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TG Brasil x Estados Unidos

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Pesquisa revela semelhanças e diferenças entre profissionais brasileiros e americanos
Aqui, somos mais flexíveis, criativos e pragmáticos, enquanto que, nos EUA, eles são mais empreendedores e propensos a assumir posições de liderança
RIO — Profissionais brasileiros e americanos têm muito mais semelhanças que diferenças. Uma pesquisa realizada pela Hogan Assessments/Ateliê RH mostrou que profissionais de ambos os países têm perfis muito semelhantes. 
No caso dos brasileiros, a análise revelou que os profissionais geralmente são estáveis emocionalmente, e possuem uma autoestima mediana. Ao mesmo tempo, informa o estudo, também possuem uma ambição igualmente mediana, o que indica uma competitividade contida, além de preferirem o papel de apoiadores e agirem nos bastidores, sem exposição e sem querer controlar as situações.
 Apesar do estereótipo de o brasileiro ser um povo altamente sociável, na média, nos equilibramos entre reativos e proativos socialmente. Nossa tendência é a de criar interações baseadas no tato e na diplomacia, mas com alguma dificuldade de confronto direto nas situações de conflito. 
Ou seja, somos políticos, no melhor dos sentidos — afirma Roberto Santos, diretor da Ateliê RH, empresa que distribui as avaliações da Hogan Assessments no Brasil. E completa: — Os profissionais daqui se sentem inseguros quando existe uma expectativa sobre o que podem fazer. Mesmo assim, perseveram para fazer mais e melhor.
A pesquisa também revelou que os brasileiros preferem controlar as consequências de suas decisões e ações com bastante prudência. Ainda assim, os brasileiros são flexíveis, criativos e pragmáticos, o que pode ser traduzido pelo famoso “jeitinho”. 
No caso dos norte-americanos ficou evidente fortes semelhanças com os brasileiros no que tange à sociabilidade: os profissionais lá nos Estados Unidos também se equilibram entre os introvertidos e os extrovertidos. E, ao mesmo passo que seus colegas brasileiros, também preferem agir com prudência e pragmatismo.
A diferença está, entretanto, na autoconfiança e no autocontrole, características marcantes no perfil dos profissionais americanos. Por conta disso, são mais resistentes ao estresse, perseverantes e ambiciosos.
Os profissionais americanos têm um perfil mais empreendedor, são propensos a assumir posições de liderança e são mais competitivos que os brasileiros. 
Mas, ao contrário do que imaginamos, possuem maior sensibilidade interpessoal, maior diplomacia e tato nos conflitos, talvez porque são mais resistentes ao estresse, ou porque isso pode ser um meio de conquistarem aquilo que almejam — pontua o executivo.
Arrogância é barreira no Brasil
Em relação aos comportamentos que podem tirar uma carreira dos trilhos, a pesquisa entre os brasileiros revelou a predominância do perfil passivo/resistente, ou seja, profissionais que em um primeiro momento concordam com a proposta de um colega em uma reunião, mas que saindo dela continuam a priorizar a sua agenda pessoal, frustrando a expectativa daqueles que contavam com seu apoio.
Outra característica que se destacou nos resultados da população brasileira é da arrogância, ou seja, a positiva assertividade que, exagerada, transforma-se em prepotência e instintos ditatoriais. Há, ainda, a predominante característica do obsequioso, que implica em um desejo de agradar figuras de autoridade. Combinadas, ambas revelam um comportamento no meio empresarial: de tratar com certo descaso os níveis inferiores e enaltecer e agradar os chefes.
Quanto aos descarriladores de carreira, o perfil dos norte-americanos também é semelhante ao dos brasileiros. Surpreendentemente, eles são menos arrogantes, ao contrário do que diz o estereótipo cultural. 
São também mais perfeccionistas do que nós brasileiros, mas, afirma Santos, de maneira geral, são muito parecidos com os profissionais daqui.
No que diz respeito aos valores e motivadores internos, os brasileiros são menos propensos à diversidade de valores e princípios expressos em convenções sociais. 
Em compensação, seu perfil se assemelha aos profissionais dos Estados Unidos na necessidade frequente de interação social, na visão de que o dinheiro é um indicador de sucesso, na busca por segurança e previsibilidade, e no desejo por reconhecimento externo.
	Motivação	
Na questão dos valores e motivadores, os americanos têm uma motivação maior pelo poder — indicadores de competitividade e da busca por realizações de impacto. Outra diferença é no altruísmo, que se destaca mais no perfil dos americanos.
Tais diferenças pontuais nos perfis das duas culturas, contudo, não mascaram uma verdade incontestável: brasileiros e americanos são muito mais parecidos em termos de personalidade do que dizem seus estereótipos. Soma-se isso ao ambiente globalizado das organizações, que aproxima e mescla culturas, propiciando uma troca saudável de experiências e visões — finaliza Santos.
Para traçar o perfil de profissionais do Brasil e dos Estados Unidos foram avaliados, ao todo, 334 mil americanos e 35 mil brasileiros. As respostas foram colhidas entre os anos de 2001 e 2013.
Aspectos culturais nas negociações
O negociador internacional bem-sucedido é aquele que leva na devida consideração os fatores culturais. Muitos exemplos servem para comprovar esta verdade.
Uma empresa brasileira detectou ótima oportunidade de negócios no Oriente Médio e enviou para lá seus representantes.
 As negociações corriam de forma extremamente favorável e nada fazia antever a menor probabilidade de insucesso. Acidentalmente, um dos representantes brasileiros cruzou as pernas e a sola do seu sapato ficou apontada na direção do principal negociador árabe.
 A reação deste foi surpreendente: levantou-se e deu a negociação por encerrada. E assim, uma ótima oportunidade de negócios foi perdida. Qual a razão da reação do negociador árabe? 
É que, naquela região, mostrar a sola do sapato era sinal de profundo desrespeito.


