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PREVALÊNCIA DE ORTOREXIA NERVOSA EM ESTUDANTES DOS CURSOS DE NUTRIÇÃO E EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE Amanda Stefany de CARVALHO¹, Rafaela da Silva SOUZA² , Brunna Sullara VILELA³ ¹ Graduanda em nutrição. amandacarvalho812@gmail.com ² Graduanda em nutrição. rafaelass1918@yahoo.com ³ Professora e mestre da universidade Vale do Rio Verde. prof.brunna.vilela@unincor.edu.br Resumo A ortorexia nervosa pode ser conceituada como uma obsessão pela alimentação saudável, pessoas diagnosticadas com ON possuem um comportamento extremo em relação a alimentação. O presente estudo teve como objetivo analisar o risco para desenvolvimento de ortorexia nervosa, em estudantes dos cursos de Educação física e Nutrição, da Universidade Vale do Rio Verde, em Três Corações- MG. Tratou-se de um estudo descritivo, onde 54 acadêmicos de ambos os cursos participaram respondendo os questionários de forma virtual o primeiro ORTO-15, usado para analisar o risco para o desenvolvimento de ON, e para identificar a insatisfação com a imagem corporal, foi aplicada a escala de silhuetas. Referente ao curso de nutrição 74% das pessoas apresentaram insatisfação corporal, e 66,7% dos estudantes apresentaram risco para ortorexia, já o curso de educação física apresentou 85,19% pessoas um risco para ortorexia, e 63% pessoas apresentaram uma insatisfação corporal, O presente estudo verificou que há uma porcentagem significativa dos acadêmicos dos cursos educação física e nutrição que apresentaram risco para o desenvolvimento de ortorexia nervosa e também para uma insatisfação corporal. Diante disso a pesquisa concluiu que os indivíduos do sexo masculino mesmo apresentando uma insatisfação corporal, apresentaram um menor risco para o desenvolvimento de ortorexia nervosa. Já o sexo feminino apresentou uma maior insatisfação corporal e também um risco maior para o desenvolvimento de ortorexia. O risco em questão pode estar mais ligado diretamente ao gênero que ao grau de satisfação neste grupo amostral Palavras- Chave:. Comportamento alimentar. Imagem corporal. Ortorexia nervosa Abstract Orthorexia nervosa can be conceptualized as an obsession with healthy eating, people diagnosed with ON have an extreme behavior in relation to food. The present study aimed to analyze the risk for the development of orthorexia nervosa, in students of the Physical Education and Nutrition courses, at the Vale do Rio Verde University, in Três Corações - MG. This was a descriptive study, in which 54 academics from both courses participated by answering the questionnaires in a virtual way the first ORTO-15, was to analyze the risk of developing orthorexia nervosa, and to identify dissatisfaction with body image , the silhouette scale was applied. Regarding the nutrition course, 74% of the people had body dissatisfaction, and 66.7% of the students were at risk for orthorexia, whereas the physical education course had 85.19% people at risk for orthorexia, and 63% people had a body dissatisfaction. , The present study found that there is a significant percentage of students in the physical education and nutrition courses who were at risk for the development of orthorexia nervosa and also for body dissatisfaction. Therefore, the research concluded that male individuals, even with body dissatisfaction, presented a lower risk for the development of orthorexia nervosa. The female sex, on the other hand, presented a greater body dissatisfaction and also a greater risk for the development of orthorexia. The risk in question may be more directly linked to gender than to the degree of satisfaction in this sample group Keywords: Food Behavior. Body image. Orthorexia nervosa. INTRODUÇÃO O campo da saúde em relação a alimentação, convivem com diferentes modelos de compreensão, é quando se exagera no entendimento, a de vir processo de adoecimento, pois existem pessoas extremistas em relação a alimentação saudável e outras pessoas que o almoço é substituído por lanches, bolachas, não dando importância para alimentação cotidiana e tradicional (SAFATLE, 2011). O comportamento alimentar vai além do simples ato de ingerir um alimento apenas para satisfazer uma necessidade fisiológica do corpo, o ato de comer proporciona no ser humano uma sensação prazerosa e satisfatória (VAZ et al., 2014). A ortorexia nervosa foi descrita pela primeira vez pelo médico Steve Bratman em 1997, pode ser definida como uma obsessão pela alimentação saudável, mas ainda não foi reconhecida como um transtorno alimentar pelo DSM-V, pessoas diagnosticadas com ortorexia nervosa, têm um comportamento obsessivo em relação à alimentação, podem gastar até 3 horas escolhendo os tipos de alimentos que irão ingerir, sua origem, se há presença de conservantes, excluem alimentos processados, com a presença de sal, açúcar e gordura, pois consideram esse tipo de alimento prejudicial (SOUZA; RODRIGUES, 2014). Estudantes da área da saúde, ao entrarem na universidade, costumam ter seus hábitos alimentares e seu estilo de vida mudados, pois acabam conhecendo uma realidade diferente do habitual, gerando dúvidas e incertezas, passa por mudanças psicológicas, é quer ser socialmente aceito dentro do ambiente ingressado (REIS et al., 2014). Acadêmicos que escolhem o curso de educação física, muitas vezes são pressionados pela sociedade para terem um corpo musculoso ou magro, podendo gerar uma insatisfação da imagem corporal, como futuros profissionais, precisam ter um contentamento com a própria imagem, pois no seu dia a dia, vão lidar com muitas pessoas insatisfeitas com seu corpo (SILVA; SAENGER; PEREIRA, 2011). Muitos estudantes de nutrição, adquirem