. FREIRE, D. S. Obesidade não pode ser pré-requisito. Disponível em: http://gnt.globo.com. Acesso em: 3 abr. 2012 (adaptado). 13 O texto apresenta um discurso de disciplinarização dos corpos, que tem como consequência a) a ampliação dos tratamentos médicos alternativos, redu- zindo os gastos com remédios. b) a democratização do padrão de beleza, tornando-o aces- sível pelo esforço individual. c) o controle do consumo, impulsionando uma crise econô- mica na indústria de alimentos. d) a culpabilização individual, associando obesidade à fra- queza de caráter. e) o aumento da longevidade, resultando no crescimento populacional. 21. (UNIFOR CE/2020) No Oriente Médio, existem evi- dências de cultivo de cereais, tais como trigo e cevada, há cerca de 8 mil anos a.C. A agropecuária não substi- tuiu a caça e a pesca. Na verdade, ambas coexistiram. Fonte: BOULOS JUNIOR, Alfredo. História. Sociedade & Cidadania. 2 Ed., Vol. 1. São Paulo: FTD, 2016, p. 35. A agricultura teve grande impacto na vida social dos primeiros agrupamentos humanos, trazendo mudanças consideráveis. Qual das opções abaixo identifica os resultados do plantio humano? a) Com a prática da agricultura, os grupos humanos passa- ram a necessitar de recipientes para armazenar sobras e cozinhar grãos, surgindo, assim, vasos, jarros e panelas de barro. b) Após o surgimento da agricultura, o número de pessoas executando trabalhos extenuantes aumentou, resultando em grande desgaste físico e emocional, diminuindo o agru- pamento. c) Ao coletarem grandes quantidades de grãos, foi desafia- dor se alimentar, até que, após a agricultura, os humanos descobriram o fogo e, finalmente, aprenderam a cozinhar e assar. d) Quando surgiu a agricultura, os seres humanos já esta- vam sedentarizados por séculos, como consequência, pu- deram plantar, caçar e pescar, para alimentar seus familia- res e vizinhos. e) No momento em que os primeiros humanos dominaram a agricultura, passaram a dominar o uso de ossos, madeira e pedras para fabricação de ferramentas, pois sem elas, não plantariam. 22. (FATEC SP/2018) Aproximadamente 12 mil anos atrás, a última era glacial che- gava ao fim. Nesse período, os grupos humanos da região do chamado “Cres- cente Fértil” já haviam aperfeiçoado o uso deossos, madeira e marfim para fabricar agulhas com furos, arpões, lanças, pontas e garfos e, usando pedras polidas, começaram a fabricar enxadas, foices, pilões e machados, inaugurando um período que cha- mamos de Neolítico. Esse período é caracterizado principalmente pela a) descoberta do fogo e pela invenção da escrita. b) descoberta da fundição dos metais e pelo surgimento das primeiras cidades. c) invenção da agricultura e pela sedentarização dos primei- ros grupos humanos. d) invenção da roda e pela mecanização da produção agrí- cola. e) invenção dos números e pelo surgimento do capitalismo. 23. (UDESC SC/2018) Em 1972, a equipe do arqueólogo Richard Leakey encontrou, nas imediações do Lago Turkana, o crânio e os ossos de um Homo rudolfensis de 1,9 milhões de anos. Esta espécie teria coabitado o território africano ao mesmo tempo em que três outras; o Homo habilis, o Homo erectus e o Paranthropus boi- sei. Em 1974, pesquisadores descobriram, na Etiópia, um fóssil de 3,2 milhões de anos, ao qual apelidaram de Lucy. Em 2017, foram publicadas pesquisas a respeito de fósseis de Homo sapiens encontrados no Marrocos, os quais contariam com cerca de 300 mil anos. Disponível em www.bbc.com, acessado em 15 de março de 2018. Estas descobertas foram essenciais para o desenvolvi- mento de pesquisas, a respeito da evolução de espé- cies, pois elas poderiam ser referentes aos antepassa- dos diretos da espécie humana. A este respeito, é cor- reto afirmar: a) A descoberta de 2017 refuta a teoria de que a origem da vida humana seria na África, deslocando-a para a península arábica. b) Os seres humanos que habitam a África, a América e a Europa não fazem parte da mesma espécie. c) É consensual, para a comunidade científica, a afirmação de que a espécie humana é originária do Continente Afri- cano. d) Não existem consensos a respeito de qual continente te- ria se originado a espécie humana. e) O Homo sapiens é, evidentemente, anterior ao Homo ru- dolfensis. 24. (UEL PR/2018) (Disponível em: <http://www.filmeb. com.br/calendario-de-estreias/caver- nados-sonhos-esquecidos>. Aces- so em: 9 out. 2017). Com base na figura e nos conhecimentos sobre arte pa- leolítica, assinale a alternativa correta. a) A pintura feita com guache é uma característica desse período, que consiste na mistura de alguns tipos de terra; tais pinturas serviam para catalogar o que haviam caçado, garantindo a diversidade de espécies nas caças seguintes. 14 b) As pinturas e os desenhos foram feitos com pigmentos minerais e vegetais, fixados com gordura animal; tais pro- duções são relacionadas a aspectos mágicos, presentes no cotidiano das organizações pré-históricas. c) As pinturas funcionavam como oferenda aos deuses e, pelas dimensões, é possível perceber o nível de reverência; os artistas desse período empenhavam-se na produção de uma arte religiosa com fins decorativos. d) As pinturas e os desenhos encontrados nas grutas eram feitos como afrescos e representam figuras híbridas, me- tade humana e metade animal; os mitos gregos têm suas origens nessas imagens da pré-história. e) Nos registros encontrados nas cavernas, as figuras de destaque remetem à flora; para os povos paleolíticos esses desenhos caracterizaram o momento em que deixaram de ser nômades e, para a história, foi o início das catalogações de todas as espécies. 25. (UEG GO/2018) Leia o texto a seguir. Na Mesopotâmia distintos povos desenvolveram as mais antigas civilizações de que se tem conhecimento. Isso estaria vinculado ao fato de essa região ter sido uma das primeiras do mundo onde ocorreu a chamada Revolução Neolítica. COTRIN, G. História Global. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 58. A expressão “Revolução Neolítica” foi cunhada pelo ar- queólogo Gordon Childe para designar a) a criação dos primeiros rudimentos de comunicação grá- fica, na forma de desenhos rupestres. b) a difusão de ferramentas produzidas com pedra polida e não mais pedra lascada. c) o desenvolvimento de novas formas de obtenção de ali- mentos, como a agricultura e a criação de animais. d) o desaparecimento do homem neandertal, espécie de hominídeo diretamente concorrente do homo sapiens. e) o gigantesco aumento populacional verificado após o fi- nal do último período glacial. 