Um argentino foi a São Petersburgo (ex-Leningrado) para vender produtos agrícolas. Antes de iniciar a negociação, foi levado a uma protocolar visita a monumentos da II Guerra Mundial.
Ele viu, ouviu e manifestou um interesse bem-educado. Depois que os russos esfriaram as negociações, descobriu, por acaso, que os estrangeiros deviam manifestar inequívocos e profundos protestos de horror e solidariedade diante dos terríveis sofrimentos infligidos aos russos durante a II Guerra Mundial.
Fatos de outra natureza também servem para mostrar a questão das diferenças culturais. O gesto que os americanos usam para “tudo bem”, ou 0K, tem para os brasileiros um significado muito diferente e, verdadeiramente, ofensivo. Muitas outras histórias e fatos podem ser lembrados. 
Assim, tradições, gestos e palavras tem significados próprios para cada povo, para cada religião e cultura, e o negociador, sobretudo o negociador internacional, deve dar a eles a devida consideração e importância, se realmente deseja ter êxito em suas negociações. A consciência das diferenças culturais pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso. 
A questão que se coloca, portanto, a partir desta constatação inquestionável é a de como abordar corretamente o assunto e o que fazer para se tratar essas questões com sucesso.
O sucesso, na realidade, começa por uma boa preparação da negociação, onde se deve procurar estar sintonizado para onde se manifestam as diferenças culturais e quais são os seus efeitos no processo de negociação. 
Quando a negociação tem êxito, os dois lados ganham. E este deve ser um objetivo a ser alcançado. Para que isto aconteça, alguns pontos devem ser observados:
Compreenda a importância das culturas no processo de negociação;
Disponha de um modelo teórico a respeito dos fundamentos de uma negociação, sobretudo no que tange aos seus aspectos universais, ou seja, aqueles inerentes ao ser humano, independente de sua cultura e consequente nacionalidade;
Saiba como transformar estes aspectos universais de forma a adaptá-los ásrealidades específicas, ou seja, ás várias culturas;
Saiba onde obter informação, como, por exemplo, em embaixadas de seu país nos países em que vai negociar.
Hoje em dia, a questão da importância da cultura já está sendo bastante considerada, mas existem alguns perigos que devem ser devidamente observados. O principal deles é a questão dos rótulos e das concepções mecanicistas. 
Por exemplo, acreditar que o fato do Brasil ser o país do carnaval e do futebol implique que todo brasileiro goste de carnaval, seja passista de escola de samba ou torça ardorosamente por algum time de futebol. Assim, deve-se ter consciência não apenas em relação a cultura do país, mas também, e sobretudo, dos aspectos culturais específicos do negociador ou negociadores do outro lado. 
Os movimentos separatistas que ocorreram recentemente na Europa dão bem uma ideia do que isto quer dizer. Muitas vezes numa mesma nação existem diferenças culturais profundas entre regiões, que podem até levar a guerras internas, como as que ocorreram no que era a antiga Iugoslávia, entre bósnios, chechenos e sérvios.
Portanto, deve ficar clara a importância da cultura evitando-se, porém, qualquer tipo de generalização indevida. É preferível, consequentemente, pensar ou preparar-se em função da cultura especifica do negociador do outro lado.
