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1 
 
UNISALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Fisioterapia 
 
 
 
 
 
Letícia Didomenico 
Mayra Battistini Paes 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA NA ARTROPLASTIA DE QUADRIL: 
RELATO DE UM CASO 
Clínica de Reabilitação Física Dom Bosco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS- SP 
2010 
 
2 
 
LETÍCIA DIDOMENICO 
MAYRA BATTISTINI PAES 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA NA ARTROPLASTIA DE QUADRIL: 
RELATO DE UM CASO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora do 
Centro Universitário Católico Salesiano 
Auxilium, curso de Fisioterapia sob a 
orientação da Profª Esp. Ana Claudia de 
Souza Costa e orientação técnica da Profª 
Esp. Ana Beatriz Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS-SP 
2010 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Didomenico, Letícia; Paes, Mayra Battistini 
Fisioterapia na Artroplastia Quadril: Relato de um caso: Clínica 
de Reabilitação Física Dom Bosco/ Letícia Didomenico; Mayra 
Battistini Paes. – – Lins, 2010. 
84p. il. 31cm. 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em 
Fisioterapia, 2010 
Orientadores: Ana Claudia de Souza Costa; Ana Beatriz Lima 
 
1. Fisioterapia. 2. Artroplastia de Quadril. 3. Clínica de 
Reabilitação Física Dom Bosco. I Título. 
 
CDU 615.8 
D556f 
 
4 
 
LETÍCIA DIDOMENICO 
MAYRA BATTISTINI PAES 
 
 
 
FISIOTERAPIA NA ARTROPLASTIA DE QUADRIL: 
RELATO DE UM CASO 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilim, 
para obtenção do título de Graduação em Fisioterapia. 
 
Aprovada em:___/___/___ 
 
Banca Examinadora: 
Profª Orientadora: Ana Claudia de Souza Costa 
Titulação: Especialista em Neurologia pelo Unisalesiano- Lins 
 
 Assinatura:___________________________________________ 
 
 
1º Prof(a):______________________________________________________ 
Titulação:______________________________________________________ 
 
Assinatura:___________________________________________ 
 
 
 
2º Prof(a):______________________________________________________ 
Titulação:______________________________________________________ 
 
Assinatura:___________________________________________ 
 
5 
 
A minha Família 
 
Minha mãe, por ter feit o de mim a mulher que hoje sou. Pai, meu professor, 
meu exemplo, meu herói. Magrela, minha amiga mais fiel. Di, minha eterna 
incentivadora. Vozinha querida, que tanto rezou por mim. Vó Lourdes sempre 
compreensiva. E à minha menininha, Isabella, por quem eu tenho um amor 
imensurável e desmedido. 
 
Ao meu marido Donizeti 
 
Por ser sempre tão prestativo e compreensivo comigo. Por ser não só meu 
amante, como também meu amigo. Te amo. 
 
Aos meus amigos 
 
Fran (mais que amiga, quase amante), Guará (alonga minha cervical), 
Marcela (aquela que fala com as mãos), Jú (japonesa da bunda grande), Carol 
(parceira guerreira), Tauã (o maior e mais importante deles), Kadu (acooooorda 
menina), Sara (aquela de rosa), Perseguim (a mais delicada das meninas), Helô 
(Helô, Helô, Hêlo), Gui (japonês louco), Jéssia (me ensinou tudo sobre banheiros), 
Lee (parceira nas horas de maior alegria) e Gabi (o gatinho do Xerox). Amo Vocês. 
 
A minha segunda Família (Família Santos) 
 
Obrigada por terem me acolhido em seu lar. Lugar onde compartilhei tantos 
momentos bons e semeei amizades que levarei para a eternidade. Obrigado por 
todas as refeições que pude compartilhar ao lado de pessoas tão boas e amigas 
como vocês. 
 
Mayra 
 
 
6 
 
A minha família 
Mãe, por ser meu porto sempre seguro. Pai, por ser meu grande amigo. Minha irmã por me 
encorajar e me dar colo. Tias, por me acolherem e me darem apoio todos os dias. Vó Maria e Osmar 
por serem meus anjos da guarda. Meus avós, que tanto me incentivaram. 
 
Ao meu Filho 
Rudá, você mudou a minha vida, com suas risadinhas, gracinhas, choros, brincadeiras, 
carinhos, mordidas, noites mal dormidas. Tudo valeu e vale a pena desde que seja por você. Te amo 
mais do que tudo no mundo, meu ursinho. 
 
Ao Rafael 
Você me apoiou em praticamente todos os momentos, me deu carinho, força, amizade, 
companheirismo. Foi meu melhor amigo. Você me deu meu melhor presente, meu melhor sonho, 
nosso filho. Obrigada. NEOEQAV 
 
Aos meus amigos 
Gabi (minha melhor metade), Nitia (poxa, nem me chama!), Gabriel (fecho a janela?), Fran 
(agente precisa estudar pra fisio geral! Ahan, já já), Japoneis (pelas risadas na eletro), Meninos do 
Beisebol (por todos os jogos ganhos e perdidos), Thata (gruda na parede e vai), Renato (existe um 
mundo que só quer te ver sorrir), Dede (preciso te conta uma coisa), Silvia (Yagima), Volmir e Vinicius 
(vai chove hein!) e Mayrão (a melhor parceira pra tudo). Amo Vocês. 
 
A Laura, Déia, Thali e Mila 
Pose - Engenheiros do Hawaii - Vamos passear depois do tiroteio/ Vamos dançar num cemitério de 
automóveis/ Colher as flores que nascerem no asfalto/ Vamos todo mundo...tudo que se possa 
imaginar/ Vamos duvidar de tudo o que é certo/ Vamos namorar à luz do pólo petroquímico/ Voltar 
pra casa num navio fantasma/ Vamos todo mundo... ninguém pode faltar/ Se faltar calor, a gente 
esquenta/ Se ficar pequeno, a gente aumenta/ E se não for possível, a gente tenta/Vamos velejar no 
mar de lama/ Se faltar o vento, a gente inventa/ Vamos remar contra a corrente/ Desafinado coro dos 
contentes. Amo Tanto Vocês. Obrigada por estarem na minha vida. 
 
 
À minha segunda Família (Família Ohi) 
Aprendi muito ao lado de vocês, muito Obrigada. 
 
Letícia 
 
7 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus 
 
Pela inspiração, proteção e confiança dada nos momentos de criação. Por ter 
dado força para superar os obstáculos e vencer nossas limitações. Por ter nos dado 
nossos anjinhos: Isabella e Rudá. 
 
A Orientadora Ana 
 
Por ser uma amiga muito querida, e uma orientadora sempre profissional e 
justa. Por acreditar na nossa capacidade e compreender nossas limitações. Muito 
obrigada por tudo. 
 
A Orientadora Bia 
 
Pela imensurável paciência e dedicação a nós prestada ao longo desse ano. 
Muito obrigada 
 
Aos Funcionários do Salesiano 
 
Por executar suas funções com excelência e dedicação, a fim de nos 
proporcionar o melhor ambiente para estudo. Obrigada. 
 
Ao Seu José de Fátima Assis 
 
Por ter sido um paciente fiel e compreensivo. Por ter acreditado em nosso 
trabalho e ter nos dado sua confiança. 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 A articulação do quadril é composta pelo acetábulo e pela cabeça do fêmur. 
Estas estruturas são recobertas por uma cartilagem que permite que os movimentos 
sejam feitos sem que haja atrito ou dor. Quando, por algum motivo essa cápsula é 
danificada, os movimentos são restringidos e acontece então o surgimento da dor. 
Em alguns casos, essa dor é tão intensa que o individuo passa a evitar os 
movimentos do quadril, fazendo com que a musculatura enfraqueça. Com a 
evolução do quadro, os movimentos do quadril ficam cada vez mais limitados, 
dificultando a marcha, e assim a execução das atividades diárias do paciente. Então, 
se faz necessária a artroplastia de quadril. Um procedimento cirúrgico que tem por 
objetivo restaurar a função doquadril e, principalmente, diminuir a dor. Na 
artroplastia total de quadril ocorre a substituição da articulação do quadril por 
prótese. A região acetabular é feita de plástico, e a região femoral é feita de metal. A 
fisioterapia na reabilitação de um paciente que se submeteu a artroplastia de quadril 
é de suma importância, pois possibilita ao paciente um retorno rápido às suas 
atividades. O fisioterapeuta lança mão de inúmeras técnicas preconizando a 
deambulação com o objetivo de restabelecer a mobilidade normal do paciente. O 
tratamento fisioterapeutico engloba desde alongamentos, exercícios ativos, 
fortalecimento e até treino de marcha através de recursos, principalmente a 
cinesioterapia e a hidroterapia. O principal objetivo deste trabalho é demonstrar a 
importância do tratamento fisioterapeutico no processo de reabilitação em pacientes 
com artroplastia de quadril. Pode-se então observar por meio dessa pesquisa que a 
fisioterapia promove melhor e mais rápido o retorno do paciente às suas atividades 
funcionais e com qualidade de vida. 
 
 
Palavras-chave: Osteoartrose. Artroplastia de Quadril. Fisioterapia. 
 
9 
 
ABSTRACT 
 
 
 The hip joint is composed of the acetabulum and the femoral head. These 
structures are covered with a cartilage that allows the movements are done without 
friction or pain. When for some reason this capsule is damaged, the movements are 
restricted and it happens then the onset of pain. In some cases, this pain is so 
intense that the individual shall prevent the movement of the hip, causing muscles to 
weaken. With the evolution of the hip movements are increasingly limited, hindering 
the march, and so the implementation of the patient's daily activities. So, it is 
necessary to hip arthroplasty. A surgical procedure that aims to restore hip function 
and, mainly, to decrease the pain. In total hip arthroplasty is the replacement of the 
hip joint by prosthesis. The acetabular region is made of plastic, and the femoral 
region is made of metal. Physical therapy in the rehabilitation of a patient who 
underwent hip arthroplasty is of paramount importance, since it allows the patient a 
rapid return to their activities. The therapist makes use of many techniques 
advocating walking with the goal of restoring normal mobility of the patient. 
Treatment ranges from physical therapy stretching, active exercise, strengthening 
and gait training by means of resources, especially kinesiotherapy and hydrotherapy. 
The main objective of this study is to demonstrate the importance of physical therapy 
in the rehabilitation process in patients with hip arthroplasty. You can then look 
through this research that promotes better physical therapy and more rapid return of 
patients to their functional activities and quality of life. 
 
 
Keywords: Osteoarthritis. Hip Arthroplasty. Physiotherapy. 
 
