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Processo civil 1 Semana 1 e 2

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“As raízes dos estudos são amargas, mas seus frutos são doces.” Aristóteles 
PROCESSO CIVIL I 2018.2 - Colaboração Prof R.Junqueira 
SEMANA 1 
Bibliografia indicada- Deve ser lida 
 novo CPC Lei 13.105 de 16 de março de 2015
MELLO, Rogério Licastro Torres De; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Silva; WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Primeiros Comentários ao Novo Código de Processo Civil. 2015. Ed. Revistas dos Tribunais.
CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro; PINHO, Humberto Dalla Bernardina de. Novo Código de Processo Civil. Ed. Gen/Forense.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil. 2015. Ed. Gen/Forense.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Novo Código de Processo Civil. 2015. Ed. Gen/Forense.
Art 1º – esse artigo anuncia a linha mestra fundamental da construção do novo sistema processual o NCPC está expressa e explicitamente num contexto normativo mas amplo em que a CF/88 ocupa o principal papel, o CPC tem que ser compreendido à luz da Carta Constitucional.
art 2º- Processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial 
 ↓
 Esse artigo traz o Princípio dispositivo ↗ 1- Princípio da Inércia da jurisdição ↔ cabe a parte ajuizar a ação 
ver exceção, caso substituição processual pelo MP- O MP será autorizado por lei para propor ação. Ex. Ação civil pública visando a proteção do meio ambiente; MP propondo ação em prol das pessoas portadoras de deficiência.
 
 ↘ 2- Princípio do Impulso oficial ↔ o processo se desenvolve em nome do interesse público.
 Obs → Ex. o princípio da inércia da jurisdição pode ser mitigado (amenizado) – Quando os autos desaparecem – O juiz pode mandar restaurar de ofício – art 712 
 
art 3º – Repete a regra do direito material constitucional – O poder judiciário apreciará a lesão ou ameaça de direito
 ↓
 O Estado deve promover a resolução dos conflitos por meio de ● conciliação → o conciliador dá sugestão as partes
 ● mediação → o mediador facilita que as partes encontrem a solução
 ● outros meios consensuais
art 4º- tempo razoável para duração do processo
art5º e 6º - as partes devem ter uma boa conduta no processo → Isso é atitude cooperativa → A má-fé é punida art 80 
art 7º – assegurada a paridade entre as partes – Princípio da isonomia.
Art 9º- princípio do contraditório – assegurada a parte o direito de se manifestar no processo, mesmo em se tratando de decisão que possa lhe ser desfavorável.
CONCEITO : jurisdição e competência – Diz respeito a capacidade de dizer o direito .
A jurisdição é o poder de dizer o direito em todo o território nacional, o juiz tem jurisdição em todo o território nacional, por isso se diz que a jurisdição é una. O juiz as não pode dizer todo e qualquer direito, vai depender do caso concreto, isso é competência – Competência- São regras de divisão de trabalho do poder judiciário, competência é o limite da jurisdição. Competência → art 43 - são regras de divisão de trabalho do poder judiciário, ou seja são as regras de distribuição da jurisdição. O juiz tem que ser competente para a causa – Princípio da perpetuação da jurisdição → modificações posteriores são irrelevantes- Exceção à regra : caso o órgão deixe de existir (supressão do órgão judiciário) o processo será encaminhado a outro órgão do judiciário. Competente.Ou na localidade não tinha a Vara Especializada e passou a ter os autos serão redistribuídos a Vara 
A competência pode ser: ↗ Interna
 ↘ Internacional 
Dica: para saber se é de competência interna ou internacional faça a pergunta: O Brasil pode julgar essa causa ? 
1º – verifique os critérios dos princípios norteadores (podem ser cumulativos ou não)
 Efetividade → O país deve julgar aquilo que ele pode executar
 Interesse → O país deve julgar aquilo que é do seu interesse em julgar 
 Submissão → deve haver o respeito à autonomia da vontade das partes (foro de eleição de jurisdição). 
Depois de estabelecidos tais critérios, a nossa própria legislação aponta quais demandas devem ser julgadas pelo Brasil, seja exclusiva ou concorrentemente -
Competência → Art 43 - são regras de divisão de trabalho do poder judiciário, ou seja são as regras de distribuição da jurisdição
Competência Absoluta► matéria, funcional ou hierárquica → fixa a competência visando a ordem pública 
 Relativa ► territorial e valor da causa → fixa a competência visando o interesse da parte a sua comodidade.
 