Devemos considerar que existem aspectos universais em todo ser humano. A cultura apenas mostra a forma concreta como estes aspectos universais se manifestam. Assim, todo ser humano tem necessidade de se alimentar. A cultura é que vai dizer o tipo de alimentação a ser ingerida. Na Índia, as pessoas preferem passar fome a comer carne de vaca.
E quais são estes aspectos universais? Não importa qual seja a cultura, os seres humanos negociam porque têm interesses que podem ser atendidos através da negociação. Sempre existem interesses comuns e opostos. 
Os comuns levam ao sentimento de identificação. Os opostos, à polarização ou antagonismo. Identificar os interesses que aproximam ou afastam é um dos primeiros passos a serem seguidos. Tudo isto pode ser melhor considerado quando se disponha de um modelo de negociação, pois a qualidade do nosso pensamento depende dos modelos que utilizamos.
O MIN – Modelo Integrado de Negociação, modelo que criamos e desenvolvemos, leva em consideração os seguintes aspectos, que estão presentes em toda e qualquer negociação:
Os cenários da negociação.
O conhecimento do assunto objeto da negociação.
A habilidade de relacionamento.
Processo de negociação.
Realidade pessoal dos negociadores
Devemos considerar três cenários:
O primeiro diz respeito aos negociadores diretamente envolvidos na elaboração do acordo, bem como ao ambiente físico em que se realiza a negociação. 
O segundo, às pessoas importantes que de uma forma ou de outra exercem influencias sobre os negociadores, bem como a tudo que se relacione com o apoio logístico. 
O terceiro diz respeito às variáveis macroeconômicas, sociais e culturais
O conhecimento do assunto é outro ponto de capital importância, pois de sua compreensão dependem o estabelecimento correto da margem de negociação, assim como a construção de alternativas e critérios objetivos que sirvam como referências á definição do acordo.
Na habilidade de relacionamento devem ser levados em conta pontos que estão presentes em toda e qualquer cultura como, por exemplo, as necessidades de todo ser humano de realização, aceitação, reconhecimento e segurança, como também a diferenciação entre os vários estilos de negociação que se manifestam dentro de uma mesma cultura.
O processo de negociação diz respeito aos procedimentos a serem utilizados desde o início até o final, ou seja, a definição e cumprimento do acordo. Um negociador experiente sabe que a negociação não se encerra quando o acordo foi firmado, mas sim, quando ele foi devidamente implementado. E este descuido é um erro grave que é cometido com muito mais frequência do que se possa imaginar.
A questão que se coloca a seguir é a de onde coletar informações relevantes. Existem algumas fontes, entre elas, as embaixadas e as pessoas que já negociaram no país em questão. Mas, não resta a menor dúvida de que se tivermos informações de quem negociou, especificamente, com quem vamos negociar, estaremos de posse de uma informação de fonte muito preciosa.
Assim, deve-se ter sempre em mente o fato de que cada terra tem seus costumes e, portanto, nada mais acertado do que seguir o ditado: “Quando estiver em Roma, haja como os romanos”. Mas, de qualquer forma, devemos nos lembrar que todo ser humano tem algumas necessidades que devem sempre ser consideradas, entre elas, a de querer ser tratado com respeito e dignidade.
Diferenças entre a cultura Americana e a Brasileira
	Existem muitas diferenças entre a cultura americana e a brasileira. Ambas as culturas têm semelhanças notáveis​​, mas existem algumas diferenças, como por exemplo: alimentação, cumprimento, festas e estudos.
	