26. (ETEC SP /2018) Uma fornalha de 300 mil anos des- coberta em uma caverna paleolítica de Israel levou os cientistas a concluir que esta se trata da mais antiga descoberta que aponta para o controle do fogo por parte do homem. O uso do fogo é um dos fatores que contribuíram para a evolução de nossos ancestrais pré- históricos. Apesar de o fogo ser usado pelo homem há cerca de 1 milhão de anos, a aprendizagem sobre como acendê-lo e controlá-lo para uso doméstico só aconteceu muito depois. <https://tinyurl.com/yal2ab2b> Acesso em: 10.04.2018. Adaptado. Assinale a alternativa que explica, corretamente, por que o uso do fogo é considerado um dos fatores que contribuíram para o desenvolvimento dos homens pré- históricos. a) O controle do fogo e a descoberta da pólvora possibilita- ram o desenvolvimento de armas de precisão e longo al- cance utilizadas nas guerras entre grupos humanos rivais. b) O fogo era utilizado como arma de caça e fonte de calor, além de permitir o cozimento dos alimentos e, posterior- mente, a fundição de metais. c) Durante o período da pré-história, o fogo foi utilizado como energia para impulsionar os motores de máquinas simples, principalmente de uso agrícola. d) Para produzir e controlar o fogo, os grupos pré-históricos foram obrigados a se estabelecer em áreas próximas às fo- gueiras, deixando o nomadismo e iniciando o processo de sedentarização. e) A descoberta do fogo permitiu o desenvolvimento de ati- vidades culturais, como o Teatro, que eram realizadas em volta da fogueira e desenvolveram-se rapidamente no perí- odo pré-histórico. 27. (UCS RS/2017) Um grupo de pesquisadores apre- sentou, na África do Sul, fósseis de uma espécie do gê- nero humano desconhecida. Eles foram encontrados em um local profundo e de difícil acesso da caverna Ri- sing Star, na área arqueológica conhecida como “Berço da Humanidade”, considerada patrimônio mundial pela Unesco. Por se situar em um depósito sedimentar com- plexo, os cientistas ainda não conseguiram datar esses fósseis, que poderiam ter entre 100 mil e 4 milhões de anos. O Museu de História Natural de Londres classifi- cou a descoberta como extraordinária. Os ossos encontrados eram de 15 hominídeos, apre- sentavam morfologia homogênea, e a espécie foi bati- zada de Homo naledi. Alguns aspectos do Homo naledi, como suas mãos, seus punhos e pés, estão muito pró- ximos aos do Homo sapiens. Ao mesmo tempo, seu pe- queno cérebro e a forma da parte superior de seu corpo são mais próximos aos do Australopithecus. A desco- berta pode permitir uma compreensão melhor sobre a transição, há milhões de anos, entre o Australopithecus primitivo e o primata do gênero Homo. Se tiver mais de 3 milhões de anos, aquela espécie teria convivido com o Australopithecus; se tiver menos de 1 milhão de anos, coexistiu com o Homo neanderthalensis – primo mais próximo do Homo sapiens. Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/09/ antiga-especie-do-genero-humano-edescoberta- na-africa-do-sul.html. Acesso em: 2 out. 16. (Parcial e adaptado.) De acordo com o texto, é correto afirmar que a) o Homo naledi surgiu há mais de 3 milhões de anos e conviveu com o Australopithecus, ancestral direto do Homo sapiens. b) os fósseis encontrados na caverna Rising Star apresen- tavam morfologia homogênea e pertenciam a uma espécie desconhecida. c) o Homo naledi é o elo perdido da transição do primata para o hominídeo. d) os 15 fósseis do Homo naledi foram encontrados na ca- verna conhecida como “Berço da Humanidade”, conside- rada patrimônio mundial. e) a nova espécie do gênero Homo foi encontrada, naÁfrica do Sul, por uma equipe de pesquisadores enviada pelo Mu- seu de História Natural de Londres. 15 28. (UNESP SP/2017) Examine duas pinturas produzi- das na Caverna de Altamira, Espanha, durante o Perí- odo Paleolítico Superior. (http://ceres.mcu.es/pages/Main) Tais pinturas rupestres podem ser consideradas como a) manifestação do primitivismo de povos incapazes de re- presentações realistas. b) expressão artística infantilizada e insuficiente para forne- cer qualquer indício sobre a vida na Pré-História. c) comprovação do pragmatismo de povos primitivos, des- preocupados de sua alimentação. d) representação, em linguagem visual, dos vínculos mate- riais de um povo com o seu ambiente. e) revelação da predominância do pensamento abstrato so- bre o concreto nos povos pré-históricos. 29. (FATEC SP/2015) A forma como as sociedades or- ganizam as suas atividades produtivas se transforma ao longo do tempo e vem marcando mudanças históri- cas importantes. Na transição do período Paleolítico para o período Ne- olítico, observam-se importantes mudanças na organi- zação produtiva como, por exemplo a) o término do sistema de plantation. b) a formação das corporações de ofício. c) a construção de núcleos urbanos feudais. d) o início das grandes organizações sindicais. e) o surgimento da agricultura de subsistência. 30. (ENEM/2015) Os nossos ancestrais dedicavam-se à caça, à pesca e à coleta de frutas e vegetais, garantindo sua subsistência, porque ainda não conheciam as prá- ticas de agricultura e pecuária. Uma vez esgotados os alimentos, viam-se obrigados a transferir o acampa- mento para outro lugar. HALL, P. P. Gestão ambiental. São Paulo: Pearson, 2011 (adaptado). O texto refere-se ao movimento migratório denominado a) sedentarismo. b) transumância. c) êxodo rural. d) nomadismo. e) pendularismo. 31. (IFGO/2015) “Em termos biológicos, nossa estirpe não é das mais antigas. Cinco ou 6 milhões de anos atrás, um ramo da família dos primatas dividiu-se em duas linhas. Uma levou ao atual chimpanzé. A outra a nós, o Homo sapiens. Como se explica o fosso cogni- tivo existente entre espécies tão próximas? Sabe-se que os genomas são bastantes similares – a divergên- cia ocorre com a capacidade mental única. A questão que intriga cientistas e filósofos de todos os tempos é: o que, no processo evolutivo, nos tornou humanos?” CARELLI, G. ‘Cozinho, logo existo’. Revista Veja. 30 de setembro de 2009, p. 84. A partir do texto anterior, assinale a alternativa que, de forma correta, descreve a expansão da capacidade mental do homem, tornando-o um animal social e cul- tural. a) Os hominídeos vegetarianos sobreviveram, enquanto seus primos carnívoros se extinguiram e deram origem à linhagem evolutiva que produziu o ser humano moderno. b) O homem primitivo descobriu uma fonte farta de nutrien- tes capaz de fornecer a proteína necessária para a expan- são da capacidade animal. c) Mãos capazes de movimentos complexos, ferramentas e o consumo de carne foram os elementos básicos. d) A produção de instrumentos que, com certeza, permiti- ram cortar e aproveitar melhor a carne das presas. e) A conquista do fogo e o hábito de cozinhar permitiram preservar melhor os alimentos e, principalmente, tornar o processo digestivo mais eficiente, aumentando a absorção de nutrientes. 