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Elementos para um bom texto II

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REDAÇÃO DE DOCUMENTOS TÉCNICOS
Aula 4- Elementos para um bom 
texto II. (1)
NOME DA AULA – AULA1
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Conteúdo Programático desta aula
▪ Elementos para se tecer um bom texto II
▪ a coerência, coesão, 
▪ linguagem formal, correção gramatical. (2)
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Nesta aula continuaremos a ver os elementos 
para se tecer um bom texto: a coerência, 
coesão, linguagem formal, correção 
gramatical. A Pontuação e os pronomes de 
tratamento.(3)
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Continuando as características para 
um bom texto temos: 
D)coerência 
E)coesão
F)Linguagem formal, linguagem 
informal e não rebuscada;
G) Correção gramatical(3)
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A Coerência
• Diz respeito à qualidade, estado ou atitude de ser 
coerente, é a ligação ou harmonia entre situações, 
acontecimentos ou idéias, relação harmônica 
conexão,nexo, lógica, diz o verbete do dicionário.
• Diante dessa definição percebemos que ser coerente é 
dever de qualquer tipo de texto, de comunicação 
escrita. Então o emissor ao se expressar deve primar 
pela harmonia tanto na relação de sentido entre as 
palavras quanto no encadeamento de idéias dentro do 
texto.(4)
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• Para se ter uma exata conexão de sentido na relação 
entre as palavras de um texto, devemo-nos ater à 
significação de cada termo,e buscar também o 
encadeamento lógico do texto, que se faz 
principalmente, mediante as relações de 
tempo,espaço,causa e consequência. (5)
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• A coerência,assim, vista como um princípio de interpretabilidade 
do texto,diz Petri(p.74), num processo cooperativo entre produtor 
e receptor depende de uma intrincada rede de fatores de ordem 
linguística, semântica, cognitiva, pragmática e interacional, tais 
como:conhecimento linguístico,conhecimento de mundo, 
conhecimento partilhado,inferências, situacionalidade, 
aceitabilidade, intertextualidade,entre outros que funcionam em 
conjunto na construção do sentido do texto. (6)
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• Segundo Petri, esses fatores de coerência são constituídos como:
• Conhecimento de mundo –
• Conhecimento partilhado -
• Inferência –
• Fatores de contextualização –(7)
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A coesão
• É a associação íntima das partes de um todo, a concordância , a 
união, a ligação,diz o dicionário.
• Mas podemos dizer que coesão é um mecanismo que têm por 
função estabelecer relações textuais através de determinados 
recursos. 
• Ocorre coesão quando a interpretação de algum elemento do texto 
depende da interpretação de outro. Há então formas de coesão 
realizadas pela gramática e pelo léxico. 
• Os dois grandes tipos de coesão são a coesão referencial e a 
coesão sequencial.(8)
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Mecanismos de coesão
• A cada frase enunciada devemos ver se ela mantém um vínculo 
com a anterior ou anteriores para não perdermos o fio do 
pensamento.
• A coesão nos permite tanto olhar para trás como para adiante, ou 
seja, um termo pode criar conexão com o que já passou ou com o 
que está por vir. Além da coesão deve-se prestar atenção na 
coerência pois pode-se construir um texto coeso sem coerência.(9)
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Coesão por referência ou referencial
• Os recursos básicos da coesão referencial são a substituição e a 
reiteração. 
• Exs: A) João Paulo II, condenou os ataques. Ele disse que a igreja é 
contra qualquer tipo de violência.
• B) O colégio é um dos melhores da cidade.Seus dirigentes se 
preocupam muito com a educação integral.
• c) recebemos 2 telegramas.O primeiro confirmava a sua chegada;o 
segundo dizia justamente o contrário.
• D) Não podíamos deixar de ir ao Louvre . Lá está a obra-prima de 
Leonardo da Vinci: A Monalisa.
• E) Pedi uma cerveja. A mesma, entretanto,não veio gelada (10)
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Recurso de substituição
• Coesão por SUBSTITUIÇÂO- ocorre quando um termo do texto é 
retomado ou precedido por uma forma referencial. Consiste 
também em se abreviar sentenças inteiras utilizando predicados 
prontos. 
• Ex : fazer isso. “ O presidente pretende anunciar as novas medidas 
que mudarão a segurança nos aeroportos, mas não deverá fazer 
isso nesta semana.”(11)
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Recurso de repetição
• Se dá pelo uso de sinônimos, de hiperônimos, de nomes genéricos, 
de expressões nominais definidas ,de nominalizações: 
• Coesão LEXICAL - consiste em utilizar palavras ou expressões 
sinônimas dos termos que deverão ser retomados em sentenças 
subsequentes .
• Pode-se utilizar expressões pejorativas ou não e podem ser 
tomados como uma marca e estilo pessoal.