 
 
9 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Ossos da articulação do quadril (vista geral) .................................. 16 
Figura 2: Articulação do quadril (acetábulo vista lâtero-distal) ....................... 17 
Figura 3: Fêmur (vista anterior) ...................................................................... 18 
Figura 4: Fêmur (vista posterior) .................................................................... 18 
Figura 5: Osso do quadril (vista medial) ........................................................ 21 
Figura 6: Osso do quadril (vista anterior) ....................................................... 21 
Figura 7: Osso do quadril (vista látero-posterior) ........................................... 22 
Figura 8: Articulação do quadril após a abertura da cápsula articular e 
desarticulação parcial da cabeça do fêmur (vista látero-distal)....................... 23 
Figura 9: Articulação do quadril (vista ântero-distal) ...................................... 24 
Figura 10: Músculo iliopsoas ......................................................................... 25 
Figura 11: Músculos sartório e tensor da fáscia lata ....................................... 26 
Figura 12: Músculos adutores, grácil e pectíneo............................................. 27 
Figura 13: Músculo glúteo médio .................................................................... 28 
Figura 14: Músculo glúteo máximo e trato iliotibial ......................................... 28 
Figura 15: Músculos semitendinoso, semimembranáceo e bíceps femoral .... 29 
Figura 16: Músculos glúteo mínimo, piriforme, gêmeos superior e inferior, 
obturador interno e quadrado femoral ............................................................. 30 
Figura 17: Nervo femoral e nervo obturatório ................................................. 31 
Figura 18: Nervos glúteos e nervo isquiático .................................................. 32 
Figura 19: Artérias dos membros inferiores .................................................... 33 
Figura 20: Componente acetabular ................................................................. 35 
Figura 21: Componente femoral ..................................................................... 35 
Figura 22: Próteses cimentadas ..................................................................... 36 
Figura 23: Próteses não cimentadas .............................................................. 36 
Figura 24: Exposição do acetábulo ................................................................. 39 
Figura 25: Inserção do componente acetabular .............................................. 39 
Figura 26: Inserção do componente femoral .................................................. 40 
Figura 27: Redução dos componentes ........................................................... 40 
Figura 28: Alongamento dos músculos iliopsoas, pectíneo, sartório, tensor da 
fáscia lata e adutor longo ................................................................................ 43 
 
10 
 
Figura 29: Alongamento dos músculos adutor magno, glúteos máximo e médio, 
semitendíneo, bíceps femoral e semimembranáceo. ...................................... 43 
Figura 30: Alongamento dos músculos adutor longo, glúteo máximo e glúteo 
médio ............................................................................................................. 44 
Figura 31: Alongamento dos músculos reto femoral, pectíneo, iliopsoas, tensor 
da fáscia lata, glúteos médio e máximo, adutor longo e magno ..................... 44 
Figura 32: Alongamento dos músculos quadríceps, vasto lateral, medial e 
intermédio, reto femoral e tibial anterior .......................................................... 45 
Figura 33: Alongamento dos músculos reto femoral, pectíneo, tensor da fáscia 
lata, iliopsoas, adutores longo e magno, glúteos máximo e médio ................. 46 
Figura 34: Alongamento dos músculos pectíneo, semimembranáceo, quadrado 
femoral, semitendíneo, adutores curto, longo e magno .................................. 46 
Figura 35: Alongamento dos músculos adutores curto, longo e magno, 
pectíneo, grácil, semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral ............ 47 
Figura 36: Alongamento dos músculos semimembranáceo, glúteos máximo e 
médio, semitendíneo, bíceps femoral e adutor magno ................................... 47 
Figura 37: Alongamento dos músculos semimembranáceo, glúteos máximo e 
médio, semitendíneo, bíceps femoral, adutor magno e gastrocnêmio ............ 48 
Figura 38: Alongamento dos músculos semimembranáceo, glúteos máximo e 
médio, semitendíneo, adutor magno e gastrocnêmio ..................................... 48 
Figura 39: Alongamento dos músculos semimembranáceo, glúteos máximo e 
médio, semitendíneo, adutor magno e gastrocnêmio .....................................49 
Figura 40: Flexão do quadril ........................................................................... 50 
Figura 41: Extensão do quadril ....................................................................... 50 
Figura 42: Abdução do quadril ........................................................................ 51 
Figura 43: Adução do quadril .......................................................................... 51 
Figura 44: Rotação externa do quadril ............................................................ 52 
Figura 45: Rotação interna do quadril ............................................................. 52 
Figura 46: Flexão do quadril resistida com joelho fletido ................................ 53 
Figura 47: Hiperextensão resistida do quadril ................................................. 53 
Figura 48: Abdução resistida do quadril .......................................................... 54 
Figura 49: Rotação externa do quadril resistida ............................................. 54 
Figura 50: Rotação interna do quadril resistida .............................................. 54 
Figura 51: Flexão do joelho resistida .............................................................. 55 
 
11 
 
Figura 52: Fortalecimento concêntrico e excêntrico ........................................ 55 
Figura 53: Fase de apoio da marcha .............................................................. 57 
Figura 54: Fase de balanço da marcha .......................................................... 57 
 
 
12 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 14 
 
CAPÍTULO I- ANATOMIA DO QUADRIL....................................................... 16 
1 ANATOMIA DO QUADRIL .................................................................. 16 
1.1 Ossos da Articulação do Quadril .......................................................... 16 
1.1.1 Acetábulo ............................................................................................. 17 
1.1.2 Fêmur ................................................................................................... 17 
1.1.3 Pelve .................................................................................................... 19 
1.1.3.1Ílio ........................................................................................................ 19 
1.1.3.2Ísquio ................................................................................................... 20 
1.1.3.3Púbis .................................................................................................... 20 
1.2 Cápsula Articular .................................................................................. 22 
1.3 Ligamentos ........................................................................................... 23 
1.4 Músculos .............................................................................................. 24 
1.5 Inervação .............................................................................................. 30 
1.6 Irrigação Sanguínea ............................................................................. 32 
 
 
CAPÍTULO II- PRÓTESE DE QUADRIL ........................................................ 34 
2 ARTROPLASTIA DE QUADRIL .......................................................... 34 
2.1 Conceito ............................................................................................... 34 
2.2 Histórico ............................................................................................... 34 
2.3 Tipos de Prótese .................................................................................. 35 
2.4 Indicações ............................................................................................ 37 
2.4.1 Osteoartrose ......................................................................................... 37 
2.5 Contra-indicações ................................................................................ 38 
2.6 Técnica Cirúrgica ................................................................................. 38 
2.7 Complicações ....................................................................................... 40 
 
 
CAPÍTULO III- FISIOTERAPIA NA ARTROPLASTIA DE QUADRIL ............ 42 
 
13 
 
3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ................................................ 42 
3.1 Conceito ............................................................................................... 42 
3.2 Cinesioterapia ...................................................................................... 42 
3.2.1 Alongamento ........................................................................................ 42 
3.2.2 Exercícios Ativos .................................................................................. 49 
3.2.3 Fortalecimento ...................................................................................... 53 
3.2.4 Treino de Marcha ................................................................................. 56 
3.2.5 Hidroterapia .......................................................................................... 57 
3.2.6 Propriocepção ...................................................................................... 58 
3.3 Tratamento Fisioterapêutico ................................................................. 59 
 
 
CAPÍTULO IV- A PESQUISA ......................................................................... 61 
4 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 61 
4.1 Métodos................................................................................................ 61 
4.2 Técnica ................................................................................................. 61 
4.3 Relato de um Caso ............................................................................... 61 
4.3.1 Reabilitação .......................................................................................... 62 
4.4 Depoimentos ........................................................................................ 66 
4.4.1 Depoimento do Fisioterapeuta A .......................................................... 66 
4.4.2 Depoimento do Fisioterapeuta B .......................................................... 66 
4.4.3 Depoimento do Fisioterapeuta C .......................................................... 67 
4.4.4 Depoimento do Paciente ...................................................................... 67 
4.5 Discussão ............................................................................................. 68 
4.6 Parecer Final ........................................................................................ 70 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................................................... 71 
CONCLUSÃO ................................................................................................. 72 
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 73 
APÊNDICES ................................................................................................... 75 
 
14 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A artroplastia total de quadril é uma cirurgia onde ocorre a substituição 
da articulação do quadril por prótese. O componente acetabular é feito, 
geralmente, de plástico e o femoral, de metal. Esta cirurgia se faz necessária 
quando alguma doença acomete a articulação coxofemoral causando dor e 
restringindo o movimento, incapacitando assim o paciente.O principal objetivo da artroplastia de quadril é restabelecer os 
movimentos da articulação e aliviar a dor. 
 Inúmeros são os tipos de prótese do quadril. A indicação dependerá do 
tipo de doença que acometeu a articulação, da idade do paciente, da qualidade 
do osso e da experiência do cirurgião ortopedista. 
 O objetivo deste trabalho é relatar a importância do tratamento 
fisioterapeutico no processo de reabilitação em pacientes com artroplastia de 
quadril, desde o procedimento cirúrgico até a reinserção do paciente às suas 
atividades funcionais. 
 Este estudo procura responder o seguinte questionamento: qual a 
importância da fisioterapia na reabilitação de um paciente que se submeteu a 
artroplastia de quadril? 
É de suma importância o tratamento fisioterapêutico no pós-operatório 
de artroplastia de quadril. A aplicação de variadas técnicas promove uma 
satisfatória reabilitação, minimizando e prevenindo possíveis complicações, 
implicando assim, no resultado almejado. O tratamento engloba desde 
alongamentos, exercícios ativos e fortalecimento e treino de marcha. Todos os 
recursos são aplicados de acordo com a necessidade específica do paciente, 
sendo aumentados ou modificados periodicamente, até que o paciente se 
recupere completamente e volte a ter uma vida normal. 
Para realização desta pesquisa utilizou-se os seguintes métodos: 
- Método de estudo de caso; 
- Método de observação sistemática; 
O trabalho fica assim organizado: 
Capítulo I: descreve a anatomia do quadril, desde ossos, músculos e 
ligamentos até inervação e irrigação sanguínea. 
15 
 
Capítulo II: engloba todo procedimento cirúrgico e suas diretrizes. 
Capítulo III: descreve todo o tratamento fisioterápico no pós-operatório à 
artroplastia de quadril. 
Capítulo IV: discorre sobre a pesquisa. Finaliza-se com a proposta de 
intervenção e as considerações finais. 
 
16 
 
CAPÍTULO I 
 
ANATOMIA DA ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 
 
 
1 ANATOMIA DO QUADRIL 
 
 
1.1 Ossos do Quadril 
 
 
 Segundo Kisner e Colby (2006), o quadril é uma articulação triaxial, 
funcional nos três planos, assim como o ombro. Ao contrário do ombro, o 
quadril é uma articulação menos móvel e mais estável, pois tem como principal 
função o suporte de peso. Tanto das forças provenientes das pernas durante a 
marcha, como do peso da cabeça, tronco e membros inferiores. É formada pela 
cabeça do fêmur e pelo acetábulo. É uma articulação do tipo esférica e 
classificada como diartrose (vide figura 1). 
 
 Fonte: Putz e Pabst , 2006, p.283 
 Figura 1: Ossos da articulação do quadril (vista geral) 
17 
 
1.1.1 Acetábulo 
 
 
 Segundo Starkey e Ryan (2001), a parede superior do acetábulo é 
formada pelo ilíaco, a parede inferior pelo ísquio e a parede interna pelo púbis. 
Centrada nessa fossa, existe uma depressão para o ligamento redondo. A 
borda externa do acetábulo é revestida pelo lábio, um anel espesso de 
fibrocartilagem que aprofunda a fossa articular. 
 Moretti e Pizani (2004) declaram que no acetábulo há a face semilunar 
(porção lisa em forma de ferradura) e a fossa do acetábulo, situada entre os 
ramos da ferradura, contínua com a incisura do acetábulo. Os ossos ílio, ísquio 
e púbis constituem o osso do quadril. Os ossos do quadril se unem 
anteriormente na sínfise púbica e posteriormente com o sacro formando a 
pelve. Os ossos do quadril têm como função o movimento, a defesa (protege 
os órgãos pélvicos) e a sustentação (vide figura 2). 
 
 Fonte: Putz e Pabst , 2006, p.277 
 Figura 2: Articulação do quadril 
 (acetábulo vista látero-distal) 
 
 
1.1.2 Fêmur 
 
 
 Marieb e Hoehn (2009) declaram que o fêmur é o maior, mais longo e 
mais forte osso do corpo. A cabeça do fêmur tem a forma de bola e possui uma 
depressão central chamada fóvea da cabeça do fêmur. A cabeça do fêmur esta 
18 
 
conectada a diáfise do fêmur pelo colo femoral. A cabeça exibe uma angulação 
lateral, articulando-se com a região lateral da pelve. 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.275 
 Figura 3: Fêmur (vista anterior) Figura 4: Fêmur (vista posterior) 
 
 
 Segundo Starkey e Ryan (2001), a angulação da cabeça do fêmur é 
conhecida como ângulo de inclinação. Esse ângulo é de 125º no plano frontal e 
varia de acordo com o desenvolvimento do indivíduo, sendo menor no sexo 
feminino. Há também o ângulo de torção, que é de aproximadamente 15º no 
plano transversal. É a relação entre a cabeça e a diáfise do fêmur. 
 Marieb e Hoehn (2009) relatam ainda, que na junção entre a diáfise e o 
colo do fêmur encontram-se o trocânter maior lateralmente e o trocânter menor 
posteriormente. Eles são conectados anteriormente pela linha intertrocantérica 
e posteriormente pela crista intertrocantérica. Na região posterior situa-se a 
tuberosidade glútea que se une a linha áspera inferiormente. Esta, por sua vez, 
diverge formando as linhas supracondilares medial e lateral. A epífise do fêmur 
apresenta os côndilos medial e lateral, que se articulam com a tíbia. Entre eles, 
localiza-se a face patelar. É uma superfície lisa anterior do fêmur que se 
19 
 
articula com a patela. Os epicôndilos medial e lateral são locais de fixação 
muscular. O tubérculo do adutor é uma saliência do epicôndilo medial. Entre os 
côndilos, posteriormente, encontra-se a fossa intercondilar, que possui forma 
de U. A fossa poplítea é uma área lisa da diáfise do fêmur que se situa 
superiormente a fossa intercondilar (vide figuras 3 e 4). 
 
