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1 A IMPORTÂNCIA DO USO DO FOTO PROTETOR COMO PREVENÇÃO DO FOTOENVELHECIMENTO Regina Aparecida Rocha Bueno 1 Mario Rene S. M. de Souza 2 1 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2 Prof. MSc Mario Rene S. M. de Souza; Setor de Ciências Biológicas e da saúde,Universidade Tuiuti do Paraná Endereço para correspondência: Regina Aparecida Rocha Bueno, reginapho@hotmail.com _______________________________________________________________ RESUMO: O envelhecimento da pele pode ser consequência da exposição excessiva ao sol. Este fator extrínseco somado as alterações intrínsecas do envelhecimento, causam o fotoenvelhecimento aumentando ainda, o risco de doenças como câncer de pele. As causas que levam a esses fatores envolvem a radiação ultravioleta, o aparecimento de radicais livres, tabagismo, etilismo, poluição ambiental e fatores genéticos que podem acelerar este processo. O protetor solar ainda está sendo utilizado de forma insuficiente na proteção da pele. O uso adequado de protetor solar age contra os efeitos da radiação solar protegendo e minimizando e envelhecimento precoce. Este trabalho tem por objetivo mostrar através de revisão, a importância do uso e a eficácia do protetor solar contra a radiação ultravioleta. Palavras-chave: pele, fotoenvelhecimento, fotoprotetor _______________________________________________________________ Abstrat:. Skin aging can result from excessive exposure to sunlight. This plus the extrinsic factor changes intrinsic aging, photoaging cause further increasing the risk of diseases like skin cancer. The causes that lead to these factors involve ultraviolet radiation, the appearance of free radicals, smoking, alcohol consumption, environmental pollution and genetic factors that can accelerate this process. The sunscreen is still being used inadequately in the protection of the skin. Proper use of sunscreen acts against the effects of solar radiation shielding and minimizing and premature aging. This work aims to show by reviewing the importance of the use and effectiveness of the sunscreen against ultraviolet radiation Keywords: skin, photoaging, sunscreen 2 1. INTRODUÇÃO O foto envelhecimento é definido como um conjunto de alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas inevitável no decorrer da vida do indivíduo. A pele e órgão mais afetado, onde a pele passa por uma mudança em sua estrutura, ocorrendo uma perca de elasticidade, manchas solares e rugas, diminuindo a quantidade de elastina e colágeno, reduzindo assim sua hidratação, tendo uma parte da função das glândulas sudoríparas e sebáceas diminuída. A manifestação do envelhecimento começa a surgir a partir dos 30 anos de idade, isso dependerá dos fatores intrínsecos ou cronológicos e os extrínsecos ou foto envelhecimento. As causas que levam a esses fatores envolvem a radiação ultravioleta, o aparecimento de radicais livres, radiação solar, tabagismo, etilismo, poluição ambiental e fatores genéticos que podem acelerar o fotoenvelhecimento. 1 Um dos cuidados que devem ser tomados para a prevenção do fotoenvelhecimento é a busca por uma alimentação saudável, especialmente os voltados aos cuidados da pele. Além disso, o uso adequado e correto do protetor solar tem papel fundamental na proteção contra os raios solares, luzes artificiais e radicais livres. 1 A função dos protetores solares é reduzir a quantidade de radiação ultravioleta, diminuindo assim a absorção na pele humana, formando uma barreira de proteção. Sendo assim, é de fundamental importância estudos sobre a sua utilização, pois os mesmos mostram a função do fotoprotetor, suas características, mecanismos de ação, eficácia e comercialização. 10 O objetivo deste trabalho é mostrar a importância e a eficiência do uso do protetor solar contra a radiação ultravioleta, bem como os riscos da radiação para pele, e os danos que podem causar. 3 2. O ENVELHECIMENTO DA PELE A pele é considerada o maior órgão do nosso corpo, ela age com um mecanismo sensorial, regula a temperatura corporal, faz a regulação da produção de vitamina D3, excreta eletrólitos e demais substâncias e impede a perda de água e proteínas para o meio externo. No entanto ela não é considerada uma barreira totalmente impermeável, pois dependendo da concentração e natureza da substância penetrante há um gradiente de penetração. A capacidade de renovação da camada superior faz com que ocorra descamação, esta se mistura com a secreção das glândulas sudoríparas e sebáceas, evitando assim que a pele tenha um aspecto escamoso ou áspero. 