um conhecimento sobre dietas restritivas, ao qual acabam seguindo, para serem aceitos socialmente no mundo acadêmico, já estudantes do primeiro período, tende a restringir alimentos, devido ainda não ter um certo conhecimento científico, é acharem que estão seguindo uma vida saudável, com conceitos não concretos em fontes não seguras (COQUERIO, PETROSKIE e PELGRINI, 2008; FERREIRA e COLABORADORES, 2016). Há uma grande preocupação por parte dos universitários de cursos como nutrição e educação física, apresentam distúrbio de imagem corporal, e tendência para desenvolvimento de ortorexia nervosa, pois podem influenciar negativamente na prática profissional (MORAES, 2012). Buscando apurar motivos para tal desenvolvimento, o presente estudo, tem como objetivo analisar possíveis riscos de ortorexia em estudantes de educação física e nutrição da universidade Vale do Rio Verde, Três Corações. REFERENCIAL TEÓRICO Comportamentos Alimentares A preocupação com a alimentação, está cada vez mais tomando espaço no âmbito social, o comer saudável está sendo diretamente relacionado com a promoção da saúde e a prevenção de doenças, entretanto a visão do que é saudável ou o que não é saudável vem da perspectiva individual de cada pessoa, sendo influenciada por vários fatores,como cultura, religião, aspectos econômicos, crenças entre outros (MARTINS et al., 2011). A alimentação é um aspecto fundamental para a promoção de saúde, entendemos que a nutrição é de extrema importância para amenizar patologias, porém o seu excedente de cuidado também pode se tornar patológico, não podemos abordar a alimentação, de uma única forma disciplinar, pois o significado do ato de nutrir, de comer, ultrapassa o mero ato biológico, existe o lado humano (TROGRIO, GALVÃO e CYRINO, 2016; ROTENBERG et al., 2004). O comportamento alimentar, vai além do simples ato de ingerir um alimento, para satisfazer uma necessidade fisiológica do corpo, o ato de comer, proporciona no ser humano uma sensação prazerosa e satisfatória (VAZ et al., 2014). Alimentar é um ato biopsicossociocultural, que traz consigo lembranças, emoções, onde se torna um ato simbólico, essencial para a manutenção da vida, o comportamento alimentar humano reflete do estado psicológico e fisiológico do indivíduo, e a partir do momento que a pessoa perde o prazer em comer, ocorre também um grande impacto na qualidade de vida (ALVARENGA; PHILIPPI, 2004). O campo saúde em relação a alimentação, convivem com diferentes modelos de compreensão, quando se exagera no entendimento, a de vir processo de adoecimento, pois existem pessoas extremistas em relação a alimentação saudável e outras pessoas que o almoço é um pedaço de pizza, em pé, num balcão qualquer (SAFATLE, 2011). Embora informações sobre alimentação é relevante, isoladamente é insuficiente para mudar padrões e hábitos alimentares, portanto, e necessário um equilíbrio, não compensa estressar o corpo com dietas restritivas, para atingir padrões inatingíveis, mas também não devemos deixar de cuidar da saúde (DANTAS, 2011). Influências da Mídia O que atrapalha na percepção da imagem e da alimentação, por muitas vezes é a mídia, que mostra um determinado padrão de corpo as pessoas, como se todos precisassem seguir aquelas regras estabelecidas, o que não é real, pois a saúde não se resume ao formato do corpo apenas (REIS e SOARES, 2017). A mídia transmite diariamente imagens de corpos, que seguem um determinado padrão que para muitos e considerado como perfeito, e faz com que essas pessoas queiram alcançar o corpo considerado ideal a todo custo (GOULART e CARVALHO, 2018). A rede social pode ser um precursor para mudanças nos padrões alimentares, uma vez que milhares de blogs expõem diariamente imagens de refeições e alimentos que estão em alta, o que pode por muitas vezes, influenciar diretamente os usuários, que fazem uma ligação desses alimentos com o de corpos magros e esbeltos. Muitas blogueiras, se mostram aparentemente felizes, com seus corpos, comendo produtos relativamente considerados saudáveis, pessoas que não tem o mesmo tempo para se dedicar ao corpo e a alimentação, nem recursos financeiros, acabam se questionando em relação ao corpo, muitas vezes se culpam por não estar naquele determinado padrão (MAGALHÃES; BERNADES; TIENGO, 2017; GOLDENBERG, 2007; NOVAES, 2008). Muitos influenciadores digitais, acabam compartilhando informações e dicas sobre nutrição, porém essas informações costumam não ter nenhuma comprovação científica, outras pessoas acabam compartilhando e aceitando tal informações, além de muitos influenciadores não possuírem formação acadêmica em nutrição, acabam usando do marketing para promover determinados alimentos e suplementos (JACOB, 2014). As indústrias de alimentos se beneficiam da influência da mídia, para conseguirem vender seus alimentos, e manipular as pessoas de acordo com seus interesses, por muitas vezes estimulam alimentos como diet, light sem necessidade, já que cada organismo tem suas individualidades é nem todas pessoas precisam de restrição dos mesmos (MOTTA, 2010). Indústrias da beleza brasileira, lucra bilhões, no setor de alimentos, em quanto lucram com propagandas de alimentos considerados saudáveis, pessoas há cada vez ficam com mais insatisfação corporal, pois essas empresas promovem uma comunicação distorcida sobre a alimentação, faz com que os indivíduos acreditem que comerem outros tipos de alimentos é errado, e assim ficam dependente dos seus produtos, e a cada vez mais doentes (KOTLER, 2000; SOARES, 2018). Vivemos em uma sociedade que as pessoas são cobradas o tempo todo, pela sua aparência, onde muitas vezes, valores ficam em segundo plano, é a forma física em