 
1.1.3 Pelve 
 
 
 Marieb e Hoehn (2009) relatam que os ossos do quadril (ílio, ísquio e 
púbis) unem-se anteriormente com seu par e posteriormente com o sacro. Na 
infância esses ossos são separados. Na puberdade há uma fusão entre eles, 
formando um único osso. Mesmo assim, seus nomes permanecem 
diferenciando as respectivas regiões (vide figuras 5 a 7). 
 
 
1.1.3.1 Ílio 
 
 
 Marieb e Hoehn (2009) descrevem como a parte superior do osso do 
quadril. A margem superior das asas são as cristas ilíacas. Há uma parte mais 
espessa chamada de tubérculo ilíaco. A crista ilíaca termina anteriormente na 
espinha ilíaca ântero-superior e posteriormente na espinha ilíaca póstero-
superior. Abaixo delas encontram-se espinhas ilíacas ântero-inferiores e 
póstero-inferiores. Todas são pontos de fixação muscular. Há também a 
incisura isquiática maior. Situa-se logo abaixo da espinha ilíaca póstero-inferior, 
a qual dá passagem para o nervo ciático. A superfície póstero-lateral do ílio, a 
face glútea, é cruzada pelas linhas glúteas posterior, anterior e inferior. São 
saliências para fixação muscular. A superfície interna da asa chama-se fossa 
ilíaca. A articulação sacroilíaca é formada pela face auricular do ílio e a face 
auricular do sacro. Recebem o mesmo nome por ambas possuírem “forma de 
orelha”. Logo abaixo encontra-se a linha arqueada. É uma saliência robusta 
que ajuda a definir a margem superior da pelve (vide figuras 5 a 7). 
20 
 
1.1.3.2 Ísquio 
 
 
 De acordo com Marieb e Hoehn (2009), o ísquio corresponde à parte 
póstero-inferior do osso do quadril. Apresenta formato de ”L”, com um espesso 
adjacente ao ílio, e um ramo inferior mais fino. Esse ramo se articula com o 
púbis. O ísquio possuí a espinha isquiática. É um ponto de fixação para o 
ligamento sacro espinhal. Logo abaixo, situa-se a incisura isquiática menor, por 
onde passam nevos e vasos sanguíneos. Há também o túber isquiático. É uma 
área espessa e rugosa que corresponde à superfície inferior do corpo do 
ísquio. Nele se inserem grandes músculos posterioresda coxa. É a área mais 
forte do quadril, pois quando sentados, o peso de todo o corpo é sustentado 
pelos túberes isquiáticos (vide figuras 5,6 e 7). 
 
 
1.1.3.3 Púbis 
 
 
 Marieb e Hoehn (2009) descrevem o púbis como a parte anterior do 
osso do quadril. Possui formato de “V” horizontalizado com ramos superior e 
inferior partindo de um corpo achatado. Há uma borda anterior espessa que 
forma a crista púbica. Seguindo lateralmente encontra-se o tubérculo púbico. 
Local de fixação ligamentar. O forame obturado é formado pelos ramos do 
púbis que se unem aos ramos do ísquio. Através desse forame passam 
importantes vasos sanguíneos e nervos. Esse ramo é fechado por uma 
membrana fibrosa. A sínfise púbica é formada pelos corpos dos ossos púbicos. 
Eles são unidos por um disco de fibrocartilagem. Logo abaixo da sínfise púbica, 
o púbis estabelece um ângulo lateralmente, chamado de arco púbico ou ângulo 
subpúbico. Esse ângulo forma um “V” invertido. É de acordo com o grau desse 
arco que se diferencia a pelve masculina da feminina. A pelve feminina é não 
só mais rasa, como mais fina, mais larga e mais oval. Esses acidentes 
anatômicos ocorrem para que a mãe não só acomode o bebê durante toda a 
gestação, mas que também permita a passagem da cabeça do bebê na hora 
do parto (vide figuras 5,6 e 7). 
21 
 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.286 
 Figura 5: Osso do quadril (vista medial) 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.286 
 Figura 6: Osso do quadril (vista anterior) 
22 
 
 
Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.287 
Figura 7: Osso do quadril (vista látero-posterior) 
 
 
1.2 Cápsula Articular 
 
 
 De acordo com Starkey e Ryan (2001), a articulação do quadril possuí 
três graus de movimento: flexão/extensão, abdução/adução e rotação 
interna/externa. O que limita a amplitude desses movimentos são a 
profundidade do acetábulo, a resistência dos ligamentos e a musculatura. 
Circundando a articulação, há uma forte e densa cápsula articular sinovial. 
 Moretti e Pizani (2004) relatam que, a cápsula é mais espessa e forte 
nas regiões proximal e anterior da articulação, pois é onde se requer maior 
resistência. Já na região posterior e distal da articulação ela é delgada e frouxa. 
Ela possuí duas séries de fibras: circulares e longitudinais. As fibras circulares 
ocupam as partes distal e posterior da cápsula, formando um colar em torno do 
colo do fêmur anteriormente, fundindo-se com o ligamento iliofemoral e 
inserindo-se na espinha ilíaca ântero-inferior. Já as fibras longitudinais são 
mais abundantes na parte proximal e anterior da cápsula onde são reforçadas 
23 
 
por feixes ou ligamentos acessórios. A área externa da cápsula é áspera e 
coberta por músculos (vide figuras 2 e 8). 
 
Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.277 
Figura 8: Articulação do quadril, após a abertura da cápsula articular 
e desarticulação parcial da cabeça do fêmur (vista látero-distal) 
 
 
1.3 Ligamentos 
 
 
 Segundo Starkey e Ryan (2001), o ligamento iliofemoral origina-se na 
espinha ilíaca ântero-inferior. Suas fibras centrais se dividem, inserindo-se uma 
faixa na área distal da linha intertrocantérica e a outra na parte proximal da 
linha intertrocantérica e colo femoral. Esse arranjo reforça a cápsula articular 
na sua parte anterior e limita a hiperextensão. Suas fibras inferiores limitam a 
abdução, e as superiores limitam a adução. Já o ligamento pubofemoral, 
emerge do ramo pubiano e se insere na fossa intertrocantérica, limitando a 
abdução e hiperextensão do quadril. Também ajuda a reforçar a cápsula 
anteriormente. O ligamento isquiofemoral reforça a articulação posteriormente, 
limitando a extensão do quadril. É um ligamento triangular que origina-se no 
acetábulo, inserindo-se parte na cápsula articular, parte no trocânter maior do 
fêmur. Há também o ligamento redondo (ligamento da cabeça do fêmur). Situa-
24 
 
se no interior da articulação e tem pouca função na estabilização do quadril. 
Ele funciona como conduíte para as artérias circunflexas. O ligamento inguinal 
origina-se na espinha ilíaca ântero-superior e se insere na sínfise pubiana. 
Funciona como contenção dos tecidos moles e demarca a borda superior do 
triângulo femoral. 
 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.278 
 Figura 9: Articulação do quadril (vista ântero-distal) 
 
 
 Moretti e Pizani (2004) relatam que há ainda na articulação do quadril, a 
membrana sinovial. Ela é um dos meios de deslizamento. É extensa, cobrindo 
as faces da orla acetabular e a massa de gordura presente no fundo do 
acetábulo, a ainda, embainha o ligamento redondo até a sua inserção (vide 
figuras 8 e 9). 
 
 
1.4 Músculos 
 
 
De acordo com Marieb e Hoehn (2009), o músculo iliopsoas é composto 
por dois outros músculos. O ilíaco e o psoas maior. Ambos tem como função a 
25 
 
flexão da coxa. O músculo ilíaco origina-se na fossa ilíaca e crista do sacro, 
inserindo-se logo abaixo do trocânter maior do fêmur. Já o músculo psoas 
maior origina-se nos processos transversos, corpos e discos das vértebras 
lombares e T12, inserindo-se no trocânter menor do fêmur, junto ao músculo 
ilíaco (vide figura 10). 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.312 
 Figura 10: Músculo iliopsoas 
 
 
Segundo Starkey e Ryan (2001), o músculo sartório tem sua origem na 
espinha ilíaca superior anterior, e sua inserção na parte proximal da 
tuberosidade da tíbia. É um músculo que tem por função flexionar o quadril e 
joelho, abduzir e rodar externamente o quadril (vide figura 11). 
Moretti e Pizani (2004) declaram que o principal flexor do quadril é o 
músculo tensor da fáscia lata, além de rodar internamente o quadril. Tem sua 
origem na espinha ilíaca ântero-superior e lábio externo da crista ilíaca e sua 
inserção no trato iliotibial (vide figura 11). Há também o músculo reto femoral. 
Tem sua origem por duas cabeças: uma cabeça anterior, na espinha ilíaca 
ântero-inferior, e a outra, posterior, no contorno póstero-superior do acetábulo. 
Sua inserção se dá pelo tendão da patela. Esse tendão é fixado à tuberosidade 
da tíbia pelo ligamento patelar. É um músculo que tem como função flexionar o 
quadril e estender a perna. 
26 
 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.312 
 Figura 11: Músculos sartório e 
 tensor da fáscia lata 
 
 
Segundo Kisner e Colby (2006), os músculos adutor magno, longo e 
curto, pectíneo e grácil são responsáveis pela adução da coxa. 
Marieb e Hoehn (2009) relatam que o músculo adutor magno origina-se 
no ramo isquiopúbico e túber isquiático, inserindo-se na linha áspera e 
tubérculo do fêmur. Sua porção anterior aduz, flexiona e rota medialmente a 
coxa. Enquanto que a porção posterior é sinergista aos isquiotibiais na 
extensão da coxa. Já o músculo adutor longo tem sua origem próximo à sínfise 
púbica, e sua inserção na linha áspera do fêmur. Tem como ação a adução, 
flexão e rotação medial da coxa. Completando a massa muscular que forma a 
região medial da coxa, o músculo adutor curto origina-se no corpo e ramo 
inferior do púbis, inserindo-se também na linha áspera do fêmur. Ele aduz, 
flexiona e rota medialmente a coxa. Há também os músculos pectíneo e grácil. 
Possuem as seguintes funções: adução, flexão e rotação medial da coxa. O 
músculo pectíneo origina-se na linha pectínia do púbis e insere-se na linha 
áspera da superfície posterior do fêmur. Já o músculo grácil tem sua origem no 
27 
 
ramo inferior do corpo do púbis e parte adjacente do ramo do ísquio e inserção 
na face medial da tíbia (abaixo do côndilo medial). Esse músculo ainda agena 
flexão do joelho (vide figura 12). 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.312 
 Figura 12: Músculos adutores, 
 grácil e pectíneo 
 