1 O processo de envelhecimento pode ser explicado por diversas teorias, incluindo fatores genéticos ou extrínsecos e cronológicos ou intrínsecos. O primeiro seria o envelhecimento intrínseco ou cronológico que devido à dificuldade durante a replicação do DNA, os telômeros continuamente perdem parte de sua seqüência, esta perda é um fator de limitação para a capacidade replicativa celular, em um mecanismo de contagem. O envelhecimento tem suas principais mudanças na pele que são alterações da matriz e mudanças no padrão da expressão dos fibroblastos, e na derme permanecem estacionadas por um longo tempo, e só se prolifera quando ha estimulação. 2 O envelhecimento intrínseco ou cronológico é inevitável, suas alterações acontecem com o decorrer da vida. E o envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento se manifesta nas áreas foto expostas aos efeitos nocivos repetitivos da ação dos raios ultravioleta, os sinais surgem em longo prazo juntamente com o envelhecimento intrínseco,e a pele sofre alterações precoces. Termos cronossenescência e actinossenescência são fenômenos parecidos que significa pele velha. Pode ser definido como um conjunto de alterações manifestado na pele com variações topográficas regionais, sendo uma conseqüência natural da idade. É a partir da quarta década de vida que inicialmente pode ocorrer variações tegumentares setoriais. 3 Segundo o autor MAIO (2011), o envelhecimento intrínseco (endógeno) ocorre devido a fatores genéticos, e o envelhecimento extrínseco vem de 4 fatores ambientais como o vento, frio, baixa imunidade, radiação solar, poluição, tabagismo e etilismo. 4 Há dois fatores de envelhecimento da pele, pode ser classificado em fatores genéticos programado propriamente dito envelhecimento normal, que afeta a pele como um todo. E o segundo fator é o fotoenvelhecimento devido à exposição excessiva do sol. O envelhecimento tem um grau induzido pela luz e depende de um componente genético, pessoas de pele clara apresentam maiores risco de queimaduras solares, passando por um processo acelerado. Isso depende de quanto de exposição ao sol se expõe durante o decorrer dos anos, ou seja, em atividades ao ar livre, banhos de sol entre outros riscos. 5 A presença dos radicais livres no envelhecimento é intensa, ocasionando um acúmulo de lesões moleculares afetando todo corpo devido à reação dos radicais livres presentes nos componentes celulares ao longo da vida. 6 3. FOTOENVELHECIMENTO O fotoenvelhecimento tem efeitos que podem ser analisados e comparados na pele da face e nas partes cobertas do corpo não exposta ao sol, tendo mais proteção. Estas regiões da pele têm aspecto mais liso e com elasticidade, não apresentando sardas e rugas, já na face podem apresentar todas essas alterações entre outras, principalmente em pessoas de pele clara que se expõe muito ao sol. Já as pessoas com mais idade a pele vai perdendosuas funções tornando mais seca e espessa, apresentando manchas solares e rugas. A diferença é que a pele protegida não mostra sinais de fotoenvelhecimento e a pele não protegida passa pelo processo do fotoenvelhecimento. 7 5 Tabela 1: Alterações de pele no fotoenvelhecimento e envelhecimento intrínseco: Envelhecimento intríseco Fotoenvelhecimento Epiderme Atrofia Atrofia da camada Malpighi Proliferação celular diminuída Distribuição irregular do pigmento Diminuição dos melanócitos Displasias freqüentes Camada córnea mais espessa Derme Atrofia Atrofia Diminuição dos melanócitos Elastose com massas amorfas de fibras Anexos Menos número de glândulas sudoríparas Alteração da parede dos vasos Diminuição da vascularização Diminuição das glândulas sudoríparas Diminuição das terminações nervosas Aumento das glândulas sebáceas Diminuição dos pelos Imunidade Diminuição da resposta imune Diminuição das células da Langerhans Diminuição dos linfócitos T Fonte: MAIO (2011) A classificação do fotoenvelhecimento é a de Glagau, e pode ser dividido em quatro tipos (I a IV). Pacientes do tipo I jovens que estão na 2° ou 3° década de vida, não apresenta rugas, apresentando sinais iniciais de fotoenvelhecimento, identificados como sem rugas. 