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2 NP PSICOLOGIADA NUTRIÇAO

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Psicologia da Nutrição 
Autopercepção da imagem corporal entre estudantes de nutrição: um estudo no município do Rio de Janeiro
Professora: Ângela Cardoso 
Alunos: Francisca Fabíola Teixeira 
 Gisella Samara de Alcantra 
 Glauber Jean Chaves dos Santos
 Michelle Rocha 
 Michele Araújo 
 Thalita Bezerra
Fortaleza/2012
INTRODUÇÃO
Imagem corporal é definida como a imagem que se tem na mente sobre o tamanho e a forma do próprio corpo, incluindo sentimentos em relação a essas características e as partes constituintes do corpo. Pode-se dividir a imagem corporal em dois componentes: o perceptivo – refere-se à imagem que e construída na mente – e o atitudinal – diz respeito aos sentimentos, pensamentos e ações em relação à imagem do corpo (Garner; Garfinkel, 1979).
 Segundo Cordás, 1994 , a imagem corporal é a figura de nosso próprio corpo que formamos em nossa mente, ou seja, o modo pelo qual o corpo se apresenta para nós mesmos ou como o vivenciamos. Porém, aplicando a teoria de Jean Baudrillard, um intelectual francês pós-moderno, dos campos da sociologia, filosofia e comunicação, que afirma que vivemos em um mundo que se tornou falso, inautêntico. Pode-se afirmar, em relação ao corpo, que a imagem que a pessoa tem ou cria em seu corpo passa a ser muito mais real que o próprio corpo em si (Philippi; Alvarenga, 2006, p.14). Já para Slade 1988, o termo imagem corporal refere-se a uma ilustração, que se tem na mente, de tamanho, imagem e forma do corpo, expressando também sentimentos relacionados a essas características, bem como as partes que o constituem.
 Entender a transição e o papel do corpo na atualidade é tarefa complicada. Objeto de estudo da psicologia, psiquiatria, antropologia, sociologia, educação física e da nutrição, leva a discussões profundas e complexas (Philippi; Alvarenga, 2006).
 A partir de então surgem os seguintes questionamentos sobre o que é beleza? O que se faz para ser considerado belo? O que a cultura, politica, economia e sociedade tem influencia sobre essa questão?
 Baudrillard (1991) afirma que a beleza se revela como signo de eleição do corpo, assim como o êxito no plano dos negócios. O autor diz que a beleza constitui um imperativo tão absoluto pelo simples fato de ser uma forma do capital: a ética da beleza reduz todos os valores concretos do corpo ( energético, gestual e sexual) a um valor de permuta funcional.
 Com a mudança sobre o conceito de beleza e corpo ideal, no decorrer dos séculos seguintes, e que segundo Reiss, (1993) O homem atual mudou seus conceito de beleza; passando a valorizar um corpo cada vez mais esbelto, atlético, musculoso, ao contrário dos corpos voluptuosos e cheios de curvas percebidos nas pinturas renascentistas dos séculos passados. Portanto, segundo Almeida (2005) a insatisfação com o corpo tem sido frequentemente associada á discrepância entre percepção e desejo relativo a um tamanho e a uma forma corporal.
 As mulheres jovens, por serem mais vulneráveis ás pressões dos padrões socioculturais, econômicos e estéticos, constituem um grupo de maior risco para desenvolver distúrbios alimentares. Esses transtornos apresentam múltiplas causas, incluindo fatores genéticos, ambientais e comportamentais, caracterizando-se, portanto, como problema sócio-sanitário (Oliveira et al., 2003; Cordás, Castilho, 1994). Dentre os transtornos alimentares os mais frequentes e estudados é a anorexia e a bulimia. Os mesmos autores afirmam que pessoas com anorexia e bulimia nervosa têm em comum uma preocupação excessiva com peso e dieta, apresentando insatisfação e distorção de sua imagem corporal. Em contrapartida, em relação a mulher, Baudrillard (1991) afirma que mulher e corpo partilham de serviram e relegação ao longo da história ocidental, e á medida que ela se libertou, cada vez mais confundiu-se com o próprio corpo. 