 
Moretti e Pizani (2004) declaram que músculo glúteo médio tem sua 
origem na superfície superior externa do ílio, linha glútea anterior e aponeurose 
glútea. Insere-se no trocânter maior do fêmur, e tem como função abduzir o 
quadril. Suas fibras anteriores fletem e rodam internamente o quadril. Enquanto 
que suas fibras posteriores estendem e rodam externamente o quadril. O 
músculo glúteo máximo origina-se na linha glútea posterior do ílio e região 
posterior do sacro e cóccix, inserindo-se na tuberosidade glútea do fêmur e 
trato iliotibial. Suas fibras inferiores estendem, aduzem e rodam externamente 
o quadril. Enquanto que suas fibras superiores abduzem o quadril (vide figura 
14). Há também os músculos bíceps femoral, semitendinoso e 
semimembranoso. Eles são extensores da perna (quando agem sobre o 
28 
 
quadril) e flexores da perna (quando agem sobre o joelho), exceto a curta 
porção do bíceps. 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.318 
 Figura 13: Músculo glúteo médio 
 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.318 
 Figura 14: Músculo glúteo máximo 
 e trato iliotibial 
A porção do bíceps femoral origina-se na tuberosidade isquiática, a 
porção curta na linha áspera do fêmur. Ambas se inserem na cabeça da fíbula. 
29 
 
O músculo semitendinoso origina-se na tuberosidade isquiática e insere-se na 
parte medial da tíbia. Já o músculo semimembranoso origina-se na 
tuberosidade isquiática e insere-se no côndilo medial da tíbia (vide figura 15). 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.318 
 Figura 15: Músculos semitendinoso, 
 semimembranoso e bíceps femoral 
 
 
De acordo com Starkey e Ryan (2001), o músculo glúteo mínimo abduz, 
flete e roda internamente o quadril. Origina-se na parte inferior do ílio e incisura 
ciática maior, inserindo-se no trocânter maior do fêmur. Já os músculos 
gêmeos superior e inferior tem como função rodar externamente o quadril. O 
gêmeo superior origina-se na espinha do ísquio e insere-se no trocânter maior 
do fêmur. O gêmeo inferior tem origem na tuberosidade do ísquio e também se 
insere no trocânter maior do fêmur. 
Há também os músculos obturadores externo e interno que tem por 
função rodar externamente o quadril. O obturador externo origina-se no ramo 
30 
 
pubiano e insere-se na fossa trocantérica do fêmur. Já o obturador interno 
origina-se na membrana obturadora, margem do forame obturador e superfície 
pélvica do ísquio, inserindo-se no trocânter maior do fêmur (vide figura 16). 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.318 
 Figura 16: Músculos glúteo mínimo, 
 piriforme, gêmeos superior e inferior, 
 obturador interno e quadrado femoral 
 
 
1.5 Inervação 
 
 
 Segundo Moretti e Pizani (2004), a cápsula articular do quadril tem sua 
porção medial inervada pelo nervo obturador e nervo glúteo superior, enquanto 
que a superfície posterior da cápsula é inervada pelos ramos do ciático. Os 
músculos sartório, reto femoral, iliopsoas são inervados pelo nervo femoral do 
plexo lombosacral. A porção anterior (adutora) do músculo adutor magno é 
inervada pelo nervo obturatório. Já a porção posterior (extensora) é inervada 
pelo nervo ciático. O nervo glúteo superior inerva os músculos glúteo médio e 
mínimo e o músculo tensor da fáscia lata. O músculo glúteo máximo é inervado 
pelo nervo glúteo inferior. Os músculos piriforme, obturatório interno, quadrado 
femoral, gêmeos superior e inferior são inervados por ramos do plexo 
lombosacral. O ramo posterior do nervo obturatório inerva o músculo 
31 
 
obturatório externo. Já os músculos bíceps femoral, semitendinoso e 
semimembranoso são inervados pelo nervo ciático (vide figuras 17 e 18). 
 
 
Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.348 
Figura 17: nervo femoral e nervo obturatório 
 
 
 De acordo com Starkey e Ryan (2001), o nervo obturador inerva os 
músculos grácil, adutor curto e longo. 
 Kisner e Colby (2006) relatam que o nervo ciático forma-se na região 
posterior da pelve a partir do plexo lombosacral (L4, L5, S1, S2 e S3) e segue 
através da incisura isquiática maior, passando profundamente ao músculo 
piriforme. O encarceramento desse nervo resulta em alterações sensoriais na 
porção pôstero-lateral da perna e superfície dorsal e plantar do pé. Já o nervo 
obturador forma-se dentro do músculo psoas (L2, L3 e L4) entrando 
anteriormente na articulação sacroilíaca. Segue ao longo do canal obturador 
junto aos vasos, dividindo-se nos ramos anterior e posterior. O encarceramento 
32 
 
deste nervo resulta em alterações sensoriais na face medial da coxa. 
 
 
Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.349 
Figura 18: Nervos glúteos e nervo isquiático 
 
 
1.6 Irrigação Sanguínea 
 
 
De acordo com Marieb e Hoehn (2009), a artéria aorta, ao nível de L4, 
divide-se nas artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Ao nível das 
articulações sacroilíacas elas se dividem em dois ramos principais: artérias 
ilíacas interna e externa. Elas suprem à região pélvica, a parede abdominal e 
33 
 
membros inferiores. As artérias ilíacas internas suprem os músculos glúteos via 
artérias glúteas e inferior e músculos adutores da coxa via artéria obturatória. 
As artéria ilíacas externas suprem os membros inferiores. Após entrarem na 
coxa, são chamadas de artérias femorais. Dessas artérias originam-se vários 
ramos. A artéria femoral profunda supre os músculos isquiotibiais, quadríceps e 
adutores. A artéria circunflexa medial supre o colo e a cabeça do fêmur. Já a 
artéria circunflexa lateral supre o músculo vasto lateral. Posteriormente ao 
joelho, a artéria femoral passa através do músculo adutor magno para entrar na 
fossa poplítea. Aí passa a se chamar artéria poplítea (vide figura 19). 
 
 
 Fonte: Putz e Pabst, 2006, p.351 
 Figura 19: Artérias dos membros inferiores 
 
34 
 
CAPÍTULO II 
 
PRÓTESE DE QUADRIL 
 
 
2 ARTROPLASIA DE QUADRIL 
 
 
2.1 Conceito 
 
Segundo Kisner e Colby (2006), as indicações mais comuns para 
realização da artroplastia de quadril incluem: dor intensa durante descarga de 
peso e movimentação, grande limitação dos movimentos, instabilidade ou 
deformidade do quadril e falha do tratamento conservador. 
 
 
2.2 Histórico 
 
 
 De acordo com Camargo et al (2004), Smith Petersen desenvolveu em 
1940 a primeira prótese para artroplastia parcial de quadril. Era a taça de 
vitalium. Prótese que recobria somente a cabeça do fêmur e não a superfície 
acetabular. Com esse tipo de prótese não havia o alívio da dor. 
 De acordo com Moretti e Pizani (2004), na década de 1960, foi 
desenvolvida a primeira prótese para artroplastia total de quadril. Foi 
desenvolvida por John Charnley do Wrightington Hospital de Lancashire, na 
Inglaterra. 
Segundo Urso et al (2010), as primeiras artroplastias parciais não 
obtiveram sucesso, pois ocorria formação de tecido granulado entre o molde e 
o osso subcondral, não aliviando a dor. Foi quando Charnley desenvolveu a 
prótese total de quadril com componentes femorais e acetabulares, ambos 
metálicos. Cerca de três anos depois, Charnley aperfeiçoou a técnica usando 
metal como componente femoral (titânio, vanádio, ligas de cobalto e níquel), e 
polietileno como componente acetabular. Outro avanço aconteceu com o uso 
35 
 
de cimento acrílico (polimetilmetacrilato) para fixar melhor a prótese (vide 
figuras 20 e 21). 
 
 Fonte: Macedo et al, 2003, p. 392Figura 20: Componente acetabular 
 
 Fonte: Macedo, et al, 2003, p. 392 
 Figura 21: Componente femoral 
 
 
2.3 Tipos de Próteses 
 
 
Moretti e Pizani (2004) declaram que há variados tipos de próteses. Há 
As próteses cefálicas uni e bi-polar, endo-próteses, prótese em copa, todas 
próteses parciais do quadril. E há também as próteses totais de quadril: 
cimentadas, não cimentadas e híbridas. As próteses cefálicas uni e bi-polares 
36 
 
são geralmente usadas em idosos que fraturam o colo femoral e necessitam 
deixar o leito precocemente. As endo-próteses são usadas em casos como 
quando há um tumor e grande parte do fêmur é comprometida. As próteses em 
copa são utilizadas nos pacientes em estado grave, pois dificilmente 
suportariam as condições necessárias para colocação de uma prótese total. 
Dentre as próteses totais de quadril, a híbrida é a mais usada em pacientes 
com até 75 anos. Nesse caso, o componente acetabular é fixado na bacia por 
parafusos e o componente femoral fixado com cimento (vide figuras 22 e 23). 
 
 
 Fonte: Moretti e Pizani, 2004, p. 40 
 Figura 22: Próteses cimentadas 
 
 
Fonte: Moretti e Pizani, 2004, p. 40 
Figura 23: Próteses não cimentadas 
37 
 
De acordo com Kisner e Colby (2006), as próteses cimentadas são 
comumente usadas em pacientes com osteoporose, geralmente idosos, que 
praticam pouca atividade física. Já as próteses cimentadas são mais indicadas 
em pacientes com até 60 anos e que fisicamente sejam bastante ativos. Essa 
escolha evita o afrouxamento da prótese. 
 
 
2.4 Indicações 
 
 
Segundo Urso et al (2010), a artroplastia total de quadril visa restaurar a 
mobilidade articular e as estruturas que controlam esta articulação, como os 
músculos, tendões e ligamentos. Mas o principal objetivo é, definitivamente, o 
alívio da dor. 
Moretti e Pizani (2004) afirmam que são inúmeras as doenças que 
podem acometer a articulação do quadril. Dentre elas estão: hemofilia, 
alcoolismo, tuberculose, Legg-Pethers, tumores ósseos, seqüelas de 
epifisiolíse, artrite reumatóide, espondilite anquilosante, luxação, entre outras. 
A principal causa é, predominantemente, a osteoartrose. 
 
 
2.4.1 Osteoartrose 
 
 
Segundo Camargo et al (2004), a osteoartrose é uma doença articular 
degenerativa muito comum, que acontece mais freqüentemente no sexo 
feminino. Quando a osteoartrose acomete o quadril, pode levar até a 
incapacidade devido à dor, pois o quadril é uma articulação que suporta muita 
carga. Com o passar dos anos, há o processo de envelhecimento normal de 
um indivíduo. E com isso ocorre a modificação da cartilagem articular. Quando 
o indivíduo ainda é jovem sua cápsula apresenta superfície lisa e brilhante, 
tornando-se gradativamente granulosa e opaca. Nesse período a cartilagem já 
não absorve impacto. Assim a movimentação normal causa atrito na 
articulação, resultando em dor incapacitante. 
38 
 
2.5 Contra Indicações 
 
 
Urso, Monteiro, Zanolini e Soares (2010) declaram que uma das 
principais contra indicação para a realização da cirurgia são as infecções. 
Podem ser: infecção ativa da articulação do quadril, de bexiga, de pele, de 
tórax, ou qualquer outra. 
De acordo com Moretti e Pizani (2004), há também outras contra-
indicações. Incluindo: pacientes com distúrbios neurológicos não controlados, 
doenças neuromusculares, pacientes que não possuam orientação para 
conservar a prótese e qualquer processo destrutivo ósseo (osteoporose, 
osteopenia). A cirurgia também é contra-indicada em pacientes que não 
possuam osso suficiente para fixação dos componentes. 
 