4 Pacientes do tipo II a partir dos 30 e 40 anos de idade, ocorre uma ausência de linhas durante o repouso e em movimento as linhas aparecem identificadas como rugas em movimento. 4 6 Pacientes do tipo III a partir da 5° década de vida, as linhas são visíveis na região periorbital, ângulo da boca, lábios superiores e inferiores, rugas descendentes da pálpebra inferior à região malar, identificados como rugas em repouso. 4 Pacientes do tipo IV a partir da 6°ou 7° década de vida, as rugas se espalham por toda a pele do rosto afetando a camada da derme, tornando mais inchada, a pele se torna mais espessa e áspera, e em casos mais graves pode desenvolver câncer de pele podendo aparecer muito antes do tempo previsto, sendo identificado como rugas. 4 A tabela apresenta a classificação de Fiyzpatrick mostrando a resposta de cada tipo de pele á exposição solar. Tabela 2: Classificação dos fototipos de pele: Tipo Características Reação ao sol I Cabelo ruivo e pele branca com sardas Sempre queima nunca bronzeia II Cabelo loiro, olhos e pele branca Geralmente queima dificilmente bronzeia III Cabelo castanho, olhos claros ou castanhos e pele branca Queimadura moderada bronzeamento médio IV Cabelo preto, olhos castanhos ou pretos e pele jambo Raramente queima bronzeia com facilidade Fonte: MAIO (2011) As alterações visualizadas na aparência e função da pele devido ao fotoenvelhecimento tem como resultado de exposição repetida á luz solar. 7 Ocorre alterações nas fibras elásticas e colágenas devido à radiação solar atingirem a derme. 4 A proteína mais abundante do organismo é o colágeno, as células principais da derme presente são os fibroblastos, que tem a função de sintetizar o colágeno e a elastina e é a degradação desses dois componentes do fibroblasto, devido à exposição solar excessiva e fatores extrínsecos, que acabam inibindo o aparecimento de rugas perdendo a elasticidade da pele. Na infância o colágeno presente na pele é mais abundante, ocorre uma diminuição da sua produção na puberdade estabilizando a partir dos 20-30 anos, e só é interrompida na velhice. 1 A melanina é responsável pela coloração na pele, as origens dos melanoblastos migram da crista neural nas 18 semanas da vida embrionária, podendo então ser diferenciados em melanócitos. Os melanócitos podem ser ativados pela radiação UV, levando ao bronzeamento da pele. Mas a exposição aos raios solares, em excesso, pode desencadear doenças como o câncer. A três tipos de pigmento melânico: eumelanina (marrom), feomelanina (vermelha) e tricocromos (amarelos). O bronzeado ocorre através da melanização dos queratinócitos. A função biológica é proteger o organismo contra os efeitos nocivos da radiação excessiva, tendo um aumento na espessura da camada córnea. 4 A epiderme é responsável pelo bronzeado ocorrido na pele obtendo uma pigmentação marrom através da melanina da pele, que absorve a radiação UV. Nesta camada se encontram os melanócitos, que produzem uma substância ou pigmento podendo absorver a radiação UV, que da o bronzeamento na pele. Existe um tipo de célula chamada Langerhans, importante no sistema de defesa imunológico da pele, no combate de infecções e tumores. A maioria dessas células, os queratinócitos, os melanócitos e, células de Langerhans possuem um núcleo central onde se encontram material genético programador da célula ou DNA. Quando o DNA é lesionado as células se renovam continuamente no processo do envelhecimento da pele e no desenvolvimento de câncer. 8 As causas pela qual ocorre o câncer de pele são devido à exposição excessiva da pele a radiação UV, atingindo principalmente em pessoas de pela clara. Da mesma maneira como acontece com as queimaduras e para o 8 fotoenvelhecimento, se pode dizer que a radiação é o principal responsável por causar o câncer de pele. 4 4. CLASSIFICAÇÃO DA RADIAÇÃO UVA, UVB, UVC A radiação ultravioleta UV causa uma quantidade enorme de energia radiante. Esta radiação se multiplica em forma de ondas, se for mais curto o comprimento da onda, a energia é mais alta. 4 O material sólido das células é formado por a maioria de proteínas e da água, que representa 70 % ou mais da célula. As proteínas, e a água são os primeiro receptor da radiação UV entre 260 e 280nm, podendo ocorrer à absorção tanto abaixo quanto acima desta faixa, neste tempo á uma forte absorção. Quando a luz se incide sobre a pele, pode haver absorção podendo ser espalhada ou refletida, a luz absorvida produz mudança na molécula que a absorve. 