32. (IFGO/2013) Leia o texto a seguir. O desenvolvimento dos conhecimentos pré-históricos e arqueológicos tende a desdobrar no espaço formas de civilização que estávamos levados a imaginar como escalonadas no tempo. Isso tem duas significações: primeiro, o “progresso [...] não é nem necessário, nem contínuo; ele se realiza por saltos, por pulos, ou, como diriam os biólogos, por mutações. Esses saltos e esses pulos não consistem em ir sempre mais longe na mesma direção; são seguidos de mudanças de orienta- ção, um pouco à maneira do cavalo do xadrez que sem- pre dispõe de vários caminhos porém nunca no mesmo sentido. A humanidade em progresso não se parece com um personagem que sobe uma escada, acrescen- tando em cada um de seus movimentos um degrau novo a todos aqueles que conquistou; lembra antes o jogador cuja sorte está partida entre vários dados e que, cada vez que joga, vê-os espalharemse sobre o ta- pete, produzindo tantos números diferentes. O que ga- nha com um está sempre exposto a perder com outro, e é somente em certas ocasiões que a história é cumu- lativa, quer dizer, que os números se somam para for- mar uma combinação favorável. LEVI-STRAUSS, Claude. Raça e História. In: ______. Raça e Ciência. v. 1. São Paulo: Perspectiva, 1970. p. 245. A partir da leitura do excerto de Levi-Strauss, antropó- logo francês, é possível afirmar que: a) O estudo da pré-história assemelha-se ao jogo de xa- drez. b) Existe uma conexão lógica entre a biologia e a evolução humana. c) Os conhecimentos pré-históricos e arqueológicos permi- tem que reflitamos sobre a forma como ocorreram as trans- formações das civilizações. d) Existe uma linearidade a partir da qual decorre o pro- gresso histórico e os seus sucessivos desenvolvimentos. e) Nada se pode afirmar sobre a pré-história, pois não existe certeza em relação aos processos de desenvolvimento e progresso da humanidade. 16 33. (UNIUBE MG/2013) Um dos períodos mais fascinan- tes da História humana é a Pré-história. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo que sa- bemos dos homens que viveram nesse tempo é resul- tado da pesquisa de antropólogos e historiadores, que reconstituíram a cultura do homem da Idade da Pedra a partir de objetos encontrados em várias partes do mundo e de pinturas achadas no interior de muitas ca- vernas na Europa, norte da África e Ásia”. AIDAR, M. A. M. Do coletivo ao privado: a aventura humana em sua primeira fase. In: As Origens. Pearson Prentice Hall, São Paulo, 2010. Sobre a pré-história, é CORRETO afirmar: a) É um período ágrafo, tendo como representação apenas pinturas rupestres. b) É um período em que os homens faziam pinturas com o intuito de demonstrarem como viviam. c) Era um período em que os homens fabricavam suas pró- prias ferramentas, mas ainda não haviam dominado o fogo. d) Era um período em que os homens eram sedentários de- vido à fartura de víveres que havia em toda parte. e) Era uma sociedade formada unicamente por coletores que se utilizavam de ferramentas rústicas para sua sobrevi- vência. 34. (UERN/2012) A Pré-História corresponde a um am- plo período que vai do surgimento dos hominídeos até a invenção da escrita. São muitas as periodizações pro- postas por diferentes especialistas para o estudo da Pré-Historia. Uma das mais conhecidas baseia-se nas pesquisas do inglês John Lubbock (1934-1913) e distin- gue pelo menos dois grandes períodos pré-históricos: o Paleolítico e o Neolítico. Sobre o período paleolítico, marque V para as afirmati- vas verdadeiras e F para as falsas. ( ) É o período em que predominaram as sociedades de coletores e caçadores. ( ) O homem desenvolveu a agricultura e a criação de animais. ( ) O homem desenvolveu atividades de produção, sendo classificado como sedentário. ( ) O homem se caracterizava pela vida de constante migração, sendo assim, considerado nômade. A sequência está correta em a) V, F, V, F b) V, F, F, V c) V, F, V, V d) F, V, V, F 35. (FGV/2011) Os historiadores consideram a invenção da escrita um acontecimento da maior importância. Se- gundo uma visão tradicional, o seu surgimento assinala a passagem da Pré-História para a História propria- mente dita. (...) (...) A escrita é utilizada como critério para distinguir a História da Pré-História, sem que isso implique um juízo de valor; o domínio da escrita não torna as sociedades históricas necessariamente superiores às pré-históri- cas. A escrita deve, isso sim, ser vista como manifesta- ção de umaprofunda transformação das sociedades humanas. (Luiz Koshiba. História: origens, estruturas e processos, 2000.) Dentre as transformações ocorridas nas sociedades humanas, a invenção da escrita pode ser associada a) à criação das primeiras organizações sociais, fundamen- tadas na experiência da economia solidária. b) a uma organização marcada pelas desigualdades soci- ais, com a concentração da riqueza e a existência do poder. c) ao desenvolvimento das religiões primitivas, que ligavam as divindades com os fenômenos naturais, como a chuva e o sol. d) ao início da utilização sistemática do fogo, o que permitiu aos homens a invenção de instrumentos capazes de regis- trar a escrita. e) à construção de comunidades igualitárias, caracterizadas por rituais cíclicos de distribuição dos bens. 36. (FUVEST/2011) A passagem do modo de vida caça- dor-coletor para um modo de vida mais sedentário aconteceu há cerca de 12 mil anos e foi causada pela domesticação de animais e de plantas. Com base nessa informação, é correto afirmar que a) no início da domesticação, a espécie humana descobriu como induzir mutações nas plantas para obter sementes com características desejáveis. b) a produção de excedentes agrícolas permitiu a paulatina regressão do trabalho, ou seja, a diminuição das interven- ções humanas no meio natural com fins produtivos. c) a grande concentração de plantas cultivadas em um único lugar aumentou a quantidade de alimentos, o que pre- judicou o processo de sedentarização das populações. d) no processo de domesticação, sementes com caracterís- ticas desejáveis pelos seres humanos foram escolhidas para serem plantadas, num processo de seleção artificial. e) a chamada Revolução Neolítica permitiu o desenvolvi- mento da agricultura e do pastoreio, garantindo a elimina- ção progressiva de relações sociais escravistas. 37. (Mackenzie/2011) Observe as reportagens abaixo. NEM TÃO NÔMADES Descoberta no sítio arqueológico de Star Carr, no Reino Unido, uma área circular, com 3,50 m de diâmetro, foi anunciada por pesquisadores das universidades de Manchester e de York como a casa mais antiga do país. A “construção”, de cerca de 11 mil anos, teria sido feita com troncos colocados, verticalmente, em torno de um buraco, forrado por restos de material orgânico, seme- lhantes à palha. A existência da pequena casa reforça teses que defendem que o homem do período Mesolí- tico, classificado ainda como nômade, já tivesse tido pequenos períodos de sedentarismo. ARCO E FLECHA Pontas de pedras, que provavelmente eram utilizadas com setas, foram desenterradas da caverna Sibudu, na África do Sul, e anunciadas por cientistas como as amostras mais antigas de flechas feitas pelo homem. Com cerca de 64 mil anos, as pedras têm vestígios de sangue e osso, dando pistas de que foram confeccio- nadas para caçar. Acreditava-se, anteriormente, que o desenvolvimento de armas como arco e flecha tivesse ocorrido cerca de 20 mil anos mais tarde. Segundo os pesquisadores, se o homem dessa região conseguia montar esse tipo de ferramenta para caçar, é sinal de 17 que ele já possuía habilidades cognitivas, diferente- mente de humanos primitivos de outras áreas. Revista Aventuras na História As notícias demonstram que a) ideias e