art 64- Incompetência → absoluta ou relativa é alegada na contestação como questão preliminar se dá vista à parte contrária – art 9º e § 1º e2º 
art 64- Incompetência ↗∙ relativa → deve ser alegada pela parte interessada – Pode ser alegada pelo MP (parte ou interveniente) Falta de alegação - Prorrogação da competência – O juiz não pode dizer de ofício 
 ↘ absoluta → deve ser declarada de ofício é alegável em qualquer tempo ou grau de jurisdição, se não foi alegada como questão preliminar de contestação será alegada simples petição 
Decisão de juiz absolutamente incompetente → § 4º, 64 – presunção de validade. A decisão é preservada até que outra seja pronunciada se for o caso.
 
Art 65- Prorrogação da competência – só em casos de competência relativa 
art 66- conflito de competência → Pode ser positivo = quando 2 ou + juízes se declaram competentes
 negativo = quando 2 ou + juízes se declaram incompetentes
					 ou quando entre 2 ou + juízes surge controvérsia sobre a reunião ou separação de processos 
 art 1015,XIII meio para atacar a decisão interlocutória – Agravo de instrumento 
art 21- hipótese da jurisdição da autoridade brasileira ↗ Concorrente art 22/24 Autoridade brasileira e estrangeira
	 ↘ Exclusiva → art 23 somente autoridade brasileira
parágrafo único - limites da jurisdição - território nacional → compreende espaço terrestre, aéreo, fluvial e marítimo.
art 23 competência internacional exclusiva traz as hipóteses em que somente o Brasil é competente para julgar, excluindo os demais países, não cabendo o foro de eleição de jurisdição e, mesmo havendo sentença estrangeira sobre o fato, nosso judiciário não homologará tal decisão (um exemplo desse tipo de competência é quando a ação disser respeito a imóveis situados no Brasil). 
jurisdição concorrente - art 22/24 → Tanto o Brasil quanto outro país podem julgar o mesmo fato, a decisão que prevalecerá será a que em primeiro lugar transitar em julgado.
 