• Pode ser feita a coesão lexical por metonímia quando se toma a 
parte pelo todo.(12)
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• Ex: 1)O governo tem se preocupado com os índices de inflação. O 
planalto diz que não aceita qualquer remarcação de preço.
• 2)Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum valor em sua época. 
Houve telas que serviam até de porta de galinheiro.
• 3) Acabamos de receber 10 termômetros clínicos. Esses 
instrumentos deverão ser encaminhados ao departamento de 
pediatria.
• Pode-se também usar hiperônimos ou hipônimos :
• Hiperônimos _ relação de todo e parte. Ex: faqueiro- faca
• Hipônimos- parte e todo. Ex pardal –ave ( 13)
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• Coesão por ELIPSE- Quando na sentença posterior ocorre a 
ausência de um termo que fica subentendido pelo contexto. Pois 
está presente na sentença anterior.
• EX: O ministro foi o primeiro a chegar. Abriu a sessão às oito em 
ponto e fez então seu discurso emocionado.
• Ocorreu a elipse do pronome, mas pelo verbo se pode 
identificar.(14)
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Linguagem formal, linguagem informal e não rebuscada
• Os níveis de linguagem já foram na aula 1 estudados, no entanto, 
é preciso lembrar os textos técnicos devem ser escritos com 
linguagem formal, respeitando as regras da língua, sem gírias, sem 
oralidades.
• Em função do contexto os textos técnicos podem apresentar o 
jargão da área de conhecimento específica.
• Ex: texto jurídico( petições, recursos, contestações)
• Texto empresarial( relatórios, atas, requisições)
• Texto jornalístico( lide, resenha) (15)
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Correção gramatical
• Também já abordada na aula 1, se configura pelo respeito às 
regras da língua portuguesa. Significa escrever usando a norma 
culta da língua, respeitando a ortografia, usando a pontuação 
correta, não usando oralidades, com adequação de tratamentos, 
pronomes, regências,concordâncias. (16)
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Pontuação
• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/ManualRedPR2aEd.
PDF
• Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintática, têm as 
seguintes finalidades:
• a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entoação) na leitura;
• b) separar palavras, expressões e orações que, segundo o autor, 
devem merecer destaque;
• c) esclarecer o sentido da frase, eliminando ambiguidades.(17)
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Pontuação
(18)
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Pronomes de Tratamento
Emprego dos Pronomes de Tratamento
• Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a 
secular tradição. São de uso consagrado:
• Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo;• Presidente da República;
• Vice-Presidente da República;
• Ministros de Estado ;
• Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito 
Federal;
• Oficiais-Generais das Forças Armadas;
• Embaixadores;
• Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de 
cargos de natureza especial;
• Secretários de Estado dos Governos Estaduais ;(19)
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b) do Poder Legislativo : (20)
• Deputados Federais e Senadores;
• Ministros do Tribunal de Contas da União;
• Deputados Estaduais e Distritais ;
• Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
• Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais .
c) do Poder Judiciário:
• Ministros dos Tribunais Superiores;
• Membros de Tribunais ; Juízes; Auditores da Justiça Militar.
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O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes 
de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
• As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, 
seguido do cargo respectivo:
Ex: Senhor Senador,
Senhor Juiz, Senhor Diretor (21)
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No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às 
autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:
Ex:A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
70064-900 – Brasília. DF
Ex:A Sua Excelência o Senhor
Senador Fulano de Tal
Senado Federal
70165-900 – Brasília. DF (22)
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Em comunicações oficiais:
• Está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às 
autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é 
pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, 
sendo desnecessária sua repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais 
autoridades e para particulares. O vocativo adequado é:
EX:Senhor Fulano de Tal,
(...)
(23)
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No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no 123
12345-000 – Curitiba. PR
• Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego 
do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o 
tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o 
uso do pronome de tratamento Senhor. (24)
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• Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título 
acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, 
empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que 
tenham tal grau por terem concluído curso universitário de 
doutorado. 
• É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os
bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o 
tratamento Senhor confere a desejada formalidade às 
comunicações.(25)
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• Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por 
força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de 
universidade. Corresponde-lhe o vocativo:
• ex:Magnífico Reitor,
• Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a 
hierarquia eclesiástica, são:
• Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo 
correspondente é:
• Ex: Santíssimo Padre(26)
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• Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em 
comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:
• Ex: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e 
Reverendíssimo Senhor Cardeal,
• Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações 
dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa 
Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores 
religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos 
e demais religiosos.(27)
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Fechos para Comunicações
•
• O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de 
arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que 
vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério 
da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de 
simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de 
somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação 
oficial:
• a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:
Ex:Respeitosamente,
• b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
Ex:Atenciosamente,
• Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades 
estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente 
disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações 
Exteriores.. (27)

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