Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
METABOLISMO TECIDO ESPECÍFICO: divisão do trabalho Secreta insulina e glucagon em resposta a mudanças na concentração de glicose sanguínea. Processa gorduras, carboidratos e proteínas da dieta; sintetiza e distribui lipídios, corpos cetônicos e glicose para outros tecidos; converte o excesso de nitrogênio em uréia. Carrega nutrientes do intestino para o fígado. Absorve nutrientes da dieta, move para o sangue ou sistema linfático Transporta íons para manter o potencial de membrana; integra o corpo e arredores; envia sinais para outros órgãos. Carrega lipídeos do intestino para o fígado. Sintetiza, estoca e mobiliza triacilgliceróis. (tecido adiposo marrom: responsável pela termogênese) Usa ATP para realizar trabalho mecânico. Pâncreas Fígado Veia Porta Intestino delgado Cérebro Musculo esquelético Sistema linfático Tecido adiposo Nutrientes (carboidratos, proteínas e açúcares) Hidrolisados e absorvidos pelas células epiteliais do intestino A maioria dos açúcares e aminoácidos e alguns triacilgliceróis (TAG) passam para o sangue e são conduzidos ao fígado. Os triacilgliceróis penetram no sistema linfático e daí entram no tecido adiposo. VEIA PORTA: rota direta dos órgãos do sistema digestivo para o fígado. Fígado Células de Kupffer: função imunológica; Hepatócitos: transformam os nutrientes obtidos da dieta nos combustíveis e precursores necessários aos outros tecidos e os exportam para o sangue. Fígado Açúcares: ü GLUT2: transportador de glicose hepático, altamente eficiente; ü A glicose entra nos hepatócitos e é fosforilada pela hexoquinase IV (Glicoquinase), produzindo glicose6-fosfato. ü Glicoquinase: ↑ Km para a glicose, não é inibida pelo seu produto (glicose 6-fosfato) Aminoácidos: ü Precursores para a síntese de proteínas; ü O fígado é local da biossíntese da maioria das proteínas presentes no plasma sanguíneo; Lipídios: ü Os lipídios que entram nos hepatócitos possuem diferentes destinos; Fígado glicose 6-fosfatase Biossíntese de ácidos graxos e colesterol. Fígado Durante o intervalo entre as refeições, especialmente se prolongado, há alguma degradação de proteínas em aminoácidos. Ciclo da alanina-glicose Podem suprir a demanda energética até 30% no coração e de 60-70% no cérebro Fígado O excesso de acetil CoA é convertido em corpos cetônicos, acetoacetato e β-hidroxibutirato, que são lançados no sangue e transportados até os tecidos periféricos, onde são usados como combustível do ciclo de Krebs. Grande parte dos lipídios sintetizados é transportada para outros tecidos pelas lipoproteínas. Na maioria das circunstâncias, os ácidos graxos são os principais combustíveis oxidativos do fígado. O fígado funciona como o centro distribuidor do organismo: exportando nutrientes em proporções corretas a outros órgãos, atenuando as flutuações no metabolismo causadas pela natureza intermitentes da ingestão alimentar e processando o excesso de grupos amino em uréia e outros produtos a serem eliminados pelos rins. Fígado TECIDO ADIPOSO ü Adipócitos: 15 % da massa de um homem adulto jovem, com aproximadamente 65 % dessa massa na forma de triacilgliceróis; ü Apresentam via glicolítica ativa; ü Usam o ciclo do ácido cítrico para oxidar piruvato e ácidos graxos e realizar a fosforilação oxidativa mitocondrial; ü Em períodos de alta ingestão de carboidratos, pode converter a glicose (por meio do piruvato e acetil-CoA) em ácidos graxos, e a partir destes os triacilgliceróis são sintetizados e armazenados como grandes lóbulos gordurosos. No entanto, a maior parte da síntese de ácidos graxos ocorre nos hepatócitos; ü Armazenam triacilgliceróis que chegam do fígado e do trato intestinal. ü Liberação de ácidos graxos é estimulada por epinefrina e glucagon e inibida por insulina (quando aumenta a necessidade de combustível). Localização do tecido adiposo marrom em bebês. MÚSCULO MÚSCULO DA POIAN & CASTANHO. Integrative Human Biochemistry, 2015. FIBRA MUSCULAR DO TIPO I - Oxidativa - Vermelha - Contração lenta - Exercício prolongado e repetitivo (ciclismo, maratona, etc) TIPO