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Psicodiagnostico em GT

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE PSICOLOGIA - CAMPUS VIA CORPVS
PSICODIAGNÓSTICO EM GESTALTE TERAPIA 
FORTALEZA/CE
SETEMBRO/2018
INTRODUÇÃO
O Psicodiagnóstico é a avaliação psicológica no contexto clínico e constitui uma das atribuições do profissional de Psicologia, conforme ressalta a resolução nº 09/2018 do Conselho Federal de Psicologia, estabelecendo diretrizes   para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo.
O psicodiagnóstico pode ser compreendido como um procedimento de avaliação das condições psicológicas de um indivíduo mediante uma abordagem  teórico-metodológica (Becker, Rocha & Roisenberg, 2015). 
A realização do mesmo implica num conhecimento orientado para a investigação de seres humanos e supõe uma situação na qual está implícito um contrato entre a demanda pela avaliação psicológica, de um lado, e a oferta do serviço, de outro (Cruz, 2001)
A partir de sua origem etimológica a palavra diagnóstico vem da conjunção de duas palavras gregas: Dia, que quer dizer “através de “e GNOSE, que quer dizer “conhecimento”. Diagnose portanto seria “um conhecimento através de”. No Dicionário Etimológico da Nova Fronteira encontro que a palavra tem sua origem na palavra grega “diagnostikos” e tem o significado de “capaz de ser o discernível”.
Parece-me que pensar nestes dois sentidos nos ajuda a esclarecer o que vem a ser diagnóstico: é tanto um conhecimento que se dá através de nossa relação com o cliente quanto visa tornar este conhecimento discernível.
Quando falo de um conhecimento através de quero dizer que o conhecimento que posso ter do cliente se dá através de nossa relação; através daquilo que ele me apresenta: seu discurso, sua história de vida, seus sintomas, sua queixa, seu corpo, sua postura, seus sentimentos etc.; e ao mesmo tempo posso conhecê-lo através daquilo que experiencio em minha relação com ele: meu olhar, minha escuta, meus sentidos e meus sentimentos, minha intuição, minhas fantasias, meu conhecimento e minha observação.
DESENVOLVIMENTO
A Gestalt-terapia rejeitou a ideia do Diagnóstico que considerava apenas os critérios diagnósticos, os sintomas e comportamentos comuns aos individuos “doentes”, o que além de despersonalizar, rotulava o individuo de uma forma limitadora. A má interpretação do diagnóstico pode trazer grandes consequências negativas ao sujeito. Ainda hoje é comum ouvirmos a expressão “Ele é doido, não entende o que você fala”, ou “Ele tem TDAH, ele não vai prestar atenção no que você fala” ,ou ainda “ Eu sou Bipolar, por isso sou assim”. 
Para a Gestalt-terapia o sujeito não é a doença e mesmo ele estando doente, tem sua particularidades e individualidades, mas nas últimas décadas tem sido possível participar de discursões a respeito deste assunto por ser perceptivel que a ausência de um diagnóstico pode também trazer consequências negativas. 
Hoje sabemos a Compreensão Psicológica pode auxiliar nos processos, mesmo que, nem sempre se revele ao cliente. Tendo tal conheciemnto, é possível entender um pouco mais sobre as possibilidades e dificuldades que o sujeito tem enfrentado, e auxilia no manejo que o Psicologo deve ter. E Frazão (1996) defende que esta classificação, no entanto, nos é extremamente útil por oferecer uma linguagem comum muito importante no campo do trabalho interdisciplinar. 
Para a Gestalt-terapia o Diagnóstico deve ser utilizado para compreender o indivíduo, como Yontef (1993) corrobora “Diagnóstico pode ser um processo de respeitosamente prestar atenção a quem a pessoa é, tanto como um indivíduo único quanto em relação às características partilhadas com outros indivíduos. O objetivo da Compreensão Diagnóstica se torna compreender o que está acontecendo com osujeito para que seja definida a melhor forma de possibilitar que a Gestalt inacabada se complete.
A Compreensão Diagnostica leva em conta também a relação estabelecida entre cliente e que apesar de ser importante uma compreensão inicial, até mesmo para se estabelecer o contrato, de-se fazer presente durante todo o processo terapeutico. Assim como as omissões, assossiações e repetições no discurso do cliente além dos sintomas. 
CONCLUSÃO
A partir do que eu disse até aqui penso ser possível depreender que o diagnóstico visto desta forma não é, a meu ver, nem despersonalizante nem um rótulo limitante e sim um instrumento a serviço da compreensão de cada cliente em sua singularidade existencial.
Finalmente gostaria de reiterar que embora os critérios diagnósticos nos sejam úteis, eles não dão conta da complexidade do processo terapêutico. Pensar o diagnóstico em termos gestálticos implica em pensar em processo, em relações de relações (pensamento dialético) e principalmente implica em compreender (apreender com), alicerce central do relacionamento terapêutico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECKER, A. P. S, ROCHA, N. L. da & ROISENBERG, B. B. Fundamentos sobre o Psicodiagnóstico e suas implicações terapêuticas. Psicologia .PT, novembro de 2015. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0935.pdf.
Conselho Federal De Psicologia (2018). Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI e revoga as Resoluções n° 002/2003, nº 006/2004 e n° 005/2012 e Notas Técnicas n° 01/2017 e 02/2017. Resolução n.09, de 25 de abril de 2018. Brasília.
FRAZÃO, L. M. Pensamento Diagnóstico processual: Uma visão Gestáltica de Diagnóstico. Apresentado no II Encontro Goiano de Gestalt-Terapia, realizado em Goiânia, de 29 a 31 de março de 1996.

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