primeira, em uma sociedade onde taxa os alimentos como ruins, mas vivem de cápsulas de vitaminas, como se somente elas bastassem (RIGONI; NUNES; FONSECA, 2017). Especialistas em medicina, nutrição, entre outros, procuram disseminar a educação para hábitos saudáveis. A mídia, por sua vez, usa tais profissionais para propagar a ideia de que para sobreviver é necessário ser extremamente saudável (COSTA, 2007). “A pessoa inicialmente deseja melhorar sua saúde, tratar uma doença ou emagrecer. Finalmente, a dieta torna-se a parte mais importante da vida” (RIBEIRO e OLIVEIRA, 2011, p. 66). Como aponta Costa (1985 p.154) “O corpo tornou-se um dos mais ‘belos objetos’ de consumo, no capitalismo atual” Ortorexia Nervosa A ortorexia nervosa pode ser definida como uma obsessão pela alimentação saudável, mas ainda não foi reconhecida como um transtorno alimentar pelo DSM-V. O termo ortorexia é de origem grega das palavras orthos (preciso ou correto) e orexis (apetite) (PONTES e MONTAGNER, 2014). Pessoas diagnosticadas com ON, têm um comportamento obsessivo em relação à alimentação, podem gastar até 3 horas escolhendo os tipos de alimentos que irão ingerir, sua origem, se há presença de conservantes, excluem alimentos processados, com a presença de sal, açúcar e gordura, pois consideram esse tipo de alimento prejudicial (SOUZA; RODRIGUES, 2014). A ON, resulta na restrição ou até exclusão de alguns alimentos, ocasionando, dietas desequilibradas e até na maioria das vezes insuficientes, podendo acarretar em outras possíveis patologias físicas e psicológicas (BRATMAN, 1997). Ortoréxicos possuem um comportamento obsessivo pela alimentação, ao qual resulta em uma combinação complexa de atitudes e crenças, que sai totalmente do normal, resultando em uma obsessão patológica, pelos alimentos, é sua origem, o portador da ON possui a necessidade de conhecer todos os processos de manipulação de um determinado alimento ou refeição (VALERA et al., 2014). Os indivíduos com ortorexia nervosa (ON), procuram sempre comer uma alimentação considerada saudável de acordo com seus conceitos, e quando isto não acontece, se sentem tristes, como se a refeição tivesse sido contaminada, e com essa percepção exacerbada, consideram que outras pessoas que não estão seguindo as mesmas regras, estão erradas, se sentem na obrigação de corrigi-los ao qual melhor tipo de alimentação, e com o tempo, os mesmosvão se afastando da sua vida social, com isso, gerando uma exclusão social (AKSOYDAN e CAMCI, 2009). Geralmente possuem um comportamento perfeccionista, são ansiosos, possuem um sentimento de superioridade, muitos deixam de ir a lugares como festas, restaurantes pois julgam que nesses lugares não terá a preparação adequada dos alimentos, possuem a necessidade de confrontar o que o outros estão se alimentando, muitos familiares e amigos se afastam para evitar um certo conflito (TROGLIO; GALVÃO e CYRINO, 2016). Na ON os indivíduos deixam que o alimento passe ser a função primordial em sua vida, analisam todo processamento, qual material foi usado, o conteúdo, planejam toda refeição com antecedência, e quando alguma parte não ocorre como o planejado, se sentem fracassados (DONINI, 2005). O diagnóstico da doença pode ser dificultada, por muitas vezes a sociedade encarar como benéfico ter um alimentação saudável, com isso não enxergam que tal comportamento pode gerar malefícios aos indivíduos com esse transtorno, pode acarretar consequências nutricionais, como a restrição de vitaminas e de macronutrientes (NASSAU, 2012). A ON envolve uma série de complicações somáticas, que incluem desnutrição, deficiências de vitaminas e micronutrientes, além de desequilíbrio ácido-base e eletrolítico, a ortorexia apresenta uma ameaça a vida do indivíduo, e precisa ser tratada, o que requer mais pesquisas, para um tratamento mais eficaz (PONTES, 2012). Como este é um tema recente, que ainda está sendo estudado, não foi considerado como transtorno alimentar, cientistas ainda estão debatendo sua posição, alguns consideram que é uma entidade clínica separada, outros que a ortorexia tem semelhanças com a anorexia nervosa, há aqueles que apontam como manifestação de transtorno obsessivo-compulsivo (BARNES, 2017). Bratman (1997), criou o termo Ortorexia é o considera como um distúrbio separado, o cientista Martins (1911), relata que os comportamentos de indivíduos com ortorexia, diferem daqueles indivíduos com distúrbios alimentares. Pesquisadores que estudam comorbidades (quando duas ou mais doença estão etiologicamente relacionadas), enfatizam que para diagnosticar transtorno obsessivo compulsivo em paciente com transtorno alimentar, é essencial provar que suas obsessões comportamentais não estão relacionadas com o alimento, o que difere da ortorexia, o que propõe mais uma vez que são dois distúrbios diferentes e separados (KOVEN,2015; MATERA, 2012). A ortorexia não é encontrada no CID 10 (classificação internacional de doenças), ao qual é uma referência para a organização mundial da saúde (OMS, 1993), também não é encontrada no DSM5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais) (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1993). Tratamento O tratamento da ON, acontece da mesma forma que o de transtornos alimentares, com toda uma equipe: nutricionista, psicólogo, médico, para conseguir mudar o pensamento do paciente sobre o que é saúde e alimento, revertendo o estado negativo que a doença trouxe, porém o tratamento da ortorexia nervosa é complexo, pois o paciente não aceita que seus comportamentos estão inadequados, é que estão causando consequências negativas, eles consideram-se saudáveis (ALLAN,2007; SANCHEZ, 2007). Em 2005, Donini