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04/10/2018 1 Cabo Frio, 2018 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA DEPARTAMENTO D ENGENHARIA CIVIL OBJETIVOS • Aplicar os conceitos da Mecânica dos Sólidos em problemas reais da Engenharia Civil; • Avaliar e compreender o comportamento de peças quanto à flexão e tensões normais; • Avaliar o Núcleo central de inércia de seções sob flexão composta. M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 04/10/2018 2 FLEXÃO COMPOSTA • Peças que estarão solicitadas simultaneamente pela ação de momentos fletores e esforços normais; • Esta solicitação é denominada de flexão composta Exemplos usuais: • Pilares de canto e de borda; • Ganchos; • Muros de arrimo; • Sapatas com cargas excêntricas; • Vigas protendidas OBS.: Vale salientar que a flexão composta pode ser reta ou oblíqua. M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 3 FLEXÃO COMPOSTA Fundações submetidas a cargas excêntricas M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 4 04/10/2018 3 FLEXÃO COMPOSTA Pilar de Canto M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 5 FLEXÃO COMPOSTA Muros de arrimo M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 6 04/10/2018 4 FLEXÃO COMPOSTA Pilares com excentricidade M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 7 FLEXÃO COMPOSTA • Vigas protendidas M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 8 04/10/2018 5 FLEXÃO COMPOSTA • Vigas protendidas M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 9 FLEXÃO COMPOSTA • Projeto de componentes mecânicos M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 10 04/10/2018 6 FLEXÃO COMPOSTA M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 11 OCORRE FLEXÃO COMPOSTA QUANDO A RESULTANTE DE TENSÕES NORMAIS PODE SER DECOMPOSTA EM UMA FORÇA NORMAL E MOMENTOS FLETORES. FLEXÃO COMPOSTA Quando o plano do momento fletor intercepta a seção segundo um dos eixos principais de inércia, o esforço é denominado de flexão composta NORMAL; Não estando num dos eixos principais de inércia, a flexão será composta OBLÍQUA. M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 12 04/10/2018 7 FLEXÃO COMPOSTA NORMAL • Apresenta apenas uma resultante de momento na seção transversal, podendo ser em y ou Z; M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 13 FLEXÃO COMPOSTA NORMAL Para excentricidades das cargas aplicadas fora do centro de gravidade resultam os momentos ilustrados na figura a seguir: M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 14 𝐸𝑠𝑐𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑜𝑠 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑒 𝐹: 𝑀𝑦 = 𝐹𝑒𝑧 𝑀𝑧 = 𝐹𝑒𝑦 04/10/2018 8 FLEXÃO COMPOSTA NORMAL Equação das tensões • A equação de tensões normais na seção transversal é igual a superposição dos efeitos que será composta por: ➢ Tensões normais causadas pela carga F, quando localizada no centroide da seção; ➢ Tensões de flexão advindos dos momentos 𝑀𝑦 ou 𝑀𝑍 M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 15 FLEXÃO COMPOSTA NORMAL A tensão normal pode ser escrita como: 𝜎𝑥 = 𝜎𝐹 ± 𝜎𝑀𝑧 Sabendo-se que a tensão normal causada pela carga F no centroide pode ser escrita como F/A, pode-se reescrever esta relação como: 𝜎𝑥 = 𝐹 𝐴 ± 𝑀𝑧𝑦 𝐼𝑧 Caso a excentricidade esteja em relação à z, tem-se que: 𝜎𝑥 = 𝐹 𝐴 ± 𝑀𝑦𝑧 𝐼𝑦 M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 16 04/10/2018 9 FLEXÃO COMPOSTA NORMAL Observação: O sinal irá variar conforme a posição de aplicação da carga excêntrica na seção transversal e os sinais das tensões aplicadas, se de tração ou compressão. M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 17 FLEXÃO COMPOSTA NORMAL Determinação da posição da linha neutra • É calculada considerando a propriedade de que as tensões são nulas ao longo do seu comprimento ( da LN), assim: 𝜎𝑥 = 0 Substituindo: 𝐹 𝐴 ± 𝑀𝑧𝑦 𝐼𝑧 = 0 M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 