 
2.6 Técnica Cirúrgica 
 
 
De acordo com Kisner e Colby (2006), os diferentes tipos de incisão 
influenciam no grau de exposição para cirurgia e nas variações do pós- 
operatório. Não há um acesso ideal, sendo que as três opções apresentam 
vantagens e desvantagens. O acesso pôstero-lateral é feito entre os músculos 
máximo e médio, preservando-os. Neste caso é desnecessária a osteotomia 
trocantérica. Faz-se uma incisão posterior na cápsula e libera-se os rotadores 
externos para assim luxar o quadril e colocar a prótese. Essa técnica apresenta 
a maior incidência de instabilidade articular, podendo levar até uma subluxação 
ou luxação do quadril. No acesso lateral, há uma divisão longitudinal dos 
músculos glúteo médio e vasto lateral, prejudicando assim a abdução no pós 
operatório. Pode haver a necessidade de osteotomia trocantérica. Há também 
o acesso ântero-lateral que geralmente é usado em artroplastias de revisão ou 
que envolva reconstrução muito complexa. É indicada em pacientes portadores 
de desequilíbrios musculares (AVC e paralisia cerebral), já que promove 
excelente estabilidade. A incisão envolve os músculos glúteos médio e mínimo, 
tensor da fáscia lata, iliopsoas, reto femoral e vasto lateral. Há o rompimento da 
39 
 
cápsula anterior e retirada do trocânter maior. A cabeça do fêmur e acetábulo 
são substituídas por prótese e o trocânter maior logo é reinserido. Isso pode 
levar a uma pseudo-artrose, fraqueza da musculatura abdutora e dor (vide 
figuras 24, 25, 26 e 27). 
 
 
 Fonte: Boschin et al, 2003, p. 649 
 Figura 24: Exposição do acetábulo 
 
 
Fonte: Boschin et al, 2003, p. 650 
Figura 25: Inserção do componente acetabular 
40 
 
 
 Fonte: Boschin et al, 2003, p. 650 
 Figura 26: Inserção do componente femoral 
 
 Fonte: Boschin et al, 2003, p. 650 
 Figura 27: Redução dos componentes 
 
 
2.7 Complicações 
 
 
Segundo Moretti e Pizani (2004), algumas complicações podem surgir 
após a cirurgia. Tais como: infecção, trombose, afrouxamento, luxação, 
desgaste ou até quebra da prótese. A infecção pode ocorrer tanto na ferida 
41 
 
como em torno da prótese. As infecções na ferida são tratadas facilmente com 
antibióticos. Já as infecções mais profundas, há a necessidade de nova cirurgia 
para limpeza ou remoção da prótese. Já a trombose é resultado da circulação 
lente devido à hipomobilidade. Os sintomas são edema, rubor e dor na coxa ou 
panturrilha. Para se evitar o surgimento desses coágulos deve-se administrar 
anticoagulantes, meias elásticas, botas plásticas e exercícios que favoreçam o 
retorno venoso. Outra possível complicação é o afrouxamento da prótese. 
Neste caso é necessária outra cirurgia para trocar a prótese por outra de 
melhor fixação. Pode ocorrer também o deslizamento da prótese para fora do 
acetábulo, ou seja, uma luxação. Para que isso não aconteça deve-se evitar os 
movimentos de adução e flexão de quadril maior que 90º. Deve-se também 
manter forte a musculatura fazendo exercícios orientados pelo médico ou 
fisioterapeuta. Outras possíveis complicações são o desgaste e quebra da 
prótese. Essas complicações são muito raras e necessitam de nova cirurgia 
para a troca da prótese. 
 
 
 
42 
 
CAPÍTULO III 
 
FISIOTERAPIA NA ARTROPLASTIA DE QUADRIL 
 
 
3 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
 
 
3.1 Conceito 
 
 
Segundo Magee (2002), na avaliação fisioterapêutica da pós artroplastia 
de quadril observa-se as capacidades e limitações do paciente para se 
estabelecer um plano de tratamento que tem por meta prevenir ou corrigir 
possíveis disfunções, preservando assim a mobilidade, a força, o equilíbrio e as 
habilidades funcionais do paciente. 
 
 
3.2 Cinesioterapia 
 
 
 De acordo com Kisner e Colby (2006), os pacientes chegam à 
fisioterapia em busca de tratamento para algum comprometimento físicoou até 
mesmo por aqueles que desejam aprimorar seu desempenho físico a fim de 
prevenir alguns tipos de lesão. Assim sendo, o fisioterapeuta elege um 
programa de exercícios, entre outras técnicas, visando melhorar ou 
restabelecer a função de seu paciente. Dentre os exercícios usados para a 
reabilitação de um paciente que se submeteu a cirurgia de artroplastia de 
quadril estão: alongamento, exercícios ativos, fortalecimento, propriocepção, 
treino de marcha e hidroterapia. 
 
 
3.2.1 Alongamento 
43 
 
Segundo Kisner e Colby (2006), alongamento é uma manobra 
fisioterapêutica usada para aumentar a mobilidade dos músculos, tecido 
conectivo e pele, melhorando assim a ADM. Algumas condições podem 
restringir a amplitude normal dos movimentos, como a imobilização prolongada, 
mobilidade restrita, doenças do tecido conectivo ou neuromusculares, doenças 
causadas por traumas e deformidades ósseas. Em alguns casos é usado o 
alongamento passivo: o fisioterapeuta aplica manualmente o alongamento, 
controlando a força, a direção, a intensidade e a duração. Há também o auto-
alongamento: o próprio paciente se alonga depois que o fisioterapeuta lhe 
orienta. E por fim, há o alongamento feito por dispositivos mecânicos. Segue 
alguns exemplos de auto-alongamento de membros inferiores (vide figuras de 
28 a 39). 
 
 Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 110 
 Figura 28: alongamento dos músculos iliopsoas, pectíneo, sartório, 
 tensor da fáscia lata e adutor longo. 
 
 Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 111 
 Figura 29: alongamento dos músculos adutor magno, glúteos máximo 
 e médio, semitendíneo, bíceps femoral e semimembranáceo. 
44 
 
 
 Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 112 
 Figura 30: alongamento dos músculos adutor longo, glúteos máximo 
 e médio 
 
 
 Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 124 
 Figura 31: alongamento dos músculos reto femoral, pectíneo, 
 Iliopsoas, tensor da fáscia lata, glúteos médio e máximo, 
 adutor longo e magno 
45 
 
 
 Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 123 
 Figura 32: alongamento dos músculos 
 quadríceps, vastos lateral, medial e 
 intermédio, reto femoral e tibial anterior 
 
 
De acordo com Fernandes, Marinho, Voigt e Lima (2002), vários estudos 
foram feitos chegando-se a conclusão de que o alongamento deve ser mantido 
por aproximadamente 30 segundos. 
46 
 
 
 Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 126 
 Figura 33: alongamento dos músculos reto femoral, pectíneo, tensor da 
 fáscia lata, iliopsoas, adutores longo e magno, glúteos máximo e médio 
 
 
Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 131 
Figura 34: alongamento dos músculos pectíneo, semimembranáceo, 
semitendíneo, quadrado femoral, adutores longo, curto e magno 
47 
 
 
Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 133 
Figura 35: alongamento dos músculos adutores longo, curto e magno, 
pectíneo, grácil, semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral 
 
 Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 146 
 Figura 36: alongamento dos músculos semimembranáceo, 
 glúteos máximo e médio, semitendíneo, bíceps femoral e 
 adutor magno 
48 
 
 
 Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 149 
 Figura 37: alongamento dos músculos semimembranáceo, 
 glúteos máximo e médio, semitendíneo, bíceps femoral, 
 adutor magno e gastrocnêmio 
 
 
 Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 151 
 Figura 38: alongamento dos músculos semimembranáceo, 
 glúteos máximo e médio, semitendíneo, adutor magno e 
 gastrocnêmio 
49 
 
 
Fonte: Fernandes et al, 2002, p. 157 
Figura 39: alongamento dos músculos semimembranáceo, glúteos máximo e 
médio, semitendíneo, adutor magno e gastrocnêmio 
 
 
3.2.2 Exercícios Ativos 
 
 
Segundo Kisner e Colby (2006), amplitude de movimento é o movimento 
completo possível de um segmento. Envolve músculos, nervos, vasos, 
cápsulas, ligamentos e superfícies articulares. É uma técnica usada 
principalmente no inicio do tratamento cinesioterapêutico e também para 
avaliação fisioterapêutica. Há três tipos de exercícios: o passivo, produzido por 
uma força externa, sem contração muscular; o exercício ativo-assistido, quando 
uma força manual ou mecânica auxilia o movimento e; o exercício, ativo, 
quando há o movimento sem restrições e sem auxilio, ou seja, o movimento é 
realizado somente com a contração dos músculos. 
 De acordo com Magee (2002), a articulação do quadril permite os 
seguintes movimentos: flexão (vide figura 40), extensão (vide figura 41), 
abdução (vide figura 42), adução (vide figura 43), rotação externa (vide figura 
44) e interna (vide figura 45). 
Kisner e Colby (2006) relatam que a intensidade, volume, freqüência e 
50 
 
duração dos exercícios é estabelecida pelo fisioterapeuta de acordo com a 
necessidade, capacidade e limitação do paciente. 
 
 Fonte: Achour Junior, 2006, p. 09 
 Figura 40: Flexão do quadril 
 
 
 Fonte: Achour Junior, 2006, p. 05 
 Figura 41: Extensão do quadril 
51 
 
 
 Fonte: Achour Junior, 2006, p. 14 
 Figura 42: Abdução do quadril 
 
 
 Fonte: Achour Junior, 2006, p. 19 
 Figura 43: Adução do quadril 
52 
 
 
 Fonte: Achour Junior, 2006, p. 24 
 Figura 44: Rotação externa do quadril 
 
 
 Fonte: Achour Junior, 2006, p. 29 
 Figura 45: Rotação interna do quadril 
53 
 
3.2.3 Fortalecimento 
 
 
De acordo com Kisner e Colby (2006), para que um indivíduo tenha uma 
vida saudável fisicamente é necessário que seus músculos sejam capazes de 
produzir, manter e regular tensão, para atender as demandas das atividades 
cotidianas. Esse desempenho muscular poderá alterar-se em caso de lesão, 
doença, imobilização ou desuso. Para corrigir ou evitar essa situação é 
indicado que se faça exercícios com resistência. Nesse caso os exercícios é 
resistido estática ou dinamicamente, por uma força externa mecânica ou 
manual. Segue abaixo alguns exercícios resistidos manualmente (vide figuras 
46, 47, 48, 49, 50 e 51). 
 
 Fonte: Kisner e Colby, 2006, p. 109 
 Figura 46: Flexão do quadril resistida com 
 joelho fletido 
 
 Fonte: Kisner e Colby, 2006, p. 110 
 Figura 47: Hiperextensão resistida do quadril 
54 
 
 
 Fonte: Kisner e Colby, 2006, p. 110 
 Figura 48: Abdução resistida 
 do quadril 
 
 
 Fonte: Kisner e Colby, 2006, p. 111 
 Figura 49: Rotação externa do quadril resistida 
 
 
Fonte: Kisner e Colby, 2006, p. 111 
 Figura 50: Rotação interna do quadril resistida 
55 
 
 
 Fonte: Kisner e Colby, 2006, p. 111 
 Figura 51: Flexão do joelho resistida 
 
 
McArdle, Katch e Katch (2003) relatam que na contração isométrica há 
uma ativação do músculo sem que haja movimento articular. Já na contração 
muscular dinâmica há não só a ativação do músculo como também o 
movimento articular. Há dois tipos de contração dinâmica: contração 
concêntrica e excêntrica. A contração concêntrica acontece quando o músculo 
se contrai, encurtando-se à medida que o movimento articular vai acontecendo. 
Já na contraçãoexcêntrica acontece quando a resistência excede a força do 
músculo, alongando-o (vide figura 52). 
 
 Fonte: Kisner e Colby, 2006, p. 83 
 Figura 52: Fortalecimento concêntrico 
 e excêntrico 
56 
 
Segundo Wilmore e Costill (2001), para determinar a resistência a ser 
dada a um paciente é necessário que se estabeleça a repetição máxima (RM) 
da qual o indivíduo é capaz de realizar. O indivíduo levanta o peso máximo 
suportável apenas uma vez. Isso se chama 1RM. 
Segundo Kisner e Colby (2006), quando já estabelecida a resistência 
necessária ao determinar a 1RM, deve-se estabelecer então o volume 
(repetições e séries) de exercícios que serão dados ao indivíduo. Não há um 
número ideal para se seguir. A escolha dependerá do estado do paciente e da 
meta do exercício. 
 