desenvolveu o questionário nomeado como ORTO-15, sendo uma ferramenta de percepção da ortorexia, foi publicado em língua inglesa, posteriormente, foi traduzido e adaptado culturalmente para língua portuguesa por Pontes et al (2012), a tradução foi realizada seguindo as regras e conceitos da Organização Mundial da Saúde (PENAFORTE et al., 2018). O objetivo da ORTO- 15 é analisar se os indivíduos possuem probabilidade para desenvolver ortorexia nervosa. São usadas perguntas do tipo, alimentos costumam comer, comprar, como e a preparação, como escolhem cada alimento, a cada pergunta e usado uma escala de (sempre, muitas vezes, ás vezes, nunca) (DONINI, 2004). Característica comum de comportamento na ON, são ansiedade, desejo de pureza, observação dos alimentos e necessidade de controlá-los, perfeccionismo transmitido para a alimentação, deve-se lembrar que a ON, não é reconhecida como transtorno alimentar ou doença, então falar sobre diagnóstico é sempre delicado, então e melhor referimos a ON, como comportamento da ortorexia nervosa (MARTINS et al., 2011). Quadro 1- Proposta de “Critério diagnóstico” para comportamento de ortorexia nervosa Fonte: DUNN e BRATMAN, (2016, p. 109) CRITÉRIO A CRITÉRIO B Foco obsessivo em alimentação “saudável” conforme definida por uma teoria alimentar ou conjunto de crenças, cujos detalhes específicos podem variar; marcado por angústia emocional exagerada em relação às escolhas alimentares percebidas como não saudáveis; perda de peso pode ocorrer como resultado das escolhas alimentares, mas não é o objetivo primário, conforme evidenciado por: 1. Comportamento obsessivo e/ou preocupação mental com respeito e práticas alimentares restritivas e afirmativas entendidas pelo indivíduo como promotores da ótima saúde. 2. Violação das regras alimentares auto impostas causa medo exagerado de doença, senso de impureza pessoal e/ou sensações físicas negativas acompanhadas por ansiedade e vergonha. 3 Progressão das restrições alimentares ao longo do tempo, e podem vir a incluir a eliminação de grupos alimentares inteiros e envolver mais frequentes, progressivas e/ou graves “limpezas” (jejuns parciais) consideradas como purificantes ou desintoxicam-tes. Esse agravamento comumente leva à perda de peso, mas o desejo de perder peso está ausente, escondido ou subordinado à ideação acerca de alimentação saudável. O comportamento obsessivo e a preocupação mental se tornam clinicamente incapacitantes por qualquer um dos seguintes: 1. Desnutrição, perda de peso grave ou outras complicações médicas de uma dieta restritiva. 2 Angústia intrapessoal ou comprometimento das funções sociais, acadêmicas ou vocacionais secundários a crenças ou comportamentos acerca de alimentação saudável. 3 Imagem corporal positiva, autoestima, identidade e/ou satisfação excessivamente dependentes da conformidade com o comportamento alimentar “saudável” autodefinido. Imagem Corporal Desde a antiguidade, as pessoas acreditam que para serem felizes necessitam estar em um determinado padrão imposto pela sociedade, como se as mulheres precisassem ser magras e os homens musculosos, onde estar em sobrepeso passou a ser considerado falta de disciplina, o que não entendem é que um corpo eutrófico não é necessariamente um corpo saudável (PENZ et al, 2008). Paul Shilder, definiu a imagem corporal não só como uma construção cognitiva, mas também uma reflexão de desejos e sentimentos do mundo interno, influenciado pelo mundo externo, deduziu que a imagem do corpo não possui apenas fatores patológicos, pois há interação com os outros eventosdiários que contribuem para sua construção (CHUNG; HONG; KIM, 2014). A imagem corporal engloba todas as formas pelas quais uma pessoa experiência e conceitua seu próprio corpo, são influenciadas por fatores externos como economia, cultura, mídia. Na sociedade, o corpo é valorizado e cultuado, mexendo com o psicológico do indivíduo, influenciando assim também o fator interno, pois acreditam que precisam alcançar um determinado corpo imposto, para serem socialmente aceitos (JAGER et al., 2017). A imagem corporal representa o que o indivíduo vê, pensa e sente em relação ao seu próprio corpo, o que acontece e que por algum transtorno, alguns indivíduos passam a enxergar seus corpos de forma diferente do normal (RODELLA, 2018). Percebe-se que o mundo social, claramente discrimina os indivíduos não atraentes, em vários aspectos cotidianos diários, pessoas consideradas atraentes conseguem até melhor engajamento em empregos, como se a beleza fosse repertório cognitivo, o que não é verdade, com essa inversão, as transformações físicas, estão a cada vez mais em alta, onde o indivíduo acredita que só é feliz quando tem o corpo que a sociedade consumista exige (LIMA,2016; ADAMS, 1997). A imagem corporal pode ser dividida em perceptivo ao qual é a imagem que o indivíduo produz em sua mente, as imagens corporais influenciam o processamento das informações, a maneira como sentimos e analisamos nosso corpo, influencia na nossa vida e ao como enxergamos o mundo (ALVARENGA et al., 2010). Frequentemente a imagem corporal pode ser atribuída a algo negativo, devido as pessoas serem pressionadas a terem um corpo magro ou musculoso, quando não conseguem o corpo requisitado, acabam recorrendo a dietas radicais e cirurgias plásticas, praticam exercícios físicos exaustivos por horas, e muitos acabam suscetíveis ao desenvolvimento de transtornos alimentares (MIRANDA, 2012). Pessoas que possuem insatisfação corporal, possuem rituais padronizados, muitos possuem fixação em chegar ao um determinado peso, possuem períodos de restrição alimentar, fazem comparação de seus corpos com outros, é nunca estão satisfeitos com o