I: muita mitocôndria, vermelha, contração lenta, gera pouca tensão, resistente à fadiga, suprimento de vasos sanguíneos maior, produz ATP de forma relativamente lenta mas constante (fosforilação oxidativa). DA POIAN & CASTANHO. Integrative Human Biochemistry, 2015. FIBRA MUSCULAR DO TIPO II - Glicolítica - Branca - Contração rápida - Exercício de explosão, de curta duração (100 m rasos, luta ou fuga) TIPO II: pouca mitocôndria, branca, contração rápida, gera tensão maior, pouco resistente à fadiga, produz ATP de forma relativamente rápida (via glicólise), utiliza o ATP mais depressa do que pode repô-lo. Em atividade máxima, o glicogênio muscular é degradado até lactato pela fermentação. Advanced Exercise Physiology: Essential Concepts and Applications Ehrman, Kerrigan & Keteyian. Human Kinetics, 2018. ATP-PCr – phosphocreatine, creatine kinase, adeniyate kinase PDH – pyruvate dehydrogenase TCA – tricarboxylic acid cycle ETC - electron transport chain FABP – fatty acid binding protein Fibra I (oxidativa) Fibra II (glicolítica) Schiaffino & Reggiani, Physiol Rev 2011, doi:10.1152/physrev.00031.2010 CICLO DE CORI Os músculos esqueléticos armazenam relativamente pouco glicogênio (~1% do seu peso total) , isso limita a quantidade de energia glicolítica disponível durante um esforço máximo. O MÚSCULO CARDÍACO difere do músculo esquelético por estar continuamente ativo em ritmo regular de contração e relaxamento e pelo fato de seu metabolismo ser aeróbio todo o tempo. Os ácidos graxos são os o combustível principal usado no coração, mas utilizam também glicose e corpos cetônicos que são trazidos pelo sangue. CÉREBRO Manutenção do potencial elétrico Profª Luisa Ketzer Ø Os astrócitos (2º maior tipo celular do cérebro) podem oxidar ácidos graxos; CÉREBRO Ø O cérebro tem um metabolismo respiratório muito ativo (20% do O2 total em repouso); Ø Tem pouco glicogênio; Ø Dependente da glicose que chega pelo sangue; Ø Pode utilizar o β-hidroxibutirato (um corpo cetônico) formado a partir dos ácidos graxos dos hepatócitos (importante durante o jejum prolongado, depois que todo glicogênio hepático esgotar). Ø O cérebro oxida a glicose pela glicólise e ciclo do ácido cítrico, e o fluxo de elétrons dessas oxidações através da cadeia respiratória fornece quase todo o ATP usado por essas células. Metabolismo da glicose no cérebro: (a) descansado e (b) em privação de sono por 48 horas. SANGUE Ø Transporta oxigênio, metabólitos e hormônios; Ø O ser humano adulto possui 5-6 litros de sangue; Proteínas do plasma (70 %): albumina, VLDL, LDL, HDL, imunoglobulinas) 90% 10% Componentes inorgânicos (10 %, CaCl2, MgCl2, KCl) Componentes orgânicos (20 %, glicose, aminoácidos, citrato, corpos cetônicos. Profª Luisa Ketzer SANGUE Profª Luisa Ketzer TRANSPORTADORES DE GLICOSE Tecido Adiposo e Muscular (2) Quando a insulina interage com o seu receptor, vesículas movem-se para a superfície e fundem-se com a membrana plasmática, aumentando o número de transportadores de glicose na membrana plasmática. (1) Transportadores de glicose são “estocados” dentro da células namembrana de vesículas. (3) Quando o nível de glicose diminui, os transportadores de glicose são removidos da membrana plasmática por endocitose, formando pequenas vesículas. (4) As pequenas vesículas fundem-se com o grande endosomo. (5) Endosomo enriquecido com transportadores de glicose tornam-se pequenas vesículas, prontas para retornar à superfície quando os níveis de insulina aumentam novamente. Tecido Adiposo e Muscular Refeição rica em carboidrato: ↑ glicose na corrente sanguínea ↑ secreção de insulina pelo pâncreas e ↓ secreção de glucagon. Ilhotas de Langerhans Regulação pela glicose da secreção de insulina pelas células pancreáticas. Profª Luisa Ketzer Bem alimentado EFEITO DA INSULINA Em resumo, o efeito da insulina é favorecer a conversão do excesso de glicose sanguínea em duas formas de armazenamento: glicogênio (fígado e músculo) e triacilgliceróis (no tecido adiposo). Jejum Jejum prolongado Gliconeogênese Fígado EFEITO DO GLUCAGON Profª Luisa Ketzer O efeito