conceitos até então estabelecidos a respeito da chamada Pré-História serão revistos, uma vez que pesqui- sas e descobertas recentes apontam para conclusões dife- rentes das elaboradas anteriormente. b) uma vez estabelecidos os argumentos a respeito da Pré- História, não é possível alterá-los, já que as recentes des- cobertas arqueológicas não apontam erros nas conclusões até então elaboradas sobre o período. c) descobertas recentes sobre a Pré-História colocam em xeque as conclusões elaboradas anteriormente sobre o pe- ríodo, e apontam para a necessidade, urgente, de revisão de toda a historiografia pertinente ao assunto. d) conclusões elaboradas sobre a Pré-História poderão so- frer um processo de revisão, mas não serão alteradas com tanta facilidade, uma vez que precisase de mais argumen- tos e achados para demonstrar suas inconsistências. e) analisar processos históricos é uma tarefa difícil, uma vez que argumentações consideradas verdadeiras são facil- mente contestadas, como nos demonstram os achados ar- queológicos citados nos textos. 38. (UECE/2011) Considera-se a Pré-História o período de maior duração na História. Corresponde ao surgi- mento do ser humano no planeta Terra e se estende até a criação da escrita, aproximadamente 4000 a.C. A longa duração dessa fase fez com que se convencio- nasse dividi-la em períodos distintos: o Paleolítico, o Mesolítico, o Neolítico e a Idade dos Metais. Sobre o Pe- ríodo Neolítico, é correto afirmar-se que é a) conhecido como Idade da Pedra Polida e marcado pelo desenvolvimento da agricultura e pela domesticação de ani- mais. b) conhecido como Idade da Pedra Lascada e caracterizado pela larga produção de artefatos em madeira, osso ou pe- dra lascada. c) caracterizado pelo avanço de uma indústria lítica e pelo gradual desaparecimento de artefatos feitos com ossos. d) considerado a fase de transição da Pré-História para a História, pois nesse período desenvolveu-se a técnica da fundição. 39. (UFRR/2010) O CRU E O COZIDO: OS MITOS SOBRE A ORIGEM DO FOGO. O antropólogo Claude Lévi-Strauss propôs que o co- nhecimento e uso do fogo constituíssem o divisor de águas entre a natureza e a cultura. Por meio do fogo, o homem afasta-se da natureza, desenvolve técnicas mais avançadas e, mais importante, distingue-se em re- lação à natureza e aos animais. Assim, haveria uma oposição básica entre alimentos crus e cozidos, sendo estes últimos tomados também, como índice de identi- ficação entre as comunidades tribais atuais. Sobre o conhecimento do fogo, marque a alternativa correta: a) O domínio do fogo possibilitou ao homem do Paleolítico melhorar a alimentação com mais variedade de carne as- sada e verduras cozidas. c) A conquista e domínio do fogo provocaram uma revolu- ção na vida dos “homens e mulheres” do Neolítico. c) A conquista e domesticação do fogo significaram um pro- cesso de humanização, aquecimento do corpo contra o frio, espantar os animais perigosos e cozinhar os alimentos. d) O domínio do fogo elevou o homem ao estágio de civili- zação. e) O fogo foi a grande descoberta do homem do paleolítico, mas isto não o tornou diferente dos outros animais deste período e nem mudo a alimentação. 40. (UECE/2009) No Paleolítico, praticava-se o noma- dismo em larga escala, enquanto que no Mesolítico, o nomadismo é reduzido, pois os grupos permanecem circunscritos a uma determinada região respeitando os ciclos da natureza, a mudança das estações climáticas e as migrações dos animais. Assim, o Neolítico assinala o fim do nomadismo. Assinale o correto. a) A sedentarização dos primeiros grupos humanos impul- sionou a organização das primeiras vilas com habitações fixas, o desenvolvimento da organização social e a divisão do trabalho. b) O processo de sedentarização dos primeiros grupos hu- manos, não contribuiu para nem alterou significativamente o desenvolvimento da agricultura, pois eles eram, essenci- almente, pastores e nômades. c) Os primeiros grupos humanos, nas três fases da Idade da Pedra, praticaram o nomadismo e o sedentarismo, assim como as atividades de caça e coleta. d) A sedentarização não contribuiu para o desenvolvimento da agricultura, assim como não foi importante para o nasci- mento das primeiras vilas. 41. (Famerp/2018) “Com esta civilização surge [...] uma vida econômica dominada pelo comércio marítimo. Tal traço lhe atribui uma originalidade precisa entre as ci- vilizações orientais, às quais ela se liga por tantos la- ços. Isto era inevitável, numa ilha onde a natureza im- punha ao homem condições de vida muito diversas das reinantes nos vales do Nilo e do Eufrates.” André Aymard e Jeannine Auboyer.“O homem no Oriente próximo”. O trecho mostra a originalidade da civilização cretense, entre 2000 e 1400 a.C., em relação às sociedades do Me- diterrâneo Oriental e do Oriente Médio, caracterizadas a) pela alta produção de gêneros alimentícios com um mí- nimo de esforço individual. b) pela inexistência de contatos comerciais com economias dos povos vizinhos. c) pela divisão socialmente igualitária dos bens produzidos em grande escala. d) pelo conhecimento dos segredos da escrita pela casta de produtores agrícolas. e) pela presença do trabalho coletivo em regiões favoráveis à economia agrícola. 18 42. (UNITAU SP/2018) Os povos do Antigo Egito e da Mesopotâmia têm lugar de desta- que na História da Antiguidade. Sobre es- ses povos, podemos afirmar: I. Na historiografia, foram conhecidas, tradi- cionalmente, como "civilizações hidráulicas”, devido à relação com a hidrografia das regiões nas quais se es- tabeleceram. II. Ambos tinham uma organização estatal, com cobran- ças de impostos. Seus governantes exerciam poder po- lítico, econômico e religioso, o que pode ser definido como Estado Teocrático. III. A escrita representava, para essas sociedades, um conhecimento superior e importantíssimo, e, por ser re- passada para toda a sua população, chegou até os dias de hoje. Está CORRETO o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III. 43. (UDESC/2017) “Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, mas foram os reis que transportaram as pedras? Babilônia, tantas ve- zes destruída, quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas da Lima Dourada moravam seus obreiros?” (Perguntas de um operário que lê. Bertold Brecht) Heródoto de Halicarnasso, nascido no século V a.C., é comumente conhecido como “o Pai da História”. De acordo com o historiador François Hartog, Heródoto in- teressava-se, entre outras questões, pelas maravilhas e pelos monumentos considerados, muitas vezes, ex- pressões da influência divina. Considerando os questionamentos de Bertold Brecht, assinale a alternativa que contém a melhor interpreta- ção para a frase de Heródoto: “O Egito é uma dádiva do Nilo”. a) Permite constatar o desconhecimento de Heródoto no que diz respeito à Geografia, uma vez que os rios que atra- vessam o território egípcio são Tigre e Eufrates. b) Representa um anacronismo pois, no século V a.C., quando proferida, o Egito era ainda colônia do grande Im- pério Bizantino. c) Atribui apenas à presença do Nilo o desenvolvimento do Egito, porém não considera a importância da presença hu- mana, do trabalho empreendido na utilização do rio e dos benefícios naturais para o desenvolvimento da região. d) Representa a profunda religiosidade do povo egípcio, o qual atribuía ao deus Nilo o desenvolvimento do Império, à época, no período pré-dinástico. e) Atribui centralidade às ações do imperador Nilo que, en- tre os séculos VI a.C. e V a.C., administrou o processo de expansão territorial do Império Egípcio, sem, todavia, res- saltar a participação dos soldados que lutavam sob o co- mando do imperador. 