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PRINCIPAIS NUTRIENTES PARA A CONDUTA NUTRICIONAL - TRATAMENTO OBESIDADE

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PRINCIPAIS NUTRIENTES PARA A CONDUTA NUTRICIONAL
	Nutriente
	Justificativa
	Conduta
	Sódio
	Paciente possui HAS.
A associação da obesidade e hipertensão tem grande importância clinica, uma vez que a redução de peso (5-10%) mantida em longo prazo (3-4 anos) reduz a pressão arterial em 5-10 mmHg.
Redução da ingestão de sal (2-4 g de sal/dia) reduz 2 – 8 mmHg.
	Manter a ingestão de sal entre 2 a 4 g de sal/dia.
	Cálcio
	Paciente apresenta osteopenia na coluna e no fêmur.
A falta de produção de estrógenos durante a menopausa contribui para acelerar a perda óssea. Mulheres entre 50 a 60 anos que não recebem nenhum tratamento podem perder de 20 a 30% de osso esponjoso (trabecular) e 5 a 10% de osso compacto (cortical) (RIGGS; KHOSLA; MELTON, 1998a). O incremento da ingestão do cálcio na dieta (1000-1200 mg), mesmo em mulheres pós-menopausais, retardaria eventuais perdas de cálcio ósseo.
	Recomendação de cálcio (RDA) para a idade da paciente é 1200 mg/dia.
Leite e derivados são a principal e maior fonte de cálcio disponível. Todavia, para muitos que não consomem esses produtos, há uma grande variedade de outras fontes, incluindo: vegetais de folhas verdes escuras (por exemplo, a mostarda), algumas leguminosas (soja), nozes, peixes (salmão, sardinha) bem como alimentos enriquecidos ou fortificados e/ ou suplementos que podem fornecer a quantidade necessária de cálcio (WEAVER; PROULX; HEANEY, 1999; BERDANIER, 2002 apud FISHBEIN, 2004).
	
	O cálcio atua diretamente no balanço da cinética lipídico-adipocitária. Assim, quando em concentrações baixas no organismo, devido à menor ingestão dietética, é induzido o aumento sanguíneo do hormônio paratormônio (PTH) e do calcitriol (1,25(OH)2D3), que agem nas células do tecido adiposo aumentando a concentração de cálcio em seu interior. Este aumento acaba ao mesmo tempo estimulando a atividade das enzimas relacionadas à lipogênese (como a ácido graxo sintetase), como também inibindo a lipólise, e como resultado tem-se um aumento da adiposidade corporal (ZEMEL et al., 2000; 2002; 2004; 2005; SOUSA; POLTRONIERI; MARREIRO, 2008).
	