4 A radiação ultravioleta é a responsável por grande parte das mudanças fotocutâneas causadas na pele. A radiação UV é classificada em UVC, UVA, UVB. Essa faixa do aspectro luminoso representa as ondas de comprimento curto. A radiação UVC vai de 100 a 280 nm (nanômetro), é uma radiação extremamente lesiva ao ser humano e não consegue chegar à superfície terrestre devido à absorção pela camada de ozônio. Já os comprimentos das ondas maiores, entre 240 e 400nm, têm acesso chegando à superfície da terra. 4 A radiação UVA vai de 320 a 400 nm, não causa eritema na pele podendo apenas causar em pele mais sensíveis, tem maior profundidade de penetração causando o bronzeamento, atinge a camada da derme sendo responsável pelo fotoenvelhecimento, ocorrendo uma alteração nas fibras de colágeno e elastina contribuindo na formação de radicais livres, prejudicando o DNA, e ocorrendo o aparecimento de rugas e flacidez. 9 A ação dos raios UVA tem ação indireta sobre os vasos da derme, provocando vasoditalatação e eritema. 4 9 A radiação UVA e UVB prejudicam o sistema vascular periférico podendo ter possibilidade em inibir o câncer de pele, isso varia de acordo com o fototipo de pele, como tempo, frequência e intensidade de exposição. Além disso, a radiação UVA pode indiretamente, atuar na formação de radicais livres. 4 A radiação UVB vai de 280 a 320 nm, e de baixo fator de energia, faz parte do processo do fotoenvelhecimento, atinge a camada da epiderme podendo causar câncer de pele e é uma radiação que pode ocasionar eritema ardência e queimadura, apesar de ser de baixa penetraçãopode chegar à derme papilar, ocorrendo alterações nas fibras de colágeno e elastina causando o bronzeamento da pele, sendo responsável pelo envelhecimento precoce das células levando a danos ao DNA. O aparecimento de eritema solar provocado pelos raios UVB surgem após algumas horas de exposição atingindo o pico em 12 a 24 h. 4 A radiação UVB é responsável pela transformação do ergosterol epidérmico em vitamina D, frequente e intensa e ainda diminui a resposta imunológica da pele. 9 A radiação UVA e UVB são responsáveis por causar o fotoenvelhecimento. Ocorre um conjunto de alterações na pele devido à da exposição aos raios UV, de acordo com cada indivíduo, com o tipo de pele e sua predisposição, isso pode variar de acordo com a freqüência e duração de exposição ao longo da vida do individuo. É a partir dos 40 anos de idade que aparece os primeiros sinais, mas pode aparecer precocemente. 4 Aproximadamente 5% da radiação UV que atinge a pele é refletida e o restante da radiação penetra os tecidos, sofrendo uma dispersão de modo que uma parte sai e outra é absorvida por moléculas nas várias camadas do estrato córneo, da epiderme e da derme. A radiação UVB, é retirada do estrato córneo e da epiderme, sendo por responsabilidade do DNA e pela melanina, a partir que a UVA que tem comprimento de ondas mais longo, atinge a derme onde ocorre uma absorção pela hemoglobina do sangue ou podendo ser refletida para fora do corpo. Mesmo sendo mínima a quantidade de luz solar a ser absorvida na pele, pode levar a uma queimadura, causando lesão do DNA, afetando toda a região da epiderme atingida. Mais a maioria dessas lesões acaba sendo reparadas durante alguns dias, exceto algumas sequelas de lesões permanecem contribuindo para o envelhecimento da pele. 7 10 5. PROTEÇÕES DA PELE CONTRA A RADIAÇÃO SOLAR A radiação UV trás riscos a saúde, onde os protetores solares têm a função de prevenir. Os protetores estão a mais de 60 anos no mercado, sua função é desenvolvida para a proteção da pele contra queimaduras do sol, e especificamente contra a radiação UVB, onde permite o bronzeamento através da radiação UVA. Com isso fica claro o conhecimento sobre a UVA, sendo importante a pele ser protegida de toda faixa UVA e UVB, também ajuda a reduzir o câncer de pele por consequência da exposição ao sol. 10 Surgiu um novo conceito, que o protetor solar tem a função de prevenir não só queimaduras, mais diminuir o acúmulo de lesões provocadas pela radiação UV, que podem chegar a aumentar os riscos de alterações fatais. 