 
3.2.4 Treino de Marcha 
 
 
De acordo com Magee (2002) a marcha acontece em ciclos. Um ciclo 
começa no contato inicial de um pé com o solo até o contato inicial desse 
mesmo pé com o solo. O ciclo da marcha tem duas fases: fase de apoio e fase 
de balanço. A fase de apoio representa 60 % do ciclo da marcha e é dividida 
em cinco subfases (vide figura 53). A primeira subfase é a do contato inicial, 
quando acontece o toque do calcanhar com o solo de um pé, enquanto o outro 
começa a perder esse contato (duplo apoio). A subfase seguinte é de resposta 
à carga e apoio médio. Neste período o peso do corpo é sustentado por um só 
membro, enquanto o outro entra na fase de balanço. Já nas subfases de apoio 
terminal e pré-balanço o peso do corpo é transferido de um membro para outro. 
Nestes casos há também um duplo apoio. A fase de balanço representa 40% 
do ciclo da marcha e é composta por três subfases (vide figura 54). A primeira 
subfase é de balanço inicial (aceleração), ou seja, quando o pé deixa o solo. 
Na subfase do balanço médio um membro encontra-se adjacente ao outro. Já 
na subfase de balanço final o membro inferior desacelera se preparando para o 
contato com o solo. 
Kisner e Colby (2006) relatam que alguns problemas podem alterar a 
marcha. Deformidades articulares e ósseas alteram a mecânica da marcha, 
pois afetam o alinhamento dos membros inferiores. Já em condições em que 
há dor, adota-se um padrão de marcha antálgica, ou seja, evita-se a descarga 
57 
 
de peso do lado doloroso. 
Konin (2006) relata que a musculatura do quadril tem suma importância 
nos movimentos da marcha. Os músculos abdutores mantêm a pelve nivelada 
durante a marcha. Quando há um enfraquecimento dessa musculatura o 
quadril contralateral cai. Esta condição faz positivo o sinal de Trendelenburg. 
 
 
 Fonte: Magee, 2002, p. 844 
 Figura 53: Fase de apoio da marcha 
 
 
 Fonte: Magee, 2002, p. 844 
 Figura 54: Fase de balanço da marcha 
 
 
3.2.5 Hidroterapia 
 
 
Segundo Kisner e Colby (2006), o uso da água dentro de um tratamento 
fisioterapeutico já vem sendo usado há muito tempo. Isso acontece porque 
dentro da água os exercícios se tornam mais fáceis de serem realizados, 
58 
 
 
devido as propriedades físicas da água. 
Deliberato (2007) relata que as propriedades da água incluem: refração, 
tensão superficial, viscosidade, pressão hidrostática e flutuabilidade. A refração 
é a mudança de direção de um feixe de luz que passa de um meio menos 
denso para um meio mais denso, ou vice-versa. O fisioterapeuta deve ficar 
atento ao posicionamento do paciente durante a execução dos movimentos, 
pois a refração prejudica a visualização íntegra. A tensão superficial é uma 
força exercida pelas moléculas da água. Quando a paciente realizar algum 
movimento dentro da água essa tensão superficial atua como uma resistência. 
A viscosidade é a resistência de um líquido às camadas líquidas a seu redor. 
Há um deslizamento entre essas camadas que produz atrito. O fisioterapeuta 
pode utilizar a viscosidade como resistência quando movimentar (turbilhonar) a 
água, com auxilio, por exemplo, de pranchas. A pressão hidrostática é a força 
da água em diferentes profundidades. Quanto mais funda a piscina, maior a 
pressão hidrostática. A flutuabilidade é o oposto da gravidade. Ela age como 
uma força para cima dentro da água. 
De acordo com Kisner e Colby (2006) os exercícios fisioterapêuticos 
devem ser feitos com a temperatura da água entre 26ºC e 33ºC. Essa faixa 
proporciona desde relaxamento e diminuição do espasmo muscular, até 
aumento do limiar da dor, entre outros benefícios. Para se realizar exercícios 
dentro da água, são inúmeros os dispositivos flutuadores do quais o 
fisioterapeuta pode lançar mão. Entre eles estão: colar cervical, halteres curtos 
e longos, luvas, palmares, pés-de-pato, caneleiras e pranchas. Todos 
flutuantes. 
 
 
3.2.6 Propriocepção 
 
 
De acordo com Deliberato (2007), propriocepção refer-se a percepção 
de posição e movimento articular dada pelos impulsos recebidos dos 
receptores periféricos. Discrimina-se também a direção, a amplitude e a 
velocidade com que os músculos se contraem, além da tensão que ocorre 
59 
 
 
sobre os tendões. 
Segundo Gabriel, Petit e Carrie (2001) a propriocepção é usada como 
técnica fisioterapêutica para desenvolver ou potencializar a percepção do 
paciente, facilitando principalmente o equilíbrio e o controle articular. 
 
 
3.3 Tratamento Fisioterapêutico 
 
 
Moretti e Pizani (2004) declaram que já no primeiro dia após a cirurgia, a 
fisioterapia já é iniciada. Posiciona-se o paciente com uma almofada entre os 
joelhos, mantendo o quadril em abdução de 15º e flexão menor que 90º. Essa 
posição evita a luxação da prótese. O paciente é colocado na posição semi-
inclinada, e inicia-se o tratamento com exercícios respiratórios. Com o membro 
operado são feitos exercícios ativos e ativo-assistidos de flexão e abdução do 
quadril. O movimento de adução do quadril é extremamente contra-indicado, 
pois causa a luxação prótese. No segundo dia trabalha-se a flexão e a abdução 
do quadril, e a flexão e extensão do joelho ativamente. O fisioterapeuta auxilia 
esses movimentos somente quando o paciente não suportar realizá-los. A 
quantidade de exercícios é aumentada de acordo com a capacidade do 
paciente de realizar os movimentos. 
De acordo com Ribeiro et al (2008), entre o 3º ou 4º dias pós-operatório, 
o paciente pode sentar a beira da cama por curtos períodos, com o quadril 
abduzido e fletido até 45º. Inicia-se também o treino de marcha com apoio 
parcial, sempre com auxílio de muletas ou andador. A progressão do 
tratamento varia de acordo com a técnica cirúrgica usada. Na cirurgia em que 
as próteses foram cimentadas e não houve a osteotomia trocantérica, a 
sustentação total de peso é permitida bem cedo. Já nos casos em que foi 
realizada a osteotomia trocantérica, a sustentação de peso só será permitida 
depois de 6 semanas após a cirurgia. Nos casos em que a cirurgia foi realizada 
sem o uso de cimento, a marcha com sustentação total de peso só será 
possível três meses após a cirurgia. Até lá, faz-se o uso de muletas ou 
andador. 
60 
 
Segundo Moretti e Pizani (2004) algumas orientações devem ser dadas 
ao paciente quando o mesmo receber alta hospitalar, tais como: andar por 
curtas distâncias, mas frequentemente, dando passos largos e iguais, evitar 
cruzar um joelho sobre o outro (movimento de adução), evitar o flexionamento 
máximo do quadril, sentar em cadeiras altas e afastar os joelhos. 
Ribeiro et al (2008) declara que a hidroterapia deve ser iniciada 10 dias 
após a cirurgia. No início devem ser priorizados exercícios que usam a 
flutuabilidade comoauxílio. Ao passar das semanas os exercícios vão 
progredindo em dificuldade e intensidade. 
De acordo com Kisner e Colby (2006), devem ser feitos alongamentos 
para evitar ou prevenir contraturas, bem como exercícios de ADM ativa 
suportadas pelo paciente. Quando for permitido ficar em pé sem apoio, deve-se 
realizar exercícios para fortalecimento muscular como miniagachamentos, 
resistência com faixa elástica e tornozeleiras de baixo peso. Aumenta-se 
progressivamente com exercícios de apoio unilateral, como subida de degraus. 
De acordo com a evolução do paciente aumenta-se as repetições e a 
resistência dos exercícios. Inicia-se programas como ciclismo e natação. Nos 
casos em que a prótese cirúrgica for cimentada, após três semanas, passa-se 
a fazer o uso de uma bengala e treina-se a marcha em superfícies macias e 
irregulares. Quando a prótese não for cimentada, ou houve a osteotomia 
trocantérica, a data é protelada por 12 semanas. O paciente só deixará de usar 
a bengala quando não houver mais restrições de apoio de peso, ou apresente 
desvios durante a marcha, como o sinal de Trendelenburg positivo (fraqueza do 
glúteo médio). Finalizando o tratamento, o fisioterapeuta prepara o paciente 
para retornar às suas atividades funcionais, fortalecendo ainda mais a 
musculatura do quadril, estendendo as caminhadas semanais em tempo e 
distância, e orientando o paciente a conservar a prótese. 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
CAPÍTULO IV 
 
A PESQUISA 
 
 
4 INTRODUÇÃO 
 
 
 Para demonstrar a importância do tratamento fisioterapêutico na 
reabilitação do paciente que se submeteu a cirurgia de artroplastia de quadril, 
foi realizada pesquisa no Centro de Reabilitação Física Dom Bosco, no setor 
de Ortopedia e Traumatologia, situado na Rua Nove de Julho, nº 1010, na 
cidade de Lins, São Paulo, com início em Janeiro e término em Julho de 2010. 
 
 
4.1 Método 
 
 
Foi realizado estudo de caso no setor de Ortopedia e Traumatologia do 
Centro de Reabilitação Física Dom Bosco de Lins, com um paciente que se 
submeteu a cirurgia de artroplastia de quadril, gênero masculino, 56 anos, 
avaliando, orientando e observando a recuperação deste paciente. 
 
 
4.2 Técnicas 
 
a) Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A); 
b) Roteiro de Entrevista com o Fisioterapeuta (Apêndice B); 
c) Roteiro de Entrevista com o Paciente (Apêndice C); 
d) Roteiro de Avaliação do Paciente (Apêndice D); 
e) Termo de Consentimento Livre e Informado (Apêndice E); 
 
 
4.3 Relato de um Caso 
62 
 
Foi realizado o estudo de um caso de um paciente que se submeteu a 
cirurgia de artroplastia de quadril, gênero masculino, 56 anos de idade, 
entregador de cartas, residente na cidade de Lins/SP. 
Paciente desenvolveu coxartrose à direita há aproximadamente 10 anos, 
por realizar frequentemente longas caminhadas devido sua profissão. Com a 
evolução da doença se fez necessária a cirurgia para substituição da 
articulação, a artroplastia de quadril. A cirurgia foi feita em dezembro de 2009, 
no Hospital UNIMED de Lins. No dia 13 de janeiro de 2010 paciente 
apresentou quadro de trombose. Teve alta hospitalar dia 08 de fevereiro de 
2010. O dia 22 de fevereiro de 2010 deu inicio no tratamento na Clínica de 
Reabilitação Física Dom Bosco, com duração em média de 1 a 2 horas por dia, 
finalizando em junho de 2010. 
 
 
4.3.1 Reabilitação 
 
 
Pós-operatório imediato: posicionamento do paciente com o quadril 
abduzido e levemente fletido, e mobilização ativo-assistido de joelho. 
Realizados também exercícios respiratórios associados com membros 
superiores. 
2º P.O: Foram realizados: 
- Alongamentos de quadríceps. 
- Alongamento de isquiotibiais. 
- Alongamento de tríceps surais. 
- Exercícios ativo-assistidos de flexão de quadril até 90º. 
- Exercícios ativo-assistidos de abdução de quadril. 
- Exercícios ativos de flexão de joelho. 
- Exercícios ativos de extensão de joelho. 
- Exercícios calistênicos de tornozelo e pé. 
 