	Ferro
	A obesidade induzida pela deficiência de ferro, está diretamente relacionada à hepcidina, que é um hormônio que controla o fluxo de ferro no plasma. Assim, quando em concentrações baixas no organismo, devido à menor ingestão dietética, o ferro induz o aumento da hepcidina. Aumentada, a hepicidina inibe tanto a absorção do ferro da dieta, quanto a liberação do ferro para fora dos locais de armazenamento, culminado assim com o aparecimento da chamada a anemia de inflamação. Desse modo, alguns autores acreditam que o aparecimento da “anemia de inflamação”, além de agravar a própria deficiência de ferro no organismo, contribua também para o aumento do peso corporal ou mesmo o agravamento da obesidade, considerando que todo o processo fisiológico de absorção do micronutriente encontra-se prejudicado, culminando com diminuição da capacidade aeróbica do organismo (o que contribui diretamente para o ganho de peso) (COPPACK, 2001; BASTARD et al., 2006; YANOFF et al., 2007; MCCLUNG; KARL, 2009; BAGNI et al., 2011; CHENG et al., 2012).
	Recomendação de Ferro (RDA) para a idade da paciente é 8,0 mg/dia.
	Zinco
	A relação entre o baixo consumo de zinco e a obesidade parece ser diretamente explicada pela metalotioneína. Isso porque quando as concentrações de zinco estão baixas no organismo, as concentrações de glicocorticóides passam a ser aumentadas, e esse aumento dos glicocorticóides estimula também a síntese de metalotioneína. Nessa situação, a síntese de triglicerídeos passa a ser favorecida, induzindo além da ocorrência da obesidade central, dislipidemia e esteatose hepática (MACFARLANE et al., 2008; TAKEDA; TAMANO, 2010; FERRO et al., 2011; TAKEDA et al., 2013).
	Recomendação de Zinco (RDA) para a idade da paciente é 8,0 mg/dia.
	Selênio
	O selênio é um mineral (oligoelemento) relacionado com a proteção, frente ao dano causado pelo estresse oxidativo, e propõe-se que sua ingestão reduza o risco de doenças crônicas resultantes do estado oxidativo e inflamatório alterado e associado à Síndrome metabólica.
	Recomendação de Selênio (RDA) para a idade da paciente é 55g/dia.
	Vitamina C
	A vitamina C é considerada importante cofator na síntese da carnitina. A carnitina é um metabólito necessário para o transporte dos ácidos graxos no interior das mitocôndrias e a subsequente oxidação da gordura. Assim, o consumo insuficiente de vitamina C têm sido associado com oxidação de gordura reduzida, contribuindo, portanto, para a maior adiposidade corporal, doenças cardiovasculares e neoplasias (FREDRICKSON et al., 2004; GALAN et al., 2005; JOHNSTON et al., 2006; HOLT et al., 2009).
	Recomendação de Vitamina C (RDA) para a idade da paciente é 75 mg/dia.
	Vitamina E
	Segundo a literatura, a deficiência de vitamina E tem sido associada à obesidade por dois mecanismos distintos. Primeiro, porque quando em baixos níveis no organismo pelo consumo insuficiente, a vitamina E estimula a expressão de genes associados com a obesidade, como as variantes SIRT1. Segundo, porque estudos têm encontrado entre indivíduos com deficiência de vitamina E, baixas concentrações de leptina, um hormônio chave na regulação do metabolismo energético e consequentemente da gordura corporal. Nesse sentido, concentrações reduzidas de leptina têm sido associadas com aumento do tecido adiposo, ativação da resposta inflamatória e a danos ao tecido vascular (SHEN et al., 2010; ZILLIKENS et al., 2010).
	Recomendação de Vitamina E (RDA) para a idade da paciente é 1,3 mg/dia.
	Vitamina A
	A obesidade induzida pela deficiência de vitamina A parece estar diretamente relacionada ao aumento da proteína ligadora de retinol (RBP), que ocorre quando o consumo de vitamina A é insuficiente. Assim, quando em concentrações elevadas no organismo, a RBP tem sido correlacionada com aumentos no IMC, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão, e fortemente associada muitas vezes mais com a adiposidade visceral (GRAHAM et al., 2006; JIA et al., 2007; KLOTING et al., 2007; LEE et al., 2007; WOLF, 2007; MAKINO et al., 2009). Outros autores adicionalmente chamam também a atenção para a enzima retinol saturase, uma vez que ela também pode estimular ou inibir a lipogênese pela transcrição dos receptores proliferadores ativados de peroxissomas (PPAR). Assim, concentrações baixas de vitamina A no organismo, acabam por meio da retinol saturase favorecendo a lipogênese, e consequentemente contribuindo para o ganho de gordura corporal (MILLS; FURH; TANUMIHARDJO, 2008).
	Recomendação de Vitamina A (RDA) para a idade da paciente é 700g/dia.
	Fibras
	Sugere-se que as fibras possam ter o efeito da diminuição das concentrações plasmáticas de glicose e insulina, devido ao esvaziamento gástrico ser mais lento pela ingestão de fibras, bem como, diminuir a sensação de fome e prolongar a saciedade (ANDERSON et al. 1999; GEIL e ANDERSON 1994).
As fibras caracterizadas como mais viscosas (pectinas,
β-glucanas e goma-guar) reduziram mais o apetite e a
ingestão energética quando comparadas às fibras com
menor viscosidade (Wanders, 2011).
Estudos observacionais sugerem uma relação inversa entre a ingestão de fibras e níveis de pressão arterial (Ascherio, 1996; Sacks, 1998).
	14g/1000 kcal
Recentemente, a Dietary Approaches to Stop Hypertension (conhecida como dieta DASH), que, entre outros alimentos, prioriza o consumo de frutas e vegetais, alimentos ricos em fibras.

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