10 O surgimento dos protetores solares ou filtros solares ocorreu quando se observou que existiam substancias que ajudavam a prevenir a queimadura da pele (eritema), causados pelos raios solares. As substâncias observadas no início do século era sulfato de quinina acidificado, e Antilux (2-naftol-6,8- dissulfonato de sódio) que preveniam queimaduras. Com o tempo muitas substancias foram surgindo a partir do século XX, tendo eficácia na prevenção de eritema solar, e começou a se tornar mais popular após a segunda Guerra Mundial, contendo ácido p-amino benzóico. 10 A função dos protetores solares é diminuir a quantidade de radiação ultravioleta que penetra na pele humana tanto por absorção ou reflexão por esta radiação. 10 A proteção da pele evita manifestações produzidas pela radiação UV, ou seja, convertendo a energia desta em outra forma de energia, podendo garantir que esta forma de energia acaba não sendo prejudicial para pele. É necessário que os filtros UV que são empregados em formulações necessitam ser químicos e fotoquimicamente inertes. 9 11 6. FILTROS SOLARES Os filtros solares são classificados em duas classes, orgânicos e inorgânicos com efeito químico (filtros químicos) e os filtros com efeito físico (filtros físicos). A absorção e reflexão de radiação são consideradas fenômenos físicos não havendo reação química. Assim, uma molécula absorvedora de radiação UV não necessariamente deve ser chamada de filtro químico. 9 Os protetores solares foram desenvolvimento contra a radiação UVA, UVB protegem a pele contra queimaduras do sol e eritema, permite o bronzeamento através da radiação UVA reduzindo as causas de câncer de pele. 4 Os filtros solares são formulações cosméticas para uso tópico com a finalidade de proteger a pele e seus anexos, contra os efeitos agressivos do sol, podem ser definidos como agentes que reduzem o efeito carcinogênico, através da absorção, reflexão da radiação prevenindo o fotoenvelhecimento da pele. 4 Supostamente os compostos orgânicos protegem a pele da absorção da radiação e os compostos inorgânicos pela reflexão da radiação. São comercializados no mercado filtros orgânicos que além de absorver refletem a radiação UV. É importante ressaltar que a reflexão e espalhamento irão depender do tamanho da partícula do filtro inorgânico entre outros fatores, e não apenas de ser um composto orgânico ou inorgânicos. 9 Os filtros solares físicos ou inorgânicos funcionam como barreira, e o que compõe essa classe de produto são: dióxido de titânio e oxido de zinco. A fórmula mais usada na formulação de fotoprotetores é dióxido de titânio sendo considerada uma fórmula cristalina mais fotoestável. Estas substâncias são consideradas de baixo potencial alergênico, tendo importância nas formulações de produtos infantis, para uso diário, e para peles sensíveis. 8 Os filtros orgânicos possuem moléculas orgânicas que tem capacidade de absorver a radiação UV (alta energia) transformando em radiações com baixa energia sendo inofensivas ao indivíduo. 9 Os fotoprotetores são produtos escolhidos de acordo com os fototipo de pele e de como é a freqüência e o tempo desta exposição ao sol. 12 O que define o grau de proteção do produto contendo filtros solares se caracteriza pelo seu FPS. Deve estar de acordo com a legislação vigente, para ter uma comprovação da eficácia do FPS feita in vivo. 11 O valor do FPS compõe na razão entre o tempo de exposição à radiação ultravioleta necessário para produzir eritema na pele protegida pelo protetor solar e o tempo, com o mesmo efeito, para uma pele desprotegida. 11 A eficácia de um protetor solar é de acordo com a função de seu fator de proteção solar (FPS), indicando quantas vezes o tempo de exposição ao sol, não tendo risco de eritema, pode ser aumentado com o uso do protetor. É considerado as mesmas localizações geográficas, estação do ano, condições climáticas e período do dia, uma pessoa de pele clara que pode ficar exposta 20 min ao sol sem protetor solar, poderá ficar 300min exposta ao sol com um protetor de FPS= 15, pois 20 x 15 = 300 min. Quanto maior o FPS maior é a proteção, ou seja, maior será o tempo que a pele ficara protegida da radiação UVB que é a causadora de eritema. 7 As formulações dos fotoprotetores solares desenvolvem diversas variedades de protetores solares sob forma cosmética para diversos fototipos de pele como, emulsões, gel, óleos, bastões, aerossóis e pomadas. As melhores combinações para determinar qual seria a melhor combinação de componentes dentro da formulação do fotoprotetor. 