próprio corpo. Mesmo sendo uma das primeiras formas de avaliação desenvolvida, a escala de silhuetas, são até hoje as mais utilizadas para analisar a insatisfação corporal (CARVALHO; FERREIRA, 2014). Um estudo realizado na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com universitários do sexo feminino do curso de Nutrição, relacionou a insatisfação corporal, com o risco de desenvolvimento de comportamento ortoréxicos. Verificou-se que 56,09% das estudantes, apresentavam risco para ortorexia e também insatisfação corporal (PENAFORTE et al., 2018). Risco de Desenvolvimento de Ortorexia Nervosa em Universitários Estudos vêm mostrando que profissionais, e universitários da área da saúde, estão mais propensos a desenvolverem comportamento ortoréxico, relatam que o que pode estar ocasionando e por justamente serem mais cobrados em relação à conduta alimentar (SOUZA e RODRIGUES, 2014). Há grande prevalência de transtornos alimentares, entre graduandos da área da saúde, pois eles sentem que é preciso estar bem com seu corpo, para ter sucesso na área escolhida, é a própria sociedade os cobram uma boa aparência física, até mesmo julgam sua alimentação, principalmente em festas, eventos (REIS et al., 2014). Quando uma pessoa ingressa na faculdade, acaba conhecendo uma realidade diferente do habitual, gerando dúvidas e incertezas, passa por mudanças psicológicas, quer ser socialmente aceito dentro do ambiente ingressado, todos esses sentimentos acabam acarretando em mudanças alimentares (REIS et al., 2014). Com a mudança de vida, convívios diferentes, novas relações, proporcionam aos acadêmicos, hábitos alimentares novos, pois muitos acabam se alimentando fora do âmbito domiciliar, com isso, se tornando um grupo de risco, quanto a qualidade da saúde e de vida, pois há alimentação fora do domicílio, está associada a um consumo de alimentos mais calóricos, causando um desequilíbrio nutricional (DUARTE; ALMEIDA; MARTINS, 2013). Muitos estudantes de nutrição, adquirem um conhecimento sobre dietas restritivas, ao qual acabam seguindo, para serem aceitos socialmente no mundo acadêmico, já estudantes do primeiro período, tende a restringir alimentos, devido ainda não ter um certo conhecimento científico, e acharem que estão seguindo uma vida saudável, com conceitos não concretos em fontes não seguras (COQUERIO, PETROSKIE e PELGRINI, 2008; FERREIRA e COLABORADORES, 2016). Estudantes de educação física tem preocupação com sua forma corporal, por muitas vezes, os levam a embarcar em dietas sem base científica, programam suas vidas em torno de exercícios e alimentos, o que podem levá-los a obsessão (YABANCI et al., 2014). Acadêmicos que escolhem o curso de educação física, muitas vezes são pressionados pela sociedade para terem um corpo musculoso ou magro, podendo gerar uma insatisfação da imagem corporal, como futuros profissionais, precisam ter um contentamento com a própria imagem, pois no seu dia a dia, vão lidar com muitas pessoas insatisfeitas com seu corpo (SILVA; SAENGER; PEREIRA, 2011). Nutricionistas e futuros nutricionistas apresentam comportamento de risco para ortorexia nervosa, muitas vezes por ter conhecimento do valor calórico dos alimentos, encarando os alimentos com um olhar biológico, e por terem relação direta com atividades relacionadas a alimentação e corpo (ROCHA et al.,2015). Há uma supervalorização da imagem corporal, bem como rejeição por indivíduos que não se consideram no padrão ideal, e isso pode fazer com que os estudantes que tratam esses assuntos ao longo da sua formação, desenvolvam uma constante preocupação com sua aparência física (CORREIA; ZOBOLI e MEZZAROBA, 2013). Pode-se considerar que indivíduos que tenham interação com questões de corpo, saúde, principalmente busca de domínio instrutivo de vínculo nutricional, tendem a serem mais propícios a comportamentos sugestivos e obsessivos de alimentação saudável (FIDAN et al., 2010). A entrada na área acadêmica muitas vezes pode ser estressante, o estudante muitas vezes é confrontado com circunstâncias geradoras de pressão psicológica e de ansiedade, um estudo realizado com acadêmicos da área da saúde apontou que há uma variação para transtornos mentais comuns cerca de 18,55% a 44,9% , ao qual esses transtornos são a junção de depressão e ansiedade, ao qual muitos são caracterizados por sintomas como fadiga, insônia, irritabilidade, podendo ser um aspecto negativo ao longo da vida acadêmica (GRANER et al., 2019). É fundamental a discussão dos conceitos de “alimentação saudável”, do que é “ser saudável” durante a formação profissional, pelas maiores exigências é por sofrer fortes pressões sociais, inerentes à própria profissão, em relação ao peso, aparênciae qualidade da alimentação (BARNES et al., 2017). MATERIAL E MÉTODOS Tratou-se de um estudo descritivo e transversal, do qual foram obtidas informações sobre o risco de desenvolvimento de ortorexia nervosa, em universitários de nutrição e educação física, ao qual foi descrito os fatos encontrados na pesquisa (CARVALHO; ROCHA, 2005). O presente estudo foi de natureza aplicada, pois foi envolvido verdades e interesses locais, dirigido à solução do problema específico. Foi usado a linguagem da matemática para encontrar se a risco ou não de desenvolvimento da ON, sendo a pesquisa de caráter quantitativo (FONSECA, 2002). Foi utilizando o software IBM® SPSS, versão 26, foram realizadas análises estatísticas descritivas e tabulação cruzada, com intuito de análise e descrição do grupo amostral e das variáveis de pesquisa. Os dados foram apresentados nas tabelas enumeradas de 1 a 4, foi realizado uma correlação de Pearson, para avaliar se há ou não correlação direta ou indireta entre o risco de se desenvolver ortorexia, em função da satisfação corporal e do gênero. Adotou-se um intervalo de confiança (CI) = 95%, sendo o nível de confiança (α) = 5% e um nível descritivo (p-valor) <0,05, Foram demonstrados as análises estatísticas através de 4 tabelas ao qual continham uma tabulação cruzada entre gênero, curso, risco de ortorexia nervosa e nível de satisfação corporal. Foram avaliados acadêmicos dos cursos de nutrição e educação física, com idade maior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos, da Universidade Vale do Rio verde, da cidade de Três Corações- MG. A população foi de 215 alunos e a amostra foi composta por 54 indivíduos com um nível de confiabilidade de 95%. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em pesquisa, e aprovado, todos os participantes assinaram virtualmente um termo de consentimento livre e esclarecido- TCLE (APÊNDICE A). Com objetivo de avaliar o risco para desenvolvimento de ortorexia nervosa, foi aplicado em ambiente virtual, através da plataforma digital Google forms o questionário desenvolvido por Donini (2005), sendo publicado em língua inglesa, o questionário foi nomeado como ORTO-15,(ANEXO,1) posteriormente, foi traduzido e adaptado culturalmente para língua portuguesa por Pontes et al (2012), a tradução foi realizada seguindo as regras e conceitos da Organização Mundial da Saúde (PENAFORTE et al., 2018). O objetivo da ORTO- 15 é analisar se os indivíduos possuem probabilidade para desenvolver ortorexia nervosa. Foram usadas perguntas do tipo, alimentos costumam comer, comprar, como e a preparação, como escolhem cada alimento, a cada pergunta e usado uma escala de (sempre, muitas vezes, ás vezes, nunca) (DONINI ,2004). O questionário é composto por 15 perguntas, que descrevem a intensificação do comportamento ortoréxico, quanto mais próximo a atitude da pessoa estudada com um padrão alimentar, maior o valor em pontos da resposta ao teste, sendo o teste com pontuação 1,2,3,4 respectivamente, sendo peso 1 as respostas relacionadas ao comportamento ortoréxico e chegando ao 4 comportamento mais saudáveis, com a pontuação final de cada participante, identifica-se o risco ou não para desenvolvimento de ortorexia, sendo o ponto linear indicador de ortorexia <40 (PENAFORTE et al., 2018). Para identificar a insatisfação com a imagem corporal, foi aplicada uma escala de silhuetas, proposta por Stunkard et al, (1983),(ANEXO 2) para analisar a percepção do indivíduo com seu corpo. O voluntário, escolheu dentre 9 imagens, que são compostas por diferentes tipos de silhuetas que vão desde a magreza a obesidade, o qual ele o considera atualmente, e qual seria o adequado ao seu corpo, o número pode variar de - 8 a + 8, caso essa variação for igual a zero, o indivíduo será classificado como satisfeito com sua aparência e se diferente de zero será classificado como insatisfeito (PEREIRA et al., 2009). RESULTADO E DISCUSSÕES O presente estudo teve sua metodologia aplicada em ambiente virtual, ao qual 54 pessoas responderam o questionário sendo 27 do curso de educação física e 27 do curso de nutrição., Dos participante de ambos cursos, 76% do sexo feminino e 24% do sexo masculino., Ao avaliar a satisfação corporal e risco para ON, 69% dos estudantes apresentava insatisfação corporal, e 76% risco para o desenvolvimento de ortorexia nervosa . No gênero feminino houve uma predominância de insatisfação corporal e de risco para o desenvolvimento de ON. Referente ao curso de nutrição 74% das pessoas apresentaram insatisfação corporal, e 66,7% dos estudantes apresentaram risco para ortorexia, já o curso de educação física apresentou 85,2% pessoas um risco para ON, e 63% pessoas apresentaram uma insatisfação corporal. Referente aos gêneros o curso de educação física apresentou 18 mulheres e 9 homens, quanto ao curso de nutrição apresentou 23 mulheres e 4 homens. Considerando o ponto de corte de 40 pontos para o questionário Orto-15 foi encontrado a prevalência de 51,85% de ON em 54 alunos, a partir de ponto de corte, foi dividido em gênero e curso comparados nas tabelas 3 e 4. Tabela 1. Nível de satisfação corporal e risco para ortorexia nervosa Fonte: elaboração própria, 2020 No estudo de Reis et al., (2014) os autores evidenciam que acadêmicos da área da saúde são propensos a desenvolverem um comportamento ortoréxico, devido a serem cobrados em relação a conduta alimentar, principalmente eventos sociais, onde muitas vezes sentem que é preciso estar bem com seu corpo, ao qual onde muitos podem usar de parâmetro seu corpo ou sua atitude alimentar para ter sucesso na área escolhida, com isso, muitos acabam cedendo a essa pressão social, o que pode resultar no surgimento de transtornos alimentares e de imagem corporal. Correia; Zoboli e Mezzaroba., (2013) apontam que o culto ao corpo está Risco para ON Sem risco N % n % Insatisfação corporal 28 51,85% 9 16,67% Satisfação corporal 13 24,07% 4 7,41% inserido no âmbito social, a supervalorização corporal está cada vez mais evidenciada na sociedade, seja em meios de comunicação e de mídias sociais, que muitas vezes compartilham o estereótipo do corpo perfeito em que o outro precisa exibir. Quando avaliada a satisfação corporal de acordo com o gênero, foi possível observar que 68,52% apresentavam insatisfação sendo 31 mulheres (tabela 2).As avaliações de satisfação e risco para ON de acordo com o curso está exposta nas tabela 4. Tabela 2. Nível de satisfação corporal relacionado ao gênero Fonte: elaboração própria. 