18 04/10/2018 10 FLEXÃO COMPOSTA Sendo y0 a posição da linha neutra, 𝑀𝑧 𝐹 a excentricidade 𝑒𝑦 e 𝑖𝑧² o quadrado do raio de giração dado por 𝑖𝑧/𝐴 , a equação 𝐹 𝐴 ± 𝑀𝑧𝑦 𝐼𝑧 = 0 pode ser reescrita como: 𝐹 𝐴 1 ± 𝑒𝑦𝑦0 𝑖𝑧² = 0 Assim, a posição da linha neutra é dada por: 𝑦0 = − 𝑖𝑧² 𝑒𝑦 Considerando a excentricidade no eixo z, tem-se que: 𝑧0 = − 𝑖𝑦² 𝑒𝑧 M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 19 FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA A flexão composta oblíqua é caracterizada por apresentar resultantes de momento na seção transversal em torno de y, quanto em torno do eixo z. M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 20 𝑀𝑦 = 𝐹𝑒𝑧 𝑀𝑧 = 𝐹𝑒𝑦 04/10/2018 11 FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA EQUAÇÃO DAS TENSÕES A distribuição das tensões normais na seção transversal é equivalente a sobreposição das tensões normais causadas pela carga F, quando localizadas no centroide da seção, com as tensões de flexão decorrentes dos momentos My e Mz. M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 21 FLEXÃO COMPOSTA A tensão normal na seção transversal pode ser escrita como: 𝜎𝑥 = 𝜎𝐹 ± 𝜎𝑀𝑧 ± 𝜎𝑀𝑦 Substituindo as outras variáveis, tem-se que: 𝜎𝑥 = 𝐹 𝐴 ± 𝑀𝑧𝑦 𝐼𝑧 ± 𝑀𝑦𝑧 𝐼𝑦 M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 22 04/10/2018 12 FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA Posição da linha neutra Aplicando o mesmo processo empregado no caso da flexão composta normal, tem-se que: 𝐹 𝐴 1 ± 𝑒𝑦𝑦0 𝑖𝑧² ± 𝑒𝑧𝑧0 𝑖𝑦² = 0 Assim, a posição da linha neutra, em y, é dada por: 𝑦0 = − 𝑖𝑧² 𝑒𝑦 Considerando a excentricidade no eixo y, tem-se que: 𝑧0 = − 𝑖𝑦² 𝑒𝑧 M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio Ce z a r 23 FLEXÃO COMPOSTA Tensões normais máximas As tensões máximas na seção são encontradas através de retas paralelas à linha neutra posicionadas nos extremos da seção transversal M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 24 04/10/2018 13 NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA • É o lugar geométrico da seção transversal tal que, se nele for aplicada uma carga de compressão F, toda a seção estará comprimida. • Sua determinação é feita analisando a distribuição de tensões na seção transversal. • Seja a flexão composta normal em torno do eixo Z: M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 25 NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA • Fazer com que a soma das tensões de tração causadas pela flexão com as tensões normais de compressão seja igual a zero (somente sob esta condição a seção transversal ficará completamente comprimida), ou seja: 𝜎𝐹 = 𝜎𝑀𝑍 Substituindo as equações das tensões: 𝐹 𝐴 = 𝑀𝑧𝑦 𝐼𝑧 y= será a distância da linha neutra até o ponto onde a maior tensão de tração de flexão causada pelo momento 𝑀𝑧. M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 26 04/10/2018 14 NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA Como o momento Mz surgiu pela excentricidade do carregamento longitudinal F, pode ser escrito Fey, substituindo na equação e isolando ey: 𝑒𝑦 = 𝐼𝑧 𝐴𝑧 Z = é a distância da linha neutra até o ponto onde ocorre a maior tensão de tração de flexão causada pelo momento My. M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 27 NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA Para a seção transversal retangular, os valores de ey e ex são: 𝑒𝑦 = 1 6 ℎ 𝑒𝑧 = 1 6 𝑏 M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r 28 Portanto, qualquer carga que esteja aplicada dentro do losango ilustrado ao lado, ou seja, dentro do núcleo central de inércia, somente existirão tensões de compressão na seção transversal. • Tal determinação é útil, pois há peças que se deseja que trabalhe unicamente à compressão, como o caso de sapatas de fundação. 04/10/2018 15 DÚVIDAS? M e c â n ic a d o s S ó lid o s I I - P ro fe s s o r T ú lio C e z a r
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