do glucagon é, portanto, estimular a síntese e a liberação da glicose pelo fígado e mobilizar os ácidos graxos do tecido adiposo para serem utilizados no lugar da glicose por outros tecidos que não o encéfalo. Todos estes efeitos do glucagon são mediados por fosforilação proteica dependente de APMc. Níveis de Substratos e Hormônios no Sangue Substrato ou Hormônio Estado Absortivo Pós-absortivo (12 h) Jejum (3 dias) Inanição (5 semanas) Insulina (µU/mL) 40 15 8 6 Glucagon (pg/mL) 80 100 150 120 Glicose (mM) 6,1 4,8 3,8 3,6 Ác. Graxos (mM) 0,14 0,6 1,2 1,4 β-hidroxibutirato (mM) 0,03 0,1 1,4 6,0 - em 1 semana de jejum o cérebro pode obter metade de sua energia dos corpos cetônicos - na inanição os ácidos graxos fornecem 75 % e os corpos cetônicos 25 % da energia para células que não exigem glicose Concentrações de glicose após refeição 0-4 horas após dieta 4 - 16 horas após dieta 16 - 28 horas após dieta 2 – 24 dias após dieta RBCs -hemácias 24 – 40 dias após dieta RBCs -hemácias Combustível metabólico disponível em homem com peso normal (70 kg) e em homem obeso (140 kg) antes de iniciar o jejum. EFEITO EPINEFRINA (ADRENALINA) EFEITOS METABÓLICOS DA ADRENALINA DA POIAN & CASTANHO. Integrative Human Biochemistry, 2015. EFEITO DO CORTISOL - Diversos agentes estressores (ansiedade, medo, dor, infecção, jejum, glicose sanguínea baixa) estimulam a liberação do hormônio corticosteroide CORTISOL do córtex adrenal; - Age no fígado, músculo e tecido adiposo para suprir o organismo com combustível para manejar a situação estressante; - Ação lenta, promove mudança nos tipos e nas quantidades de determinadas enzimas sintetizadas em suas células alvo; - Tecido adiposo: aumento na liberação de ácido graxos a partir dos triacilgliceróis armazenados. EFEITO DO CORTISOL - Estimula a degradação de proteínas musculares e a exportação dos aminoácidos para o fígado, onde servem como precursores para gliconeogênese; - No fígado, estimula a gliconeogênese por estimular a síntese da PEP-carboxiquinase; - O efeito dessas alterações metabólicas é a restauração dos níveis normais de glicose e o aumento dos estoques de glicogênio, pronto para das suporte à resposta de luta ou fuga comumente associada ao estresse. DIABETE MELITO - TIPO 1 (ou diabete melito insulina-dependente): destruição autoimune das células β pancreáticas e de uma consequente incapacidade de produzir insulina em quantidade suficiente; - TIPO 2 (ou diabete melito não insulina-dependente):a insulina é produzida, mas alguns aspectos do sistema de resposta aos hormônio estão defeituosos. As pessoas tornam-se resistentes à insulina. - Oxidação excessiva, mas incompleta, dos ácidos graxos do fígado. A acetil –CoA produzida pela β-oxidação não pode ser oxidada completamente pelo ciclo de Krebs, porque a alta relação [NADH]/ [NAD+] produzida pela β-oxidação inibe o ciclo. - ↑acetil-CoA = ↑ corpos cetônicos acetoacetato e β- hidroxibutirato (CETOSE). DIABETE MELITO - O acetoacetato pode ser convertido em acetona – hálito alterado; - Os corpos cetônicos são ácidos carboxílicos que se ionizam, liberando prótons. A produção de ácido pode superar a capacidade do sistema tampão bicarbonato do sangue e produzir uma redução no pH sanguíneo (ACIDOSE), ou em combinação com a cetose, CETOACIDOSE, uma combinação potencialmente letal. Microbioma humano Cresci GA, Bawden E. Gut Microbiome: What We Do and Don't Know. Nutr Clin Pract. 2015 Dec;30(6):734-46. Microbioma humano Cresci GA, Bawden E. Gut Microbiome: What We Do and Don't Know. Nutr Clin Pract. 2015 Dec;30(6): 734-46. Microbioma humano Dieta + tecido adiposo è + leptina è - consumo alimentar + oxidação de ácidos graxo Regulação e controle da ingestão de alimentos mutação do gene ob – fenótipo obeso Núcleo arqueado no hipotálamo – leptina e insulina ü Inibição de peptídeos orexígenos (NPY) ü Estímulo de peptídeos anorexígenos (α-MSH) Regulação e controle da ingestão de alimentos inibem o apetite (hormônio estimulante de melanócito α) estimulam o apetite (neuropeptídeo Y) (hipotálamo) + - + - ANOREXIGÊNICO OREXIGÊNICO
Compartilhar