 Em suma, foi estudado a partir de um artigo ancora, o grau de distorção da imagem corporal presentes em jovem acadêmicas do curso de nutrição no município do Rio de Janeiro, e analisado o grau de insatisfação que as mesmas apresentavam com seu corpo, e o porque de tal insatisfação. O que tornou essa análise mais intrigante é o fato de que, essas jovens, no decorrer de sua formação acadêmica, estarão cientes dos limites estabelecidos a cada biótipo e a importância de se praticar hábitos alimentares saudáveis para a saúde, e a pergunta que gira em torno dessa questão é: será que profissionais que apresentam esse tipo de comportamento em relação ao alimento e ao seu corpo poderiam aplicar o conceito de alimentação saudável ao seus pacientes, de forma coerente com que aprenderam no decorrer do curso, tendo em vista que estes profissionais não aplicam esse conceito em seu cotidiano? Ou será que no decorrer no curso esses futuros profissionais poderam tomar ciência do que é saudável para si e apresentar uma melhora em relação ao que diz respeito a sua imagem corporal?
DESENVOLVIMENTO
 Ao longo do tempo o conceito de corpo saudável ou bonito tem sofrido transformações. Até o início do século XX, a mulher era desejada quando tinha o corpo roliço, devido à deposição de gorduras em quadris, coxas, barriga e mamas. Na época pré-industrial, os períodos de carência alimentar eram frequentes e a mulher de peso excessivo simbolizava uma mulher forte, com energia suficiente para enfrentar esses períodos conturbados e proteger sua família. Ao longo do século XX e, sobretudo, a partir da década de 1960, esse ideário vem se modificando: inicia-se a busca pelo corpo magro, atlético e por formas definidas que passam a constituir mesmo objeto de consumo, tendo em vista a oferta de produtos e serviços em um mercado que cresce a cada dia (Bosi et all, 2006). 
O culto ao corpo está diretamente associado à imagem de poder, beleza e mobilidade social, sendo crescente a insatisfação das pessoas com a própria aparência. Enquanto nosso estilo de vida alicerçado nos avanços tecnológicos está contribuindo para a diminuição dos níveis de atividade física laborais e de lazer, fenômeno associado ao aumento do consumo de alimentos hipercalóricos, os padrões de beleza exigem perfis antropométricos cada vez mais magros (Bosi et all, 2006).
Os transtornos alimentares têm inicio marcado por restrição dietética progressiva com a eliminação de alimentos considerados “engordantes” como as fontes de carboidratos. Gradativamente, as pacientes passam a viver exclusivamente em função da dieta, da comida, do peso e da forma corporal, restringindo seu campo de interesses e levando ao gradativo isolamento social. (Appolinário et al, 2000).
Segundo Bosi et all,2006 desenvolve-se um projeto no âmbito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no período 2003-2004, abrangendo diferentes cursos de graduação: nutrição, medicina, psicologia, educação física, letras e engenharia, de modo a possibilitar um contraste de gênero e de inserção na área da saúde. O estudo faz parte de um o projeto de pesquisa Comportamentos Alimentares Anormais e Práticas Inadequadas de Controle de Peso entre Estudantes Universitários. Este foi um estudo o transversal.
 A amostra inicial foi de 220 universitários, havendo a exclusão de 27 homens, pois representavam um número pequeno no curso, então finalizando a amostra de 193 alunas, com faixa etária de 17 aos 32 anos. O instrumento utilizado para a coleta de dados, foi o BSQ (Bosi et al, 2006), que indica a presença de padrões alimentares anormais e fornece um índice de gravidade de preocupações típicas de pacientes com transtorno alimentar, particularmente intenção de emagrecer e medo de ganhar peso. O questionário, isolado, não possui poder de diagnóstico, mas serve para a triagem de novos casos e, de certo modo, para a avaliação da gravidade dos sintomas alimentares. (Cordás et al, 2002). As categorias do BSQ são de acordo com o somatório de pontos do questionário:nenhuma: menor ou igual a 80; leve: entre 81 e 110; moderada: entre 111 e 140; grave: maior ou igual a 140 (Bosi et al, 2006).
 Juntamente a aplicação do BSQ foi solicitada que às estudantes informasse seu peso e altura, bem como peso e altura desejado. Onde foi calculado o índice de massa corporal (IMC), adotando-se a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) (Bosi et al, 2006).