2º mês: Inicia-se o trabalho fisioterapêutico na clínica. Paciente 
apresentava goniometria de: 8º de extensão, 98º de flexão, 24º de abdução e 
 rotação medial de 34º. Paciente deambulava com auxílio de andador. 
63 
 
Cinesioterapia: 
- Alongamentos de quadríceps. 
- Alongamento de isquiotibiais. 
- Alongamento de tríceps surais. 
- Alongamento de adutores. 
- Alongamentos de glúteos. 
- Alongamento de dorsoflexores e flexores plantares. 
- Exercícios ativos de flexão de quadril. 
- Exercícios ativos de abdução de quadril. 
- Exercícios ativos de extensão de quadril. 
- Exercícios ativos de flexão de joelho. 
- Exercícios ativos de extensão de joelho. 
Os exercícios ativos foram realizados com auxílio da bola suíça, tábua 
de quadríceps, overball e espelhos. 
- Treino de marcha nas barras paralelas com e sem obstáculos, com 
descarga parcial de peso. 
Hidroterapia: 
- Alongamento global de membros inferiores. 
- Exercícios ativos de flexo/extenso/abdução de quadril. 
- Exercícios de flexo/extensão de joelho. 
- Exercícios dinâmicos no step. 
- Caminhadas de frente, laterais e para trás. 
- Relaxamento. 
 
3º mês: Foi autorizada a retirada do andador do paciente. Nesta data ele 
apresentava goniometria de: 18º de extensão, 100º de flexão, 42º de abdução 
e 25º de rotação medial. 
Cinesioterapia: 
- Alongamentos de quadríceps, isquiotibiais, tríceps surais, adutores, 
glúteos, dorsoflexores e flexores plantares. 
- Exercícios resistidos de flexo/extenso/abdução de quadril. 
- Exercícios resistidos de flexo/extensão de joelho. 
- Exercícios resistidos de dorsoflexão e flexão plantar. 
64 
 
A resistência foi aplicada não só manualmente, como por tornozeleiras e 
thera band. Iniciou-se o fortalecimento com tornozeleiras de meio quilo. 
- Treino de marcha nas barras paralelas, rampa e escada, com e sem 
obstáculos, de frente, de lado e de ré. 
- Exercícios de agachamento utilizando a bola suíça, com ou sem auxílio 
da overball, fazendo ou não flexão plantar. 
- Bicicleta estacionária com resistência. 
Hidroterapia: 
- Alongamento global de membros inferiores. 
- Exercícios ativos de flexo/extenso/abdução de quadril com 
tornozeleiras flutuadoras. 
- Exercícios de flexo/extensão de joelho com tornozeleiras flutuadoras. 
- Exercícios dinâmicos no step com tornozeleiras flutuadoras. 
- Caminhadas de frente, laterais e para trás. 
- Minitrote. 
- Legg-press. 
- Agachamentos. 
- Relaxamento. 
 
4º mês: Nesta data o paciente apresentava goniometria de: 20º de 
extensão, 110º de flexão, 45º de abdução e 25º de rotação medial. O trabalho 
de fortalecimento foi intesificado com o aumento progressivo de resistência. 
Cinesioterapia: 
- Alongamentos de quadríceps, isquiotibiais, tríceps surais, adutores, 
glúteos, dorsoflexores e flexores plantares. 
- Exercícios resistidos de flexo/extenso/abdução de quadril. 
- Exercícios resistidos de flexo/extensão de joelho. 
- Exercícios resistidos de dorsoflexão e flexão plantar. 
A resistência, neste estágio, era aplicada por tornozeleiras de 1,5Kg. 
- Treino de marcha passou a incluir terrenos instáveis. 
- Exercícios de agachamento utilizando a bola suíça, com ou sem 
auxílio da overball, fazendo ou não flexão plantar. 
- Bicicleta estacionária com resistência. 
- Propriocepção na cama elástica e balanço bipodal. 
65 
 
Hidroterapia: 
- Alongamento global de membros inferiores. 
- Exercícios ativos de flexo/extenso/abdução de quadril com flutuadores 
no tornozelo. 
- Exercícios de flexo/extensão de joelho com flutuadores no tornozelo. 
- Exercíciosdinâmicos no step com flutuadores no tornozelo. 
- Caminhadas de frente, laterais e para trás. 
- Minitrote. 
- Pedaladas. 
- Movimentos de tesoura sem cruzar as pernas. 
- Miniagachamentos. 
- Relaxamento. 
 
5º mês: Finalização do tratamento. Paciente apresenta prova de função 
muscular de grau bom e amplitude de movimento normal. 
Cinesioterapia: 
- Alongamentos de quadríceps, isquiotibiais, tríceps surais, adutores, 
glúteos, dorsoflexores e flexores plantares. 
- Exercícios resistidos de flexo/extenso/abdução de quadril. 
- Exercícios resistidos de flexo/extensão de joelho. 
- Exercícios resistidos de dorsoflexão e flexão plantar. 
A resistência, neste estágio, era aplicada por tornozeleiras de 3k. 
- Exercícios de agachamento utilizando a bola suíça, com auxílio da 
overball, fazendo flexão plantar. 
- Bicicleta estacionária com resistência. 
- Propriocepção na cama elástica e balanço unipodal. 
- Corridas com parada brusca, corrida carioca e polichinelos. 
Hidroterapia: 
- Alongamento global de membros inferiores. 
- Exercícios ativos de flexo/extenso/abdução de quadril com flutuadores 
no tornozelo. 
- Exercícios de flexo/extensão de joelho com flutuadores no tornozelo. 
- Exercícios dinâmicos no step com flutuadores no tornozelo. 
- Caminhadas de frente, laterais e para trás. 
66 
 
- Corridas resistidas por flutuadores. 
- Legg-press 
- Agachamentos. 
- Saltos. 
- Relaxamento. 
 
 
4.4 Depoimentos 
 
 
4.4.1 Depoimento do Fisioterapeuta A 
 
 
Fisioterapeuta, gênero masculino, 60 anos. Eis o seu depoimento: 
 A função do fisioterapêuta para 
pacientes com artroplastia de quadril, é 
auxiliar na reabilitação do processo de 
marcha e AVDs com exercícios para cada 
grupo muscular deficitário (na maioria os 
da cintura pélvica). Eu não sigo um 
protocolo específico, pois o trabalho varia 
de acordo com o déficit do paciente. E eu 
participaria sim de uma nova pesquisa se 
caso fosse necessário. 
(FISIOTERAPEUTA, 60 ANOS) 
 
 
4.4.2 Depoimento do Fisioterapeuta B 
 
Fisioterapeuta, gênero masculino, 40 anos. Eis o seu depoimento: 
O acompanhamento fisioterapêutico, vai 
ser de extrema importância, para a fase 
de reabilitação do paciente. Todos os 
exercícios e/ou recursos utilizados, 
67 
 
auxiliam o paciente em cada fase para o 
ganho de ADM, realização da marcha, 
ganho de força, propiocepção, ou seja, 
todas as fases que deverão fazer parte da 
reabilitação. Atualmente não sigo nenhum 
protocolo de tratamento, porém utilizo de 
recursos cinesioterápicos, hidroterápicos 
e eletroterápicos, sendo estes utilizados 
adequadamente de acordo com a fase em 
que o paciente se encontra. E se fosse 
necessário participaria de nova pesquisa 
sobre o assunto. 
(FISIOTERAPEUTA, 40 ANOS) 
 
 
4.4.3 Depoimento do Fisioterapeuta C 
 
Fisioterapeuta, gênero masculino, 35 anos. Eis o seu depoimento: 
É de grande importância o 
acompanhamento fisioterapeutico para 
pacientes com artroplastia de quadril, não 
só para a marcha, como também para 
equilíbrio, coordenação, fortalecimento, e 
principalmente para o retorno para as 
AVDs. Normalmente faz-se uso da 
hidroterapia, eletrotermoterapia, e 
principalmente da cinesioterapia, 
adequando as etapas do tratamento. E 
caso fosse necessário participaria de 
nova pesquisa. 
(FISIOTERAPEUTA, 35 ANOS) 
 
 
4.4.4 Depoimento do Paciente 
68 
 
Paciente gênero masculino, 56 anos de idade, carteiro. Eis seu 
depoimento: 
Todos os objetivos pessoais foram 
alcançados durante o processo de 
reabilitação. Não encontrei nenhuma 
dificuldade durante esse tempo. A 
fisioterapia foi muito importante para que 
eu retornasse as minhas atividades e ao 
meu estilo de vida anterior à cirurgia. 
Acreditava que em apenas três meses eu 
teria condições para retornar às minhas 
atividades. E posso dizer que a cirurgia foi 
de grande importância, pois somente com 
a fisioterapia não teria chego a esse nível 
de desempenho. 
(PACIENTE, 56 ANOS) 
 
 
4.5 Discussão 
 
 
De acordo com Magee (2002) a articulação do quadril é formada 
pelo acetábulo e pela cabeça do fêmur. Esta articulação possui uma 
musculatura muito forte, uma cápsula bastante resistente e importantes 
ligamentos, que juntos, controlam e estabilizam o quadril e seus 
movimentos. 
 Para Camargo et al (2004), inúmeras são as doenças que podem 
acometer o quadril. A principal delas é a osteoartrose. Com o processo 
de envelhecimento de um individuo, há um desgaste da cartilagem 
articular. Ocorre, às vezes, um desgaste tamanho que acaba 
fragmentando a cápsula e expondo o osso subcondral. Assim, não há 
mais a absorção do impacto e a articulação fica vulnerável a qualquer 
atrito. Isso desencadeia o principal sintoma da artrose: a dor. 
69 
 
 O mecanismo que lesionou a articulação do referido paciente foi a 
osteoartrose, devido à profissão de carteiro, houve uma sobrecarga na 
articulação do quadril. 
 Segundo Urso et al (2010), a artroplastia de quadril visa restaurar 
a mobilidade articular e as estruturas que controlam esta articulação. 
Mas o principal objetivo é o alívio da dor. 
 Moretti e Pizani (2004) declaram que há dois tipos de artroplastia 
de quadril. A artroplastia total, onde as superfícies articulares do 
acetábulo e do fêmur são substituídas por prótese, e artroplastia parcial, 
quando a substituição só ocorre com um dos componentes. Inúmeros 
são os tipos de próteses. A eleição de uma ou outra dependerá da idade 
do paciente, da qualidade do osso que irá receber a prótese e da 
experiência do cirurgião. Há também uma diferenciação pelo uso ou não 
uso de cimento cirúrgico para ancorar a prótese femoral. 
 No referido estudo, o paciente foi submetido a artroplastia total do 
quadril com o uso de cimento cirúrgico. 
 Para Moretti e Pizani (2004) algumas complicações podem surgir 
após a cirurgia. Tais como: infecção, trombose, afrouxamento, luxação, 
desgaste ou até quebra da prótese. 
 O referido paciente, cinco dias após ter sido submetido a 
artroplastia total de quadril, apresentou Trombose Venosa Profunda 
(TVP). Para reverter este quadro os médicos ministraram 
anticoagulantes. Foram realizados exercícios que favorecem o retorno 
venoso. 
 Segundo Ribeiro et al (2008), o tratamento fisioterapeutico 
começa imediatamente após a cirurgia, com o posicionamento correto 
do paciente. Inicia-se a movimentação leve do quadril operado, evitando 
os movimentos de adução e flexão maior que 90º, pois esses 
movimentos favorecem a luxação da prótese. O tratamento evolui com o 
aumento progressivo dos movimentos e treino de marcha com andador 
ou muletas até que seja permitido o total apoio de peso por volta de seis 
semanas. 
70 
 
 Kisner e Colby (2006) descrevem alguns estudos que mostram 
que a fisioterapia promove melhor e mais rápido retorno do paciente às 
suas atividades. 
 No referido estudo, o paciente teve acompanhamento 
fisioterapeutico desde o primeiro dia após a cirurgia. Iniciou-se com 
alongamentos e exercícios leves enquanto permaneceu no hospital. Ao ter alta 
hospitalar, os exercícios foram aumentando gradativamente e introduziu-se ao 
tratamento a hidroterapia. O paciente foi reabilitado em aproximadamente 4 
meses após a cirurgia e logo retornou às suas atividades profissionais. 
 