2020 O resultado apontou uma grande risco de ortorexia nervosa e insatisfação corporal no gênero feminino. No artigo de Koritar., (2013) relata que muitas mulheresapresentam um comer emocional, ou seja muitas tendem a ter uma alimentação influenciada por suas emoções, o que resulta em uma maior ingestão calórica, ou uma ingestão abaixo do recomendado , o sexo feminino em sua maioria apresenta uma maior preocupação com o peso, com a alimentação e com sua imagem passada, muitas vezes o corpo idealizado pelas mulheres advém de uma construção social, o corpo magro e definido é visto como o ideal, onde elas analisam, que há uma rejeição de indivíduos que não se encaixam nesse estereótipo. Foi também realizada a comparação entre gêneros ao qual foi observado que mulheres obtiveram maiores risco para desenvolver ON 53,70%, um número elevado se comparada aos homens que obtiveram 22,22%, (tabela 3 ) Ao correlacionar o gênero e o risco de desenvolvimento de ON, obteve uma correlação fraca, onde há uma tendência Feminino Masculino n % n % Insatisfação corporal 31 57,41% 6 11,11% Satisfação corporal 10 18,52% 7 12,96% do sexo feminino em desenvolver ON. Tabela 3 Risco de Ortorexia relacionado ao gênero Fonte: elaboração própria, 2020 Batista., (2015) apontou que mulheres estão mais suscetíveis a adotarem atitudes deletérias a sua saúde, ao qual em geral são as que possuem maiores propensões a terem um comportamento alimentar inadequado para redução de peso. Martins., (2011) descreve grupos de pessoas que são mais vulneráveis a ortorexia, ao qual incluem grupos de pessoas que possuem características como um auto cuidado exacerbado, também estavam citados, mulheres, adolescente, pessoas que aderem a dietas da moda, vegetarianismo e atletas de fisiculturismo. Referente a insatisfação corporal constatou-se através da escala de silhuetas que 74% dos acadêmicos de nutrição estão insatisfeito com seu corpo, já através do questionário ORTO 15 pode-se constatar que 85,2% acadêmicos de educação física apresentaram risco para ON, como evidenciados na tabela abaixo. Ao correlacionar o nível de satisfação corporal com o curso, observou uma fraca correlação entre nível de satisfação corporal e o curso escolhido, sugestivo de que estudantes de nutrição apresentam maior grau de insatisfação corporal. Fato pode estar associado ao maior número de pessoas do gênero feminino no curso. Estudantes de educação física apresentaram maior risco para ON, apesar do maior grau de satisfação corporal entre os estudantes do curso, embora a correlação entre as variáveis não seja muito forte. Feminino Masculino n % n % Risco para ON 29 53,70% 12 22.22% Sem risco para ON 12 22.22% 1 1,85% Tabela 4 Nível de satisfação corporal e risco para ortorexia nervosa nos cursos de Nutrição e Educação Física. Fonte: elaboração própria, 2020 No estudo de Saenger e Pereira., (2011) mostra que acadêmicos do curso de educação física, muitas vezes são pressionados pelo imaginário social para possuírem um corpo musculoso ou magro ou, o que pode levar eles a terem um cuidado excessivo com alimentação e treinos, acarretando em uma obsessão e podendo levar a ON. Fidan et al., (2010) mostra que indivíduos que possuem uma maior interação social, em seu ambiente de trabalho, e que lidam diretamente com questões relacionadas ao corpo e saúde tendem a ter uma maior propensão a comportamentos sugestivos e obsessivos em relação a alimentação saudável. No estudo de Souza e Rodrigues., (2014) demonstra que mulheres estão mais sucessíveis a ON e a insatisfação corporal, devido a estarem preocupadas com a sua aparência, por acreditarem que sua forma física é importante para adquirir credibilidade em sua vida profissional. De acordo com Castro., (2018) muitos profissionais e estudantes de nutrição apresentam características de transtornos alimentares e comportamentos obsessivos, tais características podem vir a influenciar sua vida profissionalmente e consequentemente ser passado aos pacientes crenças e comportamento sugestivos a ortorexia. No estudo de Yabanci., (2014) estudantes de educação física, possuem grande preocupação com a forma e tamanho corporal, e menor conhecimento sobre alimentação, onde acabam se sobrecarregando com dietas restritas e treinos intensos. Nutrição Educação Física N % n % Insatisfação corporal Satisfação corporal 20 7 74% 26% 17 10 63,0% 37% Risco para ON Sem risco para ON 18 9 66,6% 33,4% 23 4 85,2% 14,8% CONCLUSÃO O presente estudo verificou há uma porcentagem significativa de acadêmicos que apresentaram risco para ortorexia nervosa e para uma insatisfação corporal. Diante disso a pesquisa concluiu que houve uma predominância de ON e insatisfação corporal no sexo feminino, tendo em vista que o mesmo representava a maior parte da amostra, em ralação ao sexo masculino. Como houve uma amostra pequena de acadêmicos, o risco em questão pode estar mais ligado diretamente ao gênero que ao grau de satisfação, para este grupo amostral, para que haja maiores conclusões sobre a relação da insatisfação corporal com o surgimento da ortorexia nervosa, são necessários maiores estudos com públicos diferentes e um maior número amostral . REFERÊNCIAS ACSELRAD, H. Vulnerabilidade, processos e relações. In: Ferreira HS, et al. Estado de direito ambiental: tendências. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. AKSOYDAN, Emine; CAMCI, N. Prevalence of orthorexia nervosa among Turkish performance artists. Eating and Weight Disorders-Studies on Anorexia, Bulimia and Obesity, v. 14, n. 1, p. 33-37, 2009. ALVARENGA, Marle dos Santos Sonia Tucunduva Philippi , Barbara H. Lourenço , Priscila de Morais Sato , Fernanda Baeza Scagliusi. Insatisfação com a imagem corporal em universitárias brasileiras. Jornal brasileiro de psiquiatria, v. 59, n. 1, p. 44-51, 2010. 