 Foram consideradas sedentárias as estudantes que deram resposta negativa quanto à prática de atividade física, representando 45,6% (Bosi et al, 2006). Segundo Kirsten et al, 2009, foram avaliadas 186 alunas do 1º ao 8º semestre do curso de Nutrição de uma faculdade particular do Centro do Estado do Rio Grande do Sul. Verificou-se que as entrevistadas, em sua maioria, apresentavam entre 21 e 25 anos. Pode-se observar que, quando analisada a prática de atividade física, 57% das estudantes suscetíveis a transtornos alimentares (EAT+) e 47% das não suscetíveis realizavam algum tipo de atividade física durante a semana. Quando analisados a prática de atividade física das entrevistadas e os sintomas de TA, as estudantes que mais referiram realizar atividade física (quatro ou mais vezes na semana) apresentaram mais sintomas associados com TA (37,0%), quando comparadas com as que realizam até três vezes na semana (24,6%) e com as meninas que não realizam atividade física (21,3%).
 As medidas antropométricas informadas (atual) pelas alunas tiveram uma média de altura 163,6 cm e média de peso informado 55,8kg. A média do IMC 20,8 kg/m², sendo considerado adequado (Bosi et al, 2006). O que corrobora outros resultados da literatura, segundo Penz R.L. et al, 2008, foram avaliadas 203 alunas do Curso de Nutrição, através do teste de atitude alimentar (EAT-26), onde a idade mínima 18 anos e a máxima 52 anos. A média do IMC encontrada foi de 20,8 kg/m². Os dados de idade, peso e estatura foram auto-referidos. Quando calculado o IMC, com base no peso desejado, o valor encontrado foi 20,1kg/m², sendo inferior a o IMC calculado com o peso atual. Com a altura ideal foi encontrado a média de 166,3 cm, representando o número maior que a altura atual (Bosi et al, 2006).
Foi estimada a satisfação com o peso, através da diferença entre o peso informado e desejado, tendo sido constatada uma diferença de 2 kg (Bosi et al, 2006). 
 A média de pontos do BSQ entre as estudantes foi 81,2 correspondendo à preocupação leve com a autoimagem corporal. Observou- se que 59,6% das estudantes não apresentavam alterações da auto-imagem corporal, enquanto 6,2% possuíam distorção grave (Bosi et al, 2006). Em estudo semelhante os resultados foram parecidos onde foi encontrado que 60% das alunas não apresentam insatisfação corporal enquanto 24% apresentam insatisfação leve, 8% moderada e 8% grave (Cruz et al, 2011). Em estudo comparando-se os valores encontrados com relação ao BSQ entre os cursos de Nutrição, Educação Física, Publicidade e propaganda e Administração de empresas, foram ligeiramente menores que os demais estudos, representando 42 %, 35%, 47% e 35% sem distorção (Laus et al, 2009). Em relação aos dados obtidos tanto as universitárias que apresentaram resultado do BSQ normal/leve como as com resultado moderado/grave eram eutróficas, representando respectivamente 91,7% e 82,9% (Bosi et al, 2006). 
 Segundo Laus, 2009, comparou 127 alunas dos cursos de Nutrição, Educação Física, Publicidade e Propaganda e Administração de Empresas, na faixa etária que variava de 18 a 22 anos. Aplicou-se o Eating Attitudes Test (EAT-26) para avaliar o comportamento alimentar e o Body Shape Questionnaire (BSQ) que avalia a imagem corporal.
 Os resultados encontrados na análise do EAT-26 mostram uma alta prevalência de positividade, entre os cursos de Nutrição e Educação Física que representava 50 % e 24% respectivamente. Em relação aos cursos de publicidade e propaganda e administração de empresas os valores encontrados foram de 13 % e 18% (Laus et al, 2009). Segundo Penz et al, 2008, de acordo com EAT-26, 35% das mulheres estudadas apresentavam risco de desenvolvimento de transtornos alimentares, embora 75,8% fossem eutróficas, 4,9% estavam em pré-obesidade e 0,5% estava com obesidade. Esses dados tem uma alta relação a outros estudos como de Kirsten et al, 2009, quando analisados os sintomas para o desenvolvimento de TA pelo EAT-26, 24,7% das estudantes de nutrição apresentaram sintomas de transtornos alimentares (EAT+). O estado nutricional, avaliado pelo IMC, demonstrou que 85,5% da amostra apresentaram eutrofia, 8,5% risco de desnutrição e 6,0% das alunas possuíam algum nível de sobrepeso e/ou obesidade.