44. (UECE/2019) No século VIII a.C. os fenícios protago- nizaram uma intensa movimentação no Mar Mediterrâ- neo ao lançarem seus navios para o alto mar, imple- mentando uma rede de comercialização de ferro, vinho, azeite, ouro, cerâmica e escravos. Os fenícios também são os responsáveis pela criação da a) literatura. b) escrita alfabética. c) roda. d) matemática. 45. (UEG/2018) Leia o texto a seguir. Uma das mais importantes contribuições dos fenícios ao legado cultural do Oriente Próximo foi o alfabeto [...]. O alfabeto fenício, composto por 22 letras, todas con- sonantais, difundiu-se por todo o Mediterrâneo, influen- ciando o alfabeto grego, do qual derivam o latino e quase todos os alfabetos atuais (árabe, hebraico e ou- tros). AQUINO, R. S. L.; FRANCO, D. A.; LOPES, O. G. P. C. História das soci- edades. Rio de Janeiro: Ao livro Técnico, 1980. p. 127. A criação do alfabeto fenício representou um conside- rável avanço quanto à simplificação da comunicação escrita, tendo sido desenvolvido inicialmente para a) facilitar o registro das atividades comerciais realizadas pelos fenícios. b) ajudar na propagação da religião animista praticada na Fenícia. c) contribuir com a diplomacia na instável região do Mar Me- diterrâneo. d) passar mensagens em código durante os períodos de guerra. e) difundir a escrita entre as classes menos favorecidas e os escravos. 46. (PUCCamp SP/2018) [...] A evolução realizou-se de fato e o conjunto das prescrições divinas que consti- tuem a Lei (Torá) é formado por diversas contribuições, sem que se consiga um acordo para ventilá-las e datá- las uma a uma. Contentar-nos-emos, assim, com as li- nhas gerais. (AYMARD, André e AUBOYER, Jeannine. O Oriente e a Grécia antiga. v.2. In: CROU- ZET, Maurice (dir.), História geral das civili- zações. Trad. São Paulo: Difel, 1971, p. 54) O texto refere-se a uma civilização que se desenvolveu no primeiro milênio antes de Cristo. É correto afirmar: a) A importância da história dessa civilização se expressa, principalmente, por meio da constituição de um Estado cen- tralizado baseado na religião dualista, dos egípcio e dos persas. b) Os antigos povos que originaram essa civilização tinham como livro sagrado o Novo Testamento, que compreende vários outros livros, dentre os quais está o Genesis, que trata da Criação. c) A importância do estudo dessa civilização se justifica pelo monoteísmo ético que surge e se desenvolve, constituindo um ponto de partida para o cristianismo e o islamismo. d) Os traços religiosos e culturais específicos dessa civiliza- ção decorrem do seu distanciamento ante as demais cultu- ras dos povos do Oriente Próximo e o caráter democrático do governo. e) Os governantes dessa civilização eram considerados deuses, o que obrigava toda a população a prestar-lhes obediência e culto divino e a dedicar-se à produção para sustentar os reis. 19 47. (FUVEST/2020) Ao primeiro brilho da alvorada che- gou do horizonte uma nuvem negra, que era conduzida [pelo] senhor da tempestade (...). Surgiram então os deuses do abismo; Nergal destruiu as barragens que represavam as águas do inferno; Ninurta, o deus da guerra, pôs abaixo os diques (...). Por seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e torrentes assolaram o mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois exércitos em guerra. Na alvorada do sétimo dia o temporal (...) amainou (...) o dilúvio serenou (...) toda a humanidade havia virado ar- gila (...). Na montanha de Nisir o barco ficou preso (...). Na alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba e deixei que se fosse. Ela voou para longe, mas, não encon- trando um lugar para pousar, retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que as águas haviam abaixado; ela co- meu, (...) grasnou e não mais voltou para o barco. Eu então abri todas as portas e janelas, expondo a nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vi- nho sobre o topo da montanha em oferenda aos deuses (...). A Epopeia de Gilgamesh, São Paulo: Martins Fontes, 2001. Com base no texto, registrado aproximadamente no sé- culo VII a.C. e que se refere a um antigo mito da Meso- potâmia, bem como em seus conhecimentos, é possível dizer que a sociedade descrita era a) mercantil, pacífica, politeísta e centralizada. b) agrária, militarizada, monoteísta e democrática. c) manufatureira, naval, monoteísta e federalizada. d) mercantil, guerreira, monoteísta e federalizada. e) agrária, guerreira, politeísta e centralizada. 48. (ETEC SP/2019) Em 1929, o arqueólogo alemão Ju- lius Jordan desenterrou uma vasta biblioteca de tábuas de argila com um tipo de escrita conhecida como “cu- neiforme”, com cinco mil anos de idade, mais antigas que exemplares semelhantes encontrados na China,no Egito e na América. As tábuas estavam em Uruk, uma cidade mesopotâmica – e uma das primeiras do mundo – às margens do rio Eufrates, onde hoje fica o Iraque. As tábuas não haviam sido usadas para escrever poe- sia ou enviar mensagens a lugares remotos. Foram em- pregadas para fazer contas – e também para elaborar os primeiros contratos. <https://tinyurl.com/ycuj8mq6> Acesso em: 26.10.2018. Adaptado. O texto faz referência a um período muito conhecido da história da Humanidade, no qual surgiram os primeiros registros escritos. Assinale a alternativa que, corretamente, descreve o contexto em que surgiu a escrita na Mesopotâmia. a) Os mesopotâmicos criaram a escrita como forma de se comunicar com os deuses, entalhando placas de argila que eram cuidadosamente depositadas no interior dos templos religiosos. b) O surgimento da escrita foi vinculado à criação de um sistema de educação segundo o qual todas as crianças de- veriam dominar o conhecimento das letras e dos cálculos. c) As cidades da Mesopotâmia eram separadas por longas distâncias, percorridas a pé por mensageiros que levavam cartas e ofícios trocados entre os governantes. d) A evolução da literatura oral gerou a necessidade de re- gistrar os textos poéticos declamados pelos grandes orado- res da Antiguidade clássica. e) O desenvolvimento do comércio levou à criação da es- crita, utilizada, inicialmente, para realizar registros contá- beis e firmar contratos. 