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I - TÍTULO DO TRABALHO EXPERIMENTAL: PREVALÊNCIA DE ORTOREXIA NERVOSA, EM ESTUDANTES DOS CURSOS DE NUTRIÇÃO E EDUCAÇÃO FISÍCA, DA UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE. Pesquisador Responsável: Prof. Brunna Sullara Vilela II-OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Analisar o risco para desenvolvimento de ortorexia nervosa, em estudantes dos cursos de Educação física e Nutrição, da Universidade Vale do Rio Vede, em Três Corações – MG. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Identificar a prevalência de risco para desenvolvimento de ortorexia nervosa, segundo idade, sexo e curso; ● Avaliar se há insatisfação corporal nos estudantes dos cursos de Nutrição e Educação Física da Universidade Vale do Rio Verde; ● Avaliar se há associação entre ortorexia nervosa e insatisfação corporal nos estudantes dos cursos de Nutrição e Educação Física da Universidade Vale do Rio Verde, em Três Corações – MG III – JUSTIFICATIVA A alimentação é um aspecto fundamental para a promoção de saúde, entendemos que a nutrição é de extrema importância para amenizar patologias, porem o seu excedente de cuidado também pode se tornar patológico, não podemos abordar a alimentação, de uma única forma disciplinar, pois o significado do ato de nutrir, de comer, ultrapassa o mero ato biológico, existe o lado humano (TROGRIO, GALVÃO & CYRINO,2016; ROTENBERG et al, 2004). Descrita pela primeira vez pelo médico Steven Bratman em 1997, como uma obsessão pela alimentação saudável, a ortorexia nervosa, resulta na restrição ou até exclusão de alguns alimentos, ocasionando, dietas desiquilibradas e até na maioria das vezes insuficientes, podendo acarretar em outras possíveis patologias físicas e psicológicas (BRATMAN, 1997). Especialistas em medicina, nutrição, entre outros, procuram disseminar a educação para hábitos saudáveis. A mídia, por sua vez, usa tais profissionais para propagar a ideia de que para sobreviver é necessário ser extremamente saudável (COSTA, 2007). Estudos realizados demostram que estudantes da área da saúde, estão propensos a desenvolverem Ortorexia nervosa, e sugerem que uma das causas pode ser devida as cobranças da sociedade ao profissional em relação a conduta alimentar e o corpo (RODRIGUES, 2014). É preocupante que universitários de cursos como nutrição e educação física, apresentem distúrbio de imagem corporal, e tendência para desenvolvimento de ortorexia nervosa, pois pode influenciar na pratica profissional, cada indivíduo tem suas individualidades, é fazer com que os pacientes sigam dietas restritas, cobrá-los resultados, estimular os mesmos a passarem comer alimentos diet, light sem necessidade, pode fazer com que tenham algum tipo de transtorno futuramente (PENAFORTE, 2017). Buscando apurar motivos para tal desenvolvimento, o presente estudo, tem como objetivo analisar possíveis riscos de ortorexia em estudantes de educação física e nutrição da universidade Vale do Rio Verde, Três Corações. É fundamental abordar assuntos relevantes como o da pesquisa, onde estimula as pessoas a terem senso crítico, e assim há refletirem, sobre o que realmente é ser saudável, enxerguem há alimentação com outros olhos, entendam sobre a ON, como acontece seu desenvolvimento, principalmente, ajude profissionais da área da saúde, para que consigam seguir suas carreiras, de forma ética, sem passar por este distúrbio. IV - PROCEDIMENTOS DO EXPERIMENTO AMOSTRA- A população será composta por alunos matriculados nos cursos de educação física e nutrição, totalizando 215 alunos, ao qual a amostra será de 139 alunos com nível de confiança de95%. EXAMES- Não serão realizados exames, apenas aplicação de questionários. V - RISCOS ESPERADOS Espera-se como risco constrangimento ao responder o questionário ORTO-15 e escala de silhuetas. VI – BENEFÍCIOS Ao identificar o risco de desenvolvimento para ON em universitários, estratégias podem ser desenvolvidas com o objetivo de interromper o processo e, consequentemente melhorar a relação com a alimentação e qualidade de vida. VII - RETIRADA DO CONSENTIMENTO O responsável pelo menor ou o próprio sujeito tem a liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo ao atendimento a que está sendo ou será submetido na Unincor. VIII – CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A PESQUISA O pesquisador responsável é obrigado a suspender a pesquisa imediatamente quando: perceber algum risco ou danos à saúde do sujeito participante da pesquisa, consequente à mesma, não previsto no termo de consentimento; constatada a superioridade de um método em estudo sobre outro, o projeto deverá ser suspenso, oferecendo-se a todos os sujeitos os benefícios do melhor regime; solicitado pelo Comitê que a aprovou. IX - CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO Eu_________________________________________________________________, certifico que, tendo lido as informações acima e suficientemente esclarecido (a) de todos os itens, estou plenamente de acordo com a realização do experimento. Assim, eu autorizo a execução do trabalho de pesquisa exposto acima. Três Corações- MG, _____ de __________________ 2020. NOME (legível)___________________________________________RG_________________ ASSINATURA______________________________________________ ATENÇÃO: A sua participação em qualquer tipo de pesquisa é voluntária. Em caso de dúvida quanto aos seus direitos, escreva para o Comitê de Ética em Pesquisa da Unincor. Endereço – Av. Castelo Branco, 82 – Chácara das Rosas, Três Corações – MG. No caso de qualquer emergência entrar em contato com os pesquisadores responsáveis nos telefones de contato: (35) 99755-1925 ou (35) 99951-8227
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