4 Para um bom desenvolvimento do produto a consistência dos filtros solares deve ser emoliente e emulsificante; dentro da formulação, os conservantes, umectantes ou fragrâncias também tem seu papel importante para melhores resultados finais do desenvolvimento, principalmente quando analisada a relevância de que podem ser consideradas a cosmeticidade e a sua compatibilidade dermatológica do produto.4 O produto deve ter um bom espalhamento, quando aplicado sobre pele, formando um filme homogêneo. 4 Para melhores resultados através dos filtros solares, é importante aplicar o produto corretamente sobre a pele procurando passar um pouco antes de se expor ao sol, e fazer a reaplicação do produto várias vezes ao dia, principalmente se estiver em contato com a água ou transpirando. Deve se usar o protetor solar mesmo em dias nublados, pois estará sempre exposto a radiação UV. 12 13 Os protetores solares são compostos que ajudam a proteger a pele da radiação solar, evitando queimaduras solares, prevenindo o fotoenvelhecimento, permitindo que o indivíduo possa estar exposto ao sol em períodos longos. Também é recomendável o uso de roupas adequadas e chapéu para melhor proteção contra a radiação solar na prevenção do fotoenvelhecimento. 12 7. METODOLOGIA A presente pesquisa de revisão foi baseada em artigos e livros referentes ao tema revisado, no período de 1997 a 2011, informações digitais no período de 2011 a 2012. 8. DISCUSSÃO Segundo a pesquisa bibliográfica fica claro que a causa do fotoenvelhecimento é causada por fatores externos, ocorrendo à diminuição das funções da pele. 4 Maio (2011) acredita que o envelhecimento extrínseco é apontado como um conjunto de alterações precoces manifestado na pele fotoexposta pela radiação UV. E o excesso de radiação solar absorvida na pele é resultado do fotoenvelhecimento. 4 Nesta pesquisa bibliográfica foi possível constatar como o fotoenvelhecimento é causado principalmente pela exposição excessiva do sol em uma pele não protegida. 7 Observou-se que a radiação UVA é o principal responsável pelo fotoenvelhecimento, por ter maior profundidade de penetração na camada da derme, levando a danos superficiais e profundos da pele. 8 Maio (2011); acredita que a radiação UVB provoca alterações nas camadas mais profundas da pele causando eritema, queimadura e câncer de pele, sendo uma radiação que prejudica os tecidos da pele fazendo parte do fotoenvelhecimento. 4 14 Flor, Davotos, Correa (2007); também concordam com esses fatores, e acreditam que a radiação UVB causa danos ao DNA. 9 A pesquisa bibliográfica segundo o autor Hawk, John (1999); esta de acordo que a radiação afeta o DNA causando lesões contribuindo para o envelhecimento da pele. 7 O autor Araujo, Souza (2008); acreditam que os protetores solares têm a capacidade de absorver e bloquear a radiação sobre a pele. 10 O meio de proteção através do protetor solar segundo Flor, Davotos, Correa (2007); que concordam que previne contra a radiação UV. 9 Por fim demonstra que os filtros solares são capazes de reduzir à quantidade de radiação na pele, podendo estar exposto a radiação por mais tempo com o uso do fotoprotetor solar. 12 Os autores citados na revisão bibliográfica concordam que a eficácia do protetor solar sobre a pele é proteger e prevenir contra a radiação solar UVA, UVB prevenindo principalmente o fotoenvelhecimento. 9. CONCLUSÃO A exposição ao sol em excesso pode levar ao envelhecimento da pele prejudicando as camadas superficiais e profundas. Acelerando o processo do envelhecimento cutâneo e fotoenvelhecimento, onde a pele vai demonstrando perda de suas funcionalidades. O fotoenvelhecimento da pele é um fator que pode ser evitado com uso do fotoprotetor, retardando o envelhecimento extrínseco propriamente dito fotoenvelhecimento. E a importância dos protetores solar é ajudar a proteger a pele evitando os danos prejudiciais que pode acontecer em casos de não utilizar o fotoprotetor, pois além de proteger da radiação solar, previne do fotoenvelhecimento como um todo. A importância do Tecnólogo em Estética é mostrar que o uso do protetor solar além de prevenir a pele da radiação solar ajuda na prevenção do fotoenvelhecimento. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- TESTON, Paula Ana; NARDINO, Deise; PIVATO, Leandro. 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