As principais diferenças são as refeições e alimentos. Por exemplo, o jantar é a refeição principal para os americanos e é servido mais cedo, às 17:00 o jantar já está em cima da mesa. Almoço aqui está mais para um lanche que o próprio almoço. 
No Brasil, o jantar geralmente é servido às 18:00 e existem pratos famosos, um deles é o cuscuz feito a partir do milho (servido principalmente no Nordeste).
A principal refeição é o almoço que é sempre arroz e feijão como prato principal acompanhado de carne, frango ou peixe, e salada. Massas também é muito comum, como a lasanha e o macarrão. No entanto, fast food, massas e outros alimentos são semelhantes a cultura brasileira.
	
	Cuscuz
	
A segunda diferença são os métodos de saudação. Por exemplo, no Brasil é comum cumprimentar alguém com um abraço ou um beijo na bochecha. Pais, amigos, irmãos e conhecidos dão um beijo na bochecha e isso significa amizade. 
Homens cumprimentam outros homens com um abraço e mulheres se cumprimentam com um beijo na bochecha. No entanto, para os mais íntimos, beijar o rosto é uma das mais antigas formas de demonstrar afeto. Na cultura americana, um abraço ou um beijo na bochecha pode ser mal interpretado. 
Os americanos tendem a ser bastante reservados e costumam abraçar muito pouco, mesmo entre família. Apenas entre os amigos mais próximos e entre namorados é aceitável o beijo na bochecha. Portanto, apertos de mão são formal e educado, especialmente em um ambiente acadêmico.
Terceira, as festas são únicas nos EUA. Nos Estados Unidos, apenas aqueles que tem 21 anos de idade podem entrar em bares e discotecas. Menores de idade não podem entrar em certos lugares, então eles escolhem fazer festa em casa, a mais famosa e conhecida House Party!
As festas incluem bebida, música e o popular jogo de Beer Pong. 
Muitas pessoas que não conhecem o dono da casa vão para a festa, pois nos EUA se tem a ideia de que "quanto mais, melhor". Além disso, as festas têm horário para terminar.
	
	Beer Pong
No Brasil, os jovens podem beber aos 18 anos de idade, bares e restaurantes que vendem bebidas alcoólicas não proíbem a entrada de menores. Contudo, existem alguns estabelecimentos que proíbem a entrada de menores, como por exemplo as casas noturnas. Assim, geralmente não existe problema para entrar em lugares onde há bebidas alcoólicas. Festas em casa, ou a chamada house party também são comuns, mas não como o festas em casa nos EUA.
	
	No Brasil
	
Geralmente, o dono da casa convida cada pessoa que vai para a festa. 
Às vezes, os amigos podem trazer outros amigos, mas o proprietário precisa saber de antemão. Na verdade, festas em casa no Brasil é mais como uma reunião entre amigos, com jogos de vídeo game ou cartas, televisão ligada, alguém tocando violão, bebidas e música não muito alta. 
No Brasil, as festas costumam acabar tarde.
	
	Comida, filme...
Finalmente, no Brasil quando os jovens vão para a universidade eles ainda estão morando com seuspais. 
Às vezes, alguns jovens se deslocam de sua cidade para estudar em outra universidade em outro estado ou cidade vizinha, isto porque no Brasil as universidades públicas são gratuitas, por isso muitas pessoas preferem estudar em uma universidade pública, mesmo que precisem viver longe de suas famílias. 
Quando isso acontece, os alunos vivem sozinhos ou compartilham apartamento com outros estudantes fora do campus, a chamada República Estudantil. 
Nos Estados Unidos, as universidades públicas são pagas e os alunos vivem longe da família.
	
	KU Campus
Para os americanos e para os pais, é super comum fazer seus 18 anos e ir embora. Geralmente, as universidades oferecem alojamentos e os alunos vivem em dormitórios e compartilham apartamentos com outros estudantes no campus. Em conclusão, as culturas americana e brasileira têm semelhanças notáveis​​, mas em áreas como a comida, os cumprimentos, as festas e estudos existem algumas diferenças.
	
Biografia
http://oglobo.globo.com/economia/emprego/pesquisa-revela-semelhancas-diferencas-entre-profissionais-brasileiros-americanos-12498625#ixzz4QbEccbXW .

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