 
4.6 Parecer Final 
 
 
Ao longo desta pesquisa concluímos que é de suma importância o 
tratamento fisioterapêutico no pós-operatório de artroplastia de quadril. A 
aplicação de variadas técnicas promove uma satisfatória reabilitação,minimizando e prevenindo possíveis complicações, implicando assim, no 
resultado almejado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO 
 
 
Sendo o quadril a articulação que suporta maior peso do corpo, é 
comum que haja um desgaste natural. Nos casos em que a coxartrose 
incapacita o paciente, e se faz necessária então a artroplastia de quadril, 
a fisioterapia deve estar presente. 
No tratamento fisioterapeutico enfatiza-se a mobilização precoce 
e a orientação correta sobre o posicionamento. A reabilitação inclui 
desde fortalecimento e deambulação precoce através da cinesioterapia e 
da hidroterapia. 
Para que o tratamento seja efetivo, é necessário que se faça 
periodicamente uma avaliação das capacidades do paciente para que 
não haja acomodação do quadro. 
Propõe-se a prescrição de um protocolo para artroplastia total de 
quadril, esclarecendo a importância de sua colaboração para adquirir o 
resultado esperado, e ainda, que futuros estudos sejam feitos com o 
objetivo de elaborar melhores condições deste às suas atividades, com o 
menor tempo e o mínimo de incapacidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
72 
 
CONCLUSÃO 
 
 
Constatou-se com essa pesquisa que a reabilitação do paciente 
que se submeteu a artroplastia de quadril deve ser adaptada de acordo 
com as necessidades do paciente. A utilização da hidroterapia minimiza 
os efeitos gravitacionais e promove, assim, mais rápido controle 
muscular, além de permitir precoce descarga de peso no membro 
lesionado, permitindo avançar com o tratamento. 
Ambos os profissionais acreditam que o tratamento precoce e o 
acompanhamento de um profissional capacitado são de fundamental 
importância para bons resultados pós-cirurgicos. 
 
73 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
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ed. São Paulo: Manole, 2006. 
 
 
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Brasileira de Ortopedia. Rio de Janeiro: Redprint, v. 38, n. 11/12, p. 649-650, 
nov/dez 2003. 
 
 
CAMARGO, O. P. A. et al. Ortopedia e traumatologia: Conceitos básicos; 
diagnóstico e tratamento. São Paulo: Roca, 2004. 
 
 
DELIBERATO, P.C.P. Exercícios terapêuticos: guia teórico para estudantes e 
profissionais. São Paulo: Manole, 2007. 
 
 
FERNANDES, A. et al. Cinesiologia do alongamento. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Sprint, 2002. 
 
 
GABRIEL, M.R.S.; PETIT, J.D.; CARRIE, M.L.S. Fisioterapia em 
traumatologia, ortopedia e reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. 
 
 
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercício Terapêutico: fundamentos e técnicas. 4. 
ed. São Paulo: Manole, 2006. 
 
 
KONIN, J.G. Cinesiologia prática para fisioterapêutas. Rio de Janeiro: Lab, 
2006. 
 
 
KOURY, J.M. Programa de fisioterapia aquática: um guia para a reabilitação 
ortopédica. São Paulo: Manole, 2000. 
 
 
MACEDO, C.A.S. et al. Avaliação cintilográfica da artroplastia total não 
cimentada de quadril. Revista brasileira de ortopedia. Rio de Janeiro: 
Redprint, v. 38, n. 7, p. 392, jul 2003. 
 
 
MAGEE, D.J. Avaliação musculoesquelética. 4. ed. São Paulo: Manole, 
2002. 
 
74 
 
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009. 
 
 
MCARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício: energia, 
nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2003. 
 
 
MORETTI, A. B.; PIZANI, B. Fisioterapia na artroplastia de quadril. 2004. 
TCC (Pós Graduação em Fisioterapia) – Faculdades Salesianas de Lins, Lins. 
 
 
PUTZ, P.; PABST, P. Sobotta: atlas de anatomia humana – troncos, vísceras e 
extremidade inferior. Tradução Wilma Lins Werneck. 22. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2006. 
 
 
RIBEIRO, R. et al. Fisioterapia em artroplastia de quadril. Revista ciência 
online, Rio de Janeiro, 10.set.2010. Disponível em: <http://www. 
revistacienciaonline.com.br/> Acesso em: 10 set. 2010. 
 
 
STARKEY, C.; RYAN, J. Avaliação de lesões ortopédicas e esportivas, São 
Paulo: Manole, 2001. 
 
 
URSO, G. O. et al. Abordagem fisioterapêutica em diferentes tipos de 
artroplastia de quadril. Fisioterapia Brasil. São Paulo: Atlântica, ano 11, n. 1, 
p. 49, jan/fev 2010. 
 
 
WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L.; Fisiologia do esporte e do exercício. 2. ed. 
São Paulo: Manole, 2001. 
 
 
 
75 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
 
APÊNDICE A - ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Demonstrar a evolução clínica do paciente que realizou a cirurgia de 
artroplastia total de quadril, descrevendo as técnicas mais usadas na 
reabilitação e verificar possíveis complicações decorrentes do pós-operatório e 
da inatividade da articulação do quadril. 
 
 
2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO 
ESTUDADO 
 
I. Método empregado: relato de um caso. 
II. Depoimento dos profissionais (Fisioterapeutas). 
 
 
3 DISCUSSÃO 
 
 Confronto e análise entre teoria e prática utilizada nos casos. 
 
 
4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE 
MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
 
APÊNDICE B - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA O FISIOTERAPÊUTA 
 
 
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
Idade:....................................................Gênero:.................................................... 
Cidade:....................................................................Estado:.................................. 
Formação:.............................................................................................................. 
Experiências Profissionais:.................................................................................... 
Experiência Atual:.................................................................................................. 
 
 
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 
1) Qual a importância do acompanhamento fisioterapêutico para pacientes com 
artroplastia de quadril? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
2) Você segue algum protocolo de tratamento para esses casos? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
3) Você incluiria hidroterapia no tratamento de pacientes que se submeteram a 
artroplastia de quadril? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
4) Qual procedimento você julga indispensável no tratamento desses 
pacientes? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
 
 
78 
 
APÊNDICE C - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA O PACIENTE 
 
 
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
Idade:....................................................Gênero:.................................................... 
Cidade:....................................................................Estado:.................................. 
Profissão:............................................................................................................... 
 
 
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 
1) Quais objetivos pessoais foram alcançados durante o processo de 
reabilitação física? 
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
 
2) Quais as queixas e dificuldades mais comuns durante o tratamento 
fisioterpêutico? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
 
3) A fisioterapia foi muito importante para você retornar às atividades 
cotidianas e ao mesmo estilo de vida anterior à lesão? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
 
4) Qual a perspectiva durante o tempo necessário,ou seja, quanto tempo você 
acreditava que poderia obter condições articulares e musculares para não 
precisar mais da fisioterapia e voltar às suas atividades? 
79 
 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
5) A cirurgia foi importante para restaurar a estabilidade articular? Ou apenas 
com a fisioterapia você retornaria ao mesmo nível de desempenho antes da 
lesão? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80 
 
APÊNDICE D - ROTEIRO DE AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
 
 
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
Idade:....................................................Gênero:.................................................... 
Cidade:....................................................................Estado:.................................. 
Profissão:............................................................................................................... 
 
II AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
1) Hipótese Diagnóstica: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
2) História Pregressa: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
3) Dados Clínicos: 
Tempo de Imobilização (dias): _______________________________________ 
RX: ____________________________________________________________ 
Antecedentes Cirúrgicos: ___________________________________________ 
Medicamentos: ___________________________________________________ 
Patologias Concomitantes: _________________________________________ 
História da Moléstia Atual: __________________________________________ 
 
4) Exame Físico: 
Inspeção: a. Volume Muscular: Hipotrófico ( ) 
 Hipertrófico ( ) 
 Normal ( ) 
b. Volume Articular:_____________________________________ 
 
Deformidades: 
 a. Tórax: Tonel ( ) Pombo ( ) 
 Escavado ( ) Sapateiro ( ) 
81 
 
b. Coluna: ( ) Cifose Torácica 
 ( ) Hiperlordose Lombar 
 ( )Hiperlordose Cervical 
 ( ) Retificação da Lordose Lombar 
 ( ) Retificação da Lordose Cervical 
 ( ) Escoliose em C 
 ( ) Escoliose em S 
 
c. Mão: ( ) Lesão Nervosa Mediano 
 ( ) Ulnar 
 ( ) Radial 
 ( ) Desvio Ulnar 
 ( ) Desvio Radial 
 
d. Cintura Pélvica: ( ) Báscula 
 ( ) Anteversão 
 ( ) Retroversão 
 
e. Joelho: ( ) Varo 
 ( ) Valgo 
 ( ) Recurvatum 
 ( ) Flexo 
 
f. Tíbia: ( ) Vara 
 ( ) Valga 
 ( ) Torção Tibial 
 
g. Pés: ( ) Valgo 
 ( ) Varo 
 ( ) Plano 
 ( ) Cavo 
 ( ) Eqüino 
5) Alterações durante a 
Marcha:_________________________________________________________ 
82 
 
6) Palpação: 
Palpação Muscular:_______________________________________________ 
Palpação Articular:________________________________________________ 
Palpação Óssea:__________________________________________________ 
 
7) Alterações da Pele: 
Coloração da Pele: ( ) Alterada ( ) Inalterada 
Integridade Anatômica: ( ) Alterada ( ) Inalterada 
Temperatura da Pele: ( ) Alterada ( ) Inalterada 
 
8) Outros: 
Pontos Dolorosos: ( ) Presentes ( ) Ausentes 
Espasmo Muscular: ( ) Presentes ( ) Ausentes 
Tônus Muscular: ( ) Normal ( ) Hipotônico ( ) Hipertônico 
 
9) Exame Funcional: 
a. Exame Articular: 
Limitações?______________________________________________________
Goniometria:_____________________________________________________ 
 
b. Exame Muscular: 
Perimetria: Direita Acima:________________________________ 
 Direita Abaixo:________________________________ 
 Esquerda Acima:______________________________ 
 Esquerda Abaixo:_____________________________ 
 
Força Muscular: ( ) Zero 
 ( ) Traço 
 ( ) Precário 
 ( ) Regular 
 ( ) Bom 
 
10) Comentários: 
_______________________________________________________________
83 
 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
11) Tratamento: 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
84 
 
APÊNDICE E - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E INFORMADO 
 
 
Tendo sido satisfatoriamente informado sobre o trabalho de pesquisa intitulado: 
Fisioterapia na Artroplastia de Quadril: Relato de um Caso, realizado sob a 
responsabilidade de Leticia Didomenico e Mayra Battistini Paes, eu 
________________________________________________________, portador 
do documento de identificação ___________________________ concordo em 
participar do mesmo. Fui esclarecido de que deverei responder a 
questionamentos relacionados à minha saúde física e que serei submetido a 
tratamento prescrito e orientado por elas. Estou ciente de que Leticia 
Didomenico e Mayra Battistini Paes estarão disponíveis para responder a 
quaisquer perguntas e de que posso retirar este meu consentimento a qualquer 
tempo, sem prejuízo de cuidados paramédicos. Caso não me sinta atendido, 
poderei entrar em contato com o orientador (a) do trabalho de monografia. 
 
 Lins, ___ de __________________ de 2010 
 
 
 
 __________________________________________________ 
 Assinatura 
 
 
Pesquisadores: Leticia Didomenico 
 Rua Piauí, 375, fone: 8101-4332 
 
 Mayra Battistini Paes 
 Rua Liberdade, 57, fone: 011 8708-2698 
 
Orientadora: Ana Claudia de Souza Costa 
 Rua 9 de julho, 1010, fone: 9125-2231

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