49. (FATEC SP/2017) No século V a.C., Heródoto, histo- riador grego, afirmou que “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal razão de se atribuir ao rio Nilo uma importân- cia tão grande para o desenvolvimento do Egito Antigo. a) Nos períodos de cheias, as águas desse rio fertilizavam as margens, o que possibilitou a agricultura. b) Os faraós construíram barragens para obter eletricidade, aumentando a produção de itens de exportação. c) A navegação pelo grande rio permitiu que os egípcios conquistassem o sul da Europa, formando um grande impé- rio. d) Das margens do rio se retirava o barro com que eram fabricados os tijolos utilizados na construção das grandes pirâmides. e) Atravessando a África de norte a sul, o Nilo possibilitou a integração cultural e econômica da área entre o Saara e o deserto da Namíbia. 50. (Centro Universitário de Franca SP/2016) As águas dos rios Tigre e Eufrates permitiram o desenvolvimento de uma rica cultura agrícola e o surgimento das primei- ras cidades na Mesopotâmia. Todavia, a agricultura só começou a progredir quando os povos da região desen- volveram estruturas complexas. (Fausto Henrique Gomes Nogueira e Marcos Alexandre Capellari. Ser protagonista, 2010. Adaptado.) As estruturas complexas referidas no texto relacionam- se, diretamente, a) ao desenvolvimento dos centros urbanos e à exploração comercial de bens manufaturados. b) ao estabelecimento de uma rede de estradas que unifi- cava as cidades em um só império. c) à unificação das leis, dos impostos e da moeda para or- ganizar a administração de um grande império. d) ao aperfeiçoamento técnico que propiciou a realização de obras para controlar os recursos hídricos. e) às inovações na contabilidade dos recursos naturais por meio da criação de um alfabeto fonético mais prático do que a escrita cuneiforme. 51. (Fac. Direito de São Bernardo do Campo SP/2020) Muitos vasos estão decorados com cenas relativas às cerimônias do casamento. No entanto, estas cenas são variadas e diferem entre si; certos elementos repetem- se de umas imagens para outras, mas parece não exis- tir uma iconografia canônica do casamento (...) as infor- mações textuais que possuímos, elas próprias incom- pletas, subjetivas e por vezes incertas, deixam entrever um cerimonial que se decompõe em diversos momen- tos. O casamento assenta num acordo formal, engye, entre o noivo e o pai da noiva, acordo em que está as- sociada a entrega de um dote por parte desse último. A 20 jovem parece não ter direito a dizer uma palavra de con- sentimento nesse acordo celebrado entre sogro e genro. É a transferência propriamente dita da noiva que constitui a realização do casamento, na qual se efetiva a união, gamos, do casal. Por meio dessa transferência a noiva muda de casa, oikos, e também de senhor, kyrios (Duby, Georges e Perrot, Michelle – História das Mulheres no Oci- dente - Vol. 1: A Antiguidade, sob a direção de Pantel, Pauline Sch- mitt - Porto: Edições Afrontamento, p.206) A partir do texto, referente ao cotidiano das mulheres na Grécia Antiga, podemos afirmar que: a) As mulheres da Antiguidade foram muito mais livres do que se pode imaginar, pois, mesmo que em estado de sub- missão aos homens, decidiam sobre a vida política das ci- dades-estados. b) Na sociedade grega o casamento seguia ritos estritos, num cerimonial regido por religiosos que organizavam a mesma simbologia em todos os momentos de matrimônio. c) As mulheres helênicas estavam inseridas em uma socie- dade patriarcal que, por mais que pudesse tratá-las por ve- zes com alguma deferência, as submetia ao controle do po- der masculino. d) A liberdade que as mulheres gregas, em especial as ate- nienses, conquistaram ao longo da História, foi notável. Em Atenas elas podiam participar dos jogos, ir ao teatro, votar e participar das decisões políticas. 52. (Fac. Santo Agostinho BA/2020) “A mitologia grega teve papel fundamental na transmissão de valores que soam familiares a nós ainda hoje. Das noções de ciúme e de inveja, da soberba ao heroísmo, somos herdeiros de determinado jeito de pensar que nasceu na Grécia Antiga”. Favorecem a identificação entre as sociedades contem- porâneas e as características dos deuses gregos: a) o politeísmo antropozoomórfico entre as divindades gre- gas. b) os sentimentos humanos entre as divindades gregas. c) a imortalidade e o poder sobrenatural dos deuses gregos. d) as mensagens de bondade dos deuses gregos. e) o monoteísmo caracterizado da figura de Zeus. 53. (PUCCamp SP/2020) As cidades comerciais euro- peias eram o lugar da riqueza acumulada na primeira fase do capitalismo. Já se constituíam espaços de con- centração de capitais disponíveis acumulados com o mercantilismo, eram o espaço do poder econômico e político (lugar de moradia dos capitalistas e sede dos Estados modernos), e nelas também se concentrava uma grande reserva de força de trabalho. Além disto, o capitalismo comercial ajudou a criar nas cidades uma infraestrutura muito importante para o desenvolvi- mento industrial. Houve um grande avanço técnico e ci- entífico, formou-se uma rede bancária e um mercado urbano, pois na medida em que, afastados de suas con- dições de produção no campo e impedidos de conti- nuar a realizar sua produção artesanal, os trabalhado- res tornaram-se consumidores dos elementos necessá- rios à sua sobrevivência. As cidades comerciais já eram, de fato, o “bom” lugar para o desenvolvimento industrial. E assim se deu. Lefèbvre afirma que, rapidamente, as indústrias aproxi- maram-se destas cidades, transformaram o seu caráter, adaptando-se às novas necessidades. Este movimento de absorção foi se dando à medida que estas cidades encontravam-se em territórios/países que estavam se industrializando, o que é possível ser observado até os nossos dias. De fato, a indústria apropriou-se até mesmo dos símbolos urbanos pré-industriais, como Atenas e Veneza, criando espaços dicotômicos: a Ate- nas antiga em acrópole e a Atenas moderna − industrial − junto ao porto; a Veneza, símbolo do renascimento urbano mercantil e a Veneza continental − área de con- centração de suas indústrias atualmente. (SPOSITO, Maria Encarnação B. Capitalismo e urbanização. São Paulo: Contexto, 1988. p. 51) Na Grécia antiga, a acrópole, existente em Atenas, era a) exclusiva à mais poderosa cidade da Grécia, devido ao seu desenvolvimento peculiar baseado na democracia e eminstituições que concentravam funções políticas e religiosas integradas a esse regime e propositalmente instaladas fora do perímetro urbano. b) estratégica, uma vez que sua construção em lugares al- tos, também encontrada em outras cidades, como Esparta, facilitava a defesa dos edifícios de grande importância polí- tica, simbólica e religiosa, ali construídos. c) projetada em várias cidades-estados mediante uma so- lução arquitetônica que favorecia a concentração e o isola- mento, distante do centro, de importantes edifícios aos quais a população comum não tinha acesso e que cum- priam a função de armazenar a riqueza local. d) sagrada, na medida em que simbolizava o Olimpo e abri- gava o Partenon, templo dedicado à deusa Atena e que era uma edificação obrigatória em todas as cidades da Grécia antiga, posteriormente copiada e adaptada ao culto de Mi- nerva, nas cidades do Império Romano. e) monumental, uma vez que abrigava o centro político, cul- tural e religioso de Atenas, a maior cidade da Grécia antiga, e que recebia peregrinações, festividades como as Olimpí- adas e concorridos espetáculos dramatúrgicos em seus grandes teatros de arena. 