Uma pesquisa realizada por Fernandes et al, 2007 entre estudantes do primeiro ano dos cursos de Nutrição e Enfermagem. A amostra foi composta por 216 alunas sendo, 85 (39,35%) eram estudantes do curso de nutrição e 131 (60,65%) estudantes do curso de enfermagem. Foram utilizados para esta pesquisa dois questionários, para avaliar a presença de sintomas relacionados a transtornos alimentares: Teste de Atitudes Alimentares (EAT 26) e Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo (BITE). Comparando a prevalência de EAT + entre as alunas do curso de enfermagem e nutrição verificou se uma diferença significativa, sendo que as alunas de nutrição apresentaram um maior percentual de EAT + (32,94%) em relação às alunas de enfermagem (17,55%). Na avaliação da bulimia nervosa o BITE revelou que 30,55% das estudantes possuíam comportamento alimentar não usual, indicando comportamento de risco, com uma prevalência superior para as alunas de nutrição (41,17%) contra 23,3% das alunas de enfermagem.
Ambos os transtornos (bulimia e anorexia), foram observados com maior frequência entre as alunas de nutrição que, por ser um curso no qual os apelos pela saúde e beleza são mais evidentes, propicia um ambiente mais favorável para o desenvolvimento destes transtornos (Fernandes et al, 2007).
 Provavelmente as alunas do curso de Nutrição apresentam uma preocupação exagerada com a sua forma física e está em constante contato com os alimentos, o que acaba favorecendo a obsessão por uma aparência aceitável pela sociedade (Penz et al, 2008).
Os resultados encontrados evidenciam que o ideal de corpo magro imposto pela sociedade prevalece, pois mulheres com peso adequado apresentaram insatisfação com sua imagem corporal, desejando alterá-la para se adequar aos padrões sociais. Em se tratando de futuras nutricionistas, o impacto desse achado é ainda mais relevante, tendo em vista seu papel no manejo desses quadros (Bosi et al, 2006). 
 Segundo Kirsten et al, estudantes de nutrição estão em contato constante com o alimento e acham que a boa aparência pode ser uma importante medida de valor pessoal rumo a uma profissão de sucesso. Além disso, possuem conhecimentos quantitativos a respeito dos alimentos que podem usar para se manter de acordo com os rígidos padrões estéticos vigentes. Esses fatores sugerem que futuras nutricionistas se inserem em um ambiente favorável ao desenvolvimento de transtorno alimentar.
CONCLUSÃO
 Observou-se uma grande relação entre a distorção da imagem corporal e o comportamento alimentar inadequado nos cursos da área da saúde. Isso se pode ter relação a grande exigência e pressão que esses futuros profissionais têm durante a formação acadêmica, em passar uma imagem saudável para seus futuros pacientes. Essa exigência pode desencadear uma possível susceptibilidade ao desenvolvimento de transtornos alimentares. Porem os demais cursos observados também apresentou distorção da imagem corporal, então o aparecimento de transtornos alimentares independe da área de atuação, o que ira diferenciar esse aparecimento será a forma como esses futuros profissionais lidarão com as diferentes situações de exigência e pressão. 
Foi possível perceber que grande parte das alunas estudadas era eutróficas e mesmo assim, apresentam comportamentosalimentares inadequados, principalmente aquelas que se encontram no limite superior da normalidade. Esse dado pode-se ser preocupante no caso do curso de nutrição, pois as futuras nutricionistas pretendem trabalhar em promoção da saúde, estimulando hábitos alimentares saudáveis. 
Provavelmente as alunas do curso de Nutrição apresentam uma preocupação exagerada com a sua forma física e por estarem contato com os alimentos, o que acaba favorecendo a obsessão por uma aparência aceitável pela sociedade. As futuras nutricionistas têm conhecimento das propriedades dos alimentos e há uma constante cobrança para que já coloque em prática este conhecimento. Estas acabam fazendo uso disto para atingirem seus objetivos e muitas vezes colocando sua saúde em risco. Esse conhecimento pode favorecer a criação de um ambiente mais favorável ao desenvolvimento de distúrbios alimentares.
 Não se sabe, se essas estudantes que apresentam insatisfação corporal, antes de entrar no curso de nutrição ou após adquirir conhecimentos sobre a área de atuação. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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