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Fichamento Visão Estratégica Caso Anne

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS
Fichamento de Estudo de Caso
Anabele Rocha Ribeiro da Silva
Trabalho da disciplina
Gestão Estratégica no Gerenciamento de Pessoas
 		Prof. João Teixeira de Azevedo Neto
Rio de Janeiro, RJ 
2018
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Estudo de Caso de Harvard: Anne Riley: Dispensada
Referência: SUCHER, S. J.; ANDREWS, P. Anne Riley: Dispensada. Harvard Business School, St. 2011. 
O estudo de caso relata a história de Anne Riley, uma mulher jovem, nascida nas redondezas de Buffalo, NY, criada por sua mãe e que teve notoriedade nos estudos. Aos 15 anos trabalhou para ter o seu próprio dinheiro. Na sua família era a única pessoa a fazer faculdade e em 2005 conquistou o diploma de Bacharel e Ciências em contabilidade com foco em finanças em uma faculdade de relevância.
Depois que se formou, foi contrata para o cargo de analista por um renomado banco de investimentos, na filial da cidade de Nova York e trabalhou por 3 anos nesta empresa. Anne decidiu que trilharia sua carreira na área de PE (Private Equity) e que posteriormente faria o MBA. No intimo de Anne, desde cedo o trabalho significava uma relação de compensação, onde a recompensa recebida era proporcional ao esforço empenhado.
 Anne recebeu muitas ofertas de emprego, uma em especial chamou sua atenção devido ao prestígio da Empresa e o grupo de benefício oferecido, desta forma, ela aceitou o cargo de analista na Storrow, mudando-se em julho de 2008 para a sede da empresa em Chicago, Illinois. 
Os planos de Riley estavam seguindo como planejado, ou seja, conseguiu o emprego em uma grande empresa no ramo de PE e na sequencia teria que permanecer nela por 2 anos para dar inicio ao MBA. 
Quando completou 5 meses na empresa iniciou uma crise econômica mundial, porém, Anne não acreditava que impactaria na Storrow, os analistas eram uma mão de obra barata e por esta razão estariam seguros. 
Inesperadamente Anne perdeu o seu emprego, ela estava entre os analistas demitidos, seu chefe ressaltou que o desligamento não estava relacionado ao desempenho do trabalho individual, que a empresa pagaria o salário e benefícios até o dia 31 de janeiro, além do bônus prometido no processo seletivo e que poderia usar o escritório até 31 de dezembro para procurar uma recolocação profissional. Naquele momento passou pela cabeça de Riley várias coisas, a mudança para Chicago, os amigos deixados em Nova York, o susto na saúde que teve algumas semanas antes, o relacionamento longo rompido e uma mistura de sentimentos fez com que ela permanecesse quieta até sair da empresa, pois não estava preparada para falar com ninguém. 
Anne temia que seu desligamento impactasse nos seu planos e desviasse sua carreira metodicamente planejada, era confortável saber os próximos passos, e ao sair da empresa foi tomada por vários pensamentos de curto prazo como, a razão do seu desligamento, trazendo um sentimento de raiva. Logo depois pensou nos de longo prazo, se levaria muito tempo para encontrar uma recolocação no mercado devido a crise e ainda pensou na reforma que fez no apartamento recentemente, no cachorro adotado e como aquele fato poderia significar um retrocesso na sua vida.
Os momentos em casa, fizeram Riley pensar na razão de terem escolhido demiti-la e não o outro analista, percebendo ainda que ela tinha uma base de finanças e ele técnica, que por algumas vezes teve que ajudá-lo, e neste momento se deu conta que ele aprimorou o relacionamento com os analistas seniores, enquanto ela estava sempre focada no trabalho, que a vida pessoal dele também colaborou na decisão, pois era casado e tinha filho recém – nascido, por outro lado ela tinha optado pela carreira em primeiro lugar, concluindo que tinha sido punida por suas escolhas, culminando com o sentimento de ter sido engana pelo recrutamento da empresa, que era respeitada por suas políticas progressistas e fortemente estabelecidas e encorajavam a diversidade.
Anne se deparou com a necessidade de dar o próximo passo, que seria contatar familiares e amigos para dar a noticia, se surpreendeu com a reação indiferente e com o entendimento que não havia razão para ficar chateada, pois receberia pagamento e bônus proporcional e ainda alguns amigos ressaltaram que o momento permitiria uma avaliação das prioridades e aspirações profissionais. Contudo, o sentimento de derrota era muito forte, pois aquele emprego era exatamente o que ela tinha planejado para sua carreira. 
Nos próximos dias ela passou na empresa para retirar seus objetos pessoais e começou a analisar se ficaria na mesma área de atuação ou buscaria por outro segmento, pois a crise no mercado de PE permanecia. 
Após uma reunião com os gerentes da Storrow, resolveu que a melhor opção era aceitar um emprego na Memorial Automotive Technologies, uma empresa do segmento de peças automotivas, que fazia parte do portfólio da sua antiga empresa e ficava mais perto de Chicago. Acordou com a nova empresa que iniciaria no dia 12 de janeiro de 2009, aproveitando alguns dias de férias. Anne iniciou duas atividades e observou em retrospectiva que a função que ela estava executando não era exatamente o que tinham dito e ficou com muita raiva e frustrada, tornando-se cada vez mais difícil de encontrar motivação interior no trabalho. Neste momento ela percebeu a importância do network e cada vez mais relacionava-se com os funcionários de outros departamentos da empresa, deu sua participação nos 18 meses que trabalhou na MAT, colaborou no projeto de desenvolvimento e estratégias de vendas entre outras.
Em alguns momentos Anne tinha que comparecer na antiga empresa para obter informações, isso dificultava ainda mais a vida dela, pois gerava um sentimento controverso a convivência com alguns amigos que continuavam na Storrow, a reclamação deles sobre o estresse que passavam durante o trabalho, e o fato dela ter lutado para ter aquela vaga, principalmente por ter perdido, gerando o questionamento se tinha feito a coisa certa em aceitar aquela vaga na MAT ou se deveria ter esperado por outra oportunidade. No fundo ela sabia que sua decisão foi movida pelo receio de ficar sem renda por um período e precisava ter certeza que conseguiria sustentar-se.
Anne deu seguimento aos seus planos, em agosto de 2010 se matriculou no programa de MBA da HBS. Neste novo ambiente, com novos alunos que compartilharam suas histórias de dispensa em outras empresas, ela sentia conforto na troca de experiência. Contudo, entre eles também existiam alunos que sobreviveram a crise e não perderam os seus empregos e nos relatos apresentavam afirmações de que sempre há uma motivação para a escolha de quem foi demitido, fazendo com que ela revivesse seu desligamento e tentasse encontrar as razões da sua demissão.
Apesar de tudo Riley não se deixou abater, buscou aperfeiçoamento e tirou o máximo de proveito da situação vivenciada, inclusive se inscreveu no recrutamento para o estágio de verão, reunindo forças para passar pela entrevista para PE e continuou firme na sua trajetória para alcançar os objetivos traçados desde o inicio.
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