Art 22 -jurisdição concorrente (O NCPC no artigo 22 não trouxe expresso que é exclusiva como traz no art 23, logo é concorrente) – ação alimentos – O que atrai a jurisdição brasileira é a residência e domicílio do credor, quanto ao réu o que vai atrair a jurisdição é o patrimonio que o réu tem no Brasil, nas relações de consumo o que vai atrair é o domicílio do consumidor , no inciso III, o que vai atrair a jurisdição brasileira é foro de eleição escolhendo a jurisdição brasileira.
jurisdição exclusiva – art 23 – Está expressa na lei- O que atrai a jurisdição da autoridade brasileira .Somente a autoridade brasileira é competente para julgar as ações – Ações relativas imóveis no Brasil, sucessão hereditária por morte e partilha (divórcio, separação judicial ou união estável).
A Competência Internacional Concorrenteé abordada nos arts. 21 e 22 do NCPC. Aqui, tanto o Brasil quanto outro país podem proferir decisões a respeito do mesmo fato, porém, valerá aquela que transitar julgado primeiro. Você pode pensar que nesse caso estaria ocorrendo litispendência, mas o próprio código, no art. 24, já assinalou que a ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência. Assim, só nos resta saber qual decisão transitou em julgado primeiro. Sabemos que, nacionalmente, uma decisão é considerada como transitada em julgado quando não são mais cabíveis recursos; já as sentenças estrangeiras só transitarão em julgado quando forem homologadas aqui pelo STJ 
 Dessa forma, deve-se analisar quando a sentença estrangeira foi homologada e quando a decisão brasileira não coube mais  recursos.
Obtendo a resposta para nossa primeira pergunta: O Brasil pode julgar essa demanda? Se ela for positiva, passaremos da Competência Internacional para a Interna.
Dica: art 24 –Diz que não induz litispendência quando 2 ações tramitam ao mesmo tempo no Brasil e outra no exterior. As sentenças estrangeiras só transitarão em julgado quando forem homologadas pelo STJ.Sentença brasileira transita em julgado – Quando não cabe mais recurso.
art 25 – Não compete a autoridade brasileira julgar ação- quando tiver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro. A comeptência é da autoridade estrangeira.
Exceção: § 1º não se aplica a jurisdição estrangeira em caso de jurisdição exclusiva brasileira
 § 2º – possibilidade de rejeição da jurisdição estrangeira em caso de abusividade
Dica - Da jurisdição civil Art 16 à 25 - é ↗ contenciosa ou 
 ↘ voluntária → art 719 e ss 
art 26 – cooperação internacional → Se o Brasil ratificou o acordo de cooperação haverá a cooperação entre os países, respeitando-se o devido processo legal 
art 27- cooperação jurídica internacional →o art prevê como a cooperação será feira.
art 28, 29 e 30 → auxílio direto → como se procede
art 36 -Carta Rogatória.→ Carta Rogatória no STJ 
Lei 9.099/95 – JEC – competência é relativa → 40 smv – pode-se renunciar o valor excedente (art 51, III)
Lei n o 10.259/01 – competência é absoluta está na lei.Semana 2- Competência – 2017.2 
Processo Civil I – 2016.2 colaboração Prof. Rosangela Junqueira ……………………………………….
SEMANA 2-
 Competência- Conceito - Competência da Justiça Federal, da Justiça do Trabalho; Militar; Eleitoral- Competência da Justiça Estadual- Critérios para a determinação da Competência. Competência em razão do valor e da matéria. Competência territorial e em razão da pessoa. Competência funcional. Identificar os limites de atuação do Poder Judiciário pelas regras constitucionais e infraconstitucionais de competência dos órgãos do artigo 92 da CF/88
Reconhecer a competência interna- Reconhecer que a competência das Justiças Especiais (Trabalho, Eleitoral e Militar),disciplinadas na CF/88- 
Bibliografia indicada pela Instituição :
Novo CPC
MELLO, Rogério Licastro Torres De; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Silva; WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Primeiros Comentários ao Novo Código de Processo Civil. 2015. Ed. Revistas dos Tribunais.
CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro; PINHO, Humberto Dalla Bernardina de. Novo Código de Processo Civil. Ed. Gen/Forense.NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil. 2015. Ed. Gen/Forense.GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Novo Código de Processo Civil. 2015. Ed. Gen/Forense.
1- Conceito e natureza jurídica: jurisdição é o poder de dizer o direito em todo o território nacional, o juiz tem jurisdição em todo o território nacional, por isso se diz que a jurisdição é una. 
 2-Competência- São regras de divisão de trabalho do poder judiciário, competência é o limite da jurisdição. 
Art 43 – Competência: CF/88- art 109, CPC, legislação especial, Códigos de Organização Judiciária e no que couber nas Constituições Estaduais 
art 92 a 126 da CF/88 →Regula o Poder Judiciário é constituído pelo Poder Judiciário Federal e Estadual e de diversos órgãos. 
3-Justiça Federal se divide em: ↗comum incluindo o JEF 108 e 109 da CF/88. 
		 ↘especializada →composta pela Justiça do Trabalho art 114 CF/88, Eleitoral art 118 /121 CF/88 e Militar art122 a124 CF/88. 
a-Estrutura da justiça federal comum:
 1ª instância - juízes federais 
 2ª instância – TRF 
incluindo o Juizados Especiais Federais (JEF)
b-Especializada :
 1-Justiça do Trabalho : 1 ª instância juízes do trabalho – Vara do Trabalho
 2ª instância – TRT 
 instância superior- TST
2-Justiça Eleitoral: regulamenta os procedimentos eleitorais, garantindo o direito constitucional ao voto direto e sigiloso. 
	1 ª instância juízes - juízes eleitorais 
	2ª instância – TRE juízes eleitorais 
	instância superior -TSE ministros 
3- Justiça Militar 
1 ª instância juízes - juízes militares
2ª instância -juízes militares
instância superior - TSM - ministros
4-Justiça Estadual → art 125 a 126 É de competência de cada um dos 26 estados brasileiros e do DF – Incluindo o JEC 
Dica: O JEF JEC e JECRIM → são competentes para julgar causas de menor complexidade e de pequeno valor econômico. 
Hierarquia → 1ª instância - Juiz de Direito (monocrático) 
 2ªinstância - Desembargador-(Colegiado)
 instância superior- Ministro - (colegiado)
Em regra, os processos se originam na 1ª instância, os recursos são levados para a 2ª instância, podendo ser levados para instância superior STJ (ou demais tribunais superiores-) e até para o STF.
Dica: Prerrogativa de foro– Ações que se originam na 2ª instância e até nas Cortes Superiores.
Parlamentares federais, Ministros de Estado, Presidente da República entre outras autoridades em casos de infrações penais comuns → compete ao STF 
Governadores nos casos de infrações penais comuns → compete ao STJ
Prefeitos acusados de crimes comuns→ compete ao Tribunal de Justiça
Tribunais superiores: STF, STJ , STM, STE eTST. 
STF – Guardião da Carta Constitucional→ São 11 ministros. A indicação é do presidente da República e aprovação do Senado Federal e são nomeados pelo presidente da República
STJ → São 33 ministros ,são nomeados pelo presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pela própria Corte. Função principal: faz uma interpretação uniformeda legislação federal.
art 45- Ente federal → causas de interesse da União, empresas públicas e autarquias ou Conselhos de fiscalização das atividades profissionais. Sendo parte ou interveniente. Exceto nas ações de recuperação judicial, falência, insolvência civil, acidente de trabalho, justiça eleitoral e do trabalho
art 46- Ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis – Aplicação da regra geral foro de domicílio do réu – Essa regra é de competência territorial – ler o artigo todos os §§
art 47 - Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
 § 1º-  O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2º- “ A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.”
 O § 2º é novidade -que elimina qualquer dúvida sobre a competência em se tratando de ação possessória sobre imóveis. O legislador trouxe expresso que trata-se de competência absoluta.
União sendo↗ autora art 51- regra geral- foro de domicílio do réu
 ↘ ré - foro de domicílio do autor, no local da ocorrência do ato ou fato , no foro de situação da coisa no DF 
Estado ou DF sendo↗autor -art 52- regra geral- foro de domicíliodo réu
 ↘ réu- foro de domicílio do autor, do local do ato ou fato, no foro de situação da coisa,na capital da UF
1ª Questão.  Maria, brasileira, casou com Glen, americano.  Desde a constância do matrimônio o casal passou a residir no Brasil. Na constância do matrimônio nasceu Peter que encontra-se hoje com 5 anos de idade. Ano passado o casal resolveu se divorciar. Glen, então resolveu voltar para cidade onde nasceu, Santa Bárbara, Califórnia. Maria procura, você, advogado, desejando que Glen pague alimentos ao filho Peter. Diante do caso em tela questiona-se:
a)   A ação de alimentos proposta por Peter, representado por sua mãe, Maria, em face de Glen, deve ser promovida na Justiça do Brasil? Justifique e fundamente a resposta.
2ª Questão. Objetiva. Segundo o NCPC, compete exclusivamente a autoridade judiciária brasileira:
a) ações em que o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil.
b) em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
c) conhecer de ações relativas a imóveis situados no exterior.
d) em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de inventário e à partilha de bens situados no Brasil e no exterior, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
3ª Questão. Objetiva. A cooperação jurídica internacional terá por objeto:
a) colheita de provas e obtenção de informações.
b) qualquer medida judicial
c) qualquer medida extrajudicial
d) citação, intimação e apenas notificação judicial.
1ª Questão. Sugestão de gabarito:
a) A Justiça brasileira é competente para conhecer da ação de alimentos movida por Peter, representado por sua mãe, Maria, em face de seu pai Glen, por força do que preceitua o artigo 22, inciso I, alínea A do CPC que dispõe:
Art. 22.  Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
. Sugestão de gabarito.
A alternativa correta está na letra B (artigo 23, inciso III do CPC)
3a. Questão. Sugestão de gabarito. A alternativa correta está na letra   A (artigo 27, inciso II do CPC)

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