54. (UNCISAL AL/2020) Enquanto permitia a escravidão e a desigualdade da mulher, a Atenas clássica praticava a democracia executora de poder de forma ainda mais enfática que a modernidade. Inversamente, existem Es- tados que proíbem a escravidão, dão igualdade de di- reitos às mulheres e reconhecem os direitos de liber- dade, mas não são organizados democraticamente. HÖFFE, Otfried. A democracia no mundo hoje. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 135 (adaptado). A partir das informações do texto precedente, é correto inferir a existência de a) democracia ampla na Atenas clássica. b) cidadania ampla em Estados contemporâneos. c) cidadania restrita na Atenas clássica e em Estados con- temporâneos. d) democracia restrita na Atenas clássica e em Estados contemporâneos. e) cidadania restrita na Atenas clássica e democracia res- trita em Estados contemporâneos. 21 55. (ESPM SP/2019) Os progressos da escultura podem ser explicados, em primeiro lugar, pela própria quali- dade dos materiais de que os artistas passaram a dis- por. Depois de um período de aprendizado em traba- lhos de madeira e de pedra branda, a escultura grega passou a usar principalmente o mármore de grãos finos e compactos. Os processos de fundição de bronze fo- ram provavelmente importados do Egito. (Auguste Jardé. A Grécia Antiga e a Vida Grega) A vida grega, que reservava ao corpo um papel tão im- portante, era favorável ao desenvolvimento da escul- tura. Assinale a alternativa correta sobre a escultura na Grécia Antiga: a) por refletir o teocentrismo na cultura grega, as esculturas eram sempre estátuas de deuses; b) a nudez era evitada, pois para um grego o nu era escan- daloso; c) havia uma completa ruptura entre a escultura e a arqui- tetura, artes que não dialogavam; d) ao conferir ao corpo um papel tão importante, o atleta, estivesse ele em repouso ou em plena atividade, foi o mo- delo predileto dos escultores; e) a estatuária grega ficou limitada a finalidade funerária e comumente representavam o morto em atitudes familiares. 56. (Mackenzie SP/2019) A Confederação de Delos, or- ganizada no século V a. C., que chegou a registrar cerca de 400 políeis gregas, está vinculada a) à derrota grega nas Guerras Púnicas e à necessidade de unir forças para enfrentarem um inimigo em comum. b) à extinção do sistema de produção escravista grego e ao caos econômico que tal fato determinou. c) à unificação política das cidades-estados gregas a fim de fazerem frente à invasão macedônica. d) à defesa por parte grega do controle comercial do Medi- terrâneo ocidental diante da ascensão persa. e) à supremacia de Atenas diante das demais cidades gre- gas após a vitória sobre os macedônios. 57. (UEL/2019) Durante as guerras entre os Persas e os Gregos, no mundo antigo, um conjunto de ações foi re- alizado, o que levou à produção de narrativas sobre es- ses episódios, com consequências também para os seus vizinhos macedônicos. Com base nos conheci- mentos sobre esse processo histórico, considere as afirmativas a seguir. I. A Liga do Peloponeso, criada por Esparta, uniu-se à Confederação de Delos, liderada por Atenas, e com essa unificação as esquadras dos gregos tornaram-se fortificadas com os grandes navios de combate. II. A Confederação de Delos reuniu as cidades-estado gregas contra a invasão persa e, no decorrer dos con- flitos, sua sede foi transferida para Atenas, com a fun- ção de unificar os tributos e a frota. III. Na obra História da Guerra do Peloponeso, escrita pelo general ateniense Tucídides, foi descrito o flagelo da peste natural, que se abateu sobre eles, expondo as ilusões de seu mundo. IV. Plutarco descreveu as habilidades de Alexandre Magno na conquista e unificação dos povos envolvidos no conflito, por meio da miscigenação e integração cul- tural e do incentivo às artes e às ciências. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 58. (UNITAU SP/2019) “Descendo a montanha, os bár- baros e o soberano aproximaram-se do ponto visado. Leônidas e os gregos, marchando como para uma morte certa, avançaram muito mais do que haviam feito antes, até o ponto mais largo do desfiladeiro, já sem a proteção da muralha. Nos encontros anteriores não ha- viam deixado os pontos mais estreitos, combatendo sempre ali; mas, nesse dia, a luta travou-se num trecho mais amplo, ali perecendo grande número de bárbaros. Leônidas foi morto nesse encontro, depois de haver praticado os mais prodigiosos feitos”. HERÓDOTO. História. São Paulo: Ediouro, 2001, p. 875-6. O texto descreve um episódio na Batalha de Termópi- las, fato que marca o contexto da Segunda Guerra Mé- dica. Sobre esse evento histórico, é CORRETO afirmar: a) Foi uma aliança entre cidades gregas, liderada pelo rei Leônidas de Esparta, com o objetivo de lutar contra o exér- cito persa. b) Foi uma aliança entre as cidades-estado lideradas por Atenas, tendo como objetivo lutar contra os exércitos bár- baros. No trecho, evidencia-se a superioridade dos gregos. c) Formou a Liga de Delos, sob a liderança de Esparta. O evento descrito marca a expansão do Império Grego ao conquistar trechos amplos das terras dos bárbaros. d) Formou a Liga do Peloponeso, sob a liderança de Ate- nas. Tal união possibilitou que Leônidas tivesse sucesso em suas conquistas de terras bárbaras, avançando muito mais do que havia feito antes. e) Lideradas por Leônidas, rei dos Persas, os gregos de Atenas lutavam contra os exércitos macedônicos, liderados por Alexandre, o Grande. 59. (UNCISAL AL/2019) A democracia na Grécia Antiga significou a chance de os homens se entenderem no ambiente pú- blico e resolverem suas diferenças em prol de interesses coletivos. Isso se dava em reuniões e assembleias (na ágora, praça pública grega) nas quais as decisões eram tomadas após uma série de debates e questionamentos. Em vez da força física, da violência e dos privilégios, a palavra passou a representar um instrumento poderoso para os cida- dãos, que deveriam entre si argumentar, questionar, re- futar, esclarecer, dialogar, persuadir etc., para, assim, chegar a um consenso sobre o que era melhor para a sociedade. Disponível em: http://educacao.globo.com. Na Grécia Antiga, a adoção da democracia resultou na a) escravização dos indivíduos negros. b) concessão do estatuto de cidadãs gregas às mulheres. c) garantia de representação política da população como um todo. d) inclusão irrestrita das camadas sociais na categoria de cidadãos. e) manutenção da exclusão de amplos grupos de indivíduos não aceitos como cidadãos.22 60. (UNESP/2019) – São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Só- crates! [...] – Ora pois! Concordais que não são inteiramente uto- pias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a consti- tuição; que, embora difíceis, eram de algum modo pos- síveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atu- ais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atri- buem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade? (Platão. A República, 1987.) O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade. b) a organização da pólis e sustenta a existência de um go- verno baseado na justiça e na sabedoria. c) o caráter aristocrático da pólis durante o período das tira- nias em Atenas e defende o princípio da igualdade social. d) a estruturação social da pólis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período de Clístenes. e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana. 61. (IFGO/2019) “[...] O médico grego Hipócrates (460- 377 a.C) foi o primeiro a olhar para um homem tendo um ataque epilético – uma crise de perda de consciência, acompanhada de convulsões – e dizer: “Não há ne- nhum deus aí dentro; é um fenômeno do corpo desse indivíduo”. Hipócrates afirmava que todas as doenças possuem uma causa natural, não devendo ser encara- das como punição divina”. CAMPOS, Flávio de; MIRANDA, Renan Garcia. A escrita da história. São Paulo: Escala Educacional, 2005, p. 51. É correto afirmar que a explicação de Hipócrates para a epilepsia: a) está ligada à religiosidade dos gregos, os quais eram po- liteístas, ou seja, adoravam vários deuses, como Zeus, Apolo, Posêidon, Hera, Palas-Atena, Afrodite e muitos ou- tros. b) está relacionada à principal função da religião grega, que era fazer com que o indivíduo se sentisse parte de uma co- munidade de cidadãos, compartilhando os mesmos valores e ideais. c) chama atenção para o racionalismo grego, para a inves- tigação sistemática, para a ideia de que o mundo é regido por leis da natureza, e não por deuses cheios de caprichos. d) diz respeito à vida política grega que, diferentemente de outras civilizações, compreendia que os problemas da co- munidade são provocados pelos seres humanos e exigem soluções humanas. 62. (SANTA CASA/2019) A afirmação de que os gregos se haviam “alfabetizado” no final do século VIII a.C., embora seja rigorosamente verdadeira, precisa ser mo- dificada de forma considerável, porque, do contrário, nos levará a interpretações errôneas. A verdade é que algumas pessoas, em algumas cidades, sabiam ler e es- crever; e sem dúvida a porcentagem dessas pessoas era maior nas democracias do que em outros regimes. (J. T. Hooker. “Introdução”. In: Lendo o passado: a história da escrita antiga do cuneiforme ao alfabeto, 1996.) A ligação entre a escrita e a organização política pode ser explicada pela a) dependência das decisões coletivas às explicações filo- sóficas sobre a existência da humanidade. b) participação nas guerras entre cidades gregas de indiví- duos com ampla formação militar. c) necessidade de conferir plena publicidade às manifesta- ções da vida social para o conjunto dos cidadãos. d) concessão aos comerciantes estrangeiros alfabetizados do direito de participação na assembleia dos cidadãos. e) fundamentação das leis da cidade nos textos religiosos de ampla circulação no mundo grego. 63. (ENEM/2019) A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a propor- ção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pe- quena nas aristocracias e oligarquias e maior nas de- mocracias. CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985. Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a propor- ção de cidadãos descrita no texto é explicada pela ado- ção do seguinte critério para a participação política: a) Controle da terra. b) Liberdade de culto. c) Igualdade de gênero. d) Exclusão dos militares. e) Exigência da alfabetização. 64. (UCS RS/2019) Mesmo com a certeza de que o es- porte surgiu há muitos anos, não é possível indicar, com precisão, uma data. No entanto, há registros que apontam que entre os hominídeos já ocorriam práticas esportivas, quando, para sobreviver, era preciso lutar, correr, saltar, lançar objetos, praticar arco e flecha, na- dar, entre outras atividades. Disponível em: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/arti- gos/educacao-fisica/a-origem-do-esporte/55138>. Acesso em: 7 ago. 18. (Parcial e adaptado). A Grécia Antiga era constituída de cidades-estado for- temente marcadas por rivalidades que, comumente, le- vavam a guerras. Entretanto, a paixão dos gregos pelos esportes estabelecia uma trégua para a realização dos célebres Jogos Olímpicos que aconteciam em Olímpia. Havia diferentes modalidades: ginástica, corridas, lu- tas, lançamento de discos e de lanças, corridas de ca- valos, e os vencedores recebiam prêmios muito sim- ples: uma coroa de louros e o nome inscrito em uma lista especial. Mas o que valia mesmo era a fama con- quistada, o reconhecimento. Fonte: SCHIMIDT, Mario. Nova História Crítica. SP: Editora Nova Ge- ração, 1999. (Adaptado.) A partir da leitura do excerto e de seus conhecimentos em História, assinale a alternativa correta. 23 a) A vitória na maioria das competições estabelecia a su- premacia política de uma cidade-estado sobre a outra. b) A Guerra do Peloponeso coroou a superioridade física e militar dos espartanos sobre os atenienses, embora, ao fi- nal, tenha aberto caminho ao domínio macedônio. c) A sociedade ateniense, que tinha características milita- ristas, privilegiava a educação esportiva, com vistas à pre- paração para as guerras. d) A democracia espartana colocava no ostracismo todo ci- dadão inapto para os esportes e para a guerra, por consi- derá-lo uma ameaça ao sistema democrático. e) As conquistas de Alexandre Magno sobre o Império Ro- mano espalharam a cultura grega no ocidente e, com ela, a adoração pelos esportes. 65. (UECE/2019) Com a morte de Alexandre, o Grande, iniciou-se a fase conhecida como Helenismo. Conside- rando os valores e ideais desse período, atente para os seguintes itens: I. favorecimento da unificação entre a cultura superior e a cultura popular; II. reforço dos elos entre o indivíduo e a comunidade, repudiando o individualismo; III. destaque para os ideais filosóficos do epicurismo e do estoicismo. É correto somente o que consta em a) II e III. b) III. c) I e II. d) I. 66. (ENEM/2019) Quando se trata de competência nas construções e nas artes, os atenienses acreditam que poucos sejam capazes de dar conselhos. Quando, ao contrário, se trata de uma deliberação política, toleram que qualquer um fale, de outro modo não existiria a ci- dade. BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado). De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos atenienses na Antiguidade Clássica tinha como carac- terística fundamental o(a) a) dedicação altruísta em ações coletivas. b) participação direta em fóruns decisórios. c) ativismo humanista em debates públicos. d) discurso formalista em espaços acadêmicos. e) representação igualitária em instâncias parlamentares. 67. (FMABC SP/2018) A concepção de cidadania no contexto ateniense (séculos VI